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Distúrbios da Aprendizagem e da

Comunicação
Gagueira, Dislexia, Dislalia, Disgrafia
Introdução
• DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM: termo geral referindo-se à um grupo heterogêneo de
transtornos evidenciados em dificuldades na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio
ou habilidades matemáticas. Afectam o individuo em idade escolar de receber, processar, analisar ou
armazenar informações.

• Tais dificuldades são observáveis como especificidades nos indivíduos, podendo decorrer de diversos
fatores, ao longo de sua existência.

• Em determinados casos podem coexistir com problemas de comportamento, como transtornos


emocionais ou ainda condutas típicas.
• Um grande percentual de crianças só apresentam distúrbios de aprendizagem nos anos iniciais do Ensino
Regular, passando despercebidos.
• Nessa fase pode ocorrer um desenvolvimento abaixo do esperado gerando em alguns casos, a repetência
e mesmo a evasão.
• Frente a tudo isso surge neste contexto a avaliação psicoeducacional no contexto escolar, a qual visa
identificar as barreiras que impedem o aprendizado.
Origem
• Família - a qualidade dos cuidados familiares que uma criança recebe em seus primeiros anos de vida as experiências
emocionais em estágios precoces da vida mental podem produzir efeitos vitais e duradouros.

• o vínculo será estabelecido com a figura materna inicialmente, e a paterna num segundo e imediato momento,
possibilitando, assim, a relação da criança com o mundo e com as coisas.

• A origem do problema de aprendizagem não se encontra na estrutura individual. O sintoma se ancontra em uma rede
particular de vínculos familiares.

• A origem do problema de aprendizagem pode estar relacionada com o modelo de relação vincular que cada criança
estabelece e que foi desenvolvido e articulado nas suas primeiras relações com a mãe.

• Estas relações são estabelecidas desde o pré-natal, quando os bebês passam pelos estágios germinal, embrionário e
fetal, ao contexto familiar no qual a criança está inserida.

• Surgem no decorrer de crises situacionais: o nascimento de um irmão, a perda de um ente querido, separação dos
pais, a troca de uma professora, a mudança de cidade, de escola, entre outras situações.
Objetivos
Objectivo Geral
 Conhecer os distúrbios da aprendizagem e da comunicação.
 
Objectivos Específicos
 Definir os conceitos: comunicação, aprendizagem, linguagem e fala;
 Descrever os principais distúrbios da aprendizagem e da comunicação;
 Identificar as causas, sintomas e tratamento dos distúrbios e da comunicação.

Metodologia
Para elaboração do trabalho foi necessária uma pesquisa bibliografia baseada em manuais e artigos.
Conceitos Importântes

Comunicação: Ê um processo complexo de troca de informação usado para influenciar o comportamento


dos outros. O processo de aquisição da comunicação é lento, gradativo, evolutivo e envolve diferentes
fatores: orgânico, psicológico, cultural e afetivo.

Linguagem: Refere-se ao conjunto de sinais com os quais os humanos comunicam e expressam os seus
sentimentos e ideias.

Fala: Ê o modo verbal oral de transmitir mensagens e envolve uma coordenação neuromuscular precisa,
que permite a realização de movimentos orais para produzir sons e unidades linguísticas.
Distúrbios e Perturbações da Fala

Um distúrbio da voz, articulação de sons falados, fluência ou sua combinação. Estes problemas são
observados na transmissão e uso do sistema simbólico oral.

 Uma desordem da voz é a ausência ou anormal produção na qualidade da voz, entoação,


sonoridade, ressonância, duração ou sua combinação.

 Uma desordem da articulação é uma produção anormal dos sons falados.

