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Destruição de diversidade biológica

Genética e questões socioambientais


Prof Dra Silvia Molina
Biodiversidade.pptx

Giulio De Marco – 8659570


Pedro Beretta Sant’Anna – 8562558

Piracicaba
Outubro/2014
Biodiversidade
Bio = vida Diversidade = variedade
Por definição:

“O termo biodiversidade descreve a variedade de vida na


Terra”. (Natural History Museum – UK)
Na prática:
Mas não podemos nos
esquecer dos:
Biodiversidade
Diversidade genética: caracterizada pelas variâncias entre os organismos.
Mesmo em uma mesma espécie, a diversidade genética é alta, o que
possibilita uma maior adaptabilidade. Esse nível de classificação é
utilizado para quantificar a biodiversidade em termos taxonômicos.
Diversidade química: a variedade genética também possibilita a síntese
de produtos químicos. Diferentes espécies produzem diferentes
compostos, que podem ser aproveitados pelos humanos em diversos
contextos.
Diversidade ecológica: relacionada com a diversidade entre ecossistemas.
Cada ecossistema constitui relações ecológicas que podem ser únicas, e
crescente destruição desses ecossistemas
Cada vez mais há a ânsia de se estudar a biodiversidade pelo mundo
Para tal, cresceu-se também a preocupação com a conservação
ambiental, que na prática visa proteger a biodiversidade
O interesse não é de todo filantrópico: a quantificação e qualificação
da vida pelo planeta trás a possibilidade de conhecer-se potenciais
biotecnologias
No Brasil, desde 1999 há o projeto BIOTA-FAPESP, com intuito de
“caracterização, conservação, restauração e uso sustentável da
Biodiversidade”
• É importante perceber que apesar do crescente interesse na biodiversidade, é
necessária ainda muita pesquisa para que se conheça a riqueza da diversidade no
nosso planeta
A biodiversidade no contexto global
Variedade de espécies de plantas ao redor do mundo
• Estudo da Universidade
da Califórnia
• 3.6% da superfície da
Terra (áreas em violeta)
possuem uma enorme
biodiversidade (plantas e
animais)
• São basicamente
constituídas de pequenas
ilhas – ambientes sujeitos
a fácil desequilíbrio
Variedade de espécies de plantas ao redor do mundo
• Ainda mais grave: boa
parte dessas espécies são
endêmicas
Número de espécies de anfíbios
Riqueza de espécies de peixes de água doce
• Regiões com menores
latitudes possuem
visivelmente uma maior
biodiversidade
• Não por coincidência, são
as regiões que possuem
maior incidência solar
• Há uma maior quantidade
de energia recebida nessas
regiões, o que estimula a
riqueza na biodiversidade
• Da mesma forma, maiores
latitudes possuem uma
menor biodiversidade
Biodiversidade animal pelo mundo
• Hotspots de
biodiversidade são os
locais em que há
muitas espécies
endêmicas e que
estão ameaçadas
• Como são
endêmicas, a
destruição desses
ecossistemas
implicam no
desaparecimento de
Biodiversity Hotspots
muitas espécies
Biodiversidade no Brasil
O Brasil, como um país de proporções
continentais, possui regiões que se
diferem em temperatura, umidade,
qualidade do solo, radiação solar,
massas de ar e correntes marítimas.
Por isso, podemos observar biomas
bastante particulares, caracterizados
por exuberante fauna e flora.
Possui um número elevado de espécies
endêmicas, que certamente irá se
elevar quando houver mais estudos.
A biodiversidade brasileira também
proporciona bens econômicos
importantes, como o abacaxi,
amendoim, castanha-do-brasil,
mandioca, caju.
Biodiversidade no Cerrado
É o segundo maior bioma da América do
Sul.
 Como visto anteriormente, o Cerrado
constitui um hotspot para biodiversidade,
possuindo uma série de espécies endêmicas.
 Infelizmente, é um dos biomas mais
ameaçados graças à expansão dos setores
agropecuários.
 Ao menos 137 espécies de animais do bioma
estão ameaçados de extinção e cerca de 20%
das espécies endêmicas não são mais
encontradas nas áreas protegidas.
 De todos os hotspots mundiais, o cerrado é o
Biodiversidade na Amazônia
Região mundial que possui a maior quantidade de espécies de animais e plantas.
10% das espécies vegetais encontram-se na Amazônia
É conhecidamente o território com maior biodiversidade do planeta, mas apenas
uma fração muito pequena é conhecida
Cerca de 70% das espécies de artrópodes, por exemplo, não foram descritas
O número de espécies de peixes é desconhecido, mas acredita-se que a bacia
amazônica compreende a maior quantidade de espécies em relação às demais
bacias
Os dados para répteis, aves, anfíbios e mamíferos também são destacáveis.
Apesar de tudo isso, em nenhum lugar do mundo derrubam-se mais árvores do que
na nossa grandiosa floresta, sendo o desmatamento neste lugar 30% maior do que a
“segunda colocada”, a Indonésia.
A biodiversidade brasileira, no setor da agroindústria, corresponde a 40%
do PIB nacional, mas nos setores florestais, apenas 4% do PIB é
representado por espécies nativas.
A maior parte da economia do pais é adquira através de espécies
exóticas, como a cana-de-açúcar (Nova Guiné), café (Etiópia), arroz
(Filipinas), soja (China), cacau (México), eucalipto (Austrália), pinheiros
(América Central), gado (Índia) e apicultura (Europa e África).
Claramente nosso país precisa investir pesado em pesquisas sobre a
nossa biodiversidade
Destruição da diversidade biológica
Além das ações humanas, que serão devidamente tratadas
nos próximos slides, a destruição da biodiversidade também
acontece por meios naturais.
Cerca de 99% das espécies que já existiram na Terra estão
extintas.
As extinções não são precisamente ruins, uma vez que dão a
oportunidade à ascendência de novas espécies.
O grande problema é que a atuação dos homens aceleram
extinções, que normalmente acontecem em eras geológicas.
Extinções em massa
Aconteceram cinco grandes extinções no nosso
planeta
Extinção do Ordoviciano (440 Ma)

