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TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO

QUESTÕES
INTRODUTÓRIAS
PRIMÓRDIOS E DESENVOLVIMENTO DA TNT
1. A Idade Média (Sécs. V – XV)
Nesse período, a Igreja Católica Romana interpreta o NT (o AT também) à luz
da tradição da Igreja.
2. A Reforma Protestante (Séc. XVI)
Com o advento da Reforma, a Igreja se liberta da tradição eclesiástica e da
teologia escolástica através do princípio “Sola Scriptura”.
3. A Era do Iluminismo (Séc. XVIII)
Surge uma nova forma de se estudar a Bíblia: 1) Reação do racionalismo contra
o supernaturalismo; 2) Surge uma nova hermenêutica, o Método Histórico-
Crítico; 3) É aplicada a crítica literária radical da Bíblia (Griesbach; Lessing;
Eichhorn – p/ o NT); 4) O racionalismo abandona a opinião ortodoxa da
inspiração da Bíblia (a Bíblia é estudada como um documento antigo qualquer).

4. A Teologia Dialética (Séc. XX)


É também conhecida como Teologia da Crise ou Teologia da Palavra. Foi uma
reação ao liberalismo teológico, possuindo duas características principais: 1) A
Revelação tem uma estrutura dialética, pois possui elementos mutuamente
excludentes: p. ex., Eternidade e tempo; 2) Os enunciados teológicos devem
seguir esta metodologia dialética.
PRIMÓRDIOS E DESENVOLVIMENTO DA TNT
5. No Presente

Brevard S. Childs faz uma descrição do “Movimento


Teológico Bíblico” na América a partir de 1940, que
também reflete o status desse movimento na Grã-
Bretanha e na Europa como um todo. Segundo Childs,
o Movimento teológico tinha as seguintes
características:
1) Oposição aos sistemas filosóficos;
2) Comparação entre o pensamento hebraico e o
grego;
3) Ênfase sobre a unidade dos Testamentos;
4) Singularidade da Bíblia, a despeito de seu ambiente;
5) Reação contra a antiga teologia “liberal”;
6) A Revelação de Deus na História.
METODOLOGIA NA TNT
Quatro Formas Principais de Abordar a TNT:
1. Abordagem Temática – Seleciona e estrutura os principais temas
neotestamentários, a partir dos quais busca compreender o NT.
Representantes: A. Richardson, K. Schelkle, L. Morris e I. H. Marshall

2. Abordagem Existencialista – Analisa o NT a partir de um


determinado sistema filosófico, a saber, o existencialismo de Heidegger.
Representantes: Rudolf Bultmann e Hans Conzelmann
3. Abordagem Histórica – Busca compreender os pronunciamentos dos
antigos autores do NT, exatamente conforme seus leitores e/ou ouvintes
contemporâneos podem e têm que entendê-los.
Representantes: Werner G. Kümmel e Joachim Jeremias

4. Abordagem da História da Salvação (“Heilsgeschichte”) – Procura


compreender o NT dentro do contexto bíblico geral (AT e NT) como
parte da história permanente da ação redentora de Deus.
Representantes: Oscar Cullmann, George E. Ladd e Leonhard Goppelt
O CENTRO E A UNIDADE DA TNT
Há um centro na TNT, o qual evidencia uma unidade
teológica no pensamento dos autores neotestamentários?
Algumas Sugestões Propostas:

•A Antropologia

• A História da Salvação

• A Aliança

• O Amor

• A Cristologia
A TNT E O ANTIGO TESTAMENTO
Há uma continuidade ou uma descontinuidade entre o AT e
o NT?

AT NT
• Há uma conexão histórica entre o AT e o NT;
• Há uma dependência escriturística, pois o NT cita o AT como seu
fundamento (o NT de Nestle-Aland cita 257 passagens que fazem alusão
explícita ao AT);
• As palavras-chave do NT grego têm sua origem em palavras hebraicas
encontradas no AT;
• A idéia de promessa e cumprimento interrelaciona o AT ao NT;
• A História da Salvação aparece como um padrão que unifica o AT e o
NT.
PROPOSTAS PARA UMA TNT
1. Deve-se entender a teologia bíblica como uma disciplina histórico-
teológica. A tarefa do teólogo do NT (e também do AT) é descobrir o que
o texto queria dizer e também esclarecer o que ele quer dizer hoje.
2. A TNT tem que se concentrar na teologia do Novo Testamento. Ela
deve estar fundada sobre matérias, assuntos e conceitos extraídos do NT.

3. Uma apresentação da TNT pode começar melhor com a mensagem de


Jesus, visto que ela está presente em todos os documentos do NT.
4. A TNT não procura apenas conhecer a teologia dos vários livros ou
grupos de escritos. Ela também busca reunir e apresentar os temas,
assuntos e conceitos mais importantes do próprio NT.
5. No NT encontra-se não apenas uma teologia, mas várias teologias, a
saber, aquelas dos livros individuais ou grupos de escritos, revelando
assim as teologias dos vários temas longitudinais.
6. A TNT deve ser entendida como parte de um conjunto mais amplo.
Portanto, uma TNT integral deve manter um relacionamento básico com
o AT e com a sua teologia.
TEOLOGIA DO
NOVO TESTAMENTO
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO

DEFINIÇÃO
“Teologia do Novo Testamento é o
estudo das questões relativas a Deus
expressas pelo Novo Testamento, nele
subentendidas ou dele dedutíveis. Ela
não se traduz necessariamente
sempre em termos usados pelos
escritores do Novo Testamento, mas
está implícita no que eles disseram,
pois o que eles dizem sempre tem por
base sua compreensão dos caminhos
de Deus.” (Morris, Leon. TNT,
pp.12,13)
I – OS ESCRITOS DE PAULO
BREVE BIOGRAFIA DO APÓSTOLO PAULO
Nome: Shaul (hebraico) e Paulos (grego). Este último nome lhe é
dado a partir de At 13.9.

Nascimento: aprox. ano 10 d.C. em Tarso | Vocação: entre os 20 e os


25 anos | Martírio: Entre 60 e 62 d.C. em Roma, sob Nero.

Membro do Sinédrio (At 26.10). Havia três pré-requisitos necessários para se tornar
um membro do Sinédrio: a) não ter menos de 30 anos; b) ser casado e c) ser doutor.
(At 26.10 – o “voto” de Paulo contra os cristãos).

Fariseu (Fp 3.5). O farisaísmo era a seita mais rígida do judaísmo, apegada às leis e
às antigas tradições. Os fariseus eram espiritualistas, em contraste com os saduceus.
Havia duas escolas farisaicas principais: a) a de Shamai (mais radical); b) a de Hilel
(mais liberal). Hilel foi avô de Gamaliel (mestre de Paulo).

