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Europa – década de 80
Douglas (1983); Reese (1987); Reichard
(1988) e Ronge (1988).
No Brasil – década de 90
Leilah Landim e Rubem César Fernandes
Do Estado: burocracia
E no Brasil?
Multiplicidade de denominações:
Organizações sem fins lucrativos
Organizações voluntárias
Instituições de caridade
Entidades filantrópicas
Organizações não-governamentais
Sociedade civil organizada
Outras (OSCIP, ONG, organizações de
auxílio mútuo, entidades não estatais,
etc.)
• LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
• LIBERDADE DE ASSOCIAÇAÕ SINDICAL
• Art. 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,
na forma desta Constituição”.
• Art. 170: “A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios”.
• Art. 193: “A ordem social tem como base o primado do
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais”.
• Art. 194: “A seguridade social compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social”.
PRIMEIRA FASE
1916 - Código Civil brasileiro
1935 – Lei n.º 91 (concessão de TUPF)
intuito de mero reconhecimento, sem
outorga de direitos (populismo)
1961 – Decreto n.º 50517
(regulamenta a Lei n.º 91)
Impõe requisitos restritivos à obtenção
do TUPF (relatórios circunstanciados,
publicação anual de receitas e despesas,
etc.)
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Histórico legislativo do Terceiro Setor
SEGUNDA FASE
1991 – Lei n.º 8.212 (artigo 55)
1993 – Lei n.º 8.742 (cria o CEBAS)
1995 – Lei n.º 9.249 (limita as deduções de
doações a casos específicos)
1997 – Lei n.º 9.532 (artigos 12 e 15)
Cria requisitos para a fruição da imunidade do
artigo 150 e cria limitada isenção do imposto de
renda
1998 – Lei n.º 9.732
Fundações
Fundações
“Art. 16. São pessoas jurídicas de direito “Art. 44. São pessoas jurídicas de direito
privado: privado:
I – as sociedades civis, religiosas, pias, I – as associações;
morais, científicas ou literárias, as II – as sociedades;
associações de utilidade pública e as
III – as fundações;
fundações;
IV – as organizações religiosas; (Lei n.º
II – as sociedades mercantis; 10.825, de 2003)
III – os partidos políticos (Lei n.º 9.096, V – os partidos políticos. (Lei n.º 10.825,
de 1995)” de 2003)
“§ 3º Os partidos políticos reger-se-ão § 1º São livres a criação, a organização, a
pelo disposto, no que lhes for aplicável, estruturação interna e o funcionamento
nos arts. 17 a 22 deste Código e em lei
das organizações religiosas, sendo vedado
específica”. ao poder público negar-lhes
reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos...”.
CONCEITO
Conceito DOUTRINÁRIO: “Contrato pelo qual um certo número
de pessoas, ao se congregar, coloca em comum serviços,
atividades, conhecimentos etc. em prol de um mesmo ideal,
objetivando a consecução de determinado fim, econômico ou
não, com ou sem capital e sem intuitos lucrativos”. (MARIA
HELENA DINIZ)
Conceito LEGAL (NCC): “Art. 53. Constituem-se as
associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos”.
Econômicos = lucrativos?
Fins não econômicos = atividades não econômicas?
ESTATUTO – 2º passo
Definida a missão da associação, a área de atuação, o
interesse comum que une os sócios...
NCC fez alterações, com novas exigências relativas aos
estatutos das associações:
ATRIBUIÇÕES EXCLUSIVAS DA
ASSEMBLÉIA GERAL: “Compete
privativamente à assembléia geral: I – eleger
os administradores; II – destituir os
administradores; III – aprovar as contas; IV –
alterar o estatuto” (art. 59 do NCC, alterado
pela Lei 11.127/2005) – assembléia
especialmente convocada para este fim –
quórum estatutário
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA: abuso da personalidade jurídica (desvio de
finalidade ou confusão patrimonial) pode ensejar a
desconsideração da personalidade jurídica. (art. 50-NCC)
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ASSOCIAÇÃO – especificidades
ASSEMBLÉIA GERAL: É órgão soberano; finalidade de
reunir os sócios convocados de acordo com o Estatuto.
Constitutiva: constituição da entidade;
Ordinárias: datas fixadas no Estatuto (sugere-
se no mínimo uma por ano);
Extraordinárias: convocações, nos termos do
Estatuto, para assuntos extraordinários.
