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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA

CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS


 
 
TRABALHO DE DIREITOS HUMANOS
 
ASSUNTOS:
DIREITO A LIBERDADE E DE LOCOMOÇÃO
DIREITO DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA, PSÍQUICA E MORAL (DIREITOS DA PERSONALIDADE)
 
INSTRUTORA: 2º TEN QOBM ELIZABETH
EQUIPE:
AL CHO CARLOS
AL CHO CARMENALDO
AL CHO CABRAL
AL CHO BARROS
AL CHO LAUREANO
AL CHO ROGÉRIO
 
JOÃO PESSOA-PB
FEVEREIRO DE 2011
• DIREITO DE LIBERDADE
•  
• O QUE É LIBERDADE
•  
• A Constituição diz que "todos são iguais (...), garantindo-se (...) a inviolabilidade do direito (...)
à liberdade..." (art. 5º, caput).
•             Que é liberdade? No ensino fundamental, ao estudar a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais, símbolos da República Federativa do Brasil (art. 13, § 1º), aprendemos o lema
da Inconfidência Mineira: Libertas quae sera tamen. Só não nos ensinaram que ele fora tirado
mutiladamente do verso de Públio Virgílio Marão (70-19 a.C.), Écloga, I, 27: "A liberdade, a
qual, mesmo tardia, contudo olhou para mim inerte" (Libertas quae, sera, tamen respexit
inertem).
•           Nossa vontade tende necessariamente para o bem real ou aparente. Mas o bem que se
oferece é múltiplo, compreendendo graus numerosos. Por isso, entre os bens de valor
desigual, devemos escolher. E escolher supõe liberdade. Que liberdade é essa? A liberdade
física, civil, relativa a fatores extrínsecos ou à coação, permite a você viajar, trabalhar, estudar,
sem qualquer constrangimento físico ou moral. A liberdade psicológica ou de arbítrio, relativa
a fatores intrínsecos, significa autodeterminação: a pessoa não é coagida por taras ou
paixões. É a liberdade de exercício (você pode agir ou não agir) ou liberdade de especificação
(caso aja, pode agir deste ou daquele modo).
•             A liberdade de arbítrio é fundamental, pois tem sua raiz na natureza espiritual da alma
humana. Numa biblioteca, não sou obrigado a ler tal livro. Depois que examinar o catálogo,
escolho livremente ler determinada obra.
•             Na vida diária, o homem sente-se obrigado a cumprir certos atos e abster-se de outros.
Esse sentimento de obrigação supõe a liberdade de cumprir e não
• cumprir. As pessoas são obrigadas a praticar a justiça, porque podem não a cumprir, mas não
são obrigadas a digerir, porque não são livres para não digerir.
•             Atribui-se a todo o homem sadio determinada cota de responsabilidade. Só pode
alguém responder se seus atos são livres e na medida em que são livres. Suprimida a
liberdade, suprime-se também a responsabilidade.
•             Quando decidimos fazer algo, sabemos que poderemos decidir diversamente, como
também, ao executá-lo, somos conscientes de que poderemos voltar atrás ou abandonar
simplesmente a execução da obra.
•             Immanuel Kant (1724-1804), embora crítico em relação ao conhecimento humano na
Crítica da Razão Pura (Kritik der reinen Vernunft), admitia, na Crítica da Razão Prática (Kritik
der praktische Vernunft), a liberdade de arbítrio como postulado sem o qual não poderia
haver moralidade.
•             Jean-Paul Sartre (1905-1980), em O Ser e o Nada (L’Être et le Néant, p.61), é taxativo:
"A liberdade humana precede a essência do homem e a torna possível. A essência do ser
humano fica em suspenso na sua liberdade. O que chamamos de liberdade é, pois, impossível
de distinguir do ser da ‘realidade humana’."
•             O que há de mais significativo no existencialismo sartriano é a intenção de ordem
moral, ou o movimento moral de "recuperação por si próprio do ser apodrecido", recurso
supremo à liberdade, pela qual Sartre não nega, mas decide transcender à falência ontológica
descrita em O Ser e o Nada (L’Être et le Néant). Por isso, "não podemos jamais escolher o mal.
O que escolhemos é sempre o bem. Nada pode ser bom para nós sem o ser para todos" (O
Existencialismo é um Humanismo – L’Existentialisme est un humanisme –, p. 25-26). Sartre
não alude a qualquer valor universal em si. Pensa apenas na solidariedade humana, em
virtude da qual, escolhendo para mim, escolho para o gênero humano.
• DIREITO DE LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
•  
• Introdução
•  
• Através da presente exposição, pretendemos trazer a flagrante problemática enfrentada
diariamente pelos cidadãos das grandes cidades brasileiras: a perda da liberdade de
locomoção (permanecer, ir e vir) diante da presença constante da violência urbana.
• Esta última encontra-se mais freqüente do que nunca em nosso meio, e com um fator
agravante: ela migrou das periferias para os grandes centros, para os bairros nobres.
Talvez por isso, a população tenha despertado para a necessidade de exigir das
autoridades, providências mais severas com o intuito de saná-la.
• Importa salientar que não temos a intenção de esgotar a questão proposta, mas de
