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FACENF EEAN

Processo de Enfermagem na Teoria de Wanda


Horta : - o que fazer frente à COVID-19
Vídeo Conferência - meet .ufrj.br
Data: 18 de maio de 2020
Período: 15:15 às 16:45 horas

Palestrante : Antonio de M. Marinho*


*Autor da Constante de MARINHO
Docente da FACENF- UERJ
Membro Titular e Diretor Técnico da ABAH
Abordagens Preliminares
 Diretrizes Curriculares Nacionais/ Enfermeiro
 Foco na Atenção à Saúde / 9 áreas
 Legislação / SAE
 O Método Cientifico
 Raciocínio Clínico
Diretrizes Curriculares Nacionais
(15 Competências do Enfermeiro)/2001

Atenção à Saúde Planejamento e Organização


Liderança Relação Interpessoal
Trabalho em Equipe Negociação
Tomada de Decisão Criatividade
Iniciativa Flexibilidade
Visão Sistêmica Empreendedorismo
Comunicação Educação Permanente
Administração / Gerenciamento
Atenção à Saúde
Áreas de Atuação da Equipe: Tipos de Atenção:

Promoção Atenção à Saúde:


Prevenção
Diagnóstico Precoce =da Mulher;
Tratamento Precoce =da Cr. e do Adolescente
Diagnóstico Especifico =do Homem
=do Idoso
Tratamento Específico =do Diabético
Limitação do Dano =do Hipertenso, etc. etc.
Reabilitação , e
Reintegração à Sociedade
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Exercício Profissional

Desde 1986 (Lei do Exercício dos Profissionais de


Enfermagem), o Planejamento da Assistência é uma
imposição LEGAL: “O Enfermeiro exerce todas as
atividades de enfermagem, cabendo-lhe
privativamente: o planejamento, organização,
coordenação, execução e avaliação dos serviços (das
atividades de cuidar de enfermagem) da assistência
de enfermagem”.
Exercício Profissional e a SAE

• A Tomada de Decisão do Enfermeiro tem que ser baseada no


Conhecimento Científico, intensificando o pensamento crítico
e o raciocínio clínico.

• Conhecimentos e Procedimentos teoricamente organizados


(POPs / Protocolos), sistematizados e sempre reformulados se
constituem em base segura para a ação eficiente.

• A aplicação de uma Assistência de Enfermagem Segura é a


ÚNICA possibilidade do Enfermeiro atingir a sua AUTONOMIA
PROFISSIONAL e constitui a essência de sua PRÁTICA
PROFISSIONAL.
 A SAE e a implementação do PROCESSO DE
ENFERMAGEM é uma atividade privativa do enfermeiro, de
acordo com a Lei do Exercício Profissional nº 7498/86.

A Resolução COFEN nº 358/2009, dispõe sobre a SAE e a


implementação do PE em ambientes públicos e privados ,
em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem.

Ou seja nas instituições prestadoras de serviços de


internação hospitalar, ambulatoriais de saúde, domicílios,
escolas e associações comunitárias, fabricas e outros.
Etapas do Processo de Enfermagem (PE)
Na Resolução 358/2009, verifica-se que o PE “deve ser
realizado, de modo deliberado e sistemático, em
todos os ambientes , públicos e privados, em que
ocorre o cuidado profissional de enfermagem”

O PE se organiza em 5 etapas:
1- Coleta de dados de Enfermagem (ou histórico de
enfermagem);
2- Diagnóstico de Enfermagem;
3- Planejamento de Enfermagem (Prescrições);
4- Implementação, e
5- Avaliação de Enfermagem.
ETAPAS do Processo de Enfermagem –
Resolução cofen nº 358/2009