ASSEMBLÉIA GERAL
DIRETORIA
CONSELHO FISCAL
CONSELHO CONSULTIVO
CONSELHO DELIBERATIVO
CONSELHO TÉCNICO
Modalidade multimilenar
Império Romano
Influência grega
Patrimônio
Finalidade
Instituidor (vontade)
PATRIMÔNIO
“Bens livres”: toda e qualquer coisa valorável e
suscetível de apropriação
Crítica Saad: “relações jurídicas patrimoniais livres de
ônus e encargos”.
“Suficientes”: os bens atribuídos à fundação devem
ser suficientes
Quanto? Não se sabe.
A critério do Ministério Público (artigo 63 do NCC e
1200 do CPC).
Critérios propostos pela doutrina (insuficientes
e subjetivos).
MP/DF: R$ 50.000,00
MP/PR: Resolução n.º 2434, de 2002 (estudo
de viabilidade econômica)
FINALIDADE
Elemento pré-concebido pelo instituidor
Elementos da finalidade
“Possibilidade”: viabilidade material (ex.:
complementação da renda)
“Licitude” ou “possibilidade jurídica”:
adequação ao ordenamento jurídico (ex.: incentivo
ao uso de drogas)
“Determinabilidade”: especificidade x
generalidade (desvio de finalidade, vontade do
instituidor, etc.)
“Inalterabilidade”: cláusula pétrea fundacional
Possibilidade de conseqüências:
Administrativas: penalidades do Estatuto
(afastamento, inelegibilidade);
Civis: reparação de danos por atos ilícitos e
solidarização na dívida;
Tributárias: excesso de poderes, infração à lei ou ao
estatuto;
Criminalmente: atos ilícitos.
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COOPERATIVAS SOCIAIS
LEI N.º 9867, DE 1999
Requisitos:
• Aplica suas rendas, seus recursos e eventual resultado
operacional no território nacional e na manutenção e no
desenvolvimento de seus objetivos institucionais;
• Não distribui resultados, dividendos, bonificações,
participações ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma
forma;
A quem se dirige:
Pessoas jurídicas de direito privado,
sem fins lucrativos, com as seguintes
atividades:
Ensino
Pesquisa científica;
Desenvolvimento tecnológico;
Proteção e preservação do meio ambiente;
Cultura;
Saúde.
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Organização Social (OS)
Requisitos estatutários:
Natureza social dos objetivos relativos à
área de atuação;
Finalidade não-lucrativa, com a
obrigatoriedade de investimento do
superávit em suas atividades;
Previsão expressa de órgão de deliberação
superior (Conselho de Administração) e de
órgão de direção (Diretoria), com a
composição legal;
Previsão de participação, no CA, de
representantes do Poder Público e membros
da comunidade com notória capacidade
profissional e idoneidade moral;
Composição e atribuições da diretoria;
Obrigatoridade de publicação anual dos
relatórios financeiros e de execução no DOU;
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Organização Social (OS)
No caso de associação civil, a aceitação de
novos associados, na forma do EStatuto;
Proibição de distribuição de bens ou
patrimônio;
Previsão de incorporação do patrimônio,
legados, doações, a outra OS em caso de
extinção, ao Poder Público.
FISCALIZAÇÃO: ENTIDADE
SUPERVISORA
Benefícios:
Possibilidade de firmar termo de parceria
com o Poder Público e outros
Ausência de DIPJ (ou termo de compromisso
)
Participação de servidor público na diretoria
da entidade;
Prestação onerosa de serviços de educação
ou saúde;
Ausência deCurso
cláusulas estatutárias
de Especialização em Direito obrigatór
ias; Empresarial e Civil
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Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIP)
TERMOS DE PARCERIA:
“Art. 9º Fica instituído o Termo de
Parceria, assim considerado o
instrumento passível de ser firmado
entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público
destinado à formação de vínculo de
cooperação entre as partes, para o
fomento e a execução das atividades
de interesse público previstas no art.
3º desta lei”.
Firmado de comum acordo:
estabelece direitos,
responsabilidades e obrigações.
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Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIP)
TERMOS DE PARCERIA (cláusulas
essenciais – art. 10):
Crendices
Corte necessário: entidades qualificadas e
não qualificadas
Limitações:
Lei 91 de 1935
CEBAS
“Pecado capital”
Justificativa para os benefícios tributários:
Favor estatal?
Contrapartida?
Reconhecimento?
Imunidade diferente de isenção
Imunidades tributárias
Art. 150, VI, “c”, da CF/88
Art. 195, § 7º, da CF/88
Incentivos fiscais
Doações de pessoas jurídicas a instituições de
ensino e pesquisa
Doações de pessoas jurídicas a entidades civis
sem fins lucrativos
Lei Rouanet
Lei do Audiovisual
Funcine
Fundos de Direitos da Criança e do
Adolescente