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4 aula odonto

CONCEITO DE DENTES
Os dentes em conjunto desempenham as funções de
mastigação, proteção e sustentação de tecidos moles relacionados,
auxiliam na articulação das palavras e são um importante fator a
estética da face.

Os dentes compreendem os grupos INCISIVOS, CANINOS,


PRÉ-MOLARES E MOLARES, cada um adaptado às funções
mastigatórias de apreender, cortar, dilacerar e triturar os alimentos
sólidos.

O homem como animal DIFIODONTE, tem 20 dentes decíduos e


32 permanentes.
Tipos de dentição
Os dentes decíduos são pouco calcificados em relação aos
permanentes, como tais, são brancos como o leite. Os permanentes,
com maior índice de sais calcários, são puxados para o amarelo. É a
dentina que confere cor ao dente; o esmalte é praticamente incolor e
transparente.
Dentição Primária ou decídua

Geralmente composta por 8 dentes incisivos, 4 dentes


caninos e 8 dentes molares, totalizando 20 dentes.
Dentição Secundária ou Permanente

Geralmente composta por 8 dentes incisivos, 4 dentes


caninos, 8 dentes pré-molares e 12 dentes molares,
totalizando 32 dentes.
PERMANENTES
Método de dois dígitos para indicar os dentes
DECÍDUOS

Cada dente tem um número representativo que o


identifica e o localiza no arco dental. São dois
algarismos, dos quais o primeiro se refere ao quadrante
e segundo à ordem do dente no quadrante. Os
quadrantes da PERMANENTES
dentição permanente recebem os
números de 1 a 4 e os da dentição decídua , de 5 a 8. Os
algarismos dos dentes são de 1 (incisivo central) a 8
(terceiro molar) para os permanentes, e 1 (incisivo
central) a 5 (segundo molar) para os decíduos.
Faces dos dentes
M - Face Mesial
D - Face distal
V - Face Vestibular
L - Face lingual
O - Face Oclusal
Os dentes possuem cinco faces reais a saber:
 
1.     Face vestibular (V): voltada para o vestíbulo da boca e que mantém relação com
os lábios e bochechas.
2.     Face lingual (L): voltada para a cavidade bucal propriamente dita e que mantém
relação com a língua (nos dentes superiores essas faces são também
denominadas face palatina (P) devido às suas relações com opálato – o ‘céu da
boca’).
3.     Faces proximais: são as faces de contato entre dois dentes vizinhos na arcada
dentária, sendo:
·        Face mesial (M): a mais próxima (ou voltada para) o plano sagital mediano
·        Face distal (D): a face oposta à mesial (de ‘trás’).
4.     Face oclusal (O): são as faces que entram em contato quando os dentes entram
em oclusão.

Nota: para os dentes anteriores é comum chamar-se as faces oclusais debordas


incisais ou caninas (conforme referir-se à incisivo ou canino), mas continua-se a
representá-las pela letra O. 
FACES DOS DENTES

1- Face Mesial
2- Face distal
3- Face Vestibular
4- Face lingual
5- Face Oclusal
6- Interproximal
RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS (Intraoral)
A radiografia periapical representa a técnica
intraoral designada para mostrar os dentes
individualmente e os tecidos em torno do ápice.
Cada imagem normalmente mostra de dois a
quatro dentes e fornece informações detalhadas
sobre os dentes e o osso alveolar adjacente.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES
• Detecção de infecção/inflamação apical.
• Avaliação do estado periodontal.
• Avaliação após traumatismo do dente e do osso
alveolar associado.
• Visualização da presença e posição de dentes não
erupcionados.
• Visualização da morfologia das raízes antes de
extrações.
• Análise radiográfica durante tratamento endodontico.
• Visualização pré e pós-operatório de cirurgias apicais.
• Avaliação detalhada de cistos apicais e outras lesões
no osso alveolar.
• Avaliação pós -operatório de implantes.
As técnicas intraorais são divididas em:

Técnica intrabucal periapical


• Da bissetriz;
• Do paralelismo.
Técnica intrabucal interproximal (bite wing).
Técnica intrabucal oclusal.