apenas lançar uma reflexão crítica sobre a realidade social em que vivemos atualmente.
•  
• O que é liberdade?
• Quando nos deparamos com a palavra liberdade, sendo ela escrita ou falada, suscitamos
em nossa mente uma idéia imediata de algo bom e necessário que aprovamos de plano.
Porque isso acontece? Decerto, cremos que isso decorre da própria natureza humana,
pois, a liberdade é seguramente um dos mais importantes direitos que o indivíduo dispõe.
• Defendemos que esta consiste num direito ao qual podemos chamar de natural, como
garantem os jusnaturalistas, por ser inerente à qualidade de ser  
• humano, imprescindível à existência digna e à fruição da plenitude da vida, uma vez que todos nascem,
ou deveriam nascer, livres.
• Justamente por isso, o tema liberdade tem sido preocupação constante do ser humano e foi muito
abordado através dos tempos por vários pensadores no sentido de sua manutenção. É enriquecedor,
por exemplo, remontarmos ao Estado de natureza construído pelo filósofo inglês John Locke, em que
verificamos a idéia professada por ele, de que os homens nascem livres e com direitos iguais:
"nascemos livres na mesma medida em que nascemos racionais". Segundo o autor, o governo e o
poder político são necessários, mas assim também é a liberdade do cidadão: “um tipo de governo é
possível no qual o povo ainda é livre”.
• O autor Soares Amora (Saraiva, 1999), em seu dicionário da língua portuguesa, assevera que “liberdade
é o direito de uma pessoa de agir segundo sua vontade”. “É condição de homem livre”.
•  
• A violência que nos torna cativos
•  
• Antes de tecermos algumas considerações acerca da violência real que nos assola diariamente,
faremos uma breve reflexão sobre a definição da palavra violência.
• Utilizaremos aquela traçada por Marilena Chauí, que assim constata: Violência vem de vis (latim), que
significa força: “É um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico ou psíquico contra alguém e caracteriza
relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão, intimidação, pelo medo e pelo terror”.
• Nos fixaremos mais precisamente na marca psicológica do medo trazido pela violência. Medo este que
nos bloqueia, nos impede de exercer nossas atividades normais do cotidiano.
•  
• Voltemos ao conceito de liberdade: ”direito de uma pessoa de agir segundo sua vontade”.
Especificando-a como liberdade de locomoção, poderíamos defini-la como o “direito de uma pessoa
de permanecer, ir e vir de acordo com a sua vontade”.
•  
• “A liberdade é a aptidão de fazer aquilo que se gosta, uma liberdade de escolha que implica o
direito do indivíduo de não ser tolhido pelos outros no desenvolvimento da sua própria
atividade”.
• Deparamo-nos com a realidade crua: diariamente nos sentimos amarrados, tolhidos em nosso
direito de ir e vir pelo constante medo da violência que nos circunda. Estamos de fato, presos em
nossos lares com pavor daquilo que poderia acontecer se resolvêssemos, por exemplo, pegar uma
condução à noite; ou sair a pé pela cidade pra executar eventual compromisso. A constatação de
que a marginalidade cresce a cada dia e torna-se mais difícil de ser contida pelo Estado, gera um
medo coletivo. Medo de ser assaltado, de ser seqüestrado, de ser violentado, medo de ser
assassinado, enfim, medo de ser mais uma das inúmeras vítimas dos chamados “marginais”.
• O interessante é que mesmo diante dessas constatações, sabemos que o Brasil é conhecido como
um país pacífico, tranqüilo e ordeiro.
• De fato, não podemos nos deixar enganar por essa distorção da realidade, que é muito bem
explicada pela professora Marilena Chauí.
• A filósofa destaca que acerca do nosso país, existe um mito que visa mascarar a realidade social,
marcada pela notória violência crescente. Esse mito poderoso é o da não-violência essencial do
povo brasileiro, que apresenta os predicados de pacífico e ordeiro por natureza, o que remonta à
época do descobrimento. Tal é caracterizado como mito fundador, pois ele não cessa de encontrar
novos meios para exprimir-se, novas linguagens, novos valores e idéias de tal modo que quanto
mais parece ser outra coisa tanto mais é a repetição de si mesmo.
• Segundo a autora supracitada, o Brasil é um país que apresenta uma sociedade oligárquica, que se
encontra dividida e polarizada: de um lado há miséria absoluta das classes populares e de outro,
verificamos o privilégio absoluto da classe dominante e dos governantes.
• Tal polarização se reflete no funcionamento da política:
•  
• “Há identificação entre o Estado e o Executivo; ausência de um legislativo confiável e medo do judiciário,
que somados á ideologia do autoritarismo social e ao imaginário teológico-político levam ao desejo
permanente de um Estado forte para a salvação nacional. O Estado vê a sociedade civil como inimiga e
perigosa, bloqueando as iniciativas de movimentos sindicais, sociais e populares”.