 Art. 3º o PE deve estar baseado num suporte teórico que


oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de
enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de
enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos
resultados de enfermagem alcançados.
AS 14 NECESSIDADES (BÁSICAS) FUNDAMENTAIS
(VIRGINIA HENDERSON E A TEORIA DAS 14 NECESSIDADES)
• Respirar normalmente;
• Comer e beber adequadamente;
• Eliminar os resíduos orgânicos;
• Movimentar-se a manter posturas;
• Dormir e descansar;
• Selecionar roupas adequadas;
• Manter temperatura corporal;
• Manter higiene;
• Evitar perigos ambientais;
• Comunicar-se expressando emoções;
• Adorar de acordo com a própria fé;
• Trabalhar de forma satisfatória;
• Participar de diferentes atividades recreativas;
• Aprender, satisfazer ou desenvolver as necessidades de saúde utilizando os
meios disponíveis.
Pirâmide da Motivação Humana
(Abraão Maslow)
O Método Científico
RACIOCÍNIO CLÍNICO
Conceito sobre Enfermagem de Horta
Teoria das NHB
Uma Obra de Referência
Tese de Doutoramento
Processo de Enfermagem na ótica de Wanda Horta
Teoria de Wanda Horta – NHB- PE
O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-
relacionadas, visando a assistência ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter-
relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos.

Distinguem-se seis fases ou passos.


1ºHISTÓRICO de ENFERMAGEM - roteiro sistematizado para o levantamento de
dados (significativos para a enfermeira) do ser humano que tornam possível a
identificação de seus problemas.
2ºDIAGNÓSTICO de ENFERMAGEM - deriva da análise dos dados (a identificação
das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação
pela enfermeira do grau de dependência deste atendimento em natureza e em
extensão.
3ºPLANO ASSISTENCIAL - decorre da avaliação e análise diagnóstico. Nele temos
a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve
receber diante do diagnóstico.
Este PLANO ASSISTENCIAL é sistematizado em
TORNO do conceito de assistir em enfermagem
FAOSE Grau de dependência  T P (AOSE)

F= Fazer -- Grau de Dependência TOTAL (T)


A= Ajudar -- Grau de Dependência Parcial
O= Orientar – Grau de Dependência Parcial
S= Supervisão (observação e controle) – Grau de
Dependência Parcial
E=Encaminhar –Grau de Dependência Parcial
4º PLANO DIÁRIO de CUIDADOS / Prescrições de
Enfermagem: passo de implementação do plano
assistencial pelo roteiro diário (ou período aprazado)
que coordena a ação da equipe de enfermagem na
execução dos cuidados no atendimento das
necessidades básicas e específicas do ser humano.

5º EVOLUÇÃO de ENFERMAGEM – decorre da avaliação


continua dos RESULTADOS do plano diário de cuidados
que fornece os dados necessários para a evolução:
relato das mudanças sucessivas que ocorrem no ser
humano decorrente da implementação do PLANO
(molhorou, manteve ou piorou).
Pela evolução torna-se possível avaliar a resposta do
ser humano em relação aos cuidados de enfermagem
realizados, e assim constituir as EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS da sua prática profissional.

6ºPROGNÓSTICO DE ENFERMAGEM – progressão


positiva no reequilibrio das NHB a luz dos dados
fornecidos pela evolução de enfermagem, bem como
da capacidade do ser humano em atender as
demandas das suas Necessidades Humanas. Decorre
do estudo analítico e avaliação dos passos anteriores:
TEORIA das NHB de ENFERMAGEM
SAE E As Teorias de enfermagem
Grupos de NHB

Novo olhar sobre a SAE


Antônio Marinho
Memorizando +/- 44 Grupos de NHB

MAE + TIA + CRF + GOL +HDS + P

4M + (10+1)A + 3E  18 Grupos
1T+ 4I + 1A  6 Grupos
3C+ 2R + 2F  7 Grupos
1G + 1O + 2L 4 Grupos
2H + 1D + 5S  8 Grupos
1P  1 Grupo
Diagnósticos de Enfermagem
 Os diagnósticos de ENFERMAGEM são os déficits ou
desequilíbrios das NHB que decorrem de uma patologia FÍSICA
ou MENTAL (O ser humano é complexo bio-psico-sócio-cultural-
espiritual).
Nós podemos CLASSIFICAR os DÉFICITS como INDEPENDENTE;
DEPENDENTE PARCIAL ou DEPENDENTE TOTAL.
 Para buscar o reequilíbrio das necessidades com dependência
efetuam-se as PLANEJAMENTO de Enfermagem /
PRESCRIÇÕES e INTERVENÇÕES de ENFERMAGEM.

