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Trab Direito Humanos
Trab Direito Humanos
• Em nosso País, crianças e adolescentes são vistos como seres inferiores, menores, em direitos e dignidade. A própria
etimologia de infância aponta ao “Infante”, que é o sem voz e sem fala. Frise-se que, ao longo de décadas, as crianças não
detinham qualquer autonomia. Eram integradas ao mundo dos adultos e conduzidas por rígida disciplina.
• No Brasil, vigorava, até a última década, a doutrina do “menor em situação irregular” (inspiradora do Código de Menores), o
que traz a marca da herança cultural correcional, que só vê a criança em situação de irregularidade e não como uma pessoa
dotada de dignidade.
• Foi somente com a Constituição Brasileira de 1988, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90) e com a
Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989 (ratificada pelo Brasil em 24/9/90), que se introduziu, na cultura jurídica
brasileira, um novo paradigma inspirado pela concepção da criança e do adolescente como verdadeiros sujeitos de direito,
em condição peculiar de desenvolvimento, a quem é garantido o direito à proteção especial. No entanto, apesar da clareza
das leis, tratados, convenções nacionais e internacionais em atribuir direitos às crianças e aos adolescentes, testemunhamos
um quadro de graves violações aos direitos humanos das crianças e adolescentes, dentre estes: a violência, o abuso e a
exploração sexual; o trabalho infantil e o tratamento do adolescente em conflito com a lei. Segundo dados do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as crianças e os
adolescentes representam 61 milhões (35,9% da população total). Deste universo, 45% do total de crianças e adolescentes
são pobres, sendo que 71% das crianças indígenas e 58% das crianças negras. Adicione-se que 74% das crianças e
adolescentes da área rural são pobres – o dobro da percentagem encontrada nas áreas urbanas. Na legislação brasileira, são
consideradas crianças as pessoas com até 12 anos incompletos e adolescentes as pessoas entre 12 e 18 anos incompletas.
• É de suma importância identificar as mais graves violações e “desnaturalizar” as desigualdades, bem como o padrão de
violência estrutural, sistemática e persistente que afeta de maneira diferente crianças e adolescentes, dependendo de sua
raça, etnia, gênero, região, dentre outros critérios.
• Como exemplo de um amplo esforço de articulação e integração entre governo e sociedade civil organizada, o atual
Presidente da República assumiu o compromisso de garantir, em sua gestão, prioridade às políticas voltadas para promover
os direitos de cidadania às crianças e aos adolescentes brasileiros. Em resposta a este compromisso, a Fundação Abrinq
pelos Direitos da Criança apresentou o Plano Presidente Amigo da Criança e do Adolescente. Lançado na
• É de suma importância identificar as mais graves violações e “desnaturalizar” as desigualdades, bem como
o padrão de violência estrutural, sistemática e persistente que afeta de maneira diferente crianças e
adolescentes, dependendo de sua raça, etnia, gênero, região, dentre outros critérios.
• Como exemplo de um amplo esforço de articulação e integração entre governo e sociedade civil
organizada, o atual Presidente da República assumiu o compromisso de garantir, em sua gestão, prioridade
às políticas voltadas para promover os direitos de cidadania às crianças e aos adolescentes brasileiros. Em
resposta a este compromisso, a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança apresentou o Plano Presidente
Amigo da Criança e do Adolescente. Lançado na
• Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, de dezembro de 2003, o Plano prima pelo
respeito à legislação brasileira expressa na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA. O Plano observa os acordos internacionais relativos à criança e ao adolescente
ratificados pelo Brasil na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989 e, particularmente,
na Seção Especial pela Criança realizada pela ONU em 2002, que estabeleceu no documento “Um Mundo
para as Crianças” os compromissos de: promover vidas saudáveis; prover educação de qualidade, proteger
contra abuso, proteção e violência e combater HIV/AIDS. A responsabilidade pela implementação do Plano
Presidente Amigo da Criança será de uma Comissão Interministerial, coordenada pela Secretaria Especial
dos Direitos Humanos (SEDH). Outro exemplo é o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho
Infantil, lançado em junho de 2004, elaborado pela Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Infantil
(Conaeti) no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, a partir das diretrizes propostas pelo Fórum
Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI.
• Direito dos Idosos
• A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para
promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e foi instituída pela Lei no 8.842, de
4/1/1994. A Política apontou para as seguintes diretrizes:
• Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que proporcionem sua
integração às demais gerações.
• Participação do idoso, por meio de suas organizações representativas, na formulação, implementação e
avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos.
• Priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento em
asilos e similares, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência.