Cidadania Romana (At 22.25-28). Desde o VI séc. a.C. houve uma numerosa
migração de judeus para fora da Palestina. Em quase todas as localidades de Roma
havia grande contingente de judeus (diáspora). Como Paulo adquiriu esta
cidadania é algo incerto. Algumas hipóteses: a) de seu pai; b) comprou; *c) privilégio
concedido pelo Império Romano aos naturais de Tarso (província romana na época).
BREVE BIOGRAFIA DO APÓSTOLO PAULO
Educação. Obedeceu dois estágios: a) Durante a infância,
ministrada em casa, pela mãe e pelo rabino, segundo Dt 6.4-6;
11.19-21. b) Depois disso havia a “universidade”. Nela estudava-
se o Trivium (gramática, retórica e lógica) e o Quadrivium
(aritmética, geometria, astronomia e música).
Tarso. Paulo era natural de Tarso, uma conhecida cidade
universitária que, na época, contava com cerca de 500 mil
habitantes.
Paulo conhecia o latim, o hebraico e o grego. Com relação a este último, deve-se
dizer que Paulo, ao citar o AT, usa quase sempre a LXX como fonte, e não o texto
hebraico.
Além disso, ele cita também alguns textos gregos profanos, tais como:
- At 17.28a: *“Nele vivemos, nos movemos e existimos” (Epimênides – VI séc a.C.);
- At 17.28b: “Pois somos também sua geração” (Arato – IV séc. a.C.);
- 1 Co 12.14-26: A Fábula da Rebelião contra o Estômago (M. Agripa – VI séc. a.C.);
-1 Co 15.32b: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (Menandro – aprox. IV
séc a.C.). Esta expressão também aparece em Is 22.13 (VIII / VII séc. a.C.)
φάγωμεν καὶ πίωμεν, αὔριον γὰρ
ἀποθνήσκομεν
- 1 Co 15.33: “As más conversações corrompem os bons costumes” (Provérbio);
- Tt 1.12: *“Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos”.
I – DEUS NO CENTRO

1. UM
DEUS 2. A
7. O REINO GLORIOSO PREDESTI-
DE DEUS
NAÇÃO

DEUS
NO
6. A VIDA 3. DEUS
CRISTÃ
CENTRO
JULGARÁ

5. A
SALVAÇÃO 4. O AMOR
DE DEUS DE DEUS
I – DEUS NO CENTRO | 1. Um Deus Glorioso
Gr. DOXA – “Glória, honra, dignidade, majestade”.
No Grego Clássico: “opinião, conjetura”;
Na LXX: “louvor, honra” (principalmente usado em
relação a Deus).
No Heb.: kabôd, “glória, honra”.
Doxa no sentido de “glória”, “majestade” e “poder” de
Deus é uma herança do AT.
Nos escritos de Paulo, Deus é, p.ex., “o Pai da glória”
(Ef 1.17); o poder de Deus é vinculado à Sua glória (Cl
1.11; 2 Ts 1.9); o conceito também se aplica a Cristo (1
Co 2.8) etc.
I – DEUS NO CENTRO | 2. A Predestinação
Gr. PROORIZO – “Predetermino, predestino”.
(prep. pro, antes de + verb. horizo, “marco os confins,
traço os limites”) = “marco de antemão os limites”.
O verbo aparece no NT referindo-se sempre à
predestinação de acontecimentos e de pessoas por Deus
antes de todos os tempos ou antes de seu tempo histórico
concreto.
Paulo fala sobre “a sabedoria de Deus, a qual Deus
preordenou (proorizen) antes dos séculos” (1 Co 2.7) e
sobre aqueles que Deus “predestinou (proorizen) para
terem a mesma forma da imagem do seu Filho” (Rm
8.29).E, segundo o apóstolo, “aos que predestinou
(proorizen), a estes também chamou [...]” (Rm 8.30).
I – Proginosko no NT:
(1) “conhecendo previamente (proginoskontes) a mim, desde o princípio
(se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa
religião, vivi fariseu”. (At 26:5).
(2) “Porquanto aos que de antemão conheceu (proegno), também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. (Rm 8:29).
(3) “Deus não rejeitou o seu povo, a quem preconheceu (proegno)” (Rm
11:2a).
(4) “[Cristo], o qual, na verdade, em outro tempo, foi pré-conhecido
(proegnosmenou), antes da fundação do mundo, mas manifesto nestes
últimos tempos, por amor de vós”. (1 Pd 1:20).
(5) “Vós, portanto, amados, conhecendo de antemão (proginoskontes)
isto, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais
juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza”. (2 Pd 3:17).
II – Proginosko em Fontes Extra-bíblicas:
2.1. Na LXX:
(1) “[A sabedoria] vai ao encontro dos que [a] desejam, dando-se a conhecer de antemão
(prognosthenai)” (Sabedoria 6:13).
(2) “[...] [a sabedoria] prevê (proginoskei) sinais e prodígios e os fins das épocas e dos
tempos” (Sabedoria 8:8).
2.2. Nos Pais da Igreja:
“E tudo sabendo de antemão (proginoskon), ele [Deus] conheceu a fraqueza dos homens e
a esperteza do diabo em fazer o mal aos servos de Deus e exercer sua malícia contra
eles”. (O Pastor de Hermas, Quarto Mandamento, 31:4).
Alguns argumentos usados contra a explicação arminiana de proginosko:
(1) Esse termo é derivado do hebraico yada‘, “conhecer”. Se fosse assim, deveríamos
encontrar a expressão hebraica yada‘ mikedem no AT, o que não ocorre nem uma única
vez.
(2) “[...] [a sabedoria] prevê (proginoskei) sinais e prodígios e os fins das épocas e dos
tempos” (Sabedoria 8:8).
2.2. Nos Pais da Igreja:
“E tudo sabendo de antemão (proginoskon), ele [Deus] conheceu a fraqueza dos homens e
a esperteza do diabo em fazer o mal aos servos de Deus e exercer sua malícia contra
eles”. (O Pastor de Hermas, Quarto Mandamento, 31:4).
I – Prognosis no NT:
(1) “a este [Jesus] que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência
(prognosei) de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos”.
(At 2:23).
(2) “eleitos segundo a presciência (prognosin) de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam
multiplicadas”. (1 Pd 1:2).
II – Prognosis em Fontes Extra-bíblicas:
2.1. Na LXX:
(1) “[...] todos os teus caminhos [de Deus] estão preparados e o teu juízo [é] conhecido de
antemão (prognosei)” (Judite 9:6).
(2) “[...] estas coisas me foram ditas segundo o conhecimento prévio (kata prognosin) meu
e me foram anunciadas e eu fui enviada para anunciá-las a ti” (Judite 11:19).
2.2. Nos Pais da Igreja:
“1 Nossos apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas
por causa da função episcopal. 2 Por esse motivo, prevendo (prognosin) exatamente o
futuro, instituíram de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião da morte
desses, outros homens provados lhes sucedessem no ministério”. (1 Clemente aos
Coríntios 44:1-2).
3

