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“ESTRUTURA DO SUS”

PROF DENIZE A.S. RIBEIRO


O Sistema Único de Saúde (SUS) é um
dos maiores e mais complexos sistemas
de saúde pública do mundo,
abrangendo desde o simples atendimento
para avaliação da pressão arterial, por
meio da Atenção Básica, até o transplante
de órgãos, garantindo acesso integral,
universal e gratuito para toda a população
do país.

Sistema Único de Saúde (SUS)


A saúde na Constituição Federal de 1988
“A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem a redução
do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.”
Participada formulação das políticas e
ações de saúde, presta apoio aos
municípios em articulação com o conselho
estadual e participa da Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar
e implementar o plano estadual de saúde.

Secretaria Estadual de Saúde (SES)


Ministério da Saúde
Gestor nacional do SUS, formula, normatiza,
fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações,
em articulação com o Conselho Nacional de
Saúde. Atua no âmbito da Comissão
Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o
Plano Nacional de Saúde. Integram sua
estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS,
Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais.

Estrutura do SUS:
Participada formulação das políticas e
ações de saúde, presta apoio aos
municípios em articulação com o conselho
estadual e participa da Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar
e implementar o plano estadual de saúde.

Secretaria Estadual de Saúde (SES)


Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Planeja, organiza, controla, avalia e
executa as ações e serviços de saúde em
articulação com o conselho municipal e a
esfera estadual para aprovar e implantar
o plano municipal de saúde.
O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação
(Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter
permanente e deliberativo, órgão colegiado composto
por representantes do governo, prestadores de
serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução
da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas
decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo.

Conselhos de Saúde:
Cabe a cada Conselho de Saúde definir o
número de membros, que obedecerá a
seguinte composição: 50% de entidades e
movimentos representativos de usuários;
25% de entidades representativas dos
trabalhadores da área de saúde e 25% de
representação de governo e prestadores
de serviços privados conveniados, ou sem
fins lucrativos.
Comissão Intergestores Tripartite
(CIT)
Foro de negociação e pactuação entre
gestores federal, estadual e municipal,
quanto aos aspectos operacionais do SUS
Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
Foro de negociação e pactuação entre
gestores estadual e municipais, quanto aos
aspectos operacionais do SUS
Conselho Nacional de Secretário da
Saúde (Conass)
Entidade representativa dos entes estaduais
e do Distrito Federal na CIT para tratar de
matérias referentes à saúde
Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems)
Entidade representativa dos entes municipais na
CIT para tratar de matérias referentes à saúde
Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems)
São reconhecidos como entidades que representam
os entes municipais, no âmbito estadual, para
tratar de matérias referentes à saúde, desde que
vinculados institucionalmente ao Conasems, na
forma que dispuserem seus estatutos.
A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

Constituição de 1988, artigo 196:


Esse novo conceito de saúde considera
não só as causas biológicas da doença,
como os vírus, bactérias, fungos, entre
outros. Também são consideradas as
causas sociais como, por exemplo, a falta
de saneamento básico, a fome, a falta de
escolarização, enfim, todas as causas
determinantes das condições de vida da
população.
O SUS é definido pelo artigo 198 da
seguinte maneira:
I. Descentralização, com direção única em
cada esfera de governo;
II. Atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III. Participação da comunidade.
Parágrafo único - o sistema único de
saúde será financiado, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.
Dentro dessa mesma Lei foram definidos
-Com a lei 8.080, a saúde recebe uma definição mais ampla:
os Princípios Doutrinários do SUS.
São eles:
UNIVERSALIDADE - o acesso às ações e
serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça,
renda, ocupação, ou outras características
sociais ou pessoais.
EQUIDADE - é um princípio de justiça
social que garante a igualdade da
assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie. A rede de
serviços deve estar atenta às
necessidades reais da população a ser
atendida. Basicamente se constitui em
oferecer mais a quem mais precisa.
INTEGRALIDADE - significa considerar a
pessoa como um todo, devendo as ações
de saúde procurar atender a todas as suas
necessidades.
I - a identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde;

De acordo com a Lei 8.080, objetivos


do Sistema Único de Saúde são:
II - a formulação de política de saúde
destinada a promover, nos campos
econômico e social, a observância do
disposto no § 1º do art. 2º desta lei (A
saúde é um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno
exercício);
III - a assistência às pessoas por
intermédio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas
-500 milhões de consultas médicas/ano;
-11,3 milhões de internações/ano;
-3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano;
-402 milhões exames laboratoriais/ano;
-2,2 milhões de parto/ano;
-150 milhões de doses de vacinas/ano;
-215 mil cirurgias cardíacas/ano;
-16 mil transplantes/ano;
-111 milhões de pessoas contam com os
atendimentos do SAMU.

