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Alberto Chipande
Pemba
Agosto de 2021
RESUMO
Este trabalho discute o lugar do diagnóstico na psiquiatria e na psicanálise, bem como seus
efeitos para a condução do tratamento. Na psiquiatria aborda, a partir da história das
sistematizações diagnósticas, os elementos presentes na constituição dos quadros
psicopatológicos. No campo da psicanálise aponta a diferença dessa abordagem
diagnóstica frente à psiquiatria, através de estudos de comentadores que se debruçaram
sobre o tema na perspetiva Freud-Lacaniana.e outros. O diagnóstico carrega em si a
pretensão de dar um veredicto, enunciar uma verdade sobre o sujeito. No campo da saúde,
o trabalho diagnóstico baseia-se em variáveis observáveis, em que a regularidade, ou, a
repetição das ocorrências, determinam o tipo de intervenções, a partir de uma relação
causa/efeito. No diagnóstico estrutural em Psicanálise o saber é construído ao longo de
uma atividade, a relação terapêutica, sendo a ênfase colocada na interação entre dois
sujeitos, no qual o único instrumento disponível é a escuta do analista, na dimensão do
discurso do analisando, para delimitar o campo de investigação - que é a estrutura do
sujeito, o que implica em uma avaliação subjetiva. Pela forma em que se dispõe a fazer um
diagnóstico pode-se colaborar para desconstruir as categorias psicopatológicas, e adentrar
na gênese da formação dos processos e na dinâmica dos mecanismos clínicos. Para
ilustrar essa discussão apresenta-se um caso clínico que ilustra a rotulação proveniente de
um diagnóstico dado às pressas. Nesse sentido, a reflexão técnico-teórica, discute o
diagnóstico diferencial a partir da construção diagnóstica clínica e da psicanalítica. Conclui-
se que o erro no reconhecimento de um diagnóstico pode levar a condução clínica que nem
sempre é a melhor para o paciente, se essa não for passível de ser colocada a prova e
revisada.
This paper discusses the place of diagnosis in psychiatry and psychoanalysis, as well as its
effects on the conduct of treatment. In psychiatry, from the history of diagnostic
systematizations, it addresses the elements present in the constitution of
psychopathological conditions. In the field of psychoanalysis, it points out the difference of
this diagnostic approach in relation to psychiatry, through studies by commentators who
have focused on the theme from a Freud-Lacanian perspective.
The diagnosis carries with it the pretension of giving a verdict, stating a truth about the
subject. In the field of health, the diagnostic work is based on observable variables, in which
the regularity, or the repetition of occurrences, determine the type of interventions, based
on a cause/effect relationship. In the structural diagnosis in Psychoanalysis, knowledge is
built along an activity, the therapeutic relationship, with the emphasis placed on the
interaction between two subjects, in which the only instrument available is the analyst's
listening, in the dimension of the analysand's discourse, to delimit the field of investigation -
which is the structure of the subject, which implies a subjective evaluation. By the way in
which one is willing to make a diagnosis, one can collaborate to deconstruct the
psychopathological categories, and enter the genesis of the formation of processes and the
dynamics of clinical mechanisms. To illustrate this discussion, a clinical case is presented
that illustrates the labeling coming from a diagnosis given in haste. In this sense, the
technical-theoretical reflection discusses the differential diagnosis from the clinical and
psychoanalytic diagnostic construction. It is concluded that the misrecognition of a diagnosis
can lead to clinical management that is not always the best for the patient, if this cannot be
tested and revise.
Objetivamos com a apresentação deste trabalho, poder dar uma ideia da Psicoterapia
Breve e, principalmente dar a ela o lugar que lhe cabe enquanto uma prática psicoterápica
absolutamente lícita, fundamentada e que, em alguns casos, se faz necessária frente à
demanda que se nos apresenta por determinados pacientes, onde uma questão de "tempo"
deverá ser entendida como algo real e não como uma "defesa" em relação à psicanálise,
por exemplo. Entendemos também que a psicoterapia de objetivos e tempo limitados acaba
por satisfazer uma necessidade assistencial, mesmo que em certos casos não seja a
indicação mais adequada.
1.1 Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Este estudo consistiu em uma pesquisa bibliográfica por meio de leituras e de carácter
analítico a respeito da Psicoterapia Breve na Psicanlítica, abordando, especificamente,
neuroses de transferência, diagnóstico psíquico e psicanalítico e relação do emaocional do
terapêuta diante do paciente do tipo N, P e EL. As descobertas que aplicam intervenções
psicológicas nos diferentes modelos terapêuticos apresentados aos clientes que procuram
soluções para os seus problemas.