1
2

* Os “eleitos” (1:4) e “predestinados” (1:5,11) são os que “ antes esperaram em


Cristo” (1:12) depois de “terem ouvido o Evangelho da salvação e crido” (1:13).
I – DEUS NO CENTRO | 3. Deus Julgará
Gr. DIKAIOSYNE – “Retidão, justiça, integridade”.
No Grego Clássico: vem de dike, a deusa da justiça que
é filha de Zeus e o ajuda a governar o mundo.
No Heb.: mishpat, “juízo”.
No AT: O conceito de justiça está ligado ao
comportamento que está em conformidade com o
relacionamento bilateral entre Deus e o homem.
Em Paulo, a justiça de Deus é essencialmente Seu modo
de tratar Seu povo, baseado na Sua aliança, que assim se
constitui em uma nova humanidade, um novo Israel,
composto de judeus e gentios juntamente (Rm 9, 11).
I – DEUS NO CENTRO | 4. O Amor de Deus
*ÁGAPE – “Amor”| ≠ EROS, “Paixão, desejo
apaixonado, ardente” (sexual);| ≠ FILIA, “Amizade”
(fraternal);|≠ STERGO, “Amar com ternura” (familiar).
Paulo segue a tradição do AT ao falar do amor de Deus.
Para ele, ágape é, p.ex., o amor por meio do qual Deus
realiza a Sua eleição. Os kletoi (“chamados”) são os
agapetoi (“amados”) (Rm 1.7; Cl 3.12).
Segundo Paulo, a morte de Seu Filho, Cristo, é prova do
amor de Deus por nós, pecadores (Rm 5.8). E ainda diz
que nada pode nos separar do amor de Deus (Rm
8.38,39).
* Às vezes aparece como sinônimo de eros e filia, no sentido de “gostar de”,
“tratar com respeito” etc. [No NT, ágape pode ser usado como sinônimo de
filia]
I – DEUS NO CENTRO | 5. A Salvação de Deus
Gr. SOTERÍA – “Salvação, saúde, segurança”.
No Grego Clássico: sozo, “salvar”, denota
primeiramente o “salvamento” e a “libertação” no
sentido de evitar algum perigo que ameaça a vida.
Na LXX: sozo tem relação com o heb. yasha‘, “libertar,
salvar”. No AT, embora Deus empregasse homens, todo
israelita sabia que o livramento vinha, em última
instância, do próprio YHWH.
No NT: sozo como significado de livramento de perigo
físico é raro. Nas suas epístolas, Paulo emprega sozo e
soteria exclusivamente para se referir à atividade
salvífica de Deus (Ef 1.13; Rm 1.16; 1 Co 1.21 etc).
I – DEUS NO CENTRO | 6. A Vida Cristã
Paulo diz em seus escritos que Deus age de várias
formas na vida coletiva dos salvos, os quais compõem a
“igreja” de Deus.
Os cristãos coletivamente pertencem à “família de
Deus” (Ef 2.19), são o “templo de Deus” (1 Co 3.16,17),
o “corpo de Cristo” (1 Co 12.12-31) e são alvos da ação
do Seu Espírito (1 Co 12.6).
Já no sentido individual, cada cristão: recebe um dom (1
Co 7.7) e tem um lugar específico na vida (1 Co 7.17),
por exemplo.
Toda a nossa vida deve convergir a Deus, pois “dele,
por ele e para ele são todas as coisas [...]” (Rm 11.36).
I – DEUS NO CENTRO | 7. O Reino de Deus
Gr. BASILEIA TOU THEOU – “Reino de Deus”.
No Grego Clássico: basileia tinha o significado de
“ofício de rei” ou “soberania real” (Aristóteles,
Política).
Na LXX: O termo se refere tanto ao reinado de homens
quanto ao reinado de Deus.
No AT: YHWH aparece como rei de Israel e das nações.
Ele reina sobre Israel (Sl 24, 47, 48) e sobre as nações
(Sl 47. 3,9).
No NT: Para Paulo, o Reino de Deus: não é comida e
bebida (Rm 14.17), tem a ver com poder (1 Co 4.20) e
possui seus cooperadores humanos (Cl 4.11).
II – JESUS CRISTO, O SENHOR

7. “EM 1. JESUS, O
CRISTO” E HOMEM 2. CRISTO
“COM E DEUS
CRISTO”

JESUS
CRISTO,
6. A O 3. AS
SALVAÇÃO FUNÇÕES
SENHOR
E CRISTO DIVINAS

5. O AMOR 4. CRISTO
DE CRISTO É DEUS?
II – JESUS CRISTO, O SENHOR | Introdução
Gr. CHRISTÓS – “Cristo, Ungido”.
Heb. MASHIACH – “Ungido”.

Gr. KYRIOS – “Senhor, senhor, soberano”.


No Grego Clássico: Kyrios aparece a partir de Píndaro (poeta
grego – VI/V séc. a.C.) como adj.“poderoso”.
Título usado por Imperadores e Reis: Em 12 a.C. o
imperador Augusto foi chamado theos kai kyrios, no Egito; a
rainha de Candace era chamada he kyria basilissa; o título
kyrios também era usado em relação aos Herodes: Magno,
Agripa I e Agripa II. Nero é chamado em uma inscrição: ho
tou pantos kosmou kyrios. E o imperador Domiciano se auto-
intitulou:“dominus et deus noster”.
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 1. Jesus, o Homem
Segundo Paulo, Jesus:
• Era Homem (1 Co 15.22);
• Era nascido de mulher (Gl 4.4);
• Era descendente de Davi (Rm 1.3);
• Tinha irmãos (1 Co 9.5).
Paulo via a Jesus realmente como homem. Não há
nenhum indício de um Jesus docético em seus escritos.
Além disso, não percebemos em Paulo nenhuma idéia
gnóstica que via a matéria (neste caso, o corpo de Cristo)
como algo inerentemente mal. Pelo contrário, é dito que o
Cristo pré-encarnado se tornou “semelhante aos homens”,
sendo “achado na forma de homem” (Fp 2.7,8).
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 2. Cristo e Deus
As Saudações de Paulo demonstram o caráter divino de
Cristo, identificando-o com Deus:
“Graça a vós outros e paz da parte de Deus, nosso Pai,
e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1.7; 1 Co 1.3; 2 Co 1.2
etc).
O texto de Fp 2.5-11 é um texto clássico no qual vemos
a relação entre Cristo e Deus. A deidade de Cristo é
enfatizada de forma explícita neste antigo hino.
Outro texto, Cl 1.15-20, também destaca a divindade de
Jesus. O v. 19 (cf. 2.9) diz que “foi do agrado do Pai que
toda a plenitude (pleroma) nele (em Jesus) habitasse”.
“divindade, a inteireza, a soma total dos atributos divinos”.
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 3. As Funções Divinas
Paulo atribui várias funções a Cristo:
• A graça de Cristo (Rm 16.20);
• O Evangelho de Cristo (Rm 15.19);
• As igrejas de Cristo (Rm 16.16);
• O Espírito de Cristo (Rm 8.9);
•O tribunal de Cristo (2 Co 5.10).
Tais funções são compartilhadas por Deus:
• A graça de Deus (1 Co 1.4);
• O Evangelho de Deus (Rm 1.1);
• A igreja de Deus (1 Co 10.32);
• O Espírito de Deus (1 Co 2.11);
• O tribunal de Deus (Rm 14.10).
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 4. Cristo é Deus?
Será que Paulo alguma vez se refere a Cristo
nitidamente como Deus?

Em Rm 9.5, Paulo diz:

“Ho Christós [...] ho on epi panton theós eulogetos


eis tous aionas”.
“ O Cristo [...] o qual [é] sobre todos Deus
bendito para sempre”.
É improvável que a expressão grega ho on epi
panton se refira a theós. É mais natural aceitar que
se refira ao termo precedente, Christós.
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 5. O Amor de Cristo
Que Cristo nos ame com o mesmo amor com que o Pai
nos amou/ama é evidenciado pelos textos abaixo:

“Quem nos separará do amor de Cristo? [...]” (Rm 8.35).

