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Virologia 2017/2018

03/05/2018
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O que motivou o estudo?

• Introdução do serotipo 4 em 2011, devido a suscetibilidade da


população levou a um forte epidemia nos anos seguintes;

• Apesar de ser considerado um serotipo moderado, não se conhece o


impacto da sua introdução numa região endémica onde circulam os
outros 3 serotipos;

• Historicamente com a introdução de um novo serotipo estão


associadas grandes epidemias.
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Objetivo do estudo
• Analisar epidemiologicamente os casos de DENV-4 que ocorreram no
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil, após a introdução desse serotipo em 2011;
• Analisar o papel das diferentes metodologias laboratoriais para
confirmação dos casos;
• Analisar a associação da viremia e da antigenémia NS1 com a
severidade da doença; e
• Analisar a vigilância do genótipo circulante.

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Metodologia
• 3727 casos suspeitos de dengue recebidos entre janeiro de 2011 e
dezembro de 2013 no Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), RJ.
• 1593 casos confirmados  705 infeção por DENV-4 (44,2%)
Amostras Temperatura de Procedimentos realizados
armazenamento
Isolamento do vírus;
Soro – Fase aguda (<7 dias -70ºC RT-PCR;
de inicio de sintomas)
Antigénio NS1 – ELISA captura;
Soro – Fase Convalescente MAC – ELISA;
(>7 dias apos inicio dos -20ºC
sintomas) IgG – ELISA;

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Métodos Laboratoriais
• Isolamento do vírus
• Inoculação do soro em linhagem celular C6/36 de Aedes albopictus;
• Identificação por Imunofluorescência indireta (IFAT) utilizando anticorpos
monoclonais específicos para cada serotipo;

• NS1 – ELISA captura


• Analise de antigenémia em amostras entre 1 e 12 dias de inicio dos sintomas.
• Para melhoria da sensibilidade foi realizado um passo adicional de dissociação
do complexo imune antígeno-anticorpo

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Métodos laboratoriais
• Extração do RNA vírico

• Reverse transcriptase-polymerase chain reaction – (RT-PCR)


• Deteção e serotipagem do DENV nas amostras da fase aguda da infeção;

• Real time RT-PCR para quantificação da viremia


• Quantificação da viremia de DENV-4

• Amplificação por RT-PCR e sequenciamento do gene E


• Genotipagem e análise filogenética para estirpes de DENV-4
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Métodos laboratoriais
• Imunoglobulina M (IgM) – ELISA captura – (MAC-ELISA)
• Deteção qualitativa de anticorpos IgM anti-DENV no soro para confirmação do
caso;

• Imunoglobulina G - ELISA
• Caracterização da resposta imune ao DENV em infeção primária ou infeção
secundária;

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Classificação dos casos de Dengue (OMS,
2009)
• Dengue sem sinais de alarme:
• Pacientes que vivem ou viajaram para áreas endémicas, que apresentaram febre e dois
dos seguintes sintomas: náusea, vómitos, erupção cutânea, dores de cabeça e corpo,
teste torniquete positivo e leucopenia;
• Dengue com sinais de alarme (DWAS):
• Sensibilidades ou dores abdominais, vómito persistente, acumulação clínica de fluídos,
sangramento de mucosas, letargia ou inquietação, aumento do fígado >2cm, aumento do
hematócrito concomitante com decréscimo do número de plaquetas;
• Dengue severa:
• Extravasamento severo de plasma (levando ao choque e dificuldade respiratória),
sangramento severo, severo envolvimento do fígado com níveis de aspartato amino-
transferase (AST) e alanina amino-transferase (ALT) >1000 U, sistema nervoso central com
comprometimento da consciência, e severo envolvimento do coração e de outros órgãos;

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Total : 668 casos 83,8% 12,8% 3,2%

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Conclusões
• Após o isolamento no RJ, houve rápida disseminação do DENV-4 e
constatou-se a co-circulação dos 4 serotipos.
• O diagnóstico por NS1 ELISA foi significantemente melhorado ao
utilizar o passo de dissociação do complexo imune.
• O estado imunológico e a idade não foram relacionados a severidade
da doença.

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Conclusões
• Dois genótipos distintos de DENV-4 já foram detetados circulando
pelo Brasil, porém neste estudo somente o genótipo II foi
identificado.
• O impacto da introdução e a emergência do DENV-4 no estado do RJ
não é bem compreendida e estudos para avaliação de um novo
serotipo de DENV circulante num cenário endémico são necessários

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Criticas
• Má distribuição das figuras e tabelas ao longo do texto, dificultando a
interpretação das mesmas.

• Na descrição dos casos fatais, encontramos um erro de redação.

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Criticas
• Controvérsias quanto aos métodos utilizados em cada grupo de
amostra;

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