 Em várias situações temos que solicitar a participação de


outros PROFISSIONAIS (nutricionista, dentista, fisioterapeuta,
psicólogo, etc.), para auxiliar na busca do equilíbrio.
• De posse dessa sequência composta pela equação de palavras
(MAE + TIA + CRF + GOL + HDS + PMF) e do domínio do
significado de cada uma dessas NHB o Enfermeiro buscará
através da SOA, isto é de informações subjetivas e da observação
realizar uma Avaliação Diagnóstica, realizar o exame físico focado
nas NHB. Isto é buscando situações de não conformidade que
geram desequilíbrios ou riscos de desequilíbrio de cada uma das
NHB, chegando-se assim aos Diagnósticos de Enfermagem.

• Concomitantemente, aplica a metodologia TAOSE (grau de


dependência do cuidado de enfermagem T= Dependência Total;
AOSE = Dependência Parcial de Ajuda; Dependência Parcial de
Orientação; de Dependência Parcial de Supervisão ou ainda,
Dependência Parcial de Encaminhamento para avaliação por
outro Profissional) para classificar o grau de dependência do
cuidado de enfermagem.
A partir do Diagnóstico de Enfermagem e do grau de
dependência, por NHB comprometida, passa-se para a etapa
Intervenções / Prescrições de Enfermagem a serem executadas
pelo Enfermeiro e pelo Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem.

Atentando-se que a Prescrição tem em si uma estrutura


composta por:
Verbo de ação + Cuidado + Frequência + Horário de
Execução(=aprazamento).

Sua execução será registrada no Prontuário do Paciente com


as respectivas anotações e evoluções. Estas referentes a cada
NHB comprometida.
• Essa sequência deve ser aplicada além das unidades de
internação, por exemplo, nas consultas de Enfermagem das
Unidades de Pacientes Externos.

• Atentar para a orientação e aplicação dos procedimentos


técnicos de enfermagem que qualificarão o cuidado realizado
pela equipe de enfermagem.
COVID - 19

VELHOS E NOVOS SINTOMAS


ENGANAM MÉDICOS
E MOSTRAM OUTRA FACE DA
COVID-19
Aplicação num Paciente com COVID-19

• PROCESSO DE ENFERMAGEM - Dados de Iden


tificação
Ex das NHB.docx

• Matéria na Mídia sobre o COVID-19


REFERÊNCIAS
• Tannure MC, Pinheiro AM. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2013.
• North American Nursing Diagnosis Association/ NANDA-I. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e
classificação 2015-2017. Tradução de Regina Machado Garcez. Porto Alegre: Artmed; 2015.
• Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº. 358, de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de
Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o
cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Brasília: COFEN; 2009.
• Cabral VH, Andrade ÍRC, Melo EM, Cavalcante TMC. Prevalência de diagnósticos de enfermagem em unidade de terapia
intensiva. Revista Rene. 2017;18(1):84-90.
• Chianca TM, Lima APS, Salgado PO. Diagnósticos de enfermagem identificados em pacientes internados em Unidade de
Terapia Intensiva Adulto. Rev Esc Enferm USP 2012;46(5):1102-1108.
• Bittencourt GKGD, Schaurich D, Marini M, Crossetti MGO. Aplicação de mapa conceitual para identificação de diagnósticos
de enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011;64(5):963-7.
• Bittencourt GKGD, Nóbrega MML, Medeiros ACT, Furtado LG. Mapas conceituais no ensino de pós-graduação em
enfermagem: relato de experiência. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):172-176.
• Bittar DB, Pereira LV, Lemos RCA. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente crítico: proposta de
instrumento de coleta de dados. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Out-Dez; 15(4): 617-28.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil 2014: uma análise da situação de saúde e das
causas externas. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
• Truppel TC, Meier MJ, Calixto RC, Peruzzo AS, Crozeta K. Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade de
Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm, Brasília 2009;62(2):221-7.
• Bertoncello KCG, Cavalcanti CDAK, Ilha P, Nascimento ERP. Diagnósticos de risco e propostas de intervenções de
Enfermagem aos pacientes vítimas de múltiplos traumas. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 15(2):23-31, abr-jun, 2013.
• RS Silva, MOM Lima, WCO Bandeira, AT Pereira, AAC Sampaio, GPN Paixão. Diagnósticos de enfermagem prevalentes em
pacientes internados na unidade de terapia intensiva: revisão integrativa. Revista enfermagem contemporânea. 2016.
Agradeço pela Atenção , espero que tenha sido útil !

Obrigado!!!!