“[...] Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si


mesmo por mim” (Gl 2.20).

“[...] também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo


por nós [...]” (Ef 5.2).

Estes dois últimos textos possuem implicações


teológicas muito importantes para a cristologia.
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 6. A Salvação e Cristo
Paulo deixa bem claro que a salvação é efetuada por
Cristo:
• Cristo é o salvador que esperamos do céu (Fp 3.20; Tt
3.6);
• A salvação ocorre por meio de Cristo (1 Ts 5.9; 2 Tm
2.10);
• A morte de Cristo representa reconciliação com Deus
(Rm 5.10,11; 2 Co 5.18; Ef 2.16).
Estes exemplos servem para nos mostrar que é a pessoa
de Jesus quem unicamente nos proporciona salvação.
II– JESUS CRISTO, O SENHOR | 7. “Em Cristo” e “Com Cristo”
Paulo emprega várias vezes em suas epístolas (com exceção de
Tito), as expressões “em Cristo” e “com Cristo”, mas nunca usa a
expressão “em Jesus”.
Segundo Paulo, todo cristão está “em Cristo” (2 Co 12.2; Gl
1.22).
As expressões podem significar:
- Cristão. “Andrônico e Júnia[...] os quais estavam antes de
mim [Paulo] em Cristo” (Rm 16.7);
- Concretização da salvação. “Se alguém está em Cristo, nova
criatura é” (2 Co 5.17);
- Atitudes que caracterizam os cristãos. “[...] a nossa
liberdade que temos em Cristo Jesus [...]” (Gl 2.4);
- O trabalho cristão. “[...] meus cooperadores em Cristo Jesus
[...]” (Rm 16.3).
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO

1.
12. O AMOR ESCRAVO 2. A
EM AÇÃO
11. UMA S DO CARNE
EXPIAÇÃO PECADO
COMPLEXA

3. A LEI

10. A A OBRA
JUSTIFICA
SALVÍFICA
ÇÃO
DE DEUS
EM 4. A
CRISTO MORTE
9. A
LIBERTA
ÇÃO
5. A IRA
8. A 6. O
7. “ESTE DE DEUS
CRUZ MUNDO JULGA
PERVERSO”
MENTO
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 1. Escravos do Pecado

Paulo emprega muitos termos para se referir ao pecado:


Hamartia. “Errar o alvo” | Adikia. “Injustiça” | Anomia.
“Iniqüidade” | Parakoe. “Desobediência” | Asebeia. “Impiedade”
| Parabasis. “Passar do limite” | Paraptoma. “Dar passo em
falso” | Kakia. “Maldade” | Poneria. “Malignidade” | etc.
Na maioria das vezes, Paulo usa a palavra “pecado” no singular,
e, segundo ele, o pecado não é apenas um mal que praticamos,
mas também é um poder que nos mantém em sujeição.
Segundo o apóstolo, fomos “escravos do pecado” (Rm 6.17,20) e
ele se vê “vendido ao pecado” (Rm 7.14).
Todos nós pecamos (Rm 3.23) e, além disso, não conseguimos
nos livrar dessa condição. Estamos presos ao poder e às
conseqüências do mal que praticamos. Estamos escravizados.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 2. A Carne

Paulo emprega a palavra grega, Sarks, “carne”, com freqüência.


Em seus escritos, ela possui vários significados:

• Carne de seres vivos em geral (1 Co 15.39);


• O corpo humano (2 Co 12.7);
• O homem de forma geral (2 Co 7.5);
• Aquilo que é humano (1 Co 1.16);
• A existência do homem à parte de Deus (“obras da carne” ou
“desejos da carne” > Gl 5.16,19; Rm 13.14).

Em Paulo, a palavra sarks é usada predominantemente com um


forte sentido teológico para designar “o ser e a atitude do ser
humano como opostos e em contradição a Deus e ao Espírito de
Deus”.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 3. A Lei

A palavra nomos, “lei”, também é empregada em grande escala


por Paulo em suas epístolas:
Paulo emprega nomos para o Pentateuco (Rm 3.21b; Gl 4.21),
para o Decálogo (Rm 7.12) e para a totalidade das Escrituras
(Rm 3.19).
Paulo vê a lei à luz da cruz de Cristo:
a) Na sua morte na cruz, Jesus sustentou a condenação que a lei
faz de todos os homens. Foi feito maldição (Gl 3.13; Dt 21.23);
b) Jesus cumpriu toda a obediência que a lei requer (Fp 2.8);
c) O cristão, possuindo a fé, já não está sob a lei (1 Co 9.20b);
d) Cristo é o fim e o alvo (telos) da lei (Rm 10.4);
e) Aquele que peca “sem a lei” (antes da vinda de Cristo ou fora
do alcance do cristianismo) também é pecador diante de Deus
(Rm 2.12).
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 4. A Morte

Para Paulo,

• o salário do pecado é a morte (Rm 6.23);

• o pecado efetua a morte em nós (Rm 7.13);

• e o resultado do pecado é a morte (Rm 6.21).

Porém, a maneira de Paulo enxergar a morte é diferente da forma


como as outras pessoas do mundo antigo a viam. Para estas, a
morte era o fim de tudo (aniquilacionismo?), e elas só podiam
pensar no assunto com muito pessimismo. Mas, para Paulo, “o
último inimigo que há de ser destruído é a morte”. (1 Co 15.26).
Suas palavras revestem-se de otimismo e esperança.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 5. A Ira de Deus

Deus não enxerga o pecado como algo natural. Logo, a prática


do pecado (algo maligno) diante de Deus (Ser totalmente santo e
benigno) provoca a Sua “ira”.
Segundo Paulo,
• manifesta-se a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça
dos homens (Rm 1.18);
• há uma ira escatológica, pois ele fala da “ira vindoura” (1 Ts
1.10);
• a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência (Ef 5.6; Cl
3.6).

Por meio de Sua ira e de Seu julgamento, Deus se opõe ativa e


diametralmente ao mal sob qualquer forma e aparência.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 6. O Julgamento

De acordo com a teologia paulina, a morte não evitará o nosso


julgamento. Todos seremos ressuscitados e compareceremos
perante o tribunal de Deus.
• Todos serão julgados, vivos e mortos (2 Tm 4.1);
• O julgamento será minucioso, pois “Deus, por meio de Cristo
Jesus, [irá] julgar os segredos dos homens” (Rm 2.16);
• A obra salvadora de Cristo (a salvação pela graça) é o
fundamento de toda a vida cristã (1 Co 3.11). Nós edificamos
sobre esse fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, feno
ou palha (1 Co 3.12). O dia de julgamento servirá de teste para o
que construímos (1 Co 3.13-15). Aqui, Paulo se refere aos
salvos. Embora sejamos salvos, nosso julgamento (e nossa
recompensa no céu) depende do que “construímos” na vida
cristã.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 7. “Este mundo perverso”

Paulo chama o mundo em que vivemos de “este mundo


perverso” (Gl 1.4).
Ele vê este mundo como:
• Um mundo cujos pensamentos são vaidade (Ef 4.17);
• Um mundo que não conheceu a Deus por sua própria sabedoria
(1 Co 1.21);
• Um mundo que não compreendeu o significado da cruz (1 Co
1.23);
• Um mundo cuja filosofia é vazia de significado (Cl 2.8).

