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Plano Diretor

revisão e aperfeiçoamento
PLANO DIRETOR
ORIGEM DO PLANO DIRETOR
• Haussmann (Paris) mudou inteiramente a face da cidade de Paris -
durante sua longa administração (de 1853 a 1870)
serviu como modelo e inspiração
• Buenos Aires (Torquato de Alvear) - Rio de
Janeiro (Pereira Passos)
Nova York (Robert Moses).
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ORIGEM DO PLANO DIRETOR

Gestão urbana pode ser sinônimo de gestão da cidade, que reúne


um conjunto de recursos e ferramentas próprios da administração
aplicados à realidade urbana na intenção de promover serviços com
qualidade, como também a possibilidade de aproximação e
participação dos cidadãos (REZENDE; CASTOR, 2006, p. 27).
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ORIGEM DO PLANO DIRETOR – RIO DE JANEIRO

• O urbanismo foi introduzido no Brasil no início do século


XX, coincidindo com a elaboração do plano do Rio de
Janeiro.
• Francisco Franco Pereira Passos foi um engenheiro e
político
brasileiro.
• Prefeito da cidade do Rio de Janeiro entre 1902 a 1906 -
nomeado pelo presidente Rodrigues Alves.
• Nascimento:1836 - Falecimento:1913
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O município brasileiro X política de ordenamento territorial

Década de 30 até a década de 80 - legislação federal


instrumentos de ordenação das áreas urbanas

“com uma visão limitada de planejamento e meio


ambiente”
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O município brasileiro X política de ordenamento territorial

AVANÇOS
anterior a 1988

• aprovação da lei federal nº6.766/79 dispõe sobre o


parcelamento do solo urbano.
• Legislação de proteção ao patrimônio cultural e a
Legislação Ambiental - com uma visão muito mais voltada
para a flora e fauna que para os ecossistemas urbanos,
fonte dos maiores impactos ao ambiente.
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O município brasileiro X política de ordenamento territorial

• década de 50 - questão de desenvolvimento.


(eixo que ligou o norte com o sul – construção de Brasília)
• durante os anos 70, passou pelo
tecnoburocratismo desenvolvimentista do período militar.
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Histórico antecessor ao estatuto da cidade

Conquista do Estatuto da Cidade X Movimento da Reforma Urbana

várias décadas - anterior a Constituição

• processo de lutas com a confrontação de interesses urbanos


divergentes - destaque o Movimento Nacional de Reforma Urbana
- movimentos sociais, (moradia, transporte, saneamento) -
associações de profissionais (arquitetos, advogados, sanitaristas,
assistentes sociais, engenheiros) - entidades sindicais, entidades
acadêmicas e de pesquisa – ONGs - Igreja Católica (Teologia da
Libertação) - servidores públicos - prefeitos - parlamentares
progressistas.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Diretrizes Gerais – regulamenta os artigos 182 e 183 da


Constituição Federal - normas de ordem pública e interesse social -
o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo - segurança -
bem-estar dos cidadãos - equilíbrio ambiental.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 182 - política urbana é responsabilidade do Município e


deve garantir as funções sociais da cidade em prol dos cidadão.

Plano Diretor Municipal como instrumento básico do


ordenamento territorial urbano na direção da sua função social
– por meio dos instrumentos - concretização da função social da
propriedade:

parcelamento e edificação compulsórios; imposto sobre a


propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo e
desapropriação.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 183 da Constituição Federal trata da aquisição da propriedade


pelo ocupante de imóvel urbano que o utiliza para sua moradia ou
de sua família.

“garante o direito de propriedade àquele que dá a ela uma destinação


compatível com sua vocação legal”
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PREMISSAS- ESTATUTO DA CIDADE

• A propriedade urbana precisa cumprir uma função social

terra urbana deve servir para o benefício da coletividade


(não apenas aos interesses de seu proprietário)
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PREMISSAS - ESTATUTO DA CIDADE

• Antes - direito absoluto do proprietário


• Hoje (CF 88) - condicionado à função social da propriedade

Estatuto da Cidade não só consolidou o espaço da


competência jurídica e da ação política municipal - ampliou
sobremaneira, no que toca à questão da regularização
fundiária.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 2° - define as diretrizes que devem ser seguidas pelo Município -


política urbana.

“voltadas para garantir cidades justas, em que todos, pobres e


ricos, desfrutem dos benefícios da urbanização.”
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 2º - diretrizes gerais da política urbana:

• garantia do direito a cidades


• sustentáveis; gestão democrática;
• ordenação e controle do uso do solo;
• justa distribuição dos benefícios e
recuperação dos
investimentos do Poder Público.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 3° a cooperação entre os entes federativos - Direito


Urbanístico, a competência legislativa é concorrente
ou seja
exige a cooperação entre os entes federados.