Entre os avanços em termos de


processos, podemos citar:
O repasse de recursos financeiros é realizado
para os estados e municípios, e são baseados
nos seguintes critérios: perfil demográfico;
perfil epidemiológico; rede de serviços
instalada; desempenho técnico; ressarcimento
de serviços prestados. Entretanto, com a edição
das NOBs (Normas Operacionais Básicas) este
artigo da Lei 8.080 foi modificado. O processo
Os
de recursos destinadose ao
operacionalização SUS são provenientes
funcionamento será
do Orçamentoem
aprofundado da Seguridade Social.
outro capítulo
A regulamentação do SUS está definida
por duas leis federais: a Lei Federal
8.080/90 que estabelece as condições
para a promoção, proteção e recuperação
a qual acabamos de estudar e, a Lei
Federal 8.142/90 que prevê a
indispensável participação social na
gestão do SUS.
Diversidade de serviços e ações:
Atividades dirigidas às pessoas, individual
e coletivamente, voltadas para a
promoção da saúde e prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabilitação de
agravos e doenças;

Características do SUS
serviços prestados no âmbito
ambulatorial, hospitalar e nas unidades de
apoio diagnóstico e terapêutico, bem
como em outros espaços, especialmente
no domiciliar;
ações de distintas complexidades e
custos;
Intervenções ambientais no seu sentido
mais amplo, incluindo as condições
sanitárias nos ambientes de convívio e
trabalho, da produção e circulação de
bens e serviços, o controle de vetores e
hospedeiros e a operação de sistemas de
saneamento ambiental;
instituições públicas voltadas para o
controle da qualidade, pesquisa e
produção de insumos, medicamentos,
sangue e hemoderivados, e
equipamentos.
Características do SUS:
Admite a participação do setor privado em
caráter complementar, mediante o
estabelecimento de contratos e convênios.

O projeto da reforma sanitária e o


SUS
O financiamento é proveniente de
recursos tributários do orçamento da
União, dos estados e municípios e a
prestação de serviços não está
condicionada a qualquer forma de
contribuição financeira prévia.
 Os três níveis de governo são
responsáveis pela gestão do sistema de
ações e serviços de saúde.
Possui diferentes lógicas de organização
dos serviços no território, que se orientam
por critérios diversos: tipos de serviços
envolvidos; níveis de complexidade da
atenção (atenção básica, média e alta
complexidade);
direcionalidade das ações desenvolvidas
(agravos, grupos populacionais e áreas
específicas da atenção); modelos de
prestação do cuidado à saúde.
Possui um conjunto de princípios e
diretrizes, válidos para todo território
nacional, que expressam os direitos dos
cidadãos brasileiros e o dever do Estado
na área da saúde.
Universalidade de acesso em todos os
níveis de assistência.
 Igualdade na assistência à saúde.
 Integralidade da assistência à saúde.
 Participação social.

Princípios e diretrizes do SUS


Descentralização político-administrativa,
com direção única em cada esfera de
governo:
 ênfase na descentralização dos serviços
para os municípios;
 regionalização e hierarquização da rede
de serviços de saúde.
 A execução de ações de vigilância
sanitária, epidemiológica,saúde do
trabalhador;
 a ordenação de recursos humanos para o
setor;
 a fiscalização e a produção de insumos
estratégicos.

Implicações do SUS para a atuação


do Estado na saúde
A responsabilidade pela saúde não é
apenas setorial e implica a integração das
políticas de saúde com as demais políticas
públicas. É necessária a atuação
integrada das três esferas de governo.
Proteção social (Seguridade
Social) e articulação com outras
políticas públicas
Articulação da Previdência, Saúde e
Assistência Social.
 Integração com demais políticas sociais e
coerência com políticas econômicas.
 Implantação do Orçamento da
Seguridade Social.
Fontes estáveis e condições de
financiamento adequadas nos três níveis
de governo. Suplementação e
redistribuição de recursos para estados e
municípios. Política regional de
investimentos para o SUS.

Financiamento:
Definição do papel das três esferas de
governo respeito-se as especificidades
regionais;
 Criação de mecanismos para negociação
e relacionamento entre os gestores;
 Participação da sociedade nas decisões
sobre a política;
 Articulação entre os Poderes
Executivo,Legislativo e o Judiciário na
saúde.
Relações entre gestores, controle
social, relações entre Poderes
Consolidação do caráter público, único e
universal (papel complementar do setor
privado);
 Fortalecimento da gestão pública e da
regulação do setor privado.

Relações público-privadas na
Saúde
Gestão e organização do sistema e dos
serviços:
Fortalecimento da capacidade de gestão
Pública;
 Integração da rede em uma lógica
regionalizada e hierarquizada;
Melhoria da eficiência, qualidade e efic
ácia dos serviços públicos.

Âmbitos Estratégicos para o


SUS
Acesso universal e igualitário às ações
Necessárias;
sárias em cada realidade;
Expansão e desconcentração da oferta
pública;
 Mudança do modelo de atenção;
 Melhoria da qualidade e eficácia das
ações.

Atenção à saúde
Desenvolvimento e produção nacional de
tecnologias estratégicas;
 Garantia de disponibilidade de insumos
para toda a população;
Uso adequado de tecnologias/insumos.

Desenvolvimento e provisão de
insumos estratégicos
Contratação, formação e capacitação de
RH adequadas (gestão e atenção);
Constituição de quadros técnicos nos
estados e municípios;
Distribuição eqüitativa de profissionais de
saúde no país.

Recursos humanos em Saúde

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