Para Paulo, o mundo não é mal em si, mas é mal o sistema de


valores que o permeia, por causa do pecado, o que o prejudicou.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 8. A Cruz

A cruz era algo central para a teologia paulina. Nós podemos


perceber isso em várias passagens de seus escritos:

• O assunto de Paulo junto aos coríntios era “Jesus Cristo


crucificado” (1 Co 2.2);

• Paulo diz: “Pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23);

• Ele afirma que “Jesus Cristo foi exposto como crucificado” (Gl
3.1).

De forma geral, podemos concluir sem sombras de dúvidas que o


foco da pregação de Paulo era a importância redentora da obra
de Cristo realizada na cruz.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 9. A Libertação

Em todo o capítulo 6 de Romanos, Paulo expõe a derrota


completa do pecado, em decorrência da salvação efetuada por
Cristo. Esta derrota do pecado representa a nossa libertação dele.

• Fomos libertados do pecado (Rm 6.18);

• Fomos libertados da escravidão à lei (Rm 7.6);

• A morte de Cristo nos libertou das outras forças que nos


escravizavam, tais como principados e potestades (Cl 2.15).

Não importa quem seja ou o que seja nosso inimigo. Paulo o vê


vencido pela gloriosa obra da salvação que Deus realizou em
Cristo.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 10. A Justificação

A justificação é o nome dado à ação divina, através da qual Deus


aceita a expiação (cancelamento da culpa) proporcionada por
Jesus como suficiente para garantir que os seres humanos sejam
considerados justos diante dEle, embora ainda sejam pecadores.
Segundo Paulo,
• Somos justificados pelo sangue de Cristo (Rm 5.9);
• Somos justificados por graça (Tt3.7);
O verbo grego dikaioo, “justificar”, significa “declarar justo” ou
“considerar justo”, mas não “tornar justo”.
Segundo 2 Co 5.21 e Gl 3.13, p.ex., aquilo que deveria ter
acontecido a nós aconteceu a Jesus. Alguém deveria ter pago a
pena devida e esse alguém foi Jesus Cristo.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 11. Uma Expiação Complexa

Uma das formas de compreender a obra salvífica de Jesus é por meio


do conceito de redenção.
• O termo era usado para se referir ao ato de resgatar um prisioneiro
de guerra. A liberdade de tais prisioneiros poderia ser restaurada
apenas com o pagamento do preço estipulado (chamado “resgate”).
• O termo também era usado com relação à soltura de um escravo após
o pagamento do valor apropriado.
Outros conceitos:
• O conceito de nova aliança (1 Co 11.25).
• O conceito de reconciliação (Rm 5.10,11; 2 Co 5.18-20 etc). A idéia de
“fazer as pazes” está em vista.
• O conceito de propiciação (Rm 3.25), termo ligado aos sacrifícios.
• O conceito romano de adoção (Rm 8.15; Rm 8.23; Gl 4.5), onde uma
pessoa não pertencente a uma família era nela integrado de forma plena.
III – A OBRA DE SALVAÇÃO DE DEUS EM CRISTO | 12. O Amor em Ação

Paulo, que não faz diferença entre o amor de Deus e o amor de


Cristo, fala sobre o “amor de Deus, que está em Cristo Jesus”
(Rm 8.39).
Segundo o apóstolo:
•O amor de Deus está derramado em nossos corações (Rm 5.5);
• A morte expiatória de Cristo é prova do amor de Deus (Rm
5.8);
• O Filho de Deus o amou e se entregou por ele (Gl 2.20);
• O amor de Cristo nos constrange (2 Co 5.14);
• O amor de Deus está presente na vida de todos os crentes (2 Co
13.13).

O amor é a forma como Paulo vê a Deus em Cristo. E é esse


amor que traz salvação para aqueles que crêem.
IV – A VIDA NO ESPÍRITO

6. O
CAMINHO 1. OS
DA DONS DO
ESPERAN- ESPÍRITO
ÇA

A VIDA
5. O NO 2. A
CAMINHO ESPÍRITO IGREJA
DO AMOR

4. O 3. OS
CAMINHO SACRAME
DA FÉ NTOS
IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 1. Os Dons do Espírito
* 1 Co 12. 8-10:
logos sofias (palavra de sabedoria) | logos gnoseos (palavra de
ciência) | pistis (fé) | charismata iamaton (dons de curas) |
energemata dynameon (operações de milagres) | profeteia
(profecia) | diakriseis pneumaton (discernimentos de espíritos) |
gene glosson (gêneros de línguas) | hermeneia glosson
(interpretação de línguas).

* 1 Co 12.28:

apostolous (apóstolos) | profetas (profetas) | didaskalous


(mestres) | = dynameis (milagres) | = charismata iamaton (dons
de curas) | antilempseis (ajudas) | kyberneseis (lideranças) | =
gene glosson (gêneros de línguas).
IV – O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
5 PONTOS DE VISTA SOBRE O SIGNIFICADO DO BES:
 Puritanos do Século XVII: O BES é um “enchimento” do poder do Espírito Santo, no sentido de um
avivamento espiritual na vida do indivíduo e na igreja.
 Batistas: O BES é outra maneira bíblica de descrever como o novo convertido se torna participante do
Espírito Santo no momento da sua conversão. O termo batismo representa uma analogia bíblica que
mostra outra faceta da experiência da conversão: o crente é “imerso”, ou “colocado” no Espírito Santo
por Cristo. Fundamento: 1 Co 12.13: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um
corpo [...]”.
 Históricos: O BES ocorreu apenas uma única vez, no dia de Pentecostes, para inaugurar a “era do
Espírito”. Os convertidos daquele tempo em diante, se tornam então participantes dos efeitos desse
batismo através do novo nascimento e de subseqüentes enchimentos do Espírito.
 Evangelistas e Conferencistas dos Séculos XIX e XX: O BES é uma segunda bênção (a primeira é a
conversão), mas não é acompanhado pela fala em línguas, e sim por poder para testemunhar o
Evangelho e para servir ao Reino. Tal ensinamento era aceito e propagado por notáveis evangelistas e
conferencistas, tais como: Charles G. Finney, Dwight L. Moody, R. A. Torrey, A. J. Gordon, F. B.
Meyer, A. B. Simpson e Andrew Murray.
 Pentecostais: O BES é uma segunda obra do Espírito na vida do crente em Jesus, que poderia
acontecer juntamente com a conversão, mas que, via de regra, é recebido em época posterior, e
somente como resultado de uma busca intensa desse batismo por parte do crente. Os adeptos desse
grupo, os pentecostais e os carismáticos, afirmam que o batismo tem como seu sinal de autenticidade a
fala em línguas (ou seja, em “línguas estranhas”) pelo menos uma vez.
© 2009 – Carlos Augusto Vailatti
IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 2. A Igreja
A vida no Espírito tem uma forte característica coletiva.

