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Cultura

Grega
Religião Grega
A religião grega era politeísta.

O culto aos deuses tinha por finalidade


pedir a proteção para a família, a tribo ou
a cidade.

Outra característica da religião grega era


o antropomorfismo, isto é, deuses com
forma, virtudes e defeitos humanos.
• Os deuses mais importantes viviam eternamente em um local que chamavam de
Olimpo. Primitivamente, essa morada era localizada no alto do Monte Olimpo,
na Tessália, mas logo passou a ser situada entre as nuvens, em algum misterioso
lugar do céu, e a palavra "Olimpo" tornou-se uma verdadeira abstração.

• Zeus - Deus do céu e Senhor do Olimpo;


Héstia - Deusa do lar;
Deméter - Deusa da agricultura;
Hera - Deusa do casamento;
Posêidon - Deus dos mares
Ares - Deus da guerra;
Atena - Deusa da inteligência e da sabedoria;
Afrodite - Deusa do amor e da beleza;
Dionísio - Deus do vinho, do prazer e da aventura;
Apolo - Deus do Sol, das artes e da razão;
Artemis - Deusa da Lua, da caça e da fecundidade animal;
Hefestos- Deus do fogo;
Hermes - Deus do comércio e das comunicações.
Asclépio - Deus da medicina.
Hades - Deus do mundo subterrâneo (inferno)
Templo grego
• A vida pública das cidades sofria grande
influência da religião. Todas as cerimônias
públicas eram precedidas por práticas
religiosas. Cada cidade tinha sua grande festa
religiosa.
• Desejosos de conhecer o futuro, os gregos
consultavam os deuses nos oráculos. Em
delfos, o deus Apolo falava pela boca de uma
pitonisa.
• A preocupação dos gregos com a
vida após a morte explica a
grande difusão do orfismo e dos
mistérios.
Mistério
Orfismo s
O orfismo vem de Orfeu seu
fundador. Ele ensinava que a Os mistérios eram
alma era prisioneira do corpo e cerimônias que
seria libertada pela morte e pelo permitiam entrar
julgamento dos deuses; em contato com a
divindade e
conseguir a
ela atingiria a suprema felicidade eterna.
felicidade depois de purificar-
se através de uma série de
reencarnações sucessivas, em
corpos diferentes.
Mitologia
• As lendas que contam as aventuras dos deuses e dos heróis são
chamadas mitos. (Aquiles, Hércules, Narciso e etc.)
• Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem
conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e
lendas. As estórias eram transmitidas oralmente de geração
para geração.
• Perseu e Medusa

Disfarçado de chuva de ouro, Zeus teve relações com uma


mortal chamada Dânae. Dessa relação nasceu Perseu, um herói
mitológico. De seus grandes feitos, destaca-se o ataque à
terrível Medusa, uma mulher com cabelos de serpente, capaz
de transformar qualquer pessoa para quem ela olhasse em
pedra. O herói degolou o monstro, utilizando um escudo de
bronze que produzia reflexo para que não olhasse para Medusa
oferecido pela deusa Atena. Outro feito foi a libertação da
bela Andrômeda de um mostro marinho que, ao mostrar-lhe a
cabeça da medusa, foi petrificado.
• Teseu e o labirinto

Teseu é um lendário herói e uma das principais figuras da mitologia


grega. Essa lenda conta como o herói derrotou o terrível
Minotauro, um monstro metade homem, metade touro furioso, que
vivia na Ilha de Creta.

Esse Minotauro vivia dentro de um labirinto, uma construção


repleta de quartos e corredores, na qual o rei cretense Minos exigia
que, a cada sete anos, fossem enviados sete rapazes e sete moças
atenienses. Esses corredores enganavam as pessoas de tal maneira
que elas não conseguiam encontrar a saída. Além disso, lá estava o
monstro mitológico para devorar os jovens.
Ariadne, filha do rei de Creta, resolveu ajudar Teseu por ter se
apaixonado por ele. Ela deu-lhe um novelo de lã em que, uma de suas
pontas foi amarrada logo na entrada do labirinto; no decorrer dos
passos de Teseu, o novelo era desenrolado. Essa ideia ajudava o herói a
saber exatamente como retornar ao ponto de partida.

Teseu penetrou no labirinto, matou o Minotauro e voltou são e salvo.


