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1. Os fios de ligação aos terminais de saída de um transdutor captam um ruído de interferência
com frequência de 50 Hz e 1 V de amplitude. O sinal de saída do transdutor é sinusoidal com
10 mV de amplitude e 1 kHz de frequência. Escreva as expressões para vcm, vd, e para o sinal
total entre cada fio de ligação e a terra. Faça um esboço do circuito elétrico correspondente.
2. Os amplificadores operacionais não ideais respondem às componentes diferenciais e de
modo comum dos sinais presentes nas suas entradas. Deste modo a tensão de saída de um
ampop pode ser expressa por
𝑣 𝐴 𝑣 𝐴 𝑣
onde Ad é o ganho
diferencial e Acm é o
ganho de modo comum.
A capacidade de um
ampop rejeitar a
componente de modo
comum é medida pelo
seu fator de rejeição de
modo comum,
𝐴
𝐶𝑀𝑅𝑅 20 log 𝐴
Considerando um ampop
com o modelo da figura,
que possui um desacerto
(mismatch) Gm entre as
transcondutâncias das
duas entradas, ou seja
1
𝐺 𝐺 ∆𝐺
2
1
𝐺 𝐺 ∆𝐺
2
obtenha as expressões para Ad, Acm e CMRR. Se Ad for 80 dB e as duas transcondutâncias
estiverem emparelhadas (matched) com um erro inferior a 0.1%, calcular Acm e CMRR.
3. Uma determinada montagem inversora usa um ampop ideal e duas resistências de 10 k.
Qual é o valor do ganho obtido? Se uma componente dc de +5.00 V for aplicada à entrada,
qual é o valor da saída? Se a resistência de 10 k tiver uma tolerância de 5%, qual é o
intervalo de valores que espera medir para uma entrada de exatamente 5.00 V?
4. Desenhe um amplificador inversor com um ganho de 26 dB, tendo um valor para a
resistência de entrada o mais elevado possível, com a limitação de não usar resistências
maiores do que 10 M no circuito. Considere o ampop ideal. Qual é o valor da resistência de
entrada?
5. a) Desenhe um amplificador inversor com um ganho de ‐100 V/V e uma resistência de
entrada de 1 k.
b) Se o ampop tiver um ganho em malha aberta de 1000 V/V, qual será na realidade o ganho
do circuito que projectou em (a)?
c) Indique o valor da resistência a colocar em paralelo com R1 para repor o ganho do circuito
que projectou para o seu valor nominal de ‐100 V/V.
6. O circuito da figura é muitas vezes utilizado para
fornecer uma tensão v0 proporcional a um sinal de
entrada em corrente ii. Obtenha, para o circuito,
as expressões da transresistência Rm v0/ii e da
resistência de entrada Ri vi/ii nos seguintes
casos:
a) A infinito
b) A finito
7. A montagem inversora com a rede
em T na malha de realimentação
está redesenhada na figura de
modo a enfatizar que R2 e R3 estão
de facto em paralelo (devido à
terra virtual na entrada não
inversora). Determine o ganho
para o circuito começando por
determinar vx/vI e vo/vx .
8. Para o circuito da figura (que pode ser considerado uma extensão do circuito do problema 7)
determine:
a) A resistência vista olhando para o nó 1, R1; o nó 2 , R2; o nó 3, R3; o nó 4, R4.
b) Determine as correntes I1, I2, I3, e I4 em função da corrente de entrada I.
c) Calcule o valor das tensões dos nós 1, 2, 3, e 4 em função de (RI).
9. Desenhe um amplificador operacional com uma saída igual a
𝑣
𝑣 4𝑣
3
Escolha valores relativamente baixos para as resistências, mas garantindo que, para tensões
de entrada de 1V, a corrente de entrada seja inferior a 0.1 mA.
10. Num sistema de instrumentação é necessário medir a diferença entre dois sinais, 𝑣
3 sin 2𝜋 60𝑡 0.01 sin 2𝜋 1000𝑡 , e 𝑣 3 sin 2𝜋 60𝑡 0.01 sin 2𝜋 1000𝑡 ,
ambos em volt. Desenhe um circuito para obter essa diferença que seja baseado em dois
ampops e resistências de 10 k. Sendo desejável amplificar a componente de 1 kHz, obtenha
um ganho geral de 10. Os ampops são ideias, exceto no facto de apresentarem uma tensão
de saída limitada a 10 V. Obtenha uma expressão para a tensão de saída do circuito.
11. O conversor analógico‐digital (DAC) da
figura tem uma entrada de 4 bits. Cada
um dos bits de entrada a0, …, a3 controla
um dos interruptores S0, …, S3. Um valor 0
num dos bits de entrada coloca o
respectivo interruptor ligado à terra, e um
valor 1 coloca o interruptor ligado a +5 V.