De acordo com Paulo, todos os que depositam a sua confiança


em Cristo se tornam membros da igreja, instituição esta pela qual
ele tem um grande interesse (Paulo emprega 62 vezes a palavra
ekklesia).

Paulo fala sobre: a igreja local (ex., 1 Co 4.17), a igreja reunida


(ex., 1 Co 11.18), a igreja de Deus (ex., 1 Co 1.2), as igrejas de
Deus (ex., 1 Ts 2.14), as igrejas de Cristo (ex., Rm 16.16) e a
igreja doméstica (ex., Rm 16.5).

Paulo ainda representa a igreja como: um edifício (ex.,1 Co


3.11), o santuário de Deus (ex., 1 Co 3.16), uma família (ex., Ef
2.19), a noiva de Cristo (ex., 2 Co 11.2) etc.
IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 3. Os Sacramentos
Sacramentos > Rituais religiosos relacionados ao significado ou
a um sinal da graça.
• O Batismo
“Todos nós fomos batizados em um corpo” (1 Co 12.13);
“Todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na sua morte” (Rm 6.3)
• A Ceia
Para Paulo, a instituição da Ceia (1 Co 11.23-26) possui alguns
significados:
1)refere-se à nova aliança que Cristo fez,
2)devemos participar dela em memória de Cristo,
3)ela é uma forma de anunciar a morte e o retorno de Cristo.
IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 4. O Caminho da Fé
Para Paulo, a fé é um elemento fundamental para todo o cristão.

Para o apóstolo, a fé possui dois significados básicos:


1)significa a confiança de todo o coração depositada em Cristo, o
qual é visto como aquele que morreu para nos trazer salvação;
2) significa compromisso e entrega de toda a vida ao Salvador.

“Pela graça sois salvos, por meio da fé” (Fp 2.8a);

“(...) o homem é justificado pela fé (...)” (Rm 3.28);

“(...) o justo viverá da fé” (Rm 1.17; Hc 2.4).


IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 5. O Caminho do Amor
Paulo insiste no fato de que a vida cristã é uma vida de amor.

Sobre o amor, Morris cita C. F. D. Moule, que diz o seguinte:

“Agape não é uma virtude entre outras, mas um impulso


totalmente novo, implantado por Deus; é o amor de Deus por nós
em Cristo, que refletimos e ao qual respondemos”.

Paulo diz que:

...devemos nos amar uns aos outros (1 Ts 4.9),

...devemos andar em amor (Ef 5.2),

e que o amor está acima de todas as outras coisas (1 Co 13)


IV – A VIDA NO ESPÍRITO | 6. O Caminho da Esperança
Paulo demonstra ter um grande interesse escatológico em suas
epístolas, principalmente no que concerne a Cristo.

O apóstolo fala sete vezes sobre a parousia (“presença”) de


Cristo, referindo-se à sua vinda. Esse termo era usado para fazer
referência à chegada de uma pessoa de posição elevada,
principalmente o imperador quando visitava uma de suas
províncias. (cf. 1 Ts 4.16).

Ao falar sobre a ressurreição de Cristo e sobre a fé na


ressurreição dos cristãos (1 Co 15), por exemplo, Paulo está se
referindo a uma das maiores expectativas escatológicas.

Enfim, Paulo olha para o futuro de forma otimista e esperançosa,


confiando que Deus, em Cristo, lhe preparou algo bem melhor.
II – OS EVANGELHOS SINÓTICOS E ATOS
MARCOS MATEUS LUCAS/ATOS

Data: Data: Data:

Depois do ano 70 85-90 d.C. 70-90 d.C.


d.C.

Destinatários: Destinatários: Destinatários:

Gentios Judeus Gentios

Obs: Esses dados são hipotéticos. Há muitos autores que discordam a respeito.
OS PRINCIPAIS TEMAS TEOLÓGICOS DE MARCOS

1 – JESUS, O HOMEM

2 – O FILHO DE DEUS

3 – O FILHO DO HOMEM

4 – O CRISTO

5 – O REINO DE DEUS

6 – A FÉ

7 – O SENTIDO DA CRUZ
EVANGELHO DE MARCOS | 1. Jesus, o Homem

A humanidade de Jesus é vista várias vezes em Marcos:


- Jesus é “o carpinteiro” ou “o filho do carpinteiro” (Mc 6.3);
- Ele fica indignado (Mc 10.14);
- Sente ira e tristeza (Mc 3.5);
- Desconhece o tempo da parousia (Mc 13.32).
Além disso, Marcos é um teólogo da cruz. Enquanto que
Paulo dedica pouco espaço à vida terrena de Jesus, Marcos
dá bastante ênfase à sua vida terrena. A narrativa de Marcos
é ágil e os seus relatos tendem a ser mais realistas do que os
seus equivalentes nos outros sinóticos.
Deve-se destacar também o seguinte: na literatura rabínica, a
ênfase está no conteúdo do ensino e não no rabino. Marcos,
porém, inverte essa questão. Para ele importa quem é Jesus.
EVANGELHO DE MARCOS | 2. O Filho de Deus

A expressão “Filho de Deus” serve como uma espécie de


“moldura” para o Evangelho de Marcos:
Jesus é apresentado no início do Evangelho como “Filho de
Deus” (Mc 1.1) e no ápice da narrativa sobre a cruz o
centurião romano declara que Jesus era o “Filho de Deus”
(Mc 15.39).

Marcos parece querer que os seus leitores entendam esta


expressão como uma confissão de fé.

Esta expressão aponta para um relacionamento único que


Jesus tinha com o Pai, bem como, aponta também para a sua
divindade (Cf. Mc 1.11; 3.11; 5.7; 9.7; 13.32 etc).
EVANGELHO DE MARCOS | 3. O Filho do Homem

A expressão “Filho do homem” (gr. huiou tou anthropou),


que não é natural em grego, é uma tradução literal do
aramaico bar-nasha e do hebraico ben-adam, expressões
entendidas simplesmente como “homem”, “ser humano”.
Segundo muitos estudiosos, essa expressão está baseada em
Dn 7.13: “e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho
do homem”.
Segundo Marcos, podemos identificar três grupos de
significados referentes à expressão “Filho do Homem”:

a)Autoridade Terrena de Jesus (Mc 2.5, 28);


b)Autoridade Escatológica de Jesus (Mc 8.38; 13.26; 14.62);
c)Inferioridade e Sofrimento (Mc 8.29-31; 9.31; 10.33).
EVANGELHO DE MARCOS | 4. O Cristo
O nome “Cristo” (Ungido) se refere “àquele que Deus enviaria
como libertador”.
Marcos emprega esse termo apenas “sete vezes” em seu evangelho.
Jesus não deve ter incentivado o seu emprego por causa do modo
inadequado como era usado na Palestina naquela época.
Para Wilhelm Wrede (1859-1906): o “segredo
messiânico” foi imposto ao material por Marcos.
Jesus nunca alegou ser o Messias. Foi a Igreja pós-
pascoal que creu assim. Então, Marcos justificou a
Igreja dizendo que Jesus afirmou ser o Messias,
mas manteve isso em segredo.
O “Segredo Messiânico” diz respeito ao pedido
insistente de Jesus para que a sua identidade como
Messias fosse ocultada (Cf. Mc 1.34, 44-45; 5.43;
7.36; 8.26; 9.9 etc).
EVANGELHO DE MARCOS | 5. O Reino de Deus

O “Reino de Deus” é o tema favorito de Jesus nos sinóticos.


