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TRANSFORMADORES

EMERSON S.
JAILTO J.
MARCELO H.
PEDRO P.
THIAGO B.
UARLESSON
• Os transformadores, em geral, são máquinas muito eficientes. A ausência de
partes em movimento, tais quais as de um motor de indução, permitem que
rendimentos da ordem de 96 a 99% sejam alcançados, atualmente.

• Embora as perdas possam ser pequenas em termos relativos, podem ser


bastante significativas em termos absolutos.

Uarleson
• Praticamente toda a energia elétrica gerada no país passa necessariamente
por um ou mais transformadores, de modo que, mesmo sendo alto o
rendimento destes equipamentos, o repetido processo de compatibilização de
níveis de tensões através do seu uso, resulta em perdas significativas que
devem ser devidamente consideradas e esforços devem ser envidados para
que sejam reduzidas.

Uarleson
• As figuras a seguir apresentam os resultados de um levantamento realizado
nos Estados Unidos, mostrando a contribuição de alguns elementos sobre as
perdas totais do sistema de concessionárias privadas e públicas.

• Estima-se que cerca de 14% de toda energia elétrica gerada no Brasil são
considerados perdas globais (técnicas e comerciais) em transmissão e
distribuição, e que aproximadamente 30% das perdas técnicas concentram-se
nos núcleos dos transformadores de distribuição.

Uarleson
Perdas na concessionária privada (Kennedy, 1998) Perdas na concessionária pública (Kennedy, 1998)

Uarleson
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
• O transformador é um dispositivo sem partes móveis que transfere energia de um
sistema elétrico em corrente alternada para outro. A energia é sempre transferida
sem alteração de frequência, mas, normalmente, com mudança no valor da tensão
e da corrente.

• Os transformadores são peças indispensáveis dentro do campo do aproveitamento


de energia elétrica, pois o fato de permitir elevar e reduzir tensões, com
simplicidade e elevado rendimento tornou-se economicamente possível o uso da
energia elétrica. Como o transformador não possui peças rotativas, este
equipamento requer poucos cuidados e a despesa de sua manutenção é mínima.

Marcelo H.
• O seu princípio de funcionamento é através de indução eletromagnética. Ao se
aplicar uma tensão a um desses enrolamentos (denominado primário), com
consequente circulação de corrente, será estabelecido um fluxo magnético. Este
fluxo magnético irá entrelaçar com o outro enrolamento (secundário),
produzindo no mesmo uma força eletromotriz (tensão) que depende, dentre
outros fatores, do número de espiras dos enrolamentos

• O transformador pode ser basicamente dividido nos seguintes componentes:

Enrolamentos
Núcleo
Tanque e meio refrigerante
Acessórios
Marcelo H.
• Os enrolamentos são constituídos de fios de cobre, isolados com esmalte ou
papel, de seção retangular ou circular.

• O núcleo é constituído por um material ferromagnético, em chapas finas,


isoladas entre si, contendo em sua composição o silício, que lhe proporciona
características excelentes de magnetização e perdas reduzidas.

• O conjunto formado pelos enrolamentos e pelo núcleo é denominado de


parte ativa do transformador.

Marcelo H.
• O tanque é destinado a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente para
o óleo isolante. O óleo isolante tem a finalidade de propiciar isolamento
elétrico entre os componentes do transformador e dissipar para o exterior o
calor gerado nos enrolamentos e no núcleo.

• Os acessórios constituem os terminais, buchas, parafusos, tampas, sensores,


relés, reguladores, ventiladores, radiadores, etc

Marcelo H.
A figura a seguir apresenta uma vista explodida de um transformador de
distribuição, mostrando suas principais partes componentes.

Marcelo H.
Os transformadores das subestações de alta tensão podem
ser classificados de acordo com suas funções:
• Transformadores elevadores, cuja função é elevar a tensão de geração para
tensão de transmissão;
• Transformadores de interligação, cuja função é interligar partes do sistema de
transmissão;
• Transformadores abaixadores, cuja função é reduzir a tensão de transmissão
para a tensão da subtransmissão ou de distribuição.

