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MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

-A 0 +A
Acústica para produção
fonográfica
Movimento Oscilatório ou
Vibratório
• Todo movimento periódico cujo sentido é regularmente
invertido recebe o nome de movimento oscilatório ou
vibratório. As equações horárias destes movimentos
podem ser expressas em funções seno e cosseno, as
quais são chamadas funções harmônicas. Por isso, tais
movimentos, são denominados movimentos
harmônicos.
• Exemplos:
Diapasão é uma Barra
Tangendo-se a
metálica em forma de U.
corda, seus
Seus ramos quando
pontos vibram
percutidos,
em torno da
realizam movimentos
posição de
vibratórios.
equilíbrio
-A 0 +A
V NULA MÁX NULA
Ec NULA MÁX NULA
a MÁX NULA MÁX
F MÁX NULA MÁX
EP MÁX NULA MÁX
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

m
T  2
k
PÊNDULO SIMPLES

L
T  2
g
ONDULATÓRIA

1- Onda: é toda perturbação que se


propaga, transportando energia (e
quantidade de movimento) sem o
transporte de matéria.

Ex.:
- Som - Luz
- Ondas do mar - Microondas
2- Classificação das ondas
2.1- Quanto à natureza:
- Mecânicas: perturbação na matéria.
Ex.:
- Onda sonora

- Onda em corda

- Onda em líquido

Obs.: necessitam de um meio


material para se propagarem.
- Eletromagnéticas: propagação dos
campos elétrico e magnético.
 
 E  B
 
 B  E
c=3.108m/s

Ex.: - Ondas de rádio - Microondas


- Ondas de TV - Luz
Obs.: propagam-se no vácuo e em alguns meios
materiais.
2.2- Quanto à liberdade de propagação:
- Unidimensionais: propagam-se em uma
direção.

- Bidimensionais: propagam-se no
plano.

- Tridimensionais: propagam-se no
espaço. Ex: luz, som
2.3- Quanto à vibração:
- Transversais: as direções de vibração e
de propagação são perpendiculares.
- Longitudinais: a direção de vibração
coincide com a direção de propagação.
- Mista: são transversais e longitudinal ao
mesmo tempo.
3- Frente de Onda e Raio de Onda
3.1- Frente de Onda: é a fronteira entre a região atingida pela
onda e a região ainda não atingida.

3.2- Raio de Onda: é uma linha orientada que tem origem na


fonte de onda e é perpendicular às frentes de onda. Os raios
de onda indicam a direção e o sentido de propagação das
ondas num meio.
3.2- Princípio de Huyghens: cada ponto de uma frente de onda se
comporta como se fosse uma fonte de ondas secundárias; a
envolvente de todas as frentes de ondas secundárias, num instante
qualquer, fornece a nova posição da frente de onda principal para o
instante considerado.
4- Ondas periódicas

crista

vale
λ = comprimento de onda

A = amplitude da onda
Velocidade de propagação da onda:
S
v , mas ∆S = λ , assim:
t ∆t = T


v ou v  .f
T
T = período (SI : s) f = frquência (SI : Hz)
λ = comprimento de onda (SI : m)
v = velocidade (SI : m/s)
5- PULSO OU ONDA SIMPLES
Chama-se pulso a onda que corresponde a uma
perturbação simples, ou seja, quando produzimos num
meio um único abalo. Quando produzimos em um meio,
vários abalos, o meio é percorrido por um conjunto de
pulsos chamado trem de onda.
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
1- Reflexão: a onda incidente em uma superfície
volta ao mesmo meio.
I=r
V1, λ1 e f1

V1, λ1 e f1

Leis da reflexão

v = cte λ = cte f = cte


1.1- Ondas unidimensionais

Extremidade fixa Extremidade livre

Reflexão com inversão de fase Reflexão sem inversão de fase


2.1- Ondas unidimensionais
2.1- Ondas unidimensionais
2.1- Ondas unidimensionais
2.1- Ondas unidimensionais
2.1- Ondas unidimensionais
2.1- Ondas unidimensionais
2 - Refração:

Propriedades:
1a. propriedade: na refração, a freqüência e a fase não variam.
2a. propriedade: a velocidade de propagação e o comprimento de
onda variam na mesma proporção.
v
v  . f  f 

v1 v2
f1  f 2  
1 2
v1 1

v2 2
DIFRAÇÃO
3-Difração:
é o fenômeno que consiste de uma onda
“contornar” obstáculos ou passar por orifícios.
Isso ocorre quando as dimensões dos obstáculos
ou fendas são da ordem de grandeza do comprimento
de onda.
Difração da luz