• O Brasil está em 2º lugar nos índices de concentração de renda e má distribuição de riqueza. O país conta
com o 8º PIB mundial, sendo que 2% possuem 92% da renda nacional; enquanto 98% possuem 8% dessa
renda.
• Pelo exposto, estamos perante dados que nos demonstram uma desigualdade social perene, encarada
como um fator agravante (embora não determinante) para o aumento da criminalidade.
• Tomaremos como exemplo a cidade de Vitória, no estado do Espírito Santo (que já foi eleita a capital mais
violenta do país) onde se destaca a execução de uma enorme cadeia de delitos (furtos, roubos, homicídios,
seqüestros) ligados ao que chamamos de crime organizado.
• A população certamente já se deu conta disso e encontra-se alarmada. Importa-nos ressaltar o relato feito
pelo Professor Erly Euzebio dos Anjos, em seu artigo “De sujeito a Objeto da violência”, em que narra a
indagação de sua filha, de seis anos de idade, sobre a possibilidade de uma criança ser assaltada. Essa é
uma  
•  
•  
• preocupação que deveria estar longe da realidade infantil, e por isso mesmo, é
assustador o temor que foi despertado nessa criança pela constatação da
freqüente ocorrência de crimes.
• É justamente este sentimento coletivo de medo que nos faz reféns dos agentes da
violência.
• Cada vez mais nos isolamos, investimos em trancas, portões eletrônicos, carros
blindados, sistema de vigilância, câmeras de seguranças, vigias noturnos nos
bairros; ou seja, em mecanismos para afastar de alguma forma o sentimento de
insegurança coletivo que está se transformando numa “neurose social”.
•  
• Conclusão
• Por todo o exposto verificamos que, apesar de possuirmos o direito de liberdade de
locomoção, garantido legalmente por dispositivos constitucionais e
infraconstitucionais, o Estado não é capaz de oferecer condições favoráveis para
que possamos exercê-lo (não garante efetivamente a paz e a ordem nas ruas; não
obtém resultados eficazes no combate à marginalidade; não dispõe de
policiamento adequado). Assim, formalmente dispomos do direito à liberdade; mas
materialmente, não o temos, o que nos tornam verdadeiros prisioneiros da alta
criminalidade no país.
• DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA, PSÍQUICA E MORAL (DIREITOS DA PERSONALIDADE)
•  
• CONCEITO
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• É o direito de cada pessoa de defender o que lhe é próprio, como a vida, identidade, liberdade,
privacidade, honra, opção sexual, integridade, imagem. É o direito subjetivo de exigir um comportamento
negativo de todos, protegendo um bem próprio, valendo-se de ação judicial.
• Alguns conceitos mostram-se importantes para o estudo dos direitos da personalidade:
• a)Pessoa: ente físico (ser humano pessoa natural) ou coletivo (pessoa jurídica) suscetível de direitos e
obrigações. Sujeito de direito é aquele sujeito de um dever/pretensão/titularidade jurídica.
• b)Personalidade: aptidão jurídica para adquirir direitos e contrair obrigações. Toda pessoa é dotada de
personalidade.
• c)Capacidade: manifestação do poder de ação contido no conceito de personalidade.
• Vale ressaltar também que os direitos da personalidade possuem dupla dimensão: a axiológica, pela que se
manifestam os valores fundamentais da pessoa, e a objetiva, pela que os direitos são assegurados legal e
constitucionalmente.
•  
• CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
• Os direitos da personalidade são absolutos, intransmissíveis, indisponíveis, ilimitados, imprescritíveis e
inexpropriáveis.
• São direitos necessários, inexpropriáveis, pois são inatos, adquiridos no instante da concepção. São,
portanto, vitalícios, perenes, perpétuos, protegidos após o falecimento. E imprescritíveis, porque sempre
poderá o titular invocá-los, mesmo que por largo tempo deixe de utilizá-los.
• CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

