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Bronzeadores

e
Protetores Solares
Química, Prof. Luiz Antônio
Turmas 301
Quando o verão se aproxima . . .

. . . logo vem a preocupação


com a estética do corpo.
Neste contexto, o
bronzeamento é
indispensável para
muitos.
E, muitas vezes, há visíveis
exageros.
São importantes, por isso,
os bronzeadores e protetores solares.
Todos com
muita química!
Considerando a relevância desse tema e a
necessidade de que as pessoas estejam bem
informadas sobre os riscos da exposição
exagerada ao sol, propomos este breve estudo
a respeito dos bronzeadores e dos protetores
solares, com ênfase à química dos mesmos.
Comecemos, entretanto, abordando alguns
aspectos biológicos e físicos relacionados
ao assunto.

Lá vai!
O que é bronzeamento?

Mudança da cor da pele


depois da exposição,
natural ou artificial, aos
raios ultravioleta (UV).
Como ocorre o bronzeamento?

A exposição da pele aos raios UV faz com


que melanócitos* produzam mais
melanina**.

*tipo de célula.
** pigmento que escurece a pele.
Como ocorre o bronzeamento?

A melanina é,
naturalmente, um
protetor solar e
reage pela
agressão dos raios
solares. Portanto,
quanto mais escura a
pele mais protegida.
Tipos de pele

Existe até uma classificação para a pele em


função da quantidade de melanina e
conseqüente capacidade de bronzeamento.
1
Pessoas como a modelo Ana Hickmannn,
de pele muito branca, olhos azuis, sempre se
queimam facilmente e
nunca se bronzeiam.

2
Xuxa, de pele clara e
cabelos claros, tem
bronzeamento mínimo e
também se queima
facilmente.
3
O grupo das
pessoas brancas
normais, como a atriz
Cláudia Raia. Queima-se
moderadamente.
Bronzeia-se natural e
uniformemente.

4
São como Letícia Sabatella
pessoas de
pele morena clara,
cabelos castanho-
escuros e olhos
escuros, queimam-se
pouco e bronzeiam-se.
5
Pessoas morenas,
como Camila Pitanga,
raramente se queimam e
se bronzeiam muito.

6
Pessoas moreno-
escuras e negras,
como Isabel Fillardis,
não se
queimam e dificilmente
se bronzeiam.
Raios ultra Violeta (UV)

São emissões eletromagnéticas


(ondas), de comprimento
variando 100nm a 400nm,
não sendo visíveis
ao olho humano.
Raios ultra Violeta
(UV)
Raios ultra Violeta
(UV)
Raios ultra Violeta (UV)

A radiação UV é dividida em três tipos diferentes,


como é descrito na tabela a seguir,
juntamente com seus efeitos característicos.
Raios ultra Violeta (UV)

INTERVALO DO
DESCRIÇÃO COMPRIMENTO EFEITO COMUM
DE ONDA (nm)

UVA 320 - 400 BRONZEADO


QUEIMADURA DE
UVB 280 - 320
PELE
UVC 100 - 280 GERMICIDA
A química dos “bronzeadores”

O uso de loções para banho de sol é muito


comum atualmente.
Muitos usam esses produtos com a finalidade de
obter tom bronzeado e não para evitá-lo.
A química dos bronzeadores

Acontece que, ao contrário da crença popular,


a maioria das loções solares diminui o
bronzeamento.
São, na verdade, “protetores solares”.
A química dos bronzeadores

Existem, contudo, algumas loções bronzeadoras


ou simplesmente “bronzeadores”, à base de
di-hidroxipropanona.
Este composto reage com a pele, tornando-a
parda, mas seu efeito dura uma ou duas
semanas no máximo.
Di-hidroxipropanona

Perceba que se trata de


uma cetose (glicídio)
de três carbonos.
Salente-se que a di-hidroxipropanona não
protege contra as queimaduras solares.
A química dos bronzeadores

Há alguns “bronzeadores” que possuem em


sua composição um pigmento natural, à
base de bixina, um corante lipossolúvel,
retirado do urucum (Bixa orellana). Há muito
conhecido pelos nossos índios por uru-ku,
significando vermelho, é um betacaroteno
usado também na alimentação.
Bixina

Repare nos grupos funcionais


“éster” e “ácido carboxílico,
além das várias insaturações, responsáveis
pela reflexão de luz (vermelho intenso).
Bixa orellana
(urucum)

Pinturas de guerra com “bixina”.


Onde está a proteção dos bronzeadores?