• Um dos efeitos visíveis da


difração da luz é a
interferência das várias
frentes de onda, que
geram um padrão de
claro e escuro em um
anteparo colocado no
caminho da luz.
– Interferência construtiva e
destrutiva
4- Polarização:
Uma onda natural (não polarizada) é aquela que possui várias
direções de vibração, em relação a direção de propagação.
Polarizar uma onda é fazê-la vibrar em uma única direção. A
polarização é exclusiva das ondas transversais, não ocorrendo
esse fenômeno com as ondas longitudinais.
Polarização horizontal

Polarização vertical
Apenas as ondas
transversais podem
ser polarizadas.
5- PRINCÍPIO DA SUPEROSIÇÃO

A perturbação resultante em cada ponto do meio, durante


a superposição, é a adição das perturbações que seriam
causadas pelas ondas separadamente.
Depois da superposição, as ondas têm a mesma forma que
antes e continuam a se propagar como antes (Independência
das ondas).
Interferência
a) Construtiva:
b) Destrutiva:
INTERFERÊNCIA CONSTUTIVA

1
2
INTERFERÊNCIA DESTRUTIVA

2
C- ONDA ESTACIONÁRIA
Quando duas ondas periódicas de freqüências,
comprimentos de ondas e amplitudes iguais e de sentidos
contrários se superpõem num dado meio, ocorre a formação de
uma figura de interferência denominada onda estacionária.
ONDA ESTACIONÁRIA
ONDA ESTACIONÁRIA
6- RESSONÂNCIA
RESSONÂNCIA

É o fenômeno, em que um corpo ou sistema passa a


vibrar (oscilar) após ser atingido por uma onda com
freqüência natural de oscilação deste corpo ou sistema.

A ressonância ocorre quando há transferência de energia


entre dois sistemas que oscilam com a mesma freqüência. Na
ressonância, há um aumento progressivo da amplitude de
oscilação.
Propriedades da propagação: batimento:

É o fenômeno resultante da sobreposição de dois trens de


ondas com freqüências muito próximas, se propagando na
mesma direção. O trem de onda resultante assume,
periodicamente, amplitudes máximas e mínimas, podendo
estas serem nulas quando a amplitude dos dois movimentos
forem iguais.
Movimento Ondulatório: Batimento
Acústica
• Acústica é o estudo das ondas sonoras;
• Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e
tridimensionais;
• Ondas sonoras não se propagam no vácuo;

V Orelha
Vibração  Tímpano

Nervo

Fonte oscilando Cérebro
com freqüência f Compressão Rarefação
Acústica – A Freqüência do Som
• Infra-som: sons com freqüências abaixo de 20Hz.
Não perceptível ao ser humano;
• Ultra-som: sons com freqüências acima de
20000Hz. Não perceptível ao ser humano;
• Som audível: sons com freqüências perceptíveis ao
ser humano (20Hz a 20000Hz)

Infra-som Som audível Ultra-som

f (Hz)
0 20 20.000
Fontes sonoras
Acústica – A Velocidade do Som
• As ondas sonoras propagam-se em meios sólidos,
líquidos e gasosos, com velocidades que dependem das
diferentes características dos materiais. De um modo
geral, as velocidades maiores ocorrem nos sólidos e as
menores, nos gases.
• A 20°C, o som propaga-se no ferro sólido a 5100m/s, na
água líquida a 1450m/s e no ar a 343m/s.

V Sól .  VLíq .  VGas .


 Densidade  velocidade 
Velocidade de propagação do
som em um meio sólido
• V= E/ Onde E é o módulo de elasticidade ( modulo de
m Young) do material e m a sua massa específica.

Velocidade de propagação do som em


um fluido
B/ Onde B é módulo de elasticidade
V= volumétrica e m a massa específica do
m
fluido.
Acústica – A Altura do Som
• qualidade que permite diferenciar um som de alta
freqüência (agudo) de um som de baixa freqüência
(grave). A altura do som depende apenas da
freqüência.

Som alto - Freqüência maior - som agudo


Som baixo - Freqüência menor - som grave

• As notas musicais possuem alturas sonoras


diferentes, isto é, cada nota possui uma freqüência
característica.
ALTURA: Diferencia sons graves
(baixo) de sons agudos (alto).

Está relacionado a freqüência


da onda

agudo grave
Acústica – A Intensidade do Som
• qualidade que permite diferenciar um som forte de
um som fraco. A intensidade do som está relacionada
com energia que a onda transfere e com a amplitude
da onda.