• Os direitos da personalidade destinam-se, basicamente, a resguardar a dignidade humana. Qualquer


classificação varia de acordo com os métodos e critérios de cada autor, porém, em regra geral, os direitos
da personalidade dividem-se com base nos critérios corpo/mente/espírito, sendo classificados em:
• a) Integridade física:
• Fazem parte dessa classificação o direito à vida e o direito ao próprio corpo, vivo ou morto. O direito à vida
é tutelado desde o nascimento à velhice, passando pelos alimentos, planejamento familiar, habitação,
educação, proteção médica, entre outros. O direito ao corpo vivo compreende tudo aquilo relacionado ao
corpo humano, desde o espermatozóide e o óvulo até a possibilidade de mudança de sexo. O direito ao
corpo morto, por sua vez, diz respeito ao sepulcro, à cremação, ao culto religioso e à experiências
cientificas post mortem.
• b) Integridade intelectual e psíquica:
• Por essa análise, a pessoa é vista como [.] ser psíquico atuante, que interage socialmente. [.] Nessa
classificação, levam-se em conta os elementos intrínsecos do individuo, como atributos de sua inteligência
ou sentimento, componentes do psiquismo humano. (GAGLIANO, 2010 p. 211) O direito à integridade
intelectual e psíquica compreende e garante a liberdade de pensamento, a autoria de criações intelectuais,
de inventos e a privacidade. Esses direitos são defendidos com base na premissa de que não se pode fazer
uso dos produtos do pensamento e da intelectualidade humana de forma indevida, sem as devidas
menções ou autorizações.
• c) Integridade moral:
• Os direitos referentes à integridade moral tutelam, basicamente, o
direito de todas as pessoas de não terem sua imagem, sua honra
ou sua moral expostas, mercantilizadas ou caluniadas. A
personalidade humana não deve ser alterada material ou
intelectualmente.
• Relacionam-se à integridade moral: a liberdade civil, política e
religiosa. São também asseguradas a segurança moral, a honra, a
intimidade, a imagem, a identidade e a intimidade.
• Nos casos em que haja colisão entre os direitos da personalidade,
visto que nenhum deles pode-se sobrepor aos demais, deve ser
aplicada a ponderação. Vale ressaltar, porém, que os valores
considerados socialmente importantes e essenciais à vida não
podem ser desprezados, de forma que a vida humana e a saúde
pública, como bens mais preciosos, irão sobrepor-se aos outros.
• Direitos da Criança, do Adolescente e do idoso.