Mostre que a saída é dada por
𝑅
𝑣 2 𝑎 2 𝑎 2 𝑎 2 𝑎
16
onde Rf está em k. Calcule o valor de Rf
para que v0 varie entre 0 a −12 V.
12. O circuito da figura mostra um voltímetro
baseado num aparelho com ponteiro (moving
coil). Assuma que o ponteiro atinge a posição de
fundo de escala quando o aparelho é percorrido
por uma corrente de 100A. Determine o valor
de R para que o valor máximo de tensão medido
seja de +10 V. Diga se o valor da resistência
associado ao aparelho afecta a calibração deste.
13. O circuito da figura usa um potenciómetro de 10 k para obter
um amplificador de ganho ajustável. Obtenha as expressões para o
ganho em função do valor da resistência x. Considere o ampop ideal.
Qual é a gama de ganhos que se obtém? Indique como se pode
adicionar uma resistência fixa de forma a se obterem ganhos na gama
de 1 a 21 V.
14. Usando apenas resistências de 1 k e 10 k desenhar um
circuito baseado numa configuração não inversora para obter um ganho de +10V/V.
15. Obtenha uma expressão para o ganho do seguidor de tensão considerando que o
amplificador operacional utilizado tem um ganho A finito. Calcular o ganho para A = 1000,
100, e 10. Para cada caso determinar o desvio percentual relativo ao ganho unitário.
16. Calcule o ganho em tensão vO/vId para o
amplificador diferença da figura com R1 = R3 =
10k e R2 = R4 = 100 k. Qual é a resistência de
entrada diferencial? Se as duas relações básicas
(R2/R1) e (R4/R3) diferirem em 1%, quanto será o
ganho de modo comum Acm? Calcule também o
CMRR naquele caso.
17. Escreva v0 em função de v1 e v2 para o
circuito da figura. Qual é a resistência de
entrada vista por v1? E por v2? Por um sinal
diferencial (fonte colocada entre os dois
terminais de entrada)? Por um sinal de modo
comum (fonte ligada aos dois terminais de
entrada)?
18. Mostre, para o amplificador diferença (figura do prob. 16), que se cada resistência tiver uma
tolerância de ±100ε% (ou seja, para uma resistência com tolerância de 5% fica ε = 0.05)
então o CMRR mais desfavorável é dado aproximadamente por
K 1
CMRR 20log
4
onde K é o valor nominal (ideal) das razões (R2/R1) e (R4/R3). Calcule o valor do CMRR mais
desfavorável para um amplificador projectado para ter um ganho diferencial (ideal) de 100
V/V. Considere que o ampop é ideal e que se utilizam resistências com tolerância de 1%.
19.
a) Calcule Ad e Acm para o circuito diferença da figura.
b) Se o ampop estiver especificado para
funcionar correctamente desde que a
entrada de modo comum, vista nos
seus pinos de entrada (nós A e B),
pertença à gama de valores de ±2.5 V,
qual é a correspondente limitação na
gama de valores do sinal de modo
comum vIcm na entrada? (Esta é
conhecida como a gama de modo
comum (common‐mode range) do
amplificador diferencial).
c) Modifica‐se o circuito ligando uma
resistência de 10 k entre o nó A e a terra, e uma outra resistência de 10 k entre o nó
B e a terra. Quais serão agora os valores de Ad, Acm, e da gama de modo comum de
entrada?
20.
a) Escrevendo vI1 e vI2
em termos das
componentes
diferenciais e de
modo comum,
calcule, para o
circuito da figura (a),
vO1 e vO2 (saídas dos
ampops 1 e 2), e
calcule as suas
componentes:
diferencial, vO2‐vO1;
de modo comum,
½(vO1+vO2).
Finalmente calcule o
ganho diferencial e o
ganho de modo
comum do primeiro
andar deste
amplificador de
instrumentação e
obtenha o CMRR.
b) Repita para o circuito da figura (b), comentando sobre a diferença dos dois circuitos.
21. Projecte o circuito (b) do problema anterior (problema 20) para obter um amplificador de
instrumentação com um ganho variável na gama de 1 a 100, utilizando um potenciómetro de
100 k (sugestão: projecte o segundo andar de amplificação para obter um ganho de 0.5).
22. Os dois circuitos da figura foram desenhados para funcionarem como conversores tensão‐
corrente, ou seja, para fornecerem à impedância de carga ZL uma corrente proporcional a vI,
corrente esta que é independente do valor de ZL. Mostre que de facto isso acontece, e
obtenha para cada um dos circuitos iO em função de vI. Comente as diferenças dos dois
circuitos.