Extinguiu 26% de
famílias marinhas
Cerca de 85% de todas
as espécies
Provavelmente causada
por uma intensa Era do
Gelo
Extinção do Devoniano Superior (360 Ma)

Extinção de 22% de
famílias marinhas
Cerca de 80% de todas
as espécies
Provavelmente causada
pela queda nos níveis de
oxigênio e decaimento
da temperatura do
planeta
Extinção Permiana (252 Ma)

A maior de todas as extinções


51% de todas das famílias marinhas
Cerca de 95% de todas as espécies
Erupções vulcânicas (incluindo provavelmente a maior de
todas) liberaram lava e grandes quantidades de dióxido de
carbono, responsáveis pelo aumento abrupto da temperatura.
A união da Pangea criou um ambiente bastante quente e
seco no seu interior
Níveis de oxigênio mais uma vez caíram
Extinção do Triássico (201 Ma)

Extinção de 22% de
famílias marinhas
Cerca de 80% de todas
as espécies
Causa provavelmente
pela queda nos níveis dos
oceanos e grandes
erupções vulcânicas.
Extinção do Cretáceo (66 Ma)
Extinção de 16% das
famílias marinhas
Cerca de 75% das espécies
Possivelmente causada
pelo choque de um grande
meteoro
Responsável pelo
desaparecimento dos
dinossauros
A extinção dos grandes
dinossauros, que até então
dominavam o ambiente terrestre,
possibilitou que os pequenos
mamíferos (musaranhos), até
então controlados pela predação e
competição dos grandes animais,
pudessem se diversificar
Essa diversificação possibilitou
que mamíferos maiores fossem
surgindo
Não fosse essa última grande
extinção, talvez não estivéssemos
aqui
Destruição de biodiversidade causada
pelo homem

Como vimos, a biodiversidade pode ter uma destruição


natural. No entanto, atualmente o homem figura como
um agente importante nessa crescente destruição.
Já estudamos o caso da Ilha de Páscoa. Hoje, teremos um
estudo de caso da Ilha Maurício.
Ilha Maurício
• Descoberta por Árabes – Dina Arobi

• Portugueses em 1507 – Ilha do Cirne

• Holandeses
• Chegada em 1598 – Ilha Maurício –
Príncipe Maurício de Nassau
• Em 1638 é estabelecida uma colônia
• Introdução da Cana de AçúåΩcar,
Animais domésticos e outras espécies
exóticas;
• Extração de Ébano
• Abandonam a ilha em 1710
• Tomada pelos
britânicos em
1810

• Nome de Ilha
Maurício é
retomado

• Independência em
1968

• Proclamação da
Batalha de Grand Port – Única vitória francesa
república em
1992
Pteropus subniger – Pequena raposa voadora de Maurício
• Ilhas Mascarenhas

• Isoladas – Poucos mamíferos

• Extinto provavelmente no
século XIX
La Nux, 1772
“When I arrived these animals were as common, even in the settled areas, as they are rare today. They are
hunted for their meat, for their fat, for young individuals, throughout all the summer, all the autumn and part of
the winter, by whites with a gun, by negros with nets.”
Ratos e
camundongos

Suricatos e mangustos

Tenrecídios
Ruminantes
Cervo de Timor Domésticos

Porcos
Macaca fascicularis - Macaco-cinomolgo
International Union for Conservation of Nature • Nativo do sudeste asiático
"100 worst invasive alien species"
• Invasoras em:
• Hong Kong
• Taiwan
• Papua (Indonésia)
• Papua Nova Guiné
• Nova Bretanha
• Nova Irlanda
• Pohnpei
• Tonga
• Samoa (Polinésia)
• Tuvalu (Polinésia)
• Ilhas Salomão
• Nauru (Micronésia)
• Kiribati (Micronésia)
• Vanuatu
• Fiji
• Ilhas Anggaur (Palau)
Stella Clavisque Maris Indici
Estrela e Chave do Oceano Indico
Raphus Cucullatus - Dodô
• Ave incapaz de voar

• Até 23kg

• Predada em grande
quantidade pelos humanos

• Espécies invasoras
predavam seus ovos e
filhotes

• Extinta no século XVII -


1681
Bioprospecção • Uma das principais formas de se
obter lucro através da
diversidade genética

• Estima-se que 50% dos produtos


farmacêuticos tenham origem na
biodiversidade

Biopirataria

• Em 2012 o IBAMA processou 35


companhias em 88 milhões de
reais

• O chocolate feito com as


sementes do cupuaçu (Cupulate)
também já foi patenteado por
uma empresa japonesa
Coffea arabica - Café
• Extremamente valiosa no século XVIII

• Maior produtor de café era a Holanda

• Presente para a França, Rei Louis XIV em


1714

• Em 1723 Gabriel de Clieu trouxe uma


muda para Martinica

• No Brasil, Francisco de Melo Palheta foi


incumbido de importar o café

• Romance com a esposa do governador

• Recebeu como presente de despedida um


buquê de flores com as sementes do café
Referências
http://www.mma.gov.br/
http://marte.museu-goeldi.br/
http://berkeley.edu/news/media/releases/2009/02/05_atlant
icforest.shtml
http://agencia.fapesp.br/perda_da_biodiversidade_e_probl
ema_global/1754/
http://cnx.org/contents/1dc6ec3c-618d-48e8-9fce-
d63ae10d329b@2
http://www.nhm.ac.uk/

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