• Em nosso País, crianças e adolescentes são vistos como seres inferiores, menores, em direitos e dignidade. A própria
etimologia de infância aponta ao “Infante”, que é o sem voz e sem fala. Frise-se que, ao longo de décadas, as crianças não
detinham qualquer autonomia. Eram integradas ao mundo dos adultos e conduzidas por rígida disciplina.
• No Brasil, vigorava, até a última década, a doutrina do “menor em situação irregular” (inspiradora do Código de Menores), o
que traz a marca da herança cultural correcional, que só vê a criança em situação de irregularidade e não como uma pessoa
dotada de dignidade.
• Foi somente com a Constituição Brasileira de 1988, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90) e com a
Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989 (ratificada pelo Brasil em 24/9/90), que se introduziu, na cultura jurídica
brasileira, um novo paradigma inspirado pela concepção da criança e do adolescente como verdadeiros sujeitos de direito,
em condição peculiar de desenvolvimento, a quem é garantido o direito à proteção especial. No entanto, apesar da clareza
das leis, tratados, convenções nacionais e internacionais em atribuir direitos às crianças e aos adolescentes, testemunhamos
um quadro de graves violações aos direitos humanos das crianças e adolescentes, dentre estes: a violência, o abuso e a
exploração sexual; o trabalho infantil e o tratamento do adolescente em conflito com a lei. Segundo dados do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as crianças e os
adolescentes representam 61 milhões (35,9% da população total). Deste universo, 45% do total de crianças e adolescentes
são pobres, sendo que 71% das crianças indígenas e 58% das crianças negras. Adicione-se que 74% das crianças e
adolescentes da área rural são pobres – o dobro da percentagem encontrada nas áreas urbanas. Na legislação brasileira, são
consideradas crianças as pessoas com até 12 anos incompletos e adolescentes as pessoas entre 12 e 18 anos incompletas.
• É de suma importância identificar as mais graves violações e “desnaturalizar” as desigualdades, bem como o padrão de
violência estrutural, sistemática e persistente que afeta de maneira diferente crianças e adolescentes, dependendo de sua
raça, etnia, gênero, região, dentre outros critérios.
• Como exemplo de um amplo esforço de articulação e integração entre governo e sociedade civil organizada, o atual
Presidente da República assumiu o compromisso de garantir, em sua gestão, prioridade às políticas voltadas para promover
os direitos de cidadania às crianças e aos adolescentes brasileiros. Em resposta a este compromisso, a Fundação Abrinq
pelos Direitos da Criança apresentou o Plano Presidente Amigo da Criança e do Adolescente. Lançado na
• É de suma importância identificar as mais graves violações e “desnaturalizar” as desigualdades, bem como
o padrão de violência estrutural, sistemática e persistente que afeta de maneira diferente crianças e
adolescentes, dependendo de sua raça, etnia, gênero, região, dentre outros critérios.
• Como exemplo de um amplo esforço de articulação e integração entre governo e sociedade civil
organizada, o atual Presidente da República assumiu o compromisso de garantir, em sua gestão, prioridade
às políticas voltadas para promover os direitos de cidadania às crianças e aos adolescentes brasileiros. Em
resposta a este compromisso, a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança apresentou o Plano Presidente
Amigo da Criança e do Adolescente. Lançado na
• Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, de dezembro de 2003, o Plano prima pelo
respeito à legislação brasileira expressa na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA. O Plano observa os acordos internacionais relativos à criança e ao adolescente
ratificados pelo Brasil na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989 e, particularmente,
na Seção Especial pela Criança realizada pela ONU em 2002, que estabeleceu no documento “Um Mundo
para as Crianças” os compromissos de: promover vidas saudáveis; prover educação de qualidade, proteger
contra abuso, proteção e violência e combater HIV/AIDS. A responsabilidade pela implementação do Plano
Presidente Amigo da Criança será de uma Comissão Interministerial, coordenada pela Secretaria Especial
dos Direitos Humanos (SEDH). Outro exemplo é o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho
Infantil, lançado em junho de 2004, elaborado pela Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Infantil
(Conaeti) no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, a partir das diretrizes propostas pelo Fórum
Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI.
• Direito dos Idosos
• A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para
promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e foi instituída pela Lei no 8.842, de
4/1/1994. A Política apontou para as seguintes diretrizes:
• Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que proporcionem sua
integração às demais gerações.
• Participação do idoso, por meio de suas organizações representativas, na formulação, implementação e
avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos.
• Priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento em
asilos e similares, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência.
•  Distribuição gratuita de medicamentos e próteses dentárias pelos poderes públicos;
• Nos contratos novos feitos pelos planos de saúde não poderá haver reajustes em função da idade após os 60
anos;
• Desconto mínimo de 50% no ingresso de atividades culturais e de lazer, além de preferência no assento aos