Marcelo H.
• Os transformadores podem ser construídos em unidades monofásicas e
conectados em número de três para constituir um banco, ou então ser uma
única peça constituída de três transformadores montados num mesmo núcleo,
denominado transformador trifásico.
• Os transformadores trifásicos têm a vantagem de possuírem um peso menor e
ocupam um espaço inferior ao requerido pelo banco de capacidade
equivalente, além de ter um custo mais baixo. O inconveniente é a
necessidade de desligar todo o transformador quando ocorrer um problema
em uma das fases.

Marcelo H.
• Os transformadores instalados em sistemas de distribuição têm,
basicamente, a função de reduzir a tensão de um nível mais elevado, de
transmissão ou de subtransmissão, para um nível mais baixo de
distribuição.
• Na própria distribuição podem existir diversos estágios de
transformação como, por exemplo, redução da tensão de 69 kV para
34,5 kV e posteriormente para 13,8 kV, na rede de distribuição
primária, e ainda com redução de 13,8 kV para 220/127 V, na rede de
distribuição secundária.

Marcelo H.
PERDAS ELÉTRICAS EM
TRANSFORMADORES
• Em um transformador há três circuitos distintos que devem ser considerados,
o elétrico, o magnético e o circuito dielétrico. Em cada um desses circuitos
ocorrem perdas que podem ser subdivididas da seguinte forma:
a) Perdas no circuito elétrico:
b)Perdas no circuito magnético:
c) Perdas no circuito dielétrico:
Quando são medidas as várias perdas, em um transformador, estas são
automaticamente agrupadas em duas:
a)Perdas sem carga (conhecidas como perdas no ferro):
b)Perdas com carga (conhecidas como perdas no cobre):
Jailto J.
• Perdas no Circuito Elétrico

a) Perdas por R.I² devido à corrente de carga


b) Perdas por R.I² devido à corrente de excitação
c) Perdas por correntes parasitas nos condutores
devido ao fluxo de dispersão

Jailto J.
• Perdas no Circuito Magnético
a) Perdas por histerese no núcleo
b) Perdas por correntes parasitas de Foucault no núcleo

A maioria das observações considerando as perdas por histerese também se


aplica às perdas por correntes parasitas no núcleo. Usualmente estas duas
perdas são calculadas juntas por curvas fornecidas pelo fabricante do núcleo.

Jailto J.
• Perdas por Fuga de Correntes Parasitas no Núcleo
Essa perda é muito difícil de ser determinada e como no caso das correntes
parasitas nos condutores é usualmente admitido adicionar uma porcentagem,
que é determinada por experiências, às perdas no núcleo magnético, as quais
são calculadas por curvas fornecidas pelos fabricantes do material
ferromagnético.

• Perda por Fuga de Correntes Parasita no Tanque


Estas perdas são similares à anterior, exceto que elas aumentam as perdas no
cobre e é usualmente admitida da mesma forma (adicionando uma
porcentagem ao invés de ser calculada através de fórmulas).

Pedro P.
• Dissipação de Calor
O problema de se manter a temperatura de um transformador em limites
seguros não tem grande significância para pequenos transformadores.
Contudo, a lei natural de que o calor para ser dissipado aumenta com o
cubo da dimensão linear e a área pela qual o calor deve passar aumenta
apenas com o quadrado da dimensão linear, adicionado ao fato de que,
em grandes unidades, o calor tem que viajar por uma longa distancia para
alcançar o lado de fora, tem dado razão para inúmeros problemas
térmicos, verificados em grandes unidades.