O termo grego basileia, “reino” (assim como o hebraico
malkuth e o aramaico malku) não representa um “território”,
mas sim um “domínio”. A referência, nos evangelhos, não é
territorial ou grupal, mas é teológica, pois aponta para a ação
de Deus nas pessoas.
Marcos vê a consumação do reino como algo futuro (Mc
14.25). Ensinamentos como das parábolas da semente que
cresce em segredo e do grão de mostarda (Mc 4.26-32)
apontam para um futuro glorioso.
A afirmação de Jesus: “Não passará esta geração sem que
tudo isso aconteça” (Mc 13.30) é problemática.
EVANGELHO DE MARCOS | 6. A Fé

Jesus exige que os seus seguidores depositem a sua fé nEle. Isso


parece ser óbvio, mas não é. Antes de Jesus não houve nenhuma
religião que exigisse fé na divindade.
Em alguns milagres de cura, nós temos a dimensão do significado
da fé. Jesus diz: “A tua fé te salvou” (Mc 5.34; 10.52). Marcos, em
vez de usar um verbo comum para “curou” (p.ex., therapeuo, em
1.34 | iaomai, em 5.29), acaba empregando o verbo sesoken,
“salvou” (he pístis sou sesoken se).
Jesus realiza os seus milagres numa atmosfera de fé, onde as
pessoas respondiam a quem ele era e não viam seus milagres como
uma tentativa de obter popularidade por meio de ações
espetaculares.
Jesus realiza o seu ministério na Galiléia, indo a Jerusalém
somente um pouco antes de ser morto.
EVANGELHO DE MARCOS | 7. O Sentido da Cruz

No Evangelho de Marcos a cruz ocupa um lugar central.

Marcos dedica seis capítulos (do 11 ao 16) para falar da


presença de Jesus em Jerusalém e dos seus desdobramentos
(acusação, julgamento, condenação, prisão, crucificação,
morte e ressurreição).

O evangelista ainda diz que Jesus veio para “dar a sua vida
em resgate de muitos” (Mc 10.45). Aqui, na expressão “de
muitos”, a palavra “de” vem do grego anti, cujo significado
primeiro é: “uma pessoa ou coisa é ou será substituída por
outra”.

A morte de Jesus na cruz é substitutiva. Ele morreu em nosso


lugar.
OS PRINCIPAIS TEMAS TEOLÓGICOS DE MATEUS
1 – O COMEÇO DO EVANGELHO Introd. Única (Genealogia) |
2 – JOÃO BATISTA 14 ger.| 4 mulheres (S, Re,
Ra, L)| Mulheres gentias
3 – O ENSINO SOBRE DEUS
Prepara o caminho | Outro
4 – A PESSOA DE JESUS vem | Prega o Juízo (Mt 3) |
5 – O FILHO DE DEUS O profeta vaticinado (Is 40)
6 – O FILHO DO HOMEM 61 citações diretas do AT |
Deus como Pai (44 x) | Amar
7 – O CRISTO
os inimigos | Cuidado divino
Mt usa a expressão
8 – O FILHO DE DAVI Jesus: o novo Moisés |
9x | Título messiânico
9 – O REINO Cumprimento de profecias
“Reino dos Céus” em Jesus
(32x) | Parábolas: 1/3 “Do Egito chamei meu
10 – AS PARÁBOLAS
15% do Ev. trata do Filho” (Mt 2.15 – Os 11.1) |
DO REINO
tema Jesus se vê como Filho (Mt
11 – A PAIXÃO Mathetés | amor | 11.27)
oração | renúncia Usa quase todas as mesmas
12 – SER DISCÍPULO
Exorcizar, curar, passagens de Mc|
13 – A MISSÃO DOS DOZE anunciar o Evangelho crucificação: a missão
14 – A IGREJA Mt 16.16-18 (Edificação)| “Tu és o Cristo...” (Mt 16) |
18.15-18 (Autoridade) “Que pensais do Cristo?”
OS PRINCIPAIS TEMAS TEOLÓGICOS DE LUCAS-ATOS
I – A DOUTRINA DE Dynamis (15x em Lc; 10x em At) | Lc 1.35: o poder do
DEUS Altíssimo sobre Maria; At 10.38: Jesus, ungido com poder.
1. O DEUS PODEROSO “A vontade soberana de Deus em ação” | Está “dentro de
2. O REINO DE DEUS vós” (entos hymon): interior; próximo; entre vocês.
3. DEUS AGIU EM CRISTO Ao libertar o ex-endemoninhado geraseno, este deveria
4. DEUS AGE NOS relatar o que “Deus” fez por ele (Lc 8.39) | Jesus fez
CRENTES grandes obras porque “Deus” era com ele (At 10.38).
5. DEUS, MEU
Ex.: “Deus pelas mãos de Paulo fazia [epoiei – ação
SALVADOR
contínua] milagres extraordinários” (At 19.11).
6. O GRANDE AMOR DE
DEUS Lc também dedica muito espaço à narrativa da Paixão |
Segundo ele, Jesus foi crucificado “pelo determinado
desígnio e presciência de Deus” (At 2.23).
II – A DOUTRINA DE Lc fala da “entranhável misericórdia” divina (Lc1.78)
CRISTO Lc usa estas expressões c/ o mesmo sentido nos Sinóticos
1. FILHO DE DEUS E
FILHO DO HOMEM Cita a expressão apenas 3 x, diferentemente de Mt (9x)
2. FILHO DE DAVI Lc cita “o Cristo de Deus” (Lc 9.20).
3. O CRISTO
103 x em Lc e 107 x em At
4. O SENHOR
5. OUTROS TÍTULOS Mestre | Salvador | Príncipe (At 5.31) | Rei | Servo | o Justo
OS PRINCIPAIS TEMAS TEOLÓGICOS DE LUCAS-ATOS
III – DEUS E A NOSSA Segundo Lc, não há nada no reino humano que possa
SALVAÇÃO interferir no plano de Deus (Lc 22.42; At 2.23)
1. O PLANO DE DEUS Lc cita: César Augusto (Lc 2.1), Tibério César (Lc 3.1),
2. A HISTÓRIA DA Claudio (At 11.28), o procônsul Gálio (At 18.12) etc.
SALVAÇÃO
De acordo com Lc, todos devem prestar contas a Deus (Lc
3. A RESPONSABILIDADE
12.16-21; 13.1-5; 20.9-18 etc).
4. O ARREPENDIMENTO
5. A CENTRALIDADE DA Lc destaca em demasia a necessidade de arrependimento.
PAIXÃO Fala sobre “batismo de arrependimento” (Lc 3.3; At 13.24)
6. O TRIUNFO DE DEUS Lc menciona Jerusalém 37 x, dando ênfase ao local onde
7. O SENTIDO DA CRUZ ocorreria a crucificação. A crucificação é central para ele.
Deus triunfa sobre o mal em (Lc-At) através da expulsão
de demônios, dos milagres, da cruz e da ressurreição.
Para Lc, Jesus é o “Servo do Senhor” (At 3.13,26 etc). Há
uma citação a Is 53.7,8 em At 8.35. Is 53 se refere a Jesus.
IV – O ESPÍRITO SANTO Lc fala sobre: o E.S. na encarnação de Jesus (Lc 1.35), o
1. JESUS E O ESPÍRITO BES (Lc 3.16; At 11.15-16), o E.S. sobre Jesus (Lc 4.18).
SANTO
Lc é o único a registrar os antecedentes do Pent. (At 1),
2. O PENTECOSTES
bem como, o próprio Pent. (At 2) e seus resultados (At 3 ..)
OS PRINCIPAIS TEMAS TEOLÓGICOS DE LUCAS-ATOS
V – OS Lc aponta para as personagens: Pedro (At 1-8), Estevão (At 6,7),
DISCÍPULOS Filipe (At 8) e Paulo (At 9-28) como exemplos de vida.
1. UM PADRÃO DE Lc (provavelmente gentio) fala sobre a salvação disponível a todas
VIDA as raças (Lc 2.14, 32; 3.4-6; At 15.1,5)
2. O Jesus e as mulheres: Ana (Lc 2.36-38); Maria Madalena, Joana e
UNIVERSALISMO Suzana (8.1-3); Marta e Maria (Lc10.38-42) etc.
3. AS MULHERES Jesus e as crianças: a filha única de Jairo (Lc 8.41-42); as
4. AS CRIANÇAS brincadeiras infantis (Lc 7.32); As crianças e o reino (Lc 18.15-17)
5. OS POBRES Lc usa a palavra ptochos “pobre” 10 x. O Ev. é anunciado aos
6. OS DE MÁ pobres (Lc 4.18; 7.22). Outros textos (Lc 6.20; 14.21; 18.22 etc).
REPUTAÇÃO Deus e os excluídos: pastores (2.8-10); cobradores de impostos
7. OS INDIVÍDUOS (Lc 19.1-10); a mulher pecadora (Lc 7.37-50) ; galileus (At 2) etc.
8. A ORAÇÃO
Lc se importa com indivíduos: Zacarias e Isabel; Simeão e Ana; a
9. ALEGRIA PARA
viúva anônima de Naim; Maria e Marta; Zaqueu etc.
O MUNDO
10. OS PRIMÓRDIOS A oração de Jesus (Lc 3.21) e dos crentes (Lc 11.5-8) é retratada.
DO CATOLICISMO Lc mostra: cânticos (de Maria, de Zacarias, de Simeão e dos
11. A anjos), a alegria extrema de Jesus (Lc 10.21) e no céu (Lc 15.7).
ESCATOLOGIA Lc descreve o surgimento da Igreja Universal (Católica).
12. A PALAVRA Lc fala sobre: o juízo, o reino, o banquete, a parousia.
Lc destaca a palavra / pregação: (Lc 1.2; At 7; At 17).
III - ESCRITOS JOANINOS | I – O EVANGELHO DE JOÃO
I – A DOUTRINA DE CRISTO II – DEUS COMO PAI
1. A PALAVRA 1. O PAI E O FILHO
2. JESUS É O CRISTO 2. O PAI ESTÁ EM
3. O FILHO DE DEUS ATIVIDADE
4. O FILHO DO HOMEM 3. A MISSÃO DO FILHO
5. AS AFIRMAÇÕES COM “EU 4. UM GRANDE DEUS
SOU” 5. OS FILHOS DO PAI
6. O TESTEMUNHO 6. A ESCATOLOGIA
7 . OS SINAIS
8. AS OBRAS IV – A VIDA
9. O JESUS HOMEM CRISTÃ
1. A VIDA ETERNA
III – DEUS COMO ESPÍRITO 2. A PAIXÃO
SANTO 3. A FÉ
1. NASCIDOS DO ESPÍRITO 4. O AMOR
2. O TEMPO DO ESPÍRITO 5. O PECADO
3. O ESPÍRITO DA VERDADE 6. O MUNDO
4. O MESTRE DA IGREJA 7. A LUZ
5. A PRESENÇA DIVINA 8. A VERDADE
6. CONVENCENDO O MUNDO 9. O JUÍZO
7. O PARÁCLETO 10. OS
8. O ESPÍRITO NA IGREJA SACRAMENTOS
III - ESCRITOS JOANINOS | II – AS EPÍSTOLAS DE JOÃO
Nas epístolas joaninas, Deus é
1 – DEUS COMO PAI chamado de “Pai” 16x. A ocorrência
farta da palavra “Pai” em um texto de
dimensões tão diminutas não
encontra paralelo em nenhuma outra
parte do NT.