2.1 Contextualização
Quem trabalha com Psicoterapia Breve é alvo de críticas, fruto de posições teóricas ou do
desconhecimento a respeito do assunto. Quem trabalha com psicanalítica sofre duplo
preconceito: por parte dos psicanalistas, que a consideram menor diante da análise
clássica, e por parte dos teóricos da Psicoterapia Breve. Estes, em sua maior parte,
defendem outras formas de Psicoterapia Breve: egóica, psicodinâmica, psicodramática,
gestáltica, comportamental, cognitiva, por exemplo, e não consideram plausível manter o
método da psicanálise em um trabalho com tempo limitado.
3.1 Origens
Freud realizou tratamentos de curta duração. Ferenczi, por exemplo, realizou duas análises
com Freud: três semanas em 1914 e mais três, então com duas sessões ao dia, em 1916.
Freud refere-se a conceitos atinentes ao indivíduo em si, como libido, deslocamento,
condensação, resistência, pulsão, etc., e o conceito de relação de objeto não está presente
em sua obra, embora ele não o ignorasse. Freud estava mais interessado na teoria
(metapsicologia) do que na clínica e preocupava-se com a cientificidade do seu corpo
teórico, preferindo escapar da relação terapêutica, que ele considerava passível de ser
criticada como subjetiva.
O que é psicanalítico é sempre questão complexa, pois não há acordo entre os diversos
autores a respeito. Neste artigo, considera-se o vértice psicanalítico como a articulação
entre a teoria psicanalítica e um procedimento determinado. Embora todos os psicanalistas
tenham alguma concepção sobre o inconsciente, a teoria varia de acordo com os diversos
autores, Freud, Klein, Lacan, Winnicott, por exemplo.
Freud, em seu artigo "Tipos libidinais", de 1931, propõe três tipos psicológicos, classificados
com base na situação libidinal, extraídos da observação e confirmados pela experiência.
Segundo ele, esses tipos devem incidir dentro dos limites do normal e não devem coincidir
com quadros clínicos, embora "possam aproximar-se dos quadros clínicos e ajudar a unir
o abismo que se supõe existir entre o normal e o patológico. Os três tipos são chamados
de tipo erótico, tipo narcísico e tipo obsessivo.
O tipo erótico está voltado para o amor. São dominados pelo temor da perda do amor e
acham-se, portanto, especialmente dependentes de outros que podem retirar seu amor
deles. Variantes suas ocorrem segundo se ache mesclado com outro tipo, e
proporcionalmente à quantidade de agressividade nele presente.
O tipo obsessivo distingue-se pela predominância do superego. São dominados pelo temor
de sua consciência em vez do medo de perder o amor. São pessoas com alto grau de
autoconfiança. Freud, em O mal-estar na civilização, referindo-se ao mesmo tema,
considera o tipo obsessivo como um homem de ação, que "nunca abandonará o mundo
externo, onde pode testar sua força.
Baseado nos tipos obsessivo, narcísico e erótico apresentados por Freud, pode-se inferir
que eles correspondem, respectivamente e com ressalvas, ao neurótico, psicótico e estado-
limite de Bergerete aos tipos Neurótico (N), Psicótico (P) e Estado Limite (EL) encontrados
em Hegenberg, a partir da noção de organizador utilizada por Aiguer.
Freud alerta, com razão, que os tipos puros são teóricos e que os tipos mistos, EL/N, EL/P,
P/N, por exemplo, são os clinicamente observáveis, a partir da experiência. Os tipos mistos
teriam características de mais do que um dos tipos retratados por Freud; o tipo EL/P, por
exemplo, teria características do tipo EL e do tipo P, compondo um tipo psicológico com
características próprias, singularizadas pela biografia de cada um (Hegeberg, 2010).
Para Freud, esses tipos psicológicos não coincidem com quadros clínicos, mas ajudam a
unir o abismo entre o normal e o patológico. A partir dessa afirmação, pode-se pensar,
baseado em Bergeret, que dentro desses três tipos passa-se da normalidade à patologia,
com variações de grau. Há, pois, o neurótico normal e o patológico, assim como o psicótico
normal34e o patológico e o estado-limite normal e o patológico. Não há um tipo mais
evoluído ou mais saudável do que o outro; os três tipos têm suas vantagens e suas
desvantagens, os três beneficiam-se e sofrem com seu modo de ser.
O tipo N tem no Superego sua instância dominante, sua angústia principal é de castração,
o conflito é entre o Superego e o Id, a defesa é de recalcamento e a relação de objeto é
genital, ou edípica. É o neurótico, é a pessoa total a que se refere Winnicott. São pessoas
distinguidas pela ambição e pela competitividade, com bom controle dos impulsos,
superego severo com defesas obsessivas, relações de objeto triangulares, exibicionismo
sexualizado ou mais ligadas à ordem e parcimônia, obstinadas, insatisfeitas, individualistas,
austeras, racionais e lógicas, teimosas, submetidas a um superego punitivo. Pessoas que
levam o terapeuta a querer competir na relação transferencial ou a se sentir questionado,
incompetente, castrado.