As loções bronzeadoras contêm ainda óleos


ou lanolina que amaciam e servem como
emolientes (diminuem a inflamação provocada
pelas queimaduras).
Lanolina
“Éster” de “ácido carboxílico” e álcool” de cadeias longas.

O
//
H3C – (CH2)24 – C
\
O – (CH 2)33 – CH3

Cera de lanolina presente


na lã dos carneiros.
A química dos protetores solares

Deixando de lado um pouco a “estética” e


pensando mais na saúde, lembremo-nos
que há as substâncias bloqueadoras da
passagem de raios ultravioleta(UV) e que
ajudam a evitar, além das queimaduras
comuns, o câncer de pele.
A química dos protetores solares

Os mais comuns desses protetores solares


são ácido para-aminobenzóico (PABA),
ácido salicílico, ácido cinâmico e seus
derivados.
PABA

Para-aminobenzóico (PABA) ou vitamina H1


Note os grupamentos “ácido carboxílico” e “amina”.
Eficiente na proteção ao sol, mas apresenta
toxicidade em potencial.
Ácido salicílico

De função mista (“ácido carboxílico” e “fenol”),


apresenta potencial tóxico também.
Ácido cinâmico

É um “ácido carboxílico” com menor potencial tóxico. É, ainda,


muito usado em protetores solares.
A química dos protetores solares

Como o mercado exige novidades, os


protetores mais tradicionais vêm sendo
substituídos pela benzofenona, de baixo
potencial de tóxico.
Benzofenona

E uma “cetona”, daí o nome benzofenona.


Em alguns bronzeadores vem
associada ao PABA.
A química dos protetores solares

Saliente-se que ainda não está bem claro


para os cientistas se é UV-A ou UV-B que
causam câncer de pele (melanomas).
Recomenda-se, por isso, protetores que
tenham em sua composição bloqueadores
para UV-A e UV-B.
A química dos protetores solares

Também a presença do ácido retinóico,


muito presente nos protetores solares, é
considerado importante, pois dilata os
capilares da pele, o que aumenta a
produção de colágeno,atribuindo-lhe
elasticidade e maciez.
Ácido retinóico

O ácido retinóico é “ácido carboxílico”,


sendo participante no processo de
formação de colágeno.

O colágeno é uma
macromolécula de proteína.
Forma tendões e cartilagens.
A química dos protetores solares

Recentemente, com objetivo de proteger a


pele contra os efeitos dos UV, a maioria dos
protetores passou a absorver radiações com
comprimentos de onda entre 280 e 320nm.
A química dos protetores solares

Essa faixa de UV é denominada UV-B e é a


principal causa de queimaduras solares.
Sua maior intensidade é verificada entre
10h e 16h.
A química dos protetores solares

É por isso que o horário adequado para


quem quiser tomar banho de sol é antes das
*10h e depois das 16h.

*11h e 17h no horário de verão.


Queimaduras acontecem principalmente
devido à desconsideração da relação existente
entre o tipo de pele e o não uso ou uso inadequado
de protetor, exposição ao sol em horários impróprios
e o tempo de exposição.
A química dos protetores solares

A relação entre o tempo de exposição e o


objetivo de evitar queimaduras com protetor
solar e sem ele é denominada
fator de proteção solar
ou simplesmente FPS.
A química dos protetores solares

Um FPS 4, por exemplo, significa que a


pessoa pode ficar 4 vezes mais tempo
exposta ao sol, sem o protetor solar.
A química dos protetores solares

Quanto mais clara for a pele e quanto maior o


tempo de exposição, como regra geral, deverá
ser o fator de proteção, podendo chegar ao
FPS 50!
A química dos protetores solares

Há cientistas, porém, que crêem que protetores


com FPS acima de 15 sejam ineficientes.
São chamados “bloqueadores solares” e não
simplesmente “protetores solares”.
Concluindo

Encerrando essa apresentação, queremos


deixar algumas “dicas”. . .
Escolha bem . . .

1. O filtro solar deve oferecer proteção contra UVA e


UVB.
2. Prefira um tipo resistente à água, mas há limite de
resistência.
3. Opte por protetores sem fragrância ou corantes.
Isso diminui o risco de fotoalergias.
Na praia ou na piscina . . .

1. O produto deve ser aplicado 30 minutos antes da


exposição.
2. Reaplique-o sempre que você sair da água, e
com a freqüência indicada na embalagem do
produto que você estiver usando.
Veja o fator de proteção adequado . . .

1. Quanto mais clara for a pele, maior deverá ser o


fator de proteção.

2. Não fique torrando sob o sol: não deixe a


vaidade estragar sua saúde.

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