Atualmente, a expressão “pegar o fio de Ariadne” ainda é utilizada para
designar como encontrar o caminho certo para resolver um
determinado problema.
• Narciso

Ao nascer, a vida de Narciso foi profetizada por um adivinho


chamado Tirésias ao dizer que a criança teria vida longa, desde que
jamais contemplasse a própria figura. Filho de um deus com uma
ninfa, Narciso era um jovem extremamente belo. Essa beleza o fazia
julgar que nenhuma donzela ou ninfa era merecedora de seu amor.
Sua característica principal o nomeava como o "Autoadmirador".

Narciso desprezou o amor da ninfa Eco, por ser indiferente aos


sentimentos de outras criaturas. Essa indiferença despertou a ira dos
deuses, fazendo com que fosse castigado da seguinte maneira: de
tanto observar sua imagem no reflexo das águas de uma fonte,
apaixonou-se por ela e ficou a contemplá-la até a chegada de sua
morte. Uma flor nasceu no local onde morrera.
• Édipo

A história de Édipo foi narrada pelo filósofo Sófocles no século V a.C. em três obras
intituladas Édipo rei, Édipo em Colona e Antígona.

Filho de Laio e Jocasta de Tebas, Édipo teve sua história profetizada por um oráculo que
dizia que, quando chegasse a idade adulta, mataria o pai e se casaria com a mãe. Seu pai,
Laio, horrorizado, mandou que o filho fosse abandonado em um bosque com os tornozelos
amarrados por uma corda. A criança foi encontrada ainda viva por um pastor que a levou
para Corinto, sendo adotada, posteriormente, pelo rei Políbio.

Quando adolescente, Édipo conheceu sua profecia e, acreditando ser filho de Políbio, fugiu
para escapar de seu destino. Em sua jornada, encontrou um velho acompanhado de vários
servos. Ao se desentender com ele, matou-o sem saber que era Laio, seu verdadeiro pai.

Voltando para Tebas, Édipo encontrou a cidade desolada e com uma esfinge às portas que
propunha aos homens um enigma que, caso não fosse corretamente decifrado, ela os
devoraria. A rainha da cidade, Jocasta, mãe de Édipo, revelou que se casaria com quem
libertasse a cidade dessa esfinge. Édipo a decifrou e acabou se casando com a própria mãe,
realizando a profecia.
Filosofia grega
• A filosofia grega divide-se em antes de Sócrates e depois de
Sócrates.
• Os principais filósofos pré-socráticos foram:
Tales de Mileto – Conhece a ti mesmo. O princípio da moderação.
Pitágoras – Transmigração da alma. Usava a matemática para
explicar o mundo físico.
Heráclito – Ninguém pisa no mesmo rio duas vezes. O valor do
conflito.
Parmênides – A criação era impossível. As experiências são
ilusórias.
• No tempo de Sócrates, predominava a escola dos sofistas que
procuravam servir-se da reflexão para atingir fins imediatos, para
atingir o objetivo tudo era válido.
• Sócrates (470-399 a.C.)  foi fundador da
filosofia humanista. Criou um novo método
de reflexão – a maiêutica (arte de
multiplicar as perguntas a fim de obter, a
partir da indução de casos particulares e
concretos, um conceito geral de objeto).
• Através da reflexão, tentou encontrar um
conceito admitido por todos – a virtude, por
meio do qual os homens viriam a pensar e
agir corretamente.
• A partir da reflexão, o sujeito parte do Sócrates
conhecimento mais simples que já possui e
segue em direção a um conhecimento mais
complexo e mais perfeito.
• “Só sei, que nada sei.”
• Platão – mito da caverna (428
a.C.-347 a.C.) 

Aristóteles.  (384 a.C.-322 a.C.) 


Discutiu metafísica, ética e política.
• Mito da Caverna
• Platão descreve que alguns homens, desde a infância, geração após geração, se
encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se mover em
virtude das correntes que os mantém imobilizados.

• Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há
uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa.

• Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos
homens, tudo o que os prisioneiros conseguem ver são as sombras desses objetos
transportados.

• Essas sombras projetadas no fundo da caverna são compreendidas pelos prisioneiros


como sendo todo o que existe no mundo.
• Certo dia, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes que o
aprisionava. Com muita dificuldade, ele busca a saída da caverna. No
entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem
os seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz.