Nas epístolas joaninas encontramos


um forte tom cristocêntrico. A nossa
2 – JESUS CRISTO comunhão é com Jesus ( 1 Jo 1.3). O
Seu sangue nos purifica de todo o
pecado (1 Jo 1.7). O gnosticismo
também é combatido (1 Jo 4.2,3).

Nas epístolas joaninas, a vida cristã


também é enfatizada. Não devemos
viver em pecado (1 Jo 3.6). Devemos
praticar o amor (1 Jo 3.18), evitar os
3 – A VIDA CRISTÃ que propagam estranhas doutrinas (2
Jo 10,11) e andar na verdade (3 Jo 4).
III - ESCRITOS JOANINOS | III – APOCALIPSE DE JOÃO

Jesus é visto em toda a sua glória


1 – O SENHOR GLORIOSO (1.12-20). Ele é glorificado como:
Leão (5.5), Cordeiro (5.6), Ser pré-
existente (13.8) etc. Ele recebe a mais
profunda adoração (5.9-14;7.10 etc).

Deus reina soberanamente no Seu


trono (4.3). A glória de Deus enche o
templo (15.8 – referência ao AT: Ex
2 – DEUS SOBRE TODAS 40. 34,35; Is 6.4 etc). Deus triunfa
AS COISAS definitivamente sobre o mal (12.9;
20.10).

Deus se preocupa com o Seu povo. Ele


conhece seus fracassos e sucessos (2.7;
3.12). Deus nunca mais deixará que
eles sofram (7.17). Deus ouve as
3 – DEUS E SEU POVO orações dos santos (5.8). Deus habitará
para sempre com o Seu povo (21.3).
IV – AS EPÍSTOLAS GERAIS | TEMAS TEOLÓGICOS
I – A EPÍSTOLA AOS HEBREUS
1. UM GRANDE DEUS
2. O CRISTO INCOMPARÁVEL
3. VERDADEIRO HOMEM
4. SACERDOTE COMO MELQUISEDEQUE
5. UM GRANDE SUMO SACERDOTE
6. A NOVA ALIANÇA
7. A SOLUÇÃO PARA O PECADO
8. SOMBRA E SUBSTÂNCIA
9. NOSSA RESPOSTA À OBRA DE CRISTO
II – A EPÍSTOLA DE TIAGO
1. FÉ E OBRAS
2. O SERVIÇO DO CRISTÃO
III. A PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO
1. O DEUS VIVO
2. O SUPREMO PASTOR
3. O ESPÍRITO SANTO
4.A VIDA CRISTÃ
IV – A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO
OS FALSOS MESTRES
V- A EPÍSTOLA DE JUDAS
FALSOS CRENTES NO SEIO DA IGREJA

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