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A ética de Jó
Texto básico Jó cap. 31

Versículo-chave Jó 31.6
“Pese-me Deus em balanças fiéis e conhecerá
a minha integridade...”

Alvo da lição
Ao estudar esta lição, você vai apreciar o grande
desafio que é observar quanto o temor a Deus
produziu todo o comportamento ético de Jó.
O aluno será capaz de

Saber entender melhor o que significa


comportamento ético;
compreender quais ações de Jó demonstram
bom comportamento ético;

Sentir refletir sobre a importância de uma vida


cristã que segue altos padrões éticos;
Agir ter postura cristã diante dos desafios éticos
diários.
Introdução

No decorrer do livro, Jó insiste em sua inocência


(27.6), e neste capítulo se apresenta como
advogado de si mesmo, incumbido da tarefa
solene de demonstrar que sua vida toda
comprovava serem seus sofrimentos imerecidos.
Falou, entregou o documento assinado (31.35),
e “Fim das palavras de Jó” (31.40).
Introdução
Por isso, o capítulo é um relatório daquilo que Jó
poderia ter feito de ruim, de desagradável a
Deus, mas que não fez. Assim sendo, Jó 31
discute alguns aspectos do comportamento
ético que agrada a Deus, e nos desafia quanto à
integridade pessoal, à prática coerente da fé.
I. Pecados pessoais (Jó 31.1-12)
“Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com
cobiça para as moças” (v.1, NVI). Pureza de
coração no trato com o sexo oposto, e fidelidade
matrimonial (v.9-10) são ênfases de toda a Bíblia
(Mt 5.28; Pv 5.15-23).
II. Pecados sociais (Jó 31.13-23)
Para Jó, atitudes para com “servo” e “serva”
(v.13), “pobres”, “viúvas” e “órfãos” (v.16-17,21), e
necessitados em geral (v.17,19) indicam quanto
uma pessoa realmente ama – e teme – a Deus.
Compare Isaías 58.6-7; Tiago 1.27. Novamente, Jó
enfatiza princípios norteadores de sua conduta:
“Aquele que me formou no ventre materno não os
fez também a eles?” (v.15).
III.Pecados relacionados com a idolatria
(Jó 31.24-28)
A crítica à cobiça desenfreada (v.24-25) e à
veneração da criação (v.26-27) tem muito a ver
com pecados comuns em nossos dias. Com
facilidade, o consumismo nos assola, e exageros
quanto a assuntos do meio ambiente nos
confundem, abrindo caminho para a adoração
de coisas (compare Mt 6.19-24; Dt 4.19).
IV. Pecados relacionados com inimigos
desafortunados (Jó 31.29-32)
Amor para com o próximo, seja inimigo ou
desconhecido de outra raça, é uma ênfase do
Evangelho (Lc 10.25-37), e Jó também soube chorar
com os que choram (v.29; Rm 12.15); soube
abençoar em vez de amaldiçoar (v.30; Rm 12.14);
soube praticar a hospitalidade (v.31-32; Rm 12.13).
V. O pecado da hipocrisia (Jó 31.33-34)
Esconder pecado e acobertar culpa pessoal
(v.33) porque temia “a grande multidão, e o
desprezo das famílias me apavorava” (v.34) é
hipocrisia, é fingir que se é o que não é. É fazer
como outros fazem (v.33), e não como o homem
ou a mulher de Deus devia fazer.
VI. O último apelo de Jó (Jó 31.35-36)
Só resta Jó assinar sua defesa e aguardar a
denúncia escrita de seu acusador (v.35), na
expectativa de que o novo documento dirá
“nada consta”, a ponto de Jó poder sair
andando pelas ruas de cabeça erguida, e com o
parecer favorável visível a todos (v.36).
VII. Disposto a ser castigado se
for preciso (Jó 31.38-40)
Os versículos são em forma de juramento solene:
“Se a minha terra..., se consumi..., se causei..., que
me venham...” (NVI). Jó se dispõe a aceitar o castigo
divino, contanto que seja merecido. Ao mesmo
tempo, duas observações importantes. Primeiro,
consumir os frutos da terra sem pagar nada a
ninguém, e causar a morte de qualquer pessoa
(v.39) é pecado (Êx 20.15,13).
Conclusão
Como seria maravilhoso se cada um pudesse
afirmar que sua ética nunca deixou a desejar, que
nunca foi omisso nas áreas citadas por Jó! Peçamos
perdão a Deus pelas vezes que temos falhado
conscientemente. Clamemos que o Espírito Santo,
que convence de pecados cobertos e até
inconscientes, nos leve ao “arrependimento...
segundo Deus” (2Co 7.9-10).

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