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II Grupo

Dissertação acerca de plantas tóxicas


(datura sp e brachiaria decumbens)
Elementos do Grupo
Manuel Cardoso Machave
Náimo Pedro Mbiza
Orcidio hilario joao moiane
Tatiane das Dores Vasco
Telma Bento Salatiel
Dencio Rafael
Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de farmacologia e
toxicologia, leccionada na Universidade Save - Extensão de Massinga,
pretende se debruçar acerca de plantas tóxicas, especialmente brachiaria
decumbens e datura sp.

Neste contexto, pretende se fazer uma descrição das plantas


referenciadas, indicando o tipo e localização da toxina de cada planta, os
animais susceptíveis a essa toxina, apresentar sinais clínicos de
intoxicação e o tratamento do animal intoxicado.
Importa referir que as plantas do género das Solanáceas apresentam
compostos de propriedades alucinógenas, no entanto não pode substituir
plantas que fornecem matéria-prima, pois provocam um forte efeito
tóxico e letal.
Objectivos

Geral
Compreender o estudo de plantas tóxicas.

Específicos:
Indicar o tipo e a localização da toxina em diferentes plantas
(brachiaria decumbens e datura sp);
Mencionar os animais susceptíveis a intoxicação por
brachiaria decumbens e datura sp;
Indicar os sinais clínicos causados por intoxicação de
brachiaria decumbens e datura sp.
Metodologias
• Para a realização do presente trabalho,
recorreu-se a diversos métodos, dos quais
destacam-se as consultas bibliográficas,
consultas em sites da internet, seguidas de
recolha das informações e com posterior
análise das mesmas, que após a sua
organização culminaram com o presente
trabalho.
Brachiaria decumbens
•Nome científico: Brachiaria decumbens

•Nome comum: Capim braquiaria


•Origem: Uganda, África
•Classe: gramínea
•Ciclo vegetativo: perene
•Proteína bruta na MS: 6 a 10%
Animais susceptíveis
•A intoxicação por Brachiaria decumbens afecta bovinos, ovinos,
caprinos, e equinos, sendo mais susceptível aos ovinos (Silveira,
2008).

•Localização da toxina

•As partes tóxicas desta planta são as folhas e o colmo.


Tipo de toxina

• Quando os ovinos ingerem pastagem Brachiaria, decumbens, que


esteja infectada pelo fungo Pithomyces chartarum, pode causar uma
doença denominada Fotosensibilização hepatógena, de origem
nutricional, considerada grave por seu grau de intoxicação.
• Fotosensibilização refere se a manifestações de sensibilidade do
animal aos raios solares.
• A Fotossensibilização hepatógena é favorecida por seguintes
factores: multiplicação do fungo como restos de vegetais mortos,
humidade e calor, por isso que há importância de manter um
maneio de pasto adequado.
Cont.
• De acordo com (Stannard, 2006), há dois tipos de
fotosensibilizacao causadas por ingestão de plantas
sendo: fotosensibilizacao primária e a secundária
ou hepatógena. Ambos estão ligados a presença de
um pigmento, geralmente fluorescente, na corrente
sanguínea do animal. Levado a pele pela circulação
periférica, o pigmento ai recebe a radiação do sol
transformando se em radiações prejudicais.
Cont.
• Fotossensibilização primária a planta possui um pigmento que e
absorvido pela mucosa intestinal, atravessa a barreira hepática na
circulação geral, indo também a pele onde causa sensibilidade aos
raios solares.
• Fotossensibilização Secundária a planta possui uma substancia
hepatotóxica, e a lesão hepática interfere ao metabolismo da
filoeritrina, que é um pigmento fluorescente formada a partir da
clorofila nos pré estômagos dos ruminantes, pela acção
desdobradora de microrganismos ai existentes que é absorvida pela
mucosa intestinal, eliminada pelo fígado através da bile.
Cont.
• Atoxina esporidesmina, um metabólico de fungo produzido durante
a exporulacao do fungo. Essa toxina causa necrose hepática e
acumulo de substâncias fotossensíveis, provocando a
fotosensibilizacao hepatógena (Matos, 2007).
• Esse fungo produz uma toxina que provoca nos animais lesões em
seus pequenos canais da bile, chamados ductos biliares, prejudicando
o fluxo biliar, indispensável na digestão do alimento, pois a bile é
que ajuda a quebrar os alimentos em pequenas partículas para ser
digerido facilmente. Quando a digestão é mal feita não ocorre o
aproveitamento dos nutrientes ingeridos.
Sinais clínicos
• Animais com fotosensibilização, apresentam enfermidade
nas orelhas, lábios, nariz, barriga e a base da cauda que
apresentam lesões semelhantes a queimaduras, perda de
peso, na sua forma crónica moderada são observadas
lesões de pele, não ocorre icterícia e as lesões tendem a
regredir de 8 a 30 dias após o surgimento dos sinais
clínicos, fotofobia, apatia ou inquietação (os animais
sacodem constantemente a cabeça e orelha), diminuição
do apetite e emagrecimento, perda de movimentos
ruminais, edemas localizadas (inchaço), urina de coloração
escurecida.
Cont.
CONT
Cont.
• Não há tratamento para estes animais, sendo que, recomenda-se a
retirada dos animais do pasto com Brachiaria pp, não deixando em
contacto com a luz solar, eles recuperam desde que sejam
submetidos a este tratamento.
Datura spp
• Nome científico: Datura spp
• Nome comum: Castanheiro do diabo, Erva do
diabo, Figueira-do-inferno, Estramónio.
Reino Plantae  

Sub reino Tracheobionta Plantas vasculares

Divisão Magnoliophyta Planta com sementes

Classe Magnoliopsida Dicotiledonea

Sub Classe Asteridae Sub classe com 11 ordens

Ordem Solanales Ordem com sete famílias

Família Solanaceae família com quarenta e dois géneros

Género Datura L. Género com dez espécies

Espécie Datura stramonium  


Cont.
Cont.
• Datura, é uma planta anual, em média de 30 a 200 cm de atura. As
folhas são grandes podendo atingir cerca de 7 a 20 cm e com
dentes irregulares. Suas flores apresentam uma das características
mais distinguidas de datura, possuindo forma de trombetas. As
flores abrem e fecham irregularmente durante a noite, ganhando o
nome de panta-da-lua.
• A fruta tem a forma oval e é coberta de espinhos, e dividida em
quatro câmaras, cada uma delas com uma dúzia de sementes de cor
negra e pequenas. Toda parte da planta emite odor quando
esmagado ou apertado.
Cont.
• As plantas do género das Solanáceas apresentam compostos de
propriedades alucinógenas, no entanto não pode substituir plantas
que fornecem matéria-prima, pois provocam um forte efeito tóxico
e letal.
• Tipo da toxina
• A toxina encontrada na datura sp tem o nome de sscopolamina,
nioscimina, atropina, hioscina, alcalóides tropânicos (Matos, 2007).
• Localização de toxina
• A localização da toxina nesta planta e especialmente na semente na
folha, flor e bolbo.
Cont.
• Animais susceptíveis
• Em suma, todas as espécies domésticas são acometidas, sendo que
os animais mais susceptíveis a intoxicação por datura sp são:
gatos e cães.
• Sinais clínicos
• Na perspectiva de Silveira (2008), os sinais clínicos observados os
animais intoxicados por datura sp são: Alucinações, taquicardia,
delírios, pupilas dilatadas, secura das secreções, midriase, pele
seca, elevação da temperatura corporal.
• Tratamento
• Uso de anticolinestarasico, antagonista colinerico (neostigmina).
Conclusão

• É necessário o conhecimento das espécies tóxicas invasoras de


pastagens, a fim de evitar possíveis acidentes devido à ingestão das
mesmas pelos animais. O maneio correcto das áreas de pastagem
deve ser periódico e preciso, evitando o aparecimento de espécies
invasoras, assim como, disponibilizando níveis adequados de
forragem de qualidade prevenindo a busca dos animais por espécies
vegetais potencialmente tóxicas.
• O nível de intoxicação depende de espécie e da toxina que existe na
planta.
Referências bibliográficas

• Silveira, Patrícia Fernandes; Bandeira, Mari Anne Madeira;


ARRAIS, Paulo Sérgio Dourado. Farmacovigilância e
reacções adversas as plantas medicinais e fitoterapêuticas:
uma realidade. Revista da farmacognosia, 2008.
• Stannard, A.A. Moléstias da pele – dermatopatias. In:
Smith, b. P. Tratado de Medicina de Grandes Animais. São
Paulo: Manole, 2006.
• Osweiler, G.D., Toxicologia Veterinária. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
• Matos, F.J.A. Plantas Medicinais: guia de selecção e
emprego das plantas usadas em fototerapia no Nordeste
do Brasil, 3a Edição, Fortaleza: Imprensa Universitária,
2007.

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