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CRESCIMENTO DA

POPULAÇÃO IDOSA
AULA 1 – ENFERMAGEM
Profª Andréa Pecce Bento
ENVELHECENDO

• Com o aumento da expectativa de


vida, aumentam os desafios da saúde
pública em adotar estratégias para
atender a demandas específicas dos
idosos.
REDE DE ATENÇÃO INTEGRAL DE SAÚDE DO
IDOSO

• Com o lançamento da Rede de


Atenção Integral de Saúde do
Idoso, secretarias da saúde
estabelecem protocolos e
orientações importantes para que
as equipes profissionais entendam
as transformações que a idade traz
e saibam como atender as
particularidades dessa população.
Precisamos entender a importância de
oferecer condições para que as pessoas
atinjam idades avançadas mantendo a
independência, a autonomia e a
qualidade de vida.
Para tanto aprender princípios e
instrumentos da avaliação
Multidimensional da Saúde do
AVALIAÇÃO Idoso, é de extrema importância
para os profissionais de saúde e
suas equipes.
RÁPIDO
ENVELHECIMENTO

O rápido envelhecimento da população brasileira, aliado ao


aumento da longevidade dos idosos traz profundas consequências
na estruturação das redes de atenção à saúde, com maior carga de
doenças crônicas e incapacidades funcionais.
ENVELHECIMENTO
DE CADA INDIVÍDUO

Consequentemente, constata-se o surgimento de novas demandas


e o uso mais intensivo dos serviços de saúde. Todavia, ainda que
as doenças sejam mais frequentes nesta faixa etária, nem sempre
estão associadas à dependência funcional. Assim, o
envelhecimento do indivíduo não é sinônimo de incapacidades e
dependência, mas sim, de maior vulnerabilidade.
DEFINIÇÃO DE
SAÚDE

• Não se deve confundir presença de doenças ou idade


avançada com ausência de saúde.

• Define-se saúde como uma medida da capacidade


individual de realização de aspirações e da satisfação
das necessidades, independentemente da idade ou da
presença de doenças

(Moraes e Lanna, 2014).

 
ENVELHECER

• Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais uma exceção


do que a regra (Veras, 2012).

• A maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções


orgânicas que, na maioria das vezes, não estão associadas à
limitação das atividades ou à restrição de sua participação
social.
CAPACIDADE
FUNCIONAL

Mesmo com doenças, o idoso pode continuar


desempenhando seus papéis sociais. Deste modo,
esta é uma informação que não agrega
possibilidades de mudanças e é por este motivo
que introduzimos um novo indicador de saúde, a
CAPACIDADE FUNCIONAL.
O foco da saúde está estritamente
relacionado à funcionalidade global do
indivíduo, definida como a capacidade de
gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo.

CAPACIDADE
FUNCIONAL
A pessoa é considerada saudável quando é
capaz de realizar suas atividades sozinha, de
forma plena, mesmo que seja muito idosa ou
portadora de doenças (Moraes, 2012).
CAPACIDADE
FUNCIONAL

A capacidade funcional ainda não é um conceito claramente


definido. Indivíduos com o mesmo diagnóstico clínico pode ter a
capacidade funcional absolutamente distinta um do outro, o que
faz com que essa população seja extremamente heterogênea.
Com efeito, a heterogeneidade entre os indivíduos
idosos é marcante e progressiva ao longo do
processo de envelhecimento.

HETEROGENEIDADE

Assim, a fronteira entre os conceitos de saúde,


doenças, dependência e incapacidades deve estar
bem definida.
BEM ESTAR E
FUNCIONALIDADE

Bem-estar e funcionalidade são


complementares. Representam a
presença de autonomia (capacidade
individual de decisão e comando
sobre as ações, estabelecendo e
seguindo as próprias convicções).
INDEPENDÊNCIA

Independência é a capacidade de
realizar algo com os próprios meios,
permitindo que o indivíduo cuide de
si e de sua vida.
Cabe ressaltar que a independência e a autonomia estão
intimamente relacionadas, mas são
conceitos diferentes.
Existem pessoas com dependência física, mas
capazes de decidir as atividades de seu interesse.

Por outro lado, há pessoas que têm condições físicas para


realizar determinadas tarefas do cotidiano, mas não têm
condições de decidir e escolher com segurança sobre como,
quando e onde se envolver nestas atividades.

A perda da independência nem sempre vem associada com a


perda de autonomia: um idoso com perda da capacidade de
deambular, pode perfeitamente gerenciar sua vida com
autonomia e participação social.
Segundo a Classificação Internacional
da Funcionalidade - CIF
(Organização Mundial da Saúde,
2003)
DECLÍNIO
FUNCIONAL Declínio Funcional
É a perda da autonomia e/ou da
independência, pois restringe a
participação social do indivíduo.
INDEPENDÊNCIA E
AUTONOMIA

Por sua vez, a independência e


autonomia estão intimamente
relacionadas ao funcionamento
integrado e harmonioso dos seguintes
domínios funcionais:
DOMÍNIOS FUNCIONAIS

COGNIÇÃO HUMOR/COMPORTAMENTO

• É a capacidade mental de • É a motivação necessária para a realização


das atividades e/ ou participação social.
compreender e resolver
Inclui também o comportamento do
adequadamente os problemas do
indivíduo, que é afetado pelas outras
cotidiano;
funções mentais, como senso-percepção,
pensamento e consciência.
DOMÍNIOS FUNCIONAIS

MOBILIDADE SUBSISTEMAS DA MOBILIDADE


• Capacidade aeróbica e muscular
é a capacidade individual de
(massa e função),
deslocamento e de manipulação do meio.
• Alcance/preensão/pinça (membros
Por sua vez, a mobilidade depende de superiores)
• Marcha/ postura/transferência
quatro subsistemas funcionais:
• Continência Esfincteriana
CONTINÊNCIA
ESFINCTERIANA

A continência esfincteriana é também considerada um subdomínio da mobilidade, pois a sua


ausência ( INCONTINÊNCIA ESFINCTERIANA) é capaz de interferir na mobilidade e restringir a
participação social do indivíduo.
É a capacidade de estabelecer um
relacionamento produtivo com o meio,
trocar informações, manifestar desejos,
ideias e sentimentos.

COMUNICAÇÃO

Depende de três subsistemas funcionais:


Visão

SUBSISTEMAS Audição
FUNCIONAIS

Produção/Motricidade Esta última é representada


pela voz, fala e
orofacial. mastigação/deglutição.
A perda da independência e/ou autonomia é causada pelas principais síndromes
associadas ao envelhecimento, conhecidas como as “Grandes Síndromes
Geriátricas” ou “Gigantes da Geriatria”:

INCAPACIDADE COGNITIVA

INSTABILIDADE POSTURAL
PERDA DA
INDEPENDÊNCIA
INCONTINÊNCIA ESFINCTERIANA

IMOBILIDADE

INCAPACIDADE COMUNICATIVA.
A presença destas condições crônicas de saúde aumenta a
complexidade do manejo clínico e o risco de IATROGENIA.
Além disso, estão associadas a maior demanda de cuidados de
longa duração, usualmente realizados pela família, que, na
maioria das vezes, não se encontra preparada para esta nova
função, quando se apresenta a INSUFICIÊNCIA FAMILIAR .
Até nossa
próxima aula

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