Pedro P.
CÁLCULO DAS PERDAS EM UM
TRANSFORMADOR
As perdas em um transformador, conforme discutido anteriormente, são
calculadas basicamente através de duas parcelas: perdas no cobre e perdas no
ferro.
• Cálculo das perdas no cobre
As perdas ôhmicas de um enrolamento “i” qualquer de um transformador
podem ser calculadas através da seguinte expressão:

Portanto, para o cálculo da perda ôhmica total no transformador (PC) deve-se


considerar:

Thiago B.
• Cálculo das perdas no ferro
Ph = Perda por histerese [W];
Perdas por histerese: Kh = coeficiente amplamente variável;

n = expoente variando entre 1,5 e 2,5;

v = volume do núcleo magnético;


P = K .v.f.(B )
h h max n
f = freqüência da fonte em Hz;

= densidade máxima de fluxo magnético.


Bmax

• Perdas por Foucault (correntes parasitas)


Pf = Perdas por Foucault [W]
Kf = coeficiente de Foucault
v = volume do núcleo magnético;
P = K .v.t .f .(B )
f f 2 2 max 2
t = espessura das chapas;
f = freqüência da fonte em Hz;
Bmax = densidade máxima de fluxo magnético.

Thiago B.
• Perdas totais no núcleo:

P =P +P
c h f Pc = perdas totais no núcleo.

Através das expressões empíricas de cálculo das perdas por histerese e


Foucault tem-se para a perda total no ferro:

Pc = K .v.f.(B ) + K .v.t .f .(B )


h max n f 2 2 max 2

Thiago B.
CÁLCULO DA EFICIÊNCIA DE UM
TRANSFORMADOR

• A eficiência de um transformador, para qualquer condição de carga e


qualquer fator de potência (FP), corresponde a:

Emerson S.
A porcentagem de perdas a serem inseridas na expressão anterior é
determinada para a carga em consideração, assumindo que para um
dado fator de carregamento, fc, a parcela de perdas no ferro é 1/fc⋅Pf e
a parcela de perdas no cobre é fc⋅Pc, como indicado na tabela a seguir.

Carga 5/4 1/1 3/4 1/2 1/4

Percentagem de perda no ferro 4/5 Pf Pf 4/3 Pf 2 Pf 4 Pf

Percentagem de perda no cobre 5/4 Pc ¾ Pc ½ Pc ¼ Pc


Pc

Pf = percentagem de perda no ferro com tensão normal


Pc = percentagem de perda no cobre com carga total

Emerson S.
Exemplo
Considere um transformador trifásico de 1000 kVA, 60 Hz, 6600/433 V, operando com
carga total, onde são observadas as seguintes perdas:
(a) perdas no ferro = 1770 W;
(b) (b) perdas no cobre = 11640 W.

a) Com carga total e fator de potência unitário tem-se:

Porcentagem de perda no ferro

Porcentagem de perda no cobre

FP = 1,0

Porcentagem de eficiência

Emerson S.
a) Com 5/4 de carga com fator de potência unitário:

Porcentagem de perda
no ferro

Porcentagem de perda
no cobre

FP = 1,0
Porcentagem de eficiência

Com 3/4 de carga e FP = 0,8

Porcentagem de perda
no ferro

Porcentagem de perda
no cobre

Porcentagem de eficiência

Emerson S.
FATOR DE CARGA ÓTIMO

• Nas seções anteriores foram apresentadas equações para a determinação do


rendimento de operação de transformadores. A equação a seguir, no entanto,
apresenta este rendimento como uma função de dados fornecidos pelos
fabricantes, constantes da placa do transformador e do fator de carga.

η = rendimento de operação
 
[%];
Fc = fator de carregamento [pu];  
SN = potência nominal [kVA];  
FP = fator de potência da carga;
Po = perdas em vazio [kW];
PJN = perda em carga nominal [kW].

Emerson S.
• Derivando-se esta expressão em relação ao fator de carga, pode-se obter o
ponto de carga correspondente ao máximo rendimento, que é dado por:

Fc* = fator de carregamento ótimo [pu].

É importante observar que carregar um transformador próximo à sua


potência nominal implica em um expressivo aumento das perdas (note-se
que as perdas em carga são proporcionais ao quadrado da corrente de
carga).
Emerson S.

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