 Uma desordem na fluência é um fluxo anormal da expressão verbal, caracterizado por distúrbios na
fluidez e no ritmo, o que pode ser acompanhado de um comportamento de esforço.
Dislalia
•São perturbações nas articulações de um ou vários fonemas, por substituição omissão, acrescentamento ou
distorção dos mesmos. Segundo a classificação etológica da Pascoal (1988) existem quatro tipos de dislalia:

Tipos: Dislalia evolutiva; Dislalia auditive; Dislalia orgânica; Dislalia functional

Causas
 Insuficiente controlo psicomotor;

 Dificuldade de discriminação auditiva;

 Deficiência intelectual;

 Perturbações espácio-temporais;

 Fatores diversos relacionados com o meio ambiental (familiares, ambientais).


Gagueira ou Gaguez
É o termo que designa um transtorno na fluência da expressão verbal e na comunicação. Caracteriza-se por
interrupções geralmente bruscas, provocando falhas e alterações no discurso.
Factores psicológicos estão associados e agravam a situação tornando-a complexa e de difícil tratamento.

Tipos de Gagueira

- Gagueira Tónica

- Gagueira clónica

- Gagueira fisiológica

Aproximadamente 5% da população mundial é afetada pela gagueira durante o desenvolvimento da


linguagem e poderá se cronificar dependendo de inúmeros fatores que possam estar relacionados.
Causas da gagueira

• Genética: Ter um histórico familiar de gagueira.

• Condições médicas: existência de AVC, lesões intracranicanas pré, peri ou pós-natal ou outros
problemas como febre reumática.

• Factor social: Desde que haja pré-disposição orgânica, ocorre quando a criança está inserida num
ambiente familiar ou escolar facilitador ao desencadeamento da gagueira.

• Atraso no desenvolvimento infantil.

• Ser do gênero masculino: a taxa de remissão espontânea nas meninas é maior. Dessa forma, os
meninos são mais sujeitos a cronificarem, ou seja, a desenvolverem a gagueira crônica.
Sintomas de Gagueira

 Prolongamento de sons. Por ex.: “Aaabra a porta, por ffffavor”

 Bloqueios de sons; Por ex.: “(alguns momentos de silêncio) Abra a porta, por favor”

 Repetição de sons e sílabas. Por exemplo: “A-a-bra a porta, por favor”

 Troca de palavras durante a fala. Por exemplo, ela ia dizer “por favor”, mas diz “por obséquio”

 Simplificação de frases. Acontece quando a pessoa recebe pistas motoras de que vai gaguejar.

 Dificuldade em iniciar uma palavra, frase ou expressão

 Movimentos motores involuntários como: tensões faciais, tremores de lábios, mandíbula, piscar de
olhos, etc.
Intervenção no caso de gaguez

 aconselhamentos práticos: não se preocuparem demasiado, evitar correções excessivas, ampliar o vocabulário,
evitar discussões, procurar ambientes onde si sintam seguros, afastar-se de atitudes super protetoras.

 Relaxamento do corpo;

 Relaxamento da mente;

 Leitura de textos em voz alta;

 Redução da velocidade da fala;

 Aumento de pausas durante a fala e leitura;

 Respiração e voz;

 Normalização dos elementos prosódicos da fala.


Dislexia
• A dislexia é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. O
cérebro, por razões ainda não muito bem esclarecidas, tem dificuldade para encadear as letras e
formar as palavras. a pessoa começa a trocar a ordem de certas letras ao ler e escrever.
• Disléxicos desorganizados e outros metódicos; existem aqueles falantes e outros muito tímidos.

• A disfunção afeta preponderantemente o sexo masculino: são três meninos para cada menina.
• Existem diversos graus de intensidade e o diagnóstico costuma ocorrer na infância, quando a criança
está aprendendo a ler e escrever.
• Causas
 Alterações cerebrais: mau funcionamento, atraso no amadurecimento do sistema nervoso central, ou falha
na comunicação entre os neurônios, o que dificulta as funções de coordenação

 Perturbações no parto ou início da vida.

• Considera-se a Dislexia como congênita e hereditária.