Tel. (21)991480691

www.professorantoniomarinho.com.br

abah.marinho@gmail.com
CONTRIBUIÇÕES DO PROF. DR.
RINALDO NEVES – ESCS / BRASÍLIA
SAE E Processo diagnóstico
SAE E O Novo processo de enfermagem

Teoria/Ciência
Avaliação
Continua
Coleta de dados

Raciocínio
Implementação crítico
Julgamento
Clínico
Diagnose

Intervenção

Diagnóstico/priori
dade
Resultados/indica
dores
Metas
SAE E O NOVO PROCESSO DE ENFERMAGEM
Matéria em mídia

Sobre COVID-10
Manifestações da Doença
À medida que o coronavírus se espalhou e afetou
um número maior de pessoas, sintomas diferentes
dos de síndromes respiratórias emergiram.
Pessoas que antes eram consideradas
assintomáticas para a Covid-19 agora se
enquadram no quadro de possível infecção.

Cada infectado reage de uma forma e pode


apresentar um ou vários desses sintomas.
EVOLUÇÃO lNESPERADA
À frente de pesquisas sobre o tratamento da Covid-19 no Brasil, a
médica Patrícia Rocco, que chefia o Laboratório de Investigação
Pulmonar da UFRJ e é membro da Academia Nacional de Medicina
e da Academia Brasileira de Ciências, diz que, de fato, tudo mudou:
- Há dois meses, afirmaria que a Covid -19 era uma doença viral
causadora de comprometimento respiratório, com casos graves
marcados pela síndrome da angústia respiratória aguda (SARA).
- Hoje, a vejo como uma doença viral de evolução completamente
inesperada. Você se depara com um grande comprometimento
vascular.
- Ela diz que o paciente com confirmação ou suspeita de Covid-19
deveria contar com uma série de exames para detectar alterações
vasculares e inflamatórias, sejam de imagem, como tomografia,
ou de sangue.
Com esses exames se buscará identificar os marcadores inflamatórios
e de risco de trombose.

Patrícia Rocco investiga biomarcadores específicos, substâncias


presentes no sangue, que possam sinalizar risco de agravamento da
Covid-19.

A pesquisadora destaca que "Hoje não temos um protocolo de


avaliação rápida, e isso custa vidas". A infecção pelo coronavírus
passou a ser associada à formação de microtrombos pelo corpo,
inclusive no cérebro.

Uma hipótese para isso é que os receptores usados pelo coronavírus


para invadir as células existem em muitos órgãos, principalmente nos
vasos sanguíneos. As células que revestem os pulmões estão cheias
deles, mas eles também estão no intestino, nos rins e no coração.
O hematologista e oncologista Daniel Tabak, membro da Academia Nacional de
Medicina, que monitora a evolução da Covid-19 no Brasil, relata que a COVID-19 era
vista como uma doença respiratória mas agora ela se mostrou uma síndrome
preponderantemente vascular.

São essas complicações vasculares que têm sido associadas a AVCs e alterações
cardíacas graves , mesmo em pacientes jovens.

-Como a Covid-19 provoca AVCs em jovens?

Há hipóteses. Mas a resposta honesta é: não sei! -frisa a Dra. Patrícia Rocco. A
doença permanece uma fonte de incertezas e surpresas.

O Dr. Tabak diz que uma possível explicação para a dor lombar seria a presença de
microtrombos e inflamação. Outra é que a dor seja sinal de uma pneumonia
silenciosa.
O primeiro doador de plasma convalescente do Brasil, o hematologista carioca
Ruddy Dalfeor, por exemplo, sofreu uma violenta dor lombar: - De início, achava
que tinha cálculo renal, mas a dor nas costas era insuportável. Foi fazer uma
tomografia e descobriu uma pneumonia.
O coronavírus engana. As dores musculares poderiam ter
várias causas, mas as primeiras 10 autópsias não invasivas
de pessoas que morreram de Covid-19 em São Paulo, feitas
pela USP, revelaram danos diretos nos músculos, Já a má
circulação estaria por trás dos "danos da Covid‘.

Os distúrbios causados pelo coronavírus no nervo olfatório


explicariam a perda do olfato (hiposmia até anosmia) e
paladar.

