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TEORIA DO CONHECIMENTO EM ARISTÓTELES

A teoria do conhecimento ou problema gnosiológico visa saber a relação entre o


sujeito que conhece e o objeto do conhecimento. Existem três grandes escolas
gnosiológicas, as quais buscam analisar a relação entre o sujeito e o objeto, quais
sejam: a racionalista, representada por Platão e Kant, a empirista e, por fim, a realista,
que surgiu com Aristóteles

O realismo é considerado a
escola sintética que reúne o
racionalismo e o empirismo em
uma única doutrina.
IINTELECTO E CIÊNCIA

A ciência enquanto demonstrativa,


pode não saber os princípios, que são por
natureza abstratos, assim, este
conhecimento científico é incapaz de
alcançar a verdade; todavia, pelo intelecto,
que é mais abstrato que a ciência, é
plenamente possível conhecer a verdade
das coisas. Nesse sentido, Aristóteles inicia
de um exame do sujeito e da finalidade
para dizer a origem das coisas e seu
dinamismo. Dessa maneira, é com base na
ideia das quatro causas fundamentais que
ele investiga o problema da origem do
conhecimento.
O REALISMO

INTELIGÊNCIA

IDEIA = Representação da realidade


O REALISMO

De acordo com a teoria Realista o ato do


conhecimento é extremamente complexo, pois
germina de impressões que a realidade produz no
sujeito. O ato de conhecer passa por duas fases: na
primeira, o homem, por meio dos sentidos; na
segunda, o sujeito trabalha os dados experimentados.

A elaboração do conhecimento
percebido pelo sujeito o torna capaz de
transcender as sensações passadas
pelo objeto aos seus sentidos –
ultrapassar o físico - e chegar à própria
essência – ao ontos -.

FLUXO E REFLUXO
O REALISMO

Assim sendo, realismo filosófico a origem do conhecimento significa identificar a essência da realidade. Isto
significa que por meio da Metafísica, cujo expoente foi Aristóteles, é possível conhecer o ser enquanto ser.

Rejeição da ideia do
conhecimento intuitivo,
Valorização do Sujeito e
aceitando apenas a
do objeto
abstração e o raciocínio.
DIVERGÊNCIA

Aristóteles faz um caminho diferente. Em


sua opinião, o conhecimento intelectivo
deve-se em larga medida à ação do sujeito
(causa eficiente, agente), que é dotado de
uma potência particular (o intelecto) pela
qual ele elabora os dados oferecidos pela
experiência, de tal modo a colher neles o
elemento universal, necessário e, portanto,
essencial (forma).
DIVERGÊNCIA
Aristóteles compartilha o pensamento de Sócrates e Platão no tocante à validade essencial do
conhecimento intelectivo, porém não na explicação dada por Platão que introduziu o mundo das
ideias. Segundo Aristóteles, são as próprias coisas que contêm um núcleo fundamental sempre
idêntico a si mesmo, a essência, por essa razão o conhecimento sensível está apenas na análise do
objeto; diferente do mundo das ideias de Platão onde a essência se encontraria neste imaginário
chamado de hiperurano. Assim, a essência não está fora das coisas, mas nas coisas
GNOSIOLOGIA PARA ATISTÓTELES

O conhecimento é feito somente através de pistas do objeto


sensível (matéria), mas o objeto do conhecimento (núcleo) é
universal, já que não pode ser tocado. Nós sabemos através dos
sentidos que servem como liame, mas o conhecimento se baseia
somente em conceitos elaborados pela inteligência humana, que
não tem nada em comum com a experiência.
Aristóteles um empirista?

No pensamento de Aristóteles há uma defesa do empirismo. O


Empirismo não era concreto na época de Aristóteles, muitos filósofos
defendem que Aristóteles foi um dos criadores das principais ideias do
Empirismo e para outros filósofos ele é apenas um realista, um filósofo
que dá muita importância para o mundo exterior e para os sentidos,
como a única fonte do conhecimento e aprimoramento do intelecto
Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento:
sensação, percepção, memória, imaginação, raciocínio –
diferenciação a partir da linguagem - e intuição – conhecimento das
causas e princípios -. Para ele o conhecimento é formado e enriquecido
por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença
entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do
outro – diferenciação entre distinto e separadop -, a única separação
existente é entre as seis primeiras formas e a última forma pois a
intuição é puramente intelectual, mas isso não quer dizer que as outras
formas não sejam verdadeiras mas sim formas de conhecimento
diferentes que utilizam coisas concretas.
Os sentidos

