Você está na página 1de 18

DA FORMAÇÃO DOS

CONTRATOS

Direito Civil IV
A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE
Primeiroe mais importante requisito de validade
do negócio jurídico.

Pode ser manifestada de forma tácita ou


expressa - Art. 107 e 111 do CC.

O silêncio pode ser interpretado como


manifestação tácita da vontade quando as
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não
for necessária a declaração de vontade expressa,
ex. doação pura (art. 539 CC).
Fases da Formação dos Contratos

Negociação Preliminar

Proposta

Aceitação
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES
O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a
proposta (oferta, policitação ou oblação) e a
aceitação.
 Negociação preliminar é caracterizada por sondagem,
conversação e debates.
◦ Essa fase não vincula as partes a cumprir o que possivelmente
seria contratado.

 Mas poderá acarretar condenação em perdas e danos


se uma das partes demonstra a intenção de causar
dano ao outro contratante. Aplica-se o princípio da
boa-fé contratual e do ilícito civil (art. 422 e 186 CC).
◦ Responsabilidade pré-contratual, decorrente de ilícito civil
(responsabilidade civil – art. 186 CC).
A PROPOSTA
A oferta traduz uma vontade definitiva de
contratar nas bases oferecidas, não estando mais
sujeita a estudos ou discussões, mas dirigindo-se
à outra parte para que a aceite ou não,
constituindo elemento de formação contratual.

Consiste em uma declaração de vontade


definitiva.
A força vinculante da oferta
A proposta vincula o policitante, que responde por todas
as consequências se injustificadamente se retirar do
negócio (perdas e danos).

 Art. 427 do CC:


“A proposta de contrato obriga o proponente, se o
contrário não resultar dos termos dela, da natureza do
negócio, ou das circunstâncias do caso”.

 Há várias exceções a esta regra, mas a morte ou interdição


do policitante não são causas de exceção.
Proposta não obrigatória
 As exceções a força vinculante estão na segunda parte
do art. 427 do CC:
 A - A proposta não vincula quanto tiver cláusula
expressa a respeito (ex. proposta sujeita a confirmação,
ou “não vale como proposta”).
 B – Em razão da natureza do negócio: exemplo das
propostas abertas ao público que se limitam ao estoques
existentes.
 C – Circunstâncias do caso: mencionadas no art. 428, o
qual declara as situações que a proposta deixa de ser
obrigatória.
 Art. 428 (CC):
“Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi
imediatamente aceita. Considera-se também presente a
pessoa que contrata por telefone ou por meio de
comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido
tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a
resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao
conhecimento da outra parte a retratação do
proponente”.
Oferta ao público
 Art. 429 do CC:
“A oferta ao público equivale a proposta quando
encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o
contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma
via de sua divulgação, desde que ressalvada esta
faculdade na oferta realizada”.

 Em regra, entende-se que é limitada ao estoque


existente.
A oferta no CDC
Artigos 30 a 35 do CDC;

Execução específica; cumprimento


forçado do contrato; produto equivalente;
rescisão do contrato; perdas e danos.
ACEITAÇÃO
 Concordância com os termos da proposta. Somente com
a aceitação a oferta se transforma em contrato.

 Para aperfeiçoar o contrato a aceitação deve ser pura,


simples e dentro do prazo.

 Art. 431 CC: CONTRAPROPOSTA: aceitação


apresentada fora do prazo e com modificações e
restrições. Por estar fora do prazo é considerada nova
proposta e não aceitação.
A aceitação pode ser expressa ou tácita. O
Art. 432 do CC prevê duas hipótese de
aceitação tácita (reputando-se concluído o
contrato se não chegar a tempo a recusa):

A) Negócio for daqueles em que não seja


costume a aceitação expressa;

B) Quando o proponente a tiver dispensado (ex.


quando reserva o hotel e faz uma observação
que se não receber aviso em contrário entenderá
que o contrato foi estabelecido).
HIPÓTESE DE INEXISTÊNCIA DE FORÇA
VINCULANTE DA ACEITAÇÃO
 Art. 430 CC: O aceitante deve ser informado que a
aceitação chegou tarde ao conhecimento do proponente,
sob pena do proponente responder por perdas e danos
(tendo em vista que o aceitante, não sabendo da demora,
pode entender que o contrato foi firmado).

 Art. 433 CC: “Considera-se inexistente a aceitação se


antes dela ou com ela chegar ao proponente a
retratação do aceite”.
MOMENTO DA CONCLUSÃO DO
CONTRATO
 Contrato entre presentes: a aceitação deverá ser feita
no prazo estipulado ou, se não estabelecido prazo,
manifestada imediatamente. Aceita a proposta, o
contrato começa a produzir efeitos jurídicos.

 Contrato entre ausentes: art. 434 CC (teoria da


expedição) – os contratos entre ausentes tornam-se
perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: se
houver retratação do aceite, se o proponente se houver
comprometido a esperar resposta, se ela não chegar no
prazo convencionado.
◦ Crítica doutrinária: inconsistência do artigo; Teoria da
recepção.
LUGAR DA CELEBRAÇÃO

Art. 435 CC. Reputa-se celebrado o


contrato no local onde a proposta foi feita.

 Contudo, as partes podem eleger foro


competente para dirimir conflitos.
Tarefinha!!!
Lerpg. 85 a 90 do PLT: Formação dos
Contratos pela internet.

Boa semana!

Você também pode gostar