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BRASIL
• ANALISAR O MODO COMO CRUZ E SOUSA EXPLORA IMAGENS CALEIDOSCÓPICAS NA
COMPOSIÇÃO DE SEUS POEMAS.
Alucinação
CRUZ E SOUSA, J. In: TORRES, Alexandre Pinheiro. Antologia da poesia brasileira (Do Padre Anchieta a João Cabral de Melo Neto). Porto:
Lello & Irmãos Editores, 1984. v. 2, p. 618.
Cruz e Sousa: a obsessão do branco
Sonho Branco
CRUZ E SOUSA, Missal e Broquéis, 1883.
Alphonsus de Guimaraens: o místico
mineiro
o Autor de uma poesia marcada pela religiosidade e misticismo, Afonso Henriques da Costa
Guimarães (1870-1921) nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais. Em 1888, morreu sua
noiva, Constança, fato que o marcou para toda a vida e será relembrado constantemente
em muitos de seus versos. Viveu na pacata cidade de Mariana (MG), onde compôs uma
vasta obra poética que, como a de Cruz e Sousa, foi praticamente ignorada por seus
contemporâneos.
o Em um de seus mais conhecidos poemas, Ismália, trata de modo delicado de uma questão
que está no centro do projeto simbolista: as ilusões provocadas pelo mundo visível.
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
Ismália
GUIMARAENS, Alphonsus de. Poesia completa. Organização de
A catedral
GUIMARAENS, Alphonsus de. Poesia completa. Organização de
As minhas ilusões, toda a minha agonia! Se frios como neve estais agora,
Sombras de mortos e de mortas, Com saudades de beijos que não destes,
Que andais velando pelas portas, Alegrai-vos na dor que vos descora.
Vinde dar-me consolo aos meus martírios. Cerrai-vos para sempre em doce calma:
Embalsamai minh'alma fria, fria, Que os beijos dados, e ainda os mais celestes,
Com pétalas de lírios! Nunca deixam vestígios na nossa alma...
GUIMARAENS, Alphonsus de. Os melhores poemas de Alphonsus de Guimaraens. Seleção de GUIMARAENS, Alphonsus de. Os melhores poemas de Alphonsus de
Alphonsus de Guimaraens Filho. Guimaraens. Seleção de Alphonsus de Guimaraens Filho.
Mors Liberatrix
• Em toda a obra de Alphonsus de
Guimaraens, a morte será tematizada
direta e indiretamente, com inúmeras
referências aos elementos a ela associados
(os círios, os esquifes, os panos roxos, os
campos-santos, as orações fúnebres, o
réquiem).
“
[...] Na tristura cinza do aposento, pude dizer-lhe pausadamente, em calma,
as lindas coisas que eu sentia sobre a sua arte desacompanhada e
incompreendida. [...] Versos encantados, dos mais lindos da língua
portuguesa, dos mais comovidos dos nossos dias, dispersos em revistas que
”
os não realçam, fanando num ineditismo pasmado e burguês. [...] Não
haverá no Brasil um editor que lhe agasalhe os poemas, tirando-os da
escuridão? [...]
ANDRADE, MÁRIO DE. ALPHONSUS. IN: GUIMARAENS, ALPHONSUS DE. POESIA COMPLETA. ORGANIZAÇÃO
DE ALPHONSUS DE GUIMARAENS FILHO. RIO DE JANEIRO: NOVA AGUILAR, 2001. P. 27. (FRAGMENTO).