23. Uma medida do ganho, em malha aberta, de um ampop compensado internamente em
frequência, realizada a uma frequência muito baixa, deu o resultado de 86 dB; a 100 kHz, o
valor medido foi de 40 dB. Calcule os valores de A0, fb, ft.
24. Um amplificador inversor com um ganho nominal de −20 V/V utiliza um ampop que tem um
ganho dc de 104 e uma frequência de ganho unitário de 106 Hz. Qual é a frequência 3‐dB f3dB
do amplificador em malha fechada? Qual é o ganho a 0.1 f3dB e a 10 f3dB?
25. A utilização de vários amplificadores iguais em malha fechada, colocados em cascata,
permite alcançar uma largura de banda superior à que pode ser obtida utilizando somente
um amplificador para obter o mesmo ganho.
a) Mostre que a colocação em cascata de dois amplificadores iguais, cada um deles tendo
uma resposta em frequência do tipo passa baixo de primeira ordem e frequência 3‐dB igual a
f0, resulta num amplificador global com uma frequência 3‐dB dada por
f 3dB 2 1 f0
b) Pretende‐se projectar um amplificador não inversor com um ganho dc de 40 dB utilizando
um único amplificador compensado internamente em frequência com ft = 1 MHz. Qual é a
frequência de corte obtida?
c) Redesenhe o amplificador projectado em (b) utilizando dois amplificadores, em cascata,
cada um deles com um ganho dc de 20 dB. Qual é a frequência de corte do novo
amplificador? Compare com o valor obtido em (b).
26. Considere uma montagem inversora com um ganho em malha fechada de −100 V/V e que
utiliza resistências de 1k e 100 k. Liga‐se uma resistência de carga RL da saída até à terra,
e aplica‐se à entrada do circuito um sinal sinusoidal de baixa frequência e amplitude Vp.
Suponha que o ampop é ideal, excepto por saturar a ±10 V e por a sua saída estar limitada
em corrente a ±20 mA.
a) Para RL = 1 k qual é o maior valor possível para Vp sem que haja distorção na saída?
b) Repita (a) para RL = 100 .
c) Se se pretender obter uma sinusóide de saída com 10 V de amplitude, qual é o menor
valor possível de RL?
27. Um ampop com uma taxa de inflexão de 20 V/µs vai ser utilizado num seguidor de tensão,
que receberá impulsos rectangulares que vão dos 0 V aos 3 V. Qual é a menor duração
temporal do impulso que ainda permite que a saída atinja o valor máximo? Descreva a saída
que obtém nesse caso.
28. Ao projectar com ampops é necessário considerar as limitações, em tensão e frequência, do
circuito em malha fechada devidas: à largura de banda finita do ampop (ft); à taxa de
inflexão; à tensão de saída (Vomax). Segue‐se um exemplo: considere a utilização de um
ampop com ft = 2 MHz, SR = 1 V/µs, e Vomax = 10 V no projecto de uma montagem não
inversora com um ganho nominal de 10. Considere um sinal sinusoidal de entrada com uma
amplitude Vi.
a) Se Vi = 0.5 V, qual é a máxima frequência da sinusóide de entrada antes de ocorrer
distorção à saída?
b) Se f = 20 kHz, qual é o valor máximo de Vi antes da saída distorcer?
c) Se Vi = 50 mV, qual é a gama de frequência útil de funcionamento?
d) Se f = 5 kHz, qual é a gama de tensões de entrada útil?
29. Uma montagem não inversora, com ganho em malha fechada de 1000, foi projetada usando
um ampop com uma tensão de desvio da entrada de 3 mV e tensão nominal de saída (tensão
de saturação) de ±13 V. Qual é a máxima amplitude da sinusóide que pode ser colocada à
entrada sem que a saída seja limitada (clipping) em amplitude? Se se acoplasse
capacitivamente o amplificador, qual seria a amplitude máxima da sinusóide?
30. Um amplificador não inversor com um ganho de +10 V/V tem uma resistência de 100 k na
malha de realimentação e está a ser utilizado para amplificar sinais duma fonte que tem uma
resistência de 5 k. Que valor espera obter à saída devido às imperfeições dc se o ampop
possuir uma tensão de desvio de 0 mV, uma corrente de polarização de 1 µA e uma corrente
de desvio de 0.1 µA? Indique onde colocaria uma resistência adicional para compensar as
correntes de polarização. Qual é a gama de saídas possíveis agora? Um engenheiro pretende
utilizar este amplificador com uma fonte de 15 k. Para compensar as correntes de
polarização que resistência utilizaria agora?
Onde a colocava?
31. O circuito da figura utiliza um ampop com uma
tensão de desvio de 4 mV. Qual é a tensão de
desvio (offset) da saída do circuito? Quanto
passa a ser se se utilizar acoplamento ac da
entrada (colocando um condensador em série
com a entrada)? E se, alternativamente, se
acoplar capacitivamente a resistência de 1 k
à terra, quanto é o desvio da tensão de saída?