Sinais e sintomas
• Trocar letras, principalmente quando elas possuem sons parecidos, como “f” e “v”, “b” e “p”, “d” e “t”
• Pular ou inverter sílabas na hora de ler ou escrever;
• Não conseguir associar letras e sons;
• Confundir palavras que soam parecido, como macarrão e camarão;
• Erros constantes de ortografia;
• Lentidão na leitura;
• Problemas de localização de esquerda e direita;
• Dificuldades para estudar

A prevenção
Por se tratar de um distúrbio genético, não há como prevenir a dislexia. A saída é detectá-la precocemente para
assegurar o aprendizado da criança e sua qualidade de vida.
O diagnóstico
• Ele é feito por neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos geralmente entre os 8 e os 9 anos de idade.
• Para bater o martelo, testes de audição e visão e provas de fluência verbal e desempenho cognitivo permitem
avaliar a extensão das dificuldades.

O tratamento

• Embora a dislexia não tenha cura, O tratamento com fonoaudiólogo e psicólogo permite criar estratégias para
superar as dificuldades com as palavras e outras eventuais barreiras no dia a dia.
• Os pais a estimular a criança a desenhar, pintar, tocar instrumentos musicais e praticar esportes.
• Método multissensorial: é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso
escolar.
• Método fônico: é indicado para crianças mais jovens e preferencialmente deve ser introduzido logo no início
da alfabetização.
Disgrafia

• Distúrbio referente à habilidade da criança em reproduzir a escrita culturalmente aceitável, apesar de possuir nível
intelectual adequado, receber a devida instrução e ser submetido ao mesmo processo de prática da escrita no
decorrer de sua formação acadêmica.

Tipos
• Disgrafia específica ou propriamente dita: Na primeira delas não se estabelece uma relação entre o sistema
simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e as frases. A isto denomina-se simplesmente disgrafia.
• Disgrafia motora ou discaligrafia: entendendo-a não somente como o resultado de uma alteração motora, mas
também de fatores emocionais (restrição do eu, etc.), o que altera a forma da letra.

Grupos de problemas da escrita dos alunos com disgrafia:


(a) Problemas com a formação das letras - deformação das letras, espaçamento irregular, inversões e rotações das
letras.
(b) Problemas com a fluência - escrita muito lenta e laboriosa.
Sinais
 Formação pobre das letras;

 Letras muito largas, demasiado pequenas, ou com tamanho inconsistente;

 Uso incorrecto de letras maiúsculas e minúsculas;

 Letras sobrepostas;

 Espaçamento inconsistente entre letras;

 Alinhamento incorreto;

 Inclinação inconsistente;

 Falta de fluência na escrita;

 Postura gráfica incorreta;

 Forma incorreta de segurar o instrumento com que se escreve;

 Deficiências de preensão e de pressão.


Causas da disgrafia

 Dificuldades motoras: dificuldade no movimento dos dedos, das mãos e dificuldades no equilíbrio e na
organização geral do corpo.

 Factores de personalidade: causas relacionadas com a personalidade (se a pessoa é rápida ou lenta).

 Causas pedagógicas: exemplo, ter sido submetido à um ensino, submetendo-se as exigências


estabelecidas pelo professor, pela família e pela pressão social entre colegas, como escrever bem e rápido;

 Dificuldades para reter uma palavra na memória;


 Coordenação viso-motora: dificuldades na habilidade de coordenar o movimento do corpo com a visão.
Tratamento da disgrafia

• Ensinar ao paciente qual é a postura correta para poder escrever;

• Precisão e coordenação dos dedos na hora de escrever;

• A percepção: inclinação e escrita;

• Melhoria desta coordenação do movimento dos olhos com o movimento do corpo;

• Realizar exercícios de escrita, unindo pontos já marcados, examinar letras ou figuras já desenhadas;

• Exercícios de caligrafia, para poder melhorar todas as letras que compõem o alfabeto;

• Exercícios de copia de letras, uniao de sílabas para formar uma palavra, uniao de palavra ao seu desenho;

• Relaxar do punho e dos dedos.

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