Para proceder qualquer dessas técnicas é


necessário o conhecimento das
características e funcionamento do aparelho,
posicionamento da cabeça do paciente e do
filme radiográfico para cada técnica
específica.
Técnicas da Bissetriz e do Paralelismo

A anatomia da cavidade oral nem sempre permite que


todos esses requisitos ideais de posicionamentos sejam
satisfeitos.
Na tentativa de solucionar esses problemas, duas
técnicas de radiografias periapicais foram
desenvolvidas:

• A técnica da bissetriz.

• A técnica do paralelismo.
TÉCNICA PERIAPICAL DA BISSETRIZ

Conhecida como técnica da


‘’ISOMETRIA”, foi introduzida por
Cieszinsky em 1907 consiste em
direcionar o feixe de Rx perpendicular ao
plano bissector formado pelo plano do
dente e do filme.
Sendo denominada Periapical por se
tratar do estudo de todo o órgão dentário
e das regiões Periapicais e estruturas
adjacentes.
A técnica da bissetriz exige um posicionamento
correto da cabeça do paciente, angulação vertical
enhorizontal, e áreas de incidência dos raios X.
O próprio paciente faz a manutenção do filme, na
maxila é necessário segurar o filme com o polegar
do lado oposto ao da incidência e na mandíbula
com o indicador.
Posicionamento da cabeça do paciente

Trago asa do nariz Trago comissura labial PMS


Plano de Camper
LINHAS DE POSICIONAMENTO DA FACE
1. Linha de Camper: Linha que
vai do trago à asa do nariz.
2. Linha trago-comissura labial:
Linha que vai do trago à comissura
labial do mesmo lado;
3. Linha infra-orbitomeatal:
Também denominada linha
horizontal alemã, linha
antropológica, ou linha de
Frankfurt ou linha de Reid. É uma
linha que vai da borda inferior da
órbita ao teto do poro acústico
externo do mesmo lado.
Pontos anatômicos

1 – Asa do nariz;
2 – Comissura labial;
3 – Acântio;
4 – Borda lateral da órbita.
Pontos anatômicos

1 – Asa do nariz;
2 – Comissura labial;
3 – Acântio;
4 – Borda lateral da órbita;
5 – Trago.
PLANOS E LINHAS DA FACE PARA
RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA.

PMS -  Divide a cabeça verticalmente em


duas partes iguais, direita e esquerda;

Plano frontal (coronal) - È um plano vertical


em ângulo reto, que divide a cabeça em
parte anterior e posterior.;

Plano infra-orbitomeatal -  Também


denominado plano horizontal alemão,
plano antropológico, ou plano de
Frankfurt, dividindo a cabeça em parte
superior e inferior.
PLANO OCLUSAL
1. SEIO MAXILAR 1. SUTURA INTERMAXILAR
2. PROCESSO ZIGOMÁTICO 2. LINHA OBLÍQUA
3. ASSOALHO DA CAVIDADE NASAL 3. LINHA MILOIOIDEA
4. ASSOALHO DO SEIO MAXILAR 4. CANAL DA MANDÍBULA
5. TUBEROSIDADE DA MAXILA 5. FÓVEA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR
6. W SINUSAL (SEPTO NO SEIO MAXILAR) 6. BASE DA MANDÍBULA
7. PROCESSO CORONOIDE DA MANDÍBULA 7. FORAME MENTUAL
8. HÂMULO PTERIGOIDEO 8. FÓVEA DA GLÂNDULA SUBLINGUAL
9. Y INVERTIDO DE ENNIS 9. CANAL NUTRÍCIO
10. SEPTO NASAL 10. ESPINHA GEMINIANA
11. ESPINHA NASAL ANTERIOR 11. FORAME LINGUAL
12. FORAME INCISIVO
Ângulos verticais

Os ângulos verticais são obtidos direcionando o


feixe de raios x em ralação a linha de oclusão ou
plano oclusal, ângulos positivos (+) na maxila, e
ângulos negativos (-) para mandíbula.