Os aspectos neuróticos levam a pessoa à ação, conquista, busca pelo poder, disputa. A
pessoa pode ser falante, às vezes agressiva, incisiva, acusadora, pode parecer autoritária.
Seu modo de se colocar no mundo sugere alguém empreendedor, agressivo nos negócios,
aparentemente interessado em poder, dinheiro. Ao lidar com a castração, o neurótico
deseja o triunfo de modo fálico e a disputa torna-se imperativa. Competir passa a ser mais
interessante que escutar ou compartilhar, embora a culpa pela conquista possa atrapalhar.
A focalização, nesses casos, passará pelas questões ligadas à castração. Os casos graves
desse tipo são a histeria e o transtorno obsessivo-compulsivo.
O tipo EL tem como instância dominante o Ideal do Ego. A angústia principal é de perda do
objeto, a relação de objeto é de apoio ou analítica, a defesa principal é a clivagem dos
objetos em bom e mau, o conflito se dá entre o Ideal do Ego e o Id e a realidade. Há
conquista superegóica e edípica, mas eles não são os organizadores da personalidade.
Nessas pessoas, a relação é de dependência com o objeto de apoio, fruto do Ideal do Ego
que predomina. O sujeito se defende da depressão, que não é melancólica e que aparece
quando o objecto analítico deixa de apoiar. São questões frequentes o conflito com o outro
a partir da ambiguidade instalada com a equação dependência/ independência. Na relação
transferencial, o terapeuta tende a confortar, a apoiar. São os chamados estados-limite e
seus casos graves são o borderline, a personalidade antissocial e as perversões.
Embora esses conceitos visem facilitar a aproximação clínica com o paciente, deve-se
evitar qualquer visão simplificadora. Todas as pessoas são criativas em maior ou menor
grau, todos se defendem de invasões, todos lidam com a castração, todos têm que lidar
com a angústia de perda do objeto e de fragmentação, todos apresentam as características
apontadas em cada um dos três tipos.
De acordo com o modelo geral os terapeutas só devem usar suas emoções para objectivos
clínicos. Eles procuram não as expor a não ser por motivos claros e bem definidos. A
exposição de emoções pode introduzir novas perspectivas interpessoais que podem
contribuir para o processo clínico. Apesar dessa restrição, o uso das emoções do terapeuta
pode trazer ganhos secundários ao tratamento do paciente, tanto para sua vida profissional,
quanto pessoal, mesmo não sendo este o objectivo.
Os terapeutas só optam por falar de si na sessão, essas emoções servem como recurso
para diagnóstico e acesso aos problemas do cliente, auxiliam o terapeuta a compreender e
formular melhor o caso, além de servir para intervenções (evocar ou reforçar
comportamentos alvo e enfraquecer comportamento problema). Terapeutas expressam o
que sentem para que o cliente tenha acesso a perspectivas alternativas, desenvolva
consciência da perspectiva do outro e uma compreensão contextual da própria experiência
na interação. Essa abertura pode ainda sustentar interpretações relacionais e introdução
de modelos para novas estratégias interpessoais.
Ao usar o que sente na sessão, o terapeuta passa a ser sua própria ferramenta de trabalho.
Nesse processo, como efeito colateral da atuação, o terapeuta é também transformado,
pois aprende e tem oportunidade de ressignificar questões de sua vida e da sua atuação.
A partir de 1946 intentou-se uma convenção diagnóstica que alcançasse uma amplitude
internacional. Organizaram-se as primeiras propostas de manuais de classificação das
doenças mentais. Certa comunhão de saber que continha as influências das ideias de Adolf
Meyer através de conceitos como “quadros reativos”, a lógica de adoecimento de Kraepelin,
além de contribuições freudianas vinculadas ao campo da neurose (Leite, 1999). O CID-6
(Código Internacional das Doenças) foi a primeira versão deste manual de patologias a
incluir os transtornos mentais. Trazia nomenclaturas válidas no serviço médico aos
veteranos da guerra que buscavam classificar os quadros psíquicos dos que retornavam
aos EUA.
A esse respeito, Quinet (2001) aponta que naquele momento havia um sistema de
intercâmbio entre os campos da psicanálise e da psiquiatria, no qual a psicopatologia pôde
prosperar, e onde se podiam encontrar importações conceituais entre os campos referidos;
zonas de confluências metodológicas entre outros fatores de intercessão. A sintomatologia
não era especificamente apresentada na proposição dos distúrbios. Os sintomas tinham
sua etiologia em conflitos ou reações inadequadas diante das problemáticas da vida
(Dunker; Neto, 2011a). Houve uma rápida associação da psiquiatria com outras áreas da
medicina, e alguns campos, antes distantes, tornavam-se fecundos terrenos para a
produção de saber e de práticas vinculadas à disciplina da psiquiatria (Dunker; Neto,
2011a).