• O ex-prisioneiro pensa em desistir e retornar ao conforto da prisão a


qual estava acostumado, mas gradualmente consegue observar e
admirar o mundo exterior à caverna.
• Entretanto, tomado de compaixão pelos companheiros de
aprisionamento, ele decide enfrentar o caminho de volta à caverna com
o objetivo de libertar os outros e mostrar-lhes a verdade.
• No diálogo, Sócrates propõe que Glauco, seu interlocutor, imagine o
que ocorreria com esse homem, em seu regresso.
• Glauco responde que os outros, acostumados à escuridão, não
acreditariam no seu testemunho e que aquele que se libertou teria
dificuldades em comunicar tudo o que tinha visto. Por fim, era possível
que o matassem sob a alegação de perda da consciência ou loucura.
• No Mito da Caverna, Platão faz uma crítica sobre a
importância da busca pelo conhecimento e o abandono da
posição cômoda gerada pelas aparências e pelos costumes.
• Nessa metáfora, as correntes representam o senso comum e a
opinião (os pré-conceitos) que aprisionam os indivíduos e os
impede de buscar o conhecimento verdadeiro e com que
vivam em um mundo de sombras.
Arte Grega
A arte na Grécia está muito
relacionada a religião

Os principais monumentos eram os


templos e as esculturas representavam
sobretudo imagens dos deuses.

Três estilos de colunas: dórico,


jônico e coríntio.
O pensador

Estádio em Olímpia
• Artes Plásticas
 
• Os gregos eram excelentes escultores, pois buscavam retratar
o corpo humano em sua perfeição. Músculos, vestimentas,
sentimentos e expressões eram retratados pelos escultores
gregos.
• Esportes
 
• Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos.
Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de
Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a
Zeus (deus dos deuses).
• Teatro
 
• Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram
apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores
representavam usando máscaras. As comédias, dramas e
sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os
conflitos do ser humano.
 
• Democracia
 
• A cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os
cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e
livres) eram aqueles que podiam participar das votações que
ocorriam na Ágora (praça pública). Decidiam, de forma direta,
os rumos da cidade-estado.
A cultura grega no Novo
Testamento
• Alexandre cuidou de propagar o grego coiné entre os povos de
muitas terras e muitas culturas.
• Esta língua comum facilitou a divulgação do evangelho de
Cristo durante a época de Paulo.
• A sutil influência helenizante atingiu muitas áreas da vida na
palestina.
• A arquitetura foi uma delas. O templo de Jerusalém,
construído por Herodes o grande, foi um dos melhores
exemplos do helenismo na arquitetura local; era composto por
uma rede de pátios circundados por pórticos com colunas
coríntias.
Coluna coríntia
 Outras influências helenísticas:
 O Antigo Testamento foi traduzido para o grego;
 A interpretação alegórica;
 A doutrina do logos;
 O gnosticismo.
• O novo Testamento refere-se a alguns cristãos como helenistas
– At.6:1; 9:29. Se tratava de alguns judeus que haviam adotado
um estilo de vida helenístico.
• Em At.17:18 Paulo fala dos Epicureus e Estóicos.
• Na primeira carta aos Coríntios Paulo fala que os gregos
buscavam sabedoria.
• Os crentes que viviam especialmente nas regiões mais
próximas onde fora o berço destas crenças precisavam ser luz
para testemunhar para um povo idólatra, soberbos devido as
suas tradições filosóficos e arraigados em suas tradições
alicerçadas na mitologia que tornavam estas discussões mais
acessíveis ao povo.
Estóicos
• Ensinava um determinismo absoluto, pensando que o logos
(razão universal) é que determinava todas as coisas. Apatia.
• Também defendiam o panteísmo.
• Procuravam uma moralidade baseada nos seus próprios
esforços.
• Não havia consenso entre eles sobre a imortalidade da alma.
Epicureus
• Foi Epicuro quem desenvolveu a ideia do deísmo. Ensina que
um deus qualquer, ou vários deuses, talvez existam, mas essas
divindades não tem por objetivo manter qualquer associação
com o nosso mundo, não estando interessadas em punir ou
galardoar os homens, abandonaram suas criaturas.
• Enfatizava a busca do prazer, porém de maneira diferente do
hedonismo.
• Ignorava a existência da alma e da vida pós túmulo, ensinando
que tudo quanto podemos saber e possuir se limita a esta vida
terrena.

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