Horizontal
Horizontal = 0 =grau
0 grau (planosagital
(plano sagital mediano)
mediano)
Vertical = 45 a 55 graus
Vertical = -20 a -30 graus
Ângulos horizontais
Os ângulos horizontais estão relacionados ao PMS sendo
obtido movimentando o cilindro horizontalmente,
direcionando-o paralelamente às faces proximais dos
dentes evitando a sobreposição.

Horizontal = 60 a 75 graus (asa do nariz)


Vertical = 40 a 50 graus
MAXILA
MANDÍBULA
TÉCNICA

_ Filme colocado com a parte branca para


exposição aos raios X;
_ Centralizar a região a ser radiografada;
_ Picote voltado para as faces oclusais ou
incisais;
_ Para os dentes anteriores os filmes são
colocados verticalmente e para os dentes
posteriores os filmes são colocados
horizontalmente;
_ A borda superior ou inferior do filme deve
ultrapassar as faces oclusal ou incisal em 2 a 5
mm.
Quando usar o dedo do paciente para posicionar
o filme, necessário utilizar o polegar para as
radiografias superiores e o indicador para as
inferiores pois possibilita maior estabilidade ao
filme.

Deve posicionar o localizador do aparelho de


forma que o filme fique no centro e o feixe de
raios x esteja direcionado perpendicularmente a
bissetriz do ângulo formado entre o eixo do
dente e do filme.

Com o uso do posicionador a incidência do feixe


será dada pelo próprio posicionador.
DISTÂNCIA FOCAL E TEMPO DE EXPOSIÇÃO
Possuímos algumas variações na distância focal das
técnicas intraorais.
• Na técnica da bissetriz é indicada uma distância
foco filme de 20 cm, que se obtém aproximando o
cilindro do aparelho a face do paciente.

• Na técnica do paralelismo, a distância focal é de 40


cm, com o auxilio de um localizador longo.

• O tempo de exposição do filme ao raio x varia de


acordo com o fabricante.
É necessário regular o tempo
de exposição do Rx pelo
aparelho. Algumas estruturas
são capazes de se
sobreporem a estrutura que
está em estudo.

O processo zigomático na
região dos MS, sendo
necessário um maior tempo
de exposição.

Para crianças o tempo deve


ser reduzido em ⅓, em ¼
para edêntulo e aumentar
¼ para pacientes grandes.
Importante seguir as
instruções do fabricante.
ÂNGULOS DE INCIDÊNCIA DO FEIXE DE RAIOS X

Devido a conformação anatômica dos


maxilares e suas variações o exame das
maxilas e da mandíbula são divididos em
regiões.
O feixe de raios X deve incidir com
angulações diferentes para que obtenhamos
uma imagem radiográfica com menor grau
de encurtamento, sobreposição e
alongamento das estruturas.
Procedimento para o ideal posicionamento do
receptor de imagem.
• Os dentes sob investigação e o receptor de imagem devem estar
em contato ou, se não for possível, o mais próximo possível.
• Os dentes e o receptor de imagem devem estar paralelos entre si.
• O receptor de imagem deve ser posicionado com o seu longo eixo
na vertical para os incisivos e caninos e na horizontal para os pré-
molares e molares, com sobra suficiente do receptor além do ápice,
para registrar os tecidos apicais (2 a 5 mm)
• O cabeçote de raios X deve estar posicionado de forma que o
feixe incida perpendicularmente em relação aos dentes e ao filme,
tanto no plano horizontal quanto no plano vertical.
• O posicionamento deve ser reproduzível.

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