A União promulgou o Estatuto da Cidade - traz normas gerais - que


devem ser observadas por todos os Municípios na ordenação de
seu território e na elaboração e execução da política de
desenvolvimento urbano.
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• Estatuto da Cidade – propõe a fixação de objetivos,
prioridades e diretrizes para as atividades econômicas,
local e regional de forma a permitir sua evolução,
desempenho e perspectivas - geração de tributos.

Cidade – o solo urbano - transformou-se - num centro de negócios -


passou a gerar uma considerável procura por moradias -
especulação imobiliária - um fator relevante e impactante nas
relações sociais urbanas e na interação do homem com a natureza.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

O Estatuto apresenta como princípios constitucionais


fundamentais norteadores dos Planos Diretores

• a) Princípio da função social da propriedade


• b) Princípio do desenvolvimento sustentável
• c) Princípio das funções sociais da cidade
• d) Princípio da igualdade e da justiça social
• e) Princípio da participação popular
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

a) consolida a noção da função social e ambiental da propriedade


e da cidade - marco conceitual jurídico-político para o Direito
Urbanístico

b)regulamenta e cria novos instrumentos urbanísticos - construção de


uma ordem urbana socialmente justa e includente pelos municípios;
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

c)aponta processos político-jurídicos para a gestão democrática das


cidades;

d)determina formas - materializar o direito social de moradia -


instrumentos jurídicos – notadamente, a usucapião especial urbana,
a concessão de direito real de uso e a concessão de uso especial
para fins de moradia – para a regularização fundiária dos
assentamentos informais em áreas urbanas municipais
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

• O que é regularização fundiária?

“É o processo de intervenção pública, sob os aspectos jurídico, físico e


social, que objetiva legalizar a permanência de populações moradoras
de áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei para fins
de habitação, implicando melhorias no ambiente urbano do
assentamento, no resgate da cidadania e da qualidade de vida da
população
beneficiária”.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

• O que é regularização fundiária?

Os programas de regularização fundiária não podem estar dissociados


de um conjunto de políticas, diretrizes de planejamento e estratégias de
gestão urbana destinadas a reverter o padrão excludente de
crescimento urbano
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

O Estatuto da Cidade
propõe

“conjunto de instrumentos para que o Município tenha


condições de construir uma política urbana – na direção da
função social da propriedade urbana e o direito de todos à
cidade”
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Art. 4º - Dos instrumentos:

I.– planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território


e de desenvolvimento econômico e social;

II.– planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas


e microrregiões;
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

III – planejamento municipal, em especial:

a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação


do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes
orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária
participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de
desenvolvimento econômico e social;
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

IV. Institutos tributários e financeiros:


a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana -
IPTU;
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

V. Institutos jurídicos e políticos:


a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
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 O Estatuto da Cidade
 (Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

e) instituição de unidades de conservação;


f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;


j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de
uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operações urbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e


grupos
sociais menos favorecidos;
s) referendo popular e plebiscito;
t)demarcação urbanística para fins de regularização fundiária
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009);
u) legitimação de posse.
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009).
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 O Estatuto da Cidade
 (Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

f) instituição de zonas especiais de interesse social;


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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Ressaltar
“instituição das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) -
instrumento pode ser utilizado tanto para a regularização de áreas
ocupadas, onde o processo de ocupação ocorreu sem observância
das normas urbanísticas, quanto em áreas vazias, para destiná-las
para habitação de interesse social”

“Destaca-se - Estatuto da Cidade não estabelece uma


correlação direta entre transformações urbanas e instrumentos.
Cada município escolhe, regulamenta e aplica os instrumentos
conforme a estratégia de desenvolvimento urbano desejada”.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Outorga Onerosa e Direito de Preempção

Os recursos podem ser utilizados


(art. 31 fazendo menção aos incisos I a IX do art. 26):

I.– regularização fundiária;


II.– execução de programas e projetos habitacionais de interesse
social;
III.– constituição de reserva fundiária;
IV.– ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Outorga Onerosa e Direito de


Preempção Os recursos podem ser
utilizados
(art. 31 fazendo menção aos incisos I a IX do art. 26):

VI.- criação de espaços públicos de lazer e áreas


verdes;
VII.- criação de unidades de conservação ou proteção
de outras áreas
de interesse ambiental;
VIII.- proteção de áreas de interesse histórico, cultural
ou paisagístico
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

m) direito de preempção

Previsto pelo Estatuto da Cidade


o Direito de Preempção é um instrumento que confere em
determinadas situações o direito de preferência para adquirir,
mediante compra, um imóvel que esteja sendo vendido pelo
proprietário a outra pessoa.
O direito visa conferir ao poder público, a preferência para
adquirir imóvel urbano em razão das diretrizes da política
urbana.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Preempção