32. A figura mostra um filtro activo passa baixo de
primeira ordem. Obtenha a função de
transferência do circuito e mostre que o ganho
dc é (‐R2/R1) e a frequência de corte é ω0 =
1/CR2. Projecte o circuito para obter uma
resistência de entrada de 1 k, um ganho dc
de 20 dB, e uma frequência de corte de 4 kHz.
A que frequência se reduz à unidade a
amplitude da resposta em frequência?
33. Um integrador de Miller com R = 10 k e C = 10 nF é implementado utilizando um ampop
com VOS = 3 mV, IB = 0.1 µA, e IOS = 10 nA. Para se obter um ganho dc finito, liga‐se uma
resistência de 1 M aos terminais do condensador.
a) Para compensar o efeito de IB liga‐se uma resistência em série com o terminal não
inversor do ampop. Qual deve ser o seu valor?
b) Com a resistência de (a) colocada, calcule o valor mais desfavorável da tensão de saída
do integrador quando a entrada está à terra.
34. Projete, utilizando um ampop ideal, um circuito diferenciador com constante temporal 10‐3s
e que utilize um condensador de 10 nF. Quais são os ganhos e desvios de fase (phase shifts)
que se têm a um décimo e a dez vezes a frequência do diferenciador (frequência de ganho
unitário)? Liga‐se uma resistência em série para limitar o ganho, em módulo, a 100 V/V para
altas frequências. Qual é a frequência 3‐db associada? Que ganho e desvio de fase se obtêm
a 10 vezes a frequência do diferenciador (frequência de ganho unitário)?
35. A figura mostra um filtro activo
passa alto de primeira ordem.
Calcule a função de transferência
do circuito e mostre que o ganho a altas frequências é (‐R2/R1) e a frequência de corte é ω0 =
1/CR1. Projecte o circuito para obter uma resistência de entrada, para altas frequências, de
10 k; um ganho, para altas frequências, de 40 dB; e uma frequência de corte de 1 kHz. A
que frequência se reduz à unidade a amplitude da resposta em frequência?
Soluções da folha 3:
1. vcm = sin(2π x 50t); vd = 0.01 sin(2π x 1000t)
2. Acm = 10; CMRR= 60
3. –4.5 < vo < 5.5 (volt)
4. 500 k
5. (b) –90.8 (c) 8.9 k
6. (a) –RF; 0 (b) –RF/(1+1/A); RF/(1+A)
7. 1
8. (a) R; R; R; R (b) I; 2I; 4I; 8I (c) –IR; –2IR; –4IR; –8IR
9. 10 k; 40 k; 120 k
10. vO = 0.2 sin(2π x 1000t); 0.2 ≤ vO ≤ 0.2 (volt)
11. 12.8 k
12. 100 k
13. vO/vI = 1/x; 1 a ∞; 0.5 k
14.
15. vO/vI = 1/(1+1/A)
16. 10 V/V; Rid = 2R1 = 20 k; Acm = 0.009; CMRR = 60.8
17. v2‐v1; R; 2R; 2R; R
18. 68 dB
19. (a) Acm = 0; Ad = 1 (b) –5 ≤ vIcm ≤ 5 (volt) (c) Acm = 0; Ad = 1; –30 ≤ vIcm ≤ 30 (volt)
20. (a) Ad1 = 1+R2/R1; Acm1 = 1+R2/R1; CMRR1 = 0 (b) Ad1 = 1+R2/R1; Acm1 = 1; CMRR1 = 20 log
(1+R2/R1); a tensão de modo comum não é amplificada
21. R4 = 100 k; R3 = 200 k; R2 ≈ 50 k; R1 ≈ 100 k + 0.5 k (em série com potenciómetro)
22.
23. 86 dB; 501 Hz; 9.998 MHz
24. 47.6 kHz; –19.9 V/V; –1.99 V/V
25. (b) 10 kHz (c) 64.35 kHz
26. 0.1 V (b) 20 mV (c) 502
27. 150 ns; impulso triangular
28. (a) 31.8 kHz (b) 0.795 V (c) 200 kHz (d) até 1 V de amplitude
29. 10 mV; 13 mV
30. 42.5 mV ≤ vO ≤ 57.5 mV; 5 k em série com a entrada não inversora; ±10 mV; 5 k em série
com a entrada inversora
31. 8.012 V; 4.004 V; ±12 mV
32. 1 k; 10 k; 4 nF; 40 kHz
33. (a) 9.9 k (b) 0.313 V
34. 100 k; 0.1 V/V; –90o; 10 V/V; –90o; 15.9 kHz; 10 V/V; –95,7o
35. 10 k; 1 M; 15.9 nF; 10 Hz