No processo do conhecimento o órgão dos sentidos mais


valorizado é o olho, ou seja, a visão dá maiores condições de
conhecimento, o que não quer dizer que somente com a visão é
possível conhecer as coisas. A visão nos leva a conhecer e a
diferenciar as coisas.
Sensação

Os sentidos em contato com o mundo vão gerar a sensação, o que nós sentimos ao ouvir ver, cheirar, degustar,
enfim. As sensações são o frio, o calor, a imagem, o doce, o amargo, etc. As sensações são produzidas tanto nos
homens quanto nos animais, pois estes também têm sentidos.
Memória

Ademais, a sensação gera


a memória em alguns animais.
Aristóteles diz que a memória
nos animais permite a
reminiscência, ou seja, a
lembrança – desta vida. Deste
modo, a maioria dos animais
vivem de reminiscência
Experiência

Diferentemente dos animais, os homens


concatenam as sensações, organizam as
lembranças pela memória e esta gera
a experiência. Isto só é possível pela razão, é
ela quem se encarrega de concatenar as
memórias, as lembranças provenientes da
acumulação de sensações.
Arte

Para Aristóteles, a arte se dá através da experiência, assim como a ciência. A arte surge quando, de
muitas noções fornecidas pela experiência, se produz em nós um juízo universal a respeito de uma
classe de objetos. Deste modo, a experiência produz juízos particulares e, a posteriori, a arte produzirá
juízos universais. Assim, a arte engloba conhecimento e compreensão que é saber da coisa o seu por
que e suas causas.
As ideias

 As ideias não são assimiladas por


todas as pessoas na mesma fonte, pois
a fonte é a experiência e nem todos
tem as mesmas experiências.

 Segundo o Princípio Aristotélico, a


introdução de novas ideias é
perfeitamente possível. Com isso
podemos concluir, ser a teoria
Aristotélica mais defensável.
Processo do conhecimento

O conhecimento teórico: caracteriza-se por um conhecimento


universal e puramente contemplativo não deve buscar outro propósito
além de conhecer a si. Dentro do conhecimento teórico, podemos
distinguir três tipos: 
- Ciência: É o conhecimento através da demonstração das relações
essencial entre as coisas. Por exemplo. Matemática. 
- Inteligência é o conhecimento dos princípios de toda a ciência pode
ser particular ou universal, Por exemplo, a matemática e filosofia. 
- Sabedoria: É o tipo mais importante de conhecimento. Estudo ao ser
em tanto que o primeiro motor é dizer Deus. Por exemplo. Filosofia
primeira
Conhecimento prático: é um tipo de conhecimento que lhe dá razão
para o universal, mas não é necessário. Ele tem uma utilidade
particular ou um propósito específico. Não buscam o conhecimento
pelo conhecimento. Podemos distinguir: 
- Prudência: Este é o conhecimento do bem e do mal para o homem.
Ou seja, a ética e a política.
CORPO, PSYKHÉ E NOÛS
Espírito Sensitivo (receptivo)
e em Espírito Agente (ativo),
 Alma Vegetativa é responsável pela um desempenhando a função
subsistência. de matéria (potencialidade) e
o outro a função de forma
(atualidade). O Espírito
Alma Sensível é responsável pela
Sensitivo (que está em
sensação e o movimento local.
relação com as percepções
da segunda parte da alma)
recebe os objetos do
Razão (nous) é responsável pela
pensamento segundo a
atividade intelectual.
forma, enquanto que
o Espírito Agente representa
o espírito todo-poderoso
para a atividade da alma
espiritual.-indivisível,
impassível, imutável -.
FONTES

 http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=117
07
 http://www.coladaweb.com/filosofia/platao-x-aristoteles
  https
://andersonyankee.wordpress.com/2011/03/12/teoria-do-conhecimento-aristotelica/.
 https://andersonyankee.wordpress.com/2011/02/09/filosofia-primeira-numa-visao-arist
otelica/
 https://sites.google.com/site/jphylosophya/o-conhecimento-para-aristteles
 http://saladaphilosophia.blogspot.com.br/2013/04/o-conhecimento-do-mundo-1-tenha-
sido.html
 http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/01/teoria-do-conhecimento-na-antiguid
ade.html
 http://www.olavodecarvalho.org/apostilas/pensaris2_2.htm
 http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/psicologia.html
 Introdução à filosofia – Batista Mondin
Carlos Henrique e Samuel Fidelis

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