Por meio de lei municipal, baseada no plano diretor,


delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e
fixará
prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de
um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

A expressão preempção é originária do latim, praeemptione, sua


tradução significa a compra antecipada, direito de precedência
ou preferência na compra e venda, consistindo em verdadeiro
pacto adjeto à esta, submetido às regras particulares, pacto este
que também é denominado como prelação.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de


uso;
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Outorga onerosa

município pode também definir coeficientes diferenciados


de acordo com as características de cada zona e com
os objetivos definidos para elas
(Estatuto da Cidade – Art. 28; §2º).
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

O objetivo da Outorga Onerosa, portanto, é recuperar parte


dos investimentos a serem realizados pelo Poder Público
para suprir as demandas geradas pelas altas densidades.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga Onerosa:

prevê a alteração dos índices urbanísticos de forma onerosa, posto


que permite a maior intensidade de uso do solo por meio da venda de
um terreno virtual, mediante contrapartidas.

Os recursos obtidos por esta última, devem ter, no entanto, caráter


distributivo, visto que para compensar a valorização decorrente
do aumento da área edificável, a mais valia deve ser distribuída
para a coletividade.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Outorga Onerosa:

“Maleronka (2010b, p. 76), na "[...] relação diretamente proporcional


entre densidade construída e densidade populacional [...]", o que
significa dizer que ao aumentar a densidade construída, aumenta a
densidade populacional e, consequentemente, a demanda por áreas
verdes, equipamentos públicos e infraestrutura.”
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas – Linha Verde -


Curitiba
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas - instrumento de política urbana


previsto no Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/2001) e no
Plano Diretor de Curitiba (Lei Municipal 11.266/2004 ).

Operação Urbana Consorciada Linha Verde

A Operação Urbana Consorciada da Linha Verde foi criada pela Lei


13.909 de 19 de dezembro de 2011. A lei da Operação Urbana
Consorciada Linha Verde estabelece diretrizes urbanísticas para a
área de influência da antiga BR-116 em seu trecho urbano em Curitiba,
entre a região do Atuba, ao norte do município e a região do
Pinheirinho, ao sul da cidade.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas em Curitiba

Nessa operação, a grande moeda de troca do Poder Público é


a concessão de aumento do Coeficiente de Aproveitamento ou
de modificação dos usos permitidos para o local.

podem ser concedidas aos proprietários privados em troca de


uma
contrapartida, que pode ser financeira ou de outra natureza
(criação de espaços públicos ou habitação de interesse social,
por exemplo).
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas em Curitiba

Corresponde ao conjunto de intervenções e medidas coordenadas


pelo Município, com o objetivo de promover transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental,
na área de abrangência, utilizando os recursos financeiros oriundos
da alienação de Certificados de Potencial Adicional de Construção –
CEPACs.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas em Curitiba

Estatuto da Cidade (art. 33), uma determina a lei específica deve


prever no mínimo:
• definição da área a ser atingida;
• programa básico de ocupação da área;
• programa de atendimento econômico e social para a
população
diretamente afetada pela operação;
• finalidades da operação;
• contrapartida a ser prestada pelos beneficiados;
• forma de controle da operação.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

p) operações urbanas consorciadas em Curitiba

Atenção

1° os investimentos dos recursos obtidos em uma operação urbana


sejam feitos dentro da área definida para a operação.
2° é que a iniciativa privada só tende a se interessar pela operação
urbana em áreas já atrativas do ponto de vista do capital imobiliário
e que, portanto, não deveriam ser priorizadas pelo Poder Público
para reurbanização.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio


de impacto de vizinhança (EIV).

§ 1º Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela


legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta
Lei.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
• Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio
de impacto de vizinhança (EIV).

§ 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse


social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração
Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito
real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada
coletivamente.

§ 3º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio


de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto
de controle social, garantida a participação de comunidades,
movimentos e entidades da sociedade civil.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio


de impacto de vizinhança (EIV).