É preciso salientar ainda uma distinção entre o diagnóstico sindrômico como o conjunto de
sinais e sintomas evidenciados na entrevista clínica, e o diagnóstico nosológico encarado
enquanto uma forma de adoecimento ou uma doença de fundo. Pensa-se a abordagem
sindrômica enquanto uma visão descritiva dos sintomas, em que não há objetivo de tipificar
o adoecimento, tendo uma clínica pautada na eliminação dos sintomas; já a abordagem
nosológica faz uma análise da moléstia, observação e caracterização nosográfica do
quadro, que visa uma intervenção mais investigativa e supostamente mais profunda.
Encontra-se também presente a noção de critérios diagnósticos, que tenta conferir mais
credibilidade e confiabilidade naquilo que se determina com a nomeação diagnóstica.
Ao nos reportamos à psicanálise em sua relação com o conceito do diagnóstico vimos que
a nosografia presente na psicanálise (histeria, neurose obsessiva, psicose, perversão, etc.)
não conduz a um agrupamento sobre o quadro, havendo uma distinção entre as classes
psicanalítica.
Vieira (2001) ressalta que o diagnóstico se constitui, em sua essência, contraditório para a
relação analítica, uma vez que todo diagnóstico comporta uma classificação. Diagnosticar
seria, então, como um ofício de inserção do sujeito em um grupo, no qual se definem
algumas propriedades que serão utilizadas para sua representação. Por maior que seja o
esforço de resguardar a singularidade do sujeito, há no diagnóstico, ainda que psicanalítico,
uma atribuição de um juízo de valor, que incorpora o sujeito em uma classe, pois há no
diagnóstico psicanalítico um aspecto de objetivação do sujeito, que organiza uma
representação do eu enquanto qualidades agrupadas como constelações imaginárias em
vez de uma livre flutuação acerca do subjetivo.
O psicanalista, através do diagnóstico, opera uma investigação em seu campo clínico, que
privilegia a escuta. Sua avaliação é subjetiva, num espaço intersubjetivo de comunicação
de inconsciente para inconsciente. O inconsciente, enquanto prisma da realidade psíquica
realoca o que vem a ser tratado como subjetivo/sujeito em um novo patamar epistêmico.
Nesse sentido, ressalta-se a dimensão inconsciente na relação que ela faz com a realidade
para que se possa dialogar com a construção diagnóstica para a psicanálise (Figueiredo;
Machado, 2000).Ainda com os autores é pertinente conotar que, na maneira de operar a
clínica psicanalítica, o sujeito epistêmico (observador) não é exterior ao sujeito empírico
(observado). O observado inclui o observador através da transferência. Diagnóstico e
tratamento estão marcados por essa concepção.
´´Na clínica psicanalítica não se parte de uma ideia prévia, pois se leva em conta o
que está em jogo no vínculo e que, no encontro clínico, se apresenta como um fato
de discurso governado por um saber inconsciente com leis que lhe são próprias. E
“este encontro é tão singular que bem merecia chamar-se desencontro” (Rappaport,
1992, p. 63).
Ao considerar a estruturação do sujeito remetido a algo do Outro, Lacan nos lança a sua
noção diagnóstica pertinente até o final da década de 1960: o simbólico como o registro
que organizava a estruturação psíquica, na captura do vivente à cadeia de significantes. Na
associação ao campo da teoria lacaniana se viu que o diagnóstico estrutural é construído
em análise, tendo como único instrumento a escuta do analista que visa a dimensão do
discurso do analisando e aponta a estrutura do sujeito na linguagem. O diagnóstico se
vincula às entrevistas preliminares, quando é possível diagnosticar o sentido do sintoma,
sua estrutura, o ser ou não analisável. Tal diagnóstico pode ser tratado de maneira
“provisória”, como algo que é posto em suspenso.
Construir diagnóstico estrutural em psicanálise não é simples. Ainda que se adotem traços
estruturais, os mesmos sintomas podem aparecer em diferentes estruturas. Assim como no
campo médico, onde existem alguns sintomas que são comuns para diversas doenças.
Essa similaridade em determinadas síndromes pode gerar confusão. Entretanto, ainda é
possível reconhecer o diagnóstico sendo realizado às pressas, em apenas uma consulta.
Tais, podem ser equivocados, promovendo rótulos e comprometendo a saúde psíquica do
sujeito, assim como levar a tratamentos inadequados. Em uma atuação clínica torna-se
fundamental a compreensão da problemática apresentada levando-se em conta tanto os
aspectos descritivos quanto os estruturais, através dos quais se inicia a busca do
significado do sintoma. A cuidadosa escuta analítica, não contaminada pela premência de
classificação nosológica permite essa busca
CAPÍTULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS