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Temas e Práticas em Relações Internacionais – BRI0001

ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e


sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para
todos

São Paulo, 2023

Comunidade escolhida: São Remo


Comunidade da favela São Remo, situada a oeste da cidade de São Paulo – SP,
composta por 2.496 famílias (IBGE, 2019). A São Remo surgiu como um alojamento
provisório dos trabalhadores migrantes à São Paulo, absorvidos como mão de obra à
construção do Campus Butantã – USP. Quando a obra se encerrou, os trabalhadores
se fixaram no local, surgindo, assim, a São Remo e com ela suas lutas pela
propriedade da terra e melhorias. Se no início a mediação se dava pela absorção de
mão de obra para a construção do campus, hoje se dá na oferta dos postos de trabalho
em serviços gerais nas unidades da USP. O “Diagnóstico preliminar sócio territorial do
assentamento São Remo”, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano
(CDHU), de 2016, aponta que 70% das moradias têm ao menos um trabalhador dentro
da USP. A escolaridade e a formação técnica é baixa em toda a comunidade,
permeada pelo estigma da violência e da criminalidade atribuído às favelas e
mediados pelas relações de trabalho.

A São Remo compreende uma área de 82.000.000 m2, em terreno contíguo à


Cidade Universitária, sede da Universidade de São Paulo (SEHAB/HABITASAMPA,
2016).

O modo de vida da comunidade, descrito pelos moradores como seguro e cheio


de respeito, chamou a atenção da mídia. O Bom dia SP visitou o lugar, nesta segunda-
feira (03), para contar a história do espaço e, principalmente, dos seus habitantes. As
entrevistas com líderes locais e residentes mais antigos mostrou um sentimento forte
de comunidade e consciência socioespacial.
No ano de 2019, a Subprefeitura do Butantã, em conjunto com os moradores da São
Remo, elaborou um plano de controle de resíduos
sólidos e revitalização de áreas degradadas da comunidade. Foram instalados pontos
de coleta móveis e foi feita uma campanha de conscientização ambiental para alertar a
comunidade. O objetivo principal do projeto, que continua em prática, é a eliminação
de pontos viciados de lixo.

Ao mesmo tempo que isso acontece, situações econômicas desfavoráveis


infelizmente ainda fazem parte da realidade da comunidade.

Sem alternativa de renda após o fim do Auxílio Emergencial, cerca de 300 famílias
da favela São Remo, zona oeste de São Paulo, vivem hoje em um terreno da
Universidade de São Paulo (USP), nos arredores da comunidade.

As famílias chegaram há cerca de um mês, e a maioria é chefiada por mulheres.


No local, elas vivem hoje sem rede elétrica ou água encanada e se alimentam
coletivamente em um barracão improvisado.
“Tem pessoas que foram despejadas e já trouxeram os móveis para cá e tá morando
aqui, tem pessoas que tá com o aluguel atrasado e tá fazendo o que pode, pegando
uma madeira aqui outra ali”, conta Talita de Oliveira Nunes, uma das lideranças da
ocupação Buracanã, como é chamada.
Bibliografia

 sites.usp.br/comunicasaoremo/sao-remo/
 www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/butanta/noticias/?
p107462
 www.brasildefato.com.br/2021/02/22/sem-renda-familias-da-saoremo-
abandonam-favela-e-ocupam-terreno-da-usp-em-sao-paulo

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