§ 3º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio


de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto
de controle social, garantida a participação de comunidades,
movimentos e entidades da sociedade civil.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

“Atividade desenvolvida na cidade gera impactos ao seu redor - deve


ser levados em consideração no planejamento urbano - por meio de
normas urbanísticas diferenciadas para as diferentes zonas da
cidade.
Para possibilitar que o Poder Público - avalie as consequências da
instalação de empreendimento de grande impacto ou ampliação de
construções já existentes - instituído o Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV) – atrelado a uma licença para o empreendimento”
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigos 5° e 6° - manutenção de terrenos vazios ou ociosos - na área


urbanizada - espera de uma valorização futura - beneficia apenas
seus proprietários - diminui os espaços disponíveis na cidade para a
moradia e as atividades econômicas - desenvolvimento de toda a
sociedade - especialmente para os grupos economicamente
vulneráveis.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Para coibir os vazios e a especulação imobiliária - Estatuto da


Cidade regulamentou o parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios, que obriga o proprietário a dar uma destinação ao seu
terreno subutilizado, concretizando o preceito constitucional da
função social da propriedade
O Poder Público local deve especificar - Plano Diretor, as áreas
onde ele será utilizado e promulgar lei específica disciplinando sua
aplicação.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

O Poder Público local deve especificar - Plano Diretor, as áreas


onde ele será utilizado e promulgar lei específica disciplinando sua
aplicação.

• Aplicação do IPTU progressivo;


• Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
• Instituição de ZEIS;
• Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios aplicam-se
aos imóveis não edificados, compostos apenas pela terra nua....

“São recursos determinados por prazos”.


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Artigo 8° - Estatuto da Cidade regula a desapropriação para fins


urbanos - pune o proprietário que não deu a seu imóvel a função
social estabelecida no Plano Diretor.

Diferentemente das desapropriações por utilidade e interesse público


e interesse social, na desapropriação para fins de reforma urbana o
pagamento é realizado por meio de títulos da dívida pública,
resgatáveis num prazo de dez anos.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

CONJUNTO DE MEDIDAS

A desapropriação segue uma sequência de ações


primeiro, o Poder Público Municipal, nos termos da lei municipal,
notifica o proprietário para parcelar, edificar ou utilizar o imóvel;
decorrido o prazo estipulado sem que o proprietário cumpra com a
determinação, o Município pode aumentar anualmente a alíquota do
IPTU - por até cinco anos, na forma do art. 7º do Estatuto da Cidade
e da lei municipal; somente após a aplicação desses instrumentos,
o Município pode valer-se da desapropriação para fins de reforma
urbana.
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(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Artigo 27 - Direito da preempção - garante ao Poder Público


Municipal a preferência para adquirir imóveis que estejam sendo
alienados. Por meio deste instituto, o proprietário que deseja
vender seu imóvel deverá primeiramente comunicar ao poder
público.
A utilização desse instrumento permite prover o Município de
terra urbana – conforme artigo 26
(regularização fundiária; execução de programas e projetos habitacionais de interesse
social; constituição de reserva fundiária; ordenamento e direcionamento da expansão
urbana; implantação de equipamentos urbanos e comunitários; criação de espaços
públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental; proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico).

PREVISTO NO PLANO DIRETOR – LEI ESPECÍFICA


PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento


básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1º O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento
municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.
§ 2º O plano diretor deverá englobar o território do Município como um
todo.
§ 3º A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a
cada dez anos.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

§ 4º No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de


sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais
garantirão:
• a promoção de audiências públicas e debates com a participação
da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade;
• a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
• acesso de qualquer interessado aos documentos e informações
produzidos.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:


• com mais de vinte mil habitantes;
• Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
• onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos
previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;
• integrantes de áreas de especial interesse turístico;
• inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
§ 1º No caso da realização de empreendimentos ou atividades
enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e
financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos
entre as medidas de compensação adotadas.
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O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)

§ 2º No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes,


deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado,
compatível com o plano diretor ou nele inserido.
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
• a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando
a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na
forma do art. 5º desta Lei;
• disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;
• sistema de acompanhamento e controle.
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Plano Diretor - Composição

Lei do plano diretor – premissas – objetivos – a ploitica


urbana – o plano de desenvolvimento urbano sustentável;
Lei de parcelamento do solo
Lei do perímetro urbano
Lei do Uso e Ocupação do solo – comparâmetros para cada
zona da cidade
Sistema viário – veículos (modais) e pessoas
Código de Obras – parâmetros de construção
Código de Posturas – Higiene – Saneamento
- Alváras
PLANO DIRETOR
Referências
• Lei do Estatuto da Cidade;
• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 out. 1988.
São Paulo: Atlas, 1999.
• CARLEIAL, L. M. F.; OPUSZKA, P. R.; KANUFRE, R. A. M. (Orgs.). Políticas e ações
deliberativas em Curitiba. Curitiba: IMAP, 2016.
• CASTELLS, M. A questão urbana. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006. (Capítulos
selecionados).
• CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da Informação - economia, sociedade e
cultura. 8.ed.
São Paulo: Paz e Terra, 2005.
• FORTES, A. O planejamento estratégico situacional e participativo. In: BROSE, M.
Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. Porto Alegre: Tomo Editorial,
2001. p.153-160.
• FREY, K. Crise do Estado e estilos de gestão municipal. Lua Nova: Revista de Cultura e
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