Um som de Uma onda sonora de Maior transporte de


maior volume maior amplitude. energia pela onda

Som de maior intensidade


INTENSIDADE (VOLUME): Diferencia sons
fortes de sons fracos.

Está relacionado a Amplitude


da onda

Fraco Forte
NIVEL SONORO: É a relação entre a intensidade do
som ouvido pela intensidade mínima.

LIMIAR DE AUDIÇÃO: I0 = 10-12 W/m2

http://caraipora.tripod.com/carac_ouvido_.htm
I
  10. log10 ( )
I0
unidade : decibel(dB)
EXEMPLO: Um som possui intensidade de 10-7 W/m2. Calcule o nível
sonoro, em dB.
7
10
  10. log( 12 )
10
  10. log(10 ) 5

  50dB
Acústica – O Timbre do Som
• Qualidade que permite diferenciar duas ondas sonoras
de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por
fontes distintas.
• O timbre está relacionado à forma da onda emitida pelo
instrumento.

Diapasão

Flauta

Violino

Voz (letra a)

Clarineta
Reflexão do Som
Reflexão do Som
• t=intervalo de tempo para que o som que foi emitido pelo
observador e refletido seja recebido pelo mesmo.

t  0s
t

• Eco: ocorre quando t  0,1s. O observador ouve separadamente o


som direto e o som refletido.
• Reverberação: ocorre quando t < 0,1s. Há um prolongamento
da sensação auditiva.
• Reforço: ocorre quando t  0s. Há somente um aumento da
intensidade sonora.
No ar a distância mínima para ocorrer
eco é em torno de 17 m, pois:

Como D = 2.X e o tempo mínimo é de 0,1 s.

D  V .t
2 x  340.01
x  17m
Interferência de sons
Efeito Doppler
• O efeito Doppler, para ondas sonoras, constitui o
fenômeno pelo qual um observador percebe uma
freqüência diferente daquela emitida por uma fonte,
devido ao movimento relativo entre eles (observador e
fonte).
• É o que acontece quando uma ambulância, com sua
sirene ligada, passa por um observador (parado ou
não). Enquanto a ambulância se aproxima, a
freqüência por ele percebida é maior que a real (mais
aguda); mas, à medida que ela se afasta, a freqüência
percebida é menor (mais grave).
Observador em Repouso e fonte em movimento
• Fonte aproxima-se do observador O1: haverá um encurtamento
aparente do comprimento de onda 1, em relação ao  normal. A
freqüência percebida pelo observador será maior que a freqüência
real da fonte.
• Fonte afasta-se do observador O2, haverá um alongamento aparente
do comprimento de onda 2, em relação ao  normal. A freqüência
percebida pelo observador será menor que a freqüência real da
fonte.
O2 O1
V

F
Observador em Repouso e fonte em movimento

• Para o observador O1, que se aproxima de F, haverá um maior


número de encontros com as frentes de onda, do que se
estivesse parado. A freqüência por ele percebida será maior
que a normal.
• Para o observador O2, que se afasta de F, haverá um menor
número de encontros com as frentes de onda, do que se
estivesse parado. A freqüência por ele percebida será menor
que a normal.
V V

O1 V=0 O2
Efeito Doppler - Conclusão
• Movimento de aproximação entre fonte e observador:

f RECEBIDA  f EMITIDA

• Movimento de afastamento entre fonte e observador:

f RECEBIDA  f EMITIDA
v  vo
f  f .(
´
)
v  vF
f` freqüência aparente (percebida pelo ouvinte)

f freqüência real da fonte

v  velocidade do som
vo  velocidade do observador
vF  velocidade da fonte
Tubos Sonoros
Tubos Abertos
Considerando um tubo sonoro de comprimento ℓ, cujas ondas se propagam a uma velocidade v.
Assim as possíveis configurações de ondas estacionárias são:
Equações Tubos abertos
• As maneiras de vibrar
podem, partindo
destes exemplos, ser
generalizadas como:

• E a freqüência dos
harmônicos será
dada por:
• Como n não tem
restrições, no tubo
aberto, obtêm-se
freqüências naturais
de todos os
harmônicos.
Tubos Fechados
Considerando um tubo sonoro de comprimento ℓ, cujas ondas se propagam a uma velocidade v.
Assim as possíveis configurações de ondas estacionárias são:
Equações Tubos fechados
• As maneiras de vibrar
podem, partindo
destes exemplos, ser
generalizadas como:
• E a frequência dos
harmônicos será
dada por:
• Em um tubo fechado,
obtêm-se apenas
•frequências naturais
Veja mais em http://www.cdcc.usp.br/ondulatoria/musica5.html
dos harmônicos
ímpares.
Modos Normais

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