locais onde as mesmas estão sendo realizadas;
• Proibição e limite de idade para vagas de empregos e concursos, salvo os acessos em que a natureza do cargo
exigir;
• O critério para desempate de concursos será a idade, favorecendo-se aos mais velhos;
•  Idosos com 65 anos ou mais que não tiverem como se sustentar terá direito ao benefício de um salário
mínimo;
• Processos judiciais envolvendo pessoas com mais de 60 anos terão prioridades, nos programas habitacionais
para aquisição de imóveis e transporte coletivo urbano e semiurbano gratuito para maiores
• transporte coletivo urbano e semiurbano gratuito para maiores de 65
anos.            .
• Para que a lei que deu vigor ao Estatuto do Idoso tenha real valor é
necessário seguir todos os itens citados acima.
• A Constituição de 1988 também reconhece a especificidade dos idosos
como sujeitos de direito. Assim é que tal perspectiva foi explicitada e
regulamentada com a promulgação do “Estatuto do Idoso”. O Estatuto é um
marco jurídico para a proteção especial ao idoso, considerando sua peculiar
vulnerabilidade, suas demandas e seus direitos especiais.
• Considere, nesse ponto, o aumento considerável da população idosa no Brasil
e no mundo, em face da elevação da expectativa de vida e da redução da taxa
de fecundidade. O fenômeno do aumento da expectativa de vida, por si só,
demandará a revisão dos conceitos de infância, juventude e velhice.
• O Estatuto tem o grande mérito de dar visibilidade ao idoso enquanto pleno
sujeito de direito, a demandar especial proteção. É, assim, previsto um
universo de direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que
vem a regulamentar o comando constitucional do artigo 230. Neste âmbito,
dois princípios merecem destaque: o princípio da proteção integral e o
princípio da absoluta prioridade ao idoso.
• Quanto ao princípio da proteção integral, o Estatuto consagra aos idosos tanto os direitos
civis e políticos, como os direitos sociais, econômicos e culturais, no marco da proteção
integral dos direitos, a fim de que todo idoso possa viver em condições de liberdade e
dignidade. Desse modo, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder
Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,
à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
• Quanto ao princípio da prioridade, o Estatuto afirma que a garantia de prioridade
compreende, por exemplo, o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos
órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; a preferência na formulação
e na execução de políticas sociais públicas específicas; a destinação privilegiada de recursos
públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; dentre outras medidas.
• O Estatuto ainda estabelece que nenhum idoso sejam objeto de qualquer tipo de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou opressão, prescrevendo crimes e prevendo penas aos
atos que violem os direitos dos idosos.
Para combater a violência e garantir os direitos dos idosos, o Governo federal, em
consonância com o Estatuto do Idoso, está avaliando a implantação e implementação do
Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra o Idoso. O documento traz ações
conjuntas da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA e Ministérios da Saúde
• Justiça, Cidades, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Esporte e Lazer.
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• O idoso e a sociedade
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• O abandono ao idoso no Brasil se intensifica na precariedade da assistência prestada pelo Estado.
• Muitas vezes sabemos que os nossos velhinhos são excluídos de tudo, só que isso ocorre devido à falta de
consciência.
• Se nós jovens pararmos para pensar que futuramente iremos ficar velhos, procuraríamos dar valor à convivência
com idosos.
• Quem é que quer ser tratado como um objeto sem valor? Ninguém.
• Pois é isso que está acontecendo no Brasil. Muitas famílias levam os idosos para morar em asilos e quando eles chegam lá
acabam sendo tratados como animais.
• Muitos deles não têm uma boa alimentação, um bom tratamento médico e nem psicológico. E consequentemente
acabam provocando a morte antecipada dos nossos velhinhos.
• O Brasil deveria investir mais recurso diante dessa situação, porque se calcularmos a porcentagem de idosos está
aumentando cada vez mais.
• O governo ajuda aos idosos. Existe uma lei que os defendem, mas, ainda precisa se fazer mais por eles. O Estatuto
do Idoso é um conjunto de leis que tem por objetivo defender e proteger aos cidadãos que já atingiram certa meta de
idade.
• Em nossa lei brasileira é considerado idoso aquele que tem igual ou acima de 60 anos. O estatuto existe para que
não se deixe no esquecimento, é uma prova que os idosos têm direitos que devem ser cumpridos.
• Quanto à saúde diz-se que os idosos devem ter tudo que necessitam, como um atendimento médico gratuito. O
estatuto do idoso diz que o governo deve ter uma atenção maior para com os idosos.
• Em caso de suspeita de maus tratos a idosos deve-se avisar alguma autoridade local. Deve-se ter a participação do
idoso nas atividades culturais e de lazer, e seus direitos lhes diz que deve pagar apenas metade ou ter seus assentos
assegurados. Mesmo tendo seus direitos descritos em estatuto ainda há preconceito ao idoso no que diz respeito ao
trabalho, porém eles podem exigir exercer algumas atividades que estiverem ao seu alcance, considerando suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.

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