• Distribuição gratuita de medicamentos e próteses dentárias pelos poderes públicos;
• Nos contratos novos feitos pelos planos de saúde não poderá haver reajustes em função da idade após os 60
anos;
• Desconto mínimo de 50% no ingresso de atividades culturais e de lazer, além de preferência no assento aos
locais onde as mesmas estão sendo realizadas;
• Proibição e limite de idade para vagas de empregos e concursos, salvo os acessos em que a natureza do cargo
exigir;
• O critério para desempate de concursos será a idade, favorecendo-se aos mais velhos;
• Idosos com 65 anos ou mais que não tiverem como se sustentar terá direito ao benefício de um salário
mínimo;
• Processos judiciais envolvendo pessoas com mais de 60 anos terão prioridades, nos programas habitacionais
para aquisição de imóveis e transporte coletivo urbano e semiurbano gratuito para maiores
• transporte coletivo urbano e semiurbano gratuito para maiores de 65
anos. .
• Para que a lei que deu vigor ao Estatuto do Idoso tenha real valor é
necessário seguir todos os itens citados acima.
• A Constituição de 1988 também reconhece a especificidade dos idosos
como sujeitos de direito. Assim é que tal perspectiva foi explicitada e
regulamentada com a promulgação do “Estatuto do Idoso”. O Estatuto é um
marco jurídico para a proteção especial ao idoso, considerando sua peculiar
vulnerabilidade, suas demandas e seus direitos especiais.
• Considere, nesse ponto, o aumento considerável da população idosa no Brasil
e no mundo, em face da elevação da expectativa de vida e da redução da taxa
de fecundidade. O fenômeno do aumento da expectativa de vida, por si só,
demandará a revisão dos conceitos de infância, juventude e velhice.
• O Estatuto tem o grande mérito de dar visibilidade ao idoso enquanto pleno
sujeito de direito, a demandar especial proteção. É, assim, previsto um
universo de direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que
vem a regulamentar o comando constitucional do artigo 230. Neste âmbito,
dois princípios merecem destaque: o princípio da proteção integral e o
princípio da absoluta prioridade ao idoso.
• Quanto ao princípio da proteção integral, o Estatuto consagra aos idosos tanto os direitos
civis e políticos, como os direitos sociais, econômicos e culturais, no marco da proteção
integral dos direitos, a fim de que todo idoso possa viver em condições de liberdade e
dignidade. Desse modo, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder
Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,
à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
• Quanto ao princípio da prioridade, o Estatuto afirma que a garantia de prioridade
compreende, por exemplo, o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos
órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; a preferência na formulação
e na execução de políticas sociais públicas específicas; a destinação privilegiada de recursos
públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; dentre outras medidas.
• O Estatuto ainda estabelece que nenhum idoso sejam objeto de qualquer tipo de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou opressão, prescrevendo crimes e prevendo penas aos
atos que violem os direitos dos idosos.
Para combater a violência e garantir os direitos dos idosos, o Governo federal, em
consonância com o Estatuto do Idoso, está avaliando a implantação e implementação do
Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra o Idoso. O documento traz ações
conjuntas da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA e Ministérios da Saúde
• Justiça, Cidades, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Esporte e Lazer.
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• O idoso e a sociedade
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• O abandono ao idoso no Brasil se intensifica na precariedade da assistência prestada pelo Estado.
• Muitas vezes sabemos que os nossos velhinhos são excluídos de tudo, só que isso ocorre devido à falta de
consciência.
• Se nós jovens pararmos para pensar que futuramente iremos ficar velhos, procuraríamos dar valor à convivência
com idosos.
• Quem é que quer ser tratado como um objeto sem valor? Ninguém.
• Pois é isso que está acontecendo no Brasil. Muitas famílias levam os idosos para morar em asilos e quando eles chegam lá
acabam sendo tratados como animais.
• Muitos deles não têm uma boa alimentação, um bom tratamento médico e nem psicológico. E consequentemente
acabam provocando a morte antecipada dos nossos velhinhos.
• O Brasil deveria investir mais recurso diante dessa situação, porque se calcularmos a porcentagem de idosos está
aumentando cada vez mais.
• O governo ajuda aos idosos. Existe uma lei que os defendem, mas, ainda precisa se fazer mais por eles. O Estatuto
do Idoso é um conjunto de leis que tem por objetivo defender e proteger aos cidadãos que já atingiram certa meta de
idade.
• Em nossa lei brasileira é considerado idoso aquele que tem igual ou acima de 60 anos. O estatuto existe para que
não se deixe no esquecimento, é uma prova que os idosos têm direitos que devem ser cumpridos.
• Quanto à saúde diz-se que os idosos devem ter tudo que necessitam, como um atendimento médico gratuito. O
estatuto do idoso diz que o governo deve ter uma atenção maior para com os idosos.
• Em caso de suspeita de maus tratos a idosos deve-se avisar alguma autoridade local. Deve-se ter a participação do
idoso nas atividades culturais e de lazer, e seus direitos lhes diz que deve pagar apenas metade ou ter seus assentos
assegurados. Mesmo tendo seus direitos descritos em estatuto ainda há preconceito ao idoso no que diz respeito ao
trabalho, porém eles podem exigir exercer algumas atividades que estiverem ao seu alcance, considerando suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.