As erupções na pele – “rash viral”- não são raras em


viroses, mas o mecanismo que as deflagra na Covid-19
permanece não esclarecido.
Os distúrbios tipo confusão mental poderiam sinalizar encefalite
causada pelo COVID-19, supõe o infectologista americano Daniel
Griffin coordenador da resposta para o coronavirus em hospitais
de Nova York. Ele acrescenta ainda que a associação do Covid-
19 com a encefalopatia cujo resultado seria um olha tipo Zumbi

Daniel Griffin em uma palestra virtual para virologistas, disse


que "há gente chegando nos hospitais com dor no peito. Ainda
não está claro, mas o coronavírus pode impactar o coração. Em
alguns casos, parece infarto". Segundo Griffin, na primeira
semana de sintomas, a infecção viral predomina.

Porém, nos casos que se agravam, na segunda semana surge


algo como uma tempestade imunológica. Mas, depois, surgem
complicações no sangue, ligadas à inflamação.
O cientista considera que a diversidade de
manifestações permite que casos de doença e
morte por Covid-19 não sejam associados ao
coronavírus. E que muita gente "assintomática"
seja, na verdade, apenas não diagnosticada.

A cada dia aprendemos com novos casos e


temos uma urgência que jamais tivemos, pois as
pessoas estão morrendo como nunca - destaca
Patrícia Rocco.
Vítimas podem ter condições letais que
desafiam a Biologia
O coronavírus provoca perda de oxigenação e envenenamento por C02
sem que os pacientes sintam falta de ar.

O coronavirus pode matar sem que a vitima se quer perceba que esta à
beira da morte, são os casos de pessoas que desenvolvem uma condição
chamada de hipóxia silenciosa causada por níveis extremamente baixos de
oxigênio e que pode ser um prenúncio de morte iminente .

A pessoa que se sente muito cansada, sem forças, mas ainda capaz de
falar ao telefone ou digitar textos e que não se considera em tão má saúde,
sobretudo, ela não sente falta de ar, porém o seu corpo esta sendo envenenado
pelo CO2 que deixa de ser expelido, e o oxigênio baixa para níveis
potencialmente letais.

Isso acontece porque os pulmões, atacados pela Covid-19, não conseguem mais
oxigenar o sangue com eficiência.
Acredita-se que um possível motivo seja a formação de
microtrombos, que obstruem a extensa rede de vasos pulmonares
responsáveis por distribuir oxigênio pelos tecidos e órgãos e remover o
CO2 do corpo.

Normalmente, quando a oxigenação do corpo cai a níveis perigosos, a


pessoa apresenta intensa falta de ar, característica da síndrome de
angústia respiratória aguda (SARA).

Muitos desses pacientes precisam ser intubados e ligados a


ventiladores para sobreviver.

A saturação normal do oxigênio no sangue é de pelo menos 97%.


Níveis inferiores a 90% já preocupam. É que abaixo de 90% o cérebro
deixa de receber O2 suficiente. Em consequência, a pessoa sofre
desorientação, fica confusa ou letárgica. Quando o nível baixa de 80%,
órgãos vitais passam a sofrer danos.
ASFIXIAMENTO - A vítima começa a morrer sem se dar conta
A pessoa asfixiada, não manifesta falta de ar. Essa condição, que desafia a biologia, é
uma das causas de alguns pacientes graves irem direto para o respirador. A
pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, está intrigada com a frequência de
pacientes de Covid-19 com a hipóxia silenciosa, sem que se saiba exatamente o motivo.

Traz um exemplo de uma mulher de 64 anos, que não se dava conta de que estava
tão grave, sentia-se cansada e tinha outros sintomas da doença, mas não imaginava que
seu estado fosse tão preocupante. Porém, os especialista conseguem detectar na voz
dos pacientes os sinais de que algo não vai bem e assim interná-los a tempo de evitar o
agravamento. Foi o que aconteceu com essa paciente, que conseguiu escapar do
respirador.

O anestesista Marcos Miranda, coordenador da UTI de Covid-19 do Hospital


Universitário Pedro Ernesto /UERJ, frisa que muitas vezes o estado do paciente não
condiz com o que indica o monitor de níveis de oxigênio.

Esse foi o caso de um homem de 48 anos, com saturação abaixo de 90%, e que dizia
não sofrer falta de ar, embora seu nível de 0xigênio despencasse. Ele foi internado na UTI
com Covid-19, onde foi intubado e ligado a um ventilador.

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