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Desenvolvimento Embrionário dos Anfíbios

Docente: Jailson Pereira


Instituto Superior de Engenharia e Ciências do Mar
Conteúdo Programático

 Desenvolvimento embrionário do Anfíbio


 Caracteristicas gerais dos anfíbios
 Ciclo de vida – Fecundação a Metamorfose dos anfíbios
 Classficação dos Anfíbios
 Sistemas respiratório, circulatório, digestório
Resumo das etapas do desenvolvimento
 Todo o processo do desenvolvimento ocorre durante o ciclo da da
vida de uma espécie.
 Durante desenvolvimento ocorre gametogênese e ovogênese
originando gametas que fecundam para originar novos indíviduos.
 O ciclo de vida básico de um animal consiste na fertilização,
clivagem, gastrulação, formação dos folhetos germinativos,
oorganogêneses, metamorfoses, adulto e senescência.
 Formação dos folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e
endoderma) que formam a base da estruturas dos diferentes órgãos.
Introdução aos Anfíbios
 Os anfíbios são os tetrápodos (há exceções: os ápodos)
mais antigos aparecidos da Terra.
 O seu nome é devido ao fato de levarem parte da vida (fase
larvária) na água e parte (fase adulta) em terra firme.
 Na fase adulta, utilizam-se da água ambiental para a
realização da respiração cutânea e a reprodução.
 A pele dos anfíbios é rica em células pigmentadas.
 Espécies com fortalecimento da coluna vertebral, permitindo o
desenvolvimento de ossos e músculos das pernas
 Os anfíbios evoluiram provavelmente de peixes que apresentavam
nadadeiras diferenciadas.
Quem são os anfíbios?
 Os anfíbios (Amphibia), também conhecidos como batráquios,
representam uma verdadeira ponte evolutiva entre os peixes e os
répteis;
 Surgiram na Terra há cerca de 350 milhões de anos.
 A palavra anfíbio origina-se do grego e significa vida dupla:
(Anfi = duas; bio = vida);
 Provavél ancestral de peixes crossopterídios
 Vida dupla – seres de transição entre o meio aquático e terrestre
Caraterísticas gerais dos Anfíbios
 São cordados, vertebrados, gnatóstomos,
que não possuem escamas, penas ou pelos
como anexos da pele (= pele lisa).
 São animais pecilotérmicos com hábitos
diurnos e noturnos.
 Ovo heterolécito (moderada quantidade
de vitelo) com diâmetro de 1 a 3 mm.
 Grande quantidade de ovos depositados
em cada postura.
 Os ovos dos anfíbios não necessitam de
anexos embrionários adaptativos.
 Excreção de amónia (girino) e ureia
(adulto).
Caraterísticas gerais dos Anfíbios
 O ovo apresenta além da membrana plasmática,
o cório, a casca e ganga.
 Vivem em proximidade da água.
 Dependem da água para reprodução;
 São dióicos – reprodução sexuada externa
 Respiração branquial (girinos), pulmonar e
cutânea (adultos)
 Audição adaptada ao meio aéreo, Tímpano.
 Pele muito fina e permeável (troca de gases e
líquido);
 Esqueleto axial e apendicular
 Possuem glândulas parotóides (Produzem veneno
Bufotoxina e Bufotonina)
Desenvolvimento embrionário dos anfibios
 O ovo de anfíbios de maneira geral apresenta
diâmetro de 1 a 3 mm. Têm 3 estruturas
citoplasmáticas denominadas de Cório, casca e ganga.
 Casca e ganga são adquiridos durante o percurso no
oviduto (de 2 a 22 horas).
 Os ovos apresentam caracteristicas heterolécitos,
com maior concentração de vitelo no polo vegetative
em relação ao polo animal.
 Maioria faz fertilização externa com os ovos
depositados na água ou nas proximidades.
 As salamandras e as cobras-cegas apresentam
fecundação interna, ocorre transferência de do
espermatoforo do macho para a fêmea.
Ciclo de vida e Metamorfose
 Desenvolvimento embrionário dos
anfíbios: 6-9 dias.
 Ovos - formam uma massa
gelatinosa que fica ancorada na
vegetação.
 Larva (girino) possui cabeça e corpo
com longa cauda, boca ventral e
respiração branquial.
 Na metamorfose: aparecem os
membros, a cauda é reabsorvida,
ocorre transformação da boca,
reabsorção das brânquias e
desenvolvimento dos pulmões.
MATURAÇÃO E FECUNDAÇÃO
 Prodominantemente externa;
 São os únicos vertebrados que passam por uma metamorfose
em seu desenvolvimento;
 A sequência é ovo-larva-girino-imago-adulto.
 O ovócito apresenta dois pólos, o dorsal (pólo animal) e o
ventral (pólo vegetal);
 A divisão meiótica do gameta de anfíbio só progride após a
ovulação na parte superior do oviduto
 Ovócito alcança o útero e atinge a metafase da segunda
divisão meiótica fase do bloquieo até fecundação.
 A sequência é ovo-larva-girino-imago-adulto.
Fecundação
 Sequência de eventos moleculares coordenados que se inicia com o
contato do espermatozóide e um ovócito e termina com a mistura
dos cromossomos;
 Após a penetração da cabeça do espermatozóide o mesmo perde a
cauda;
SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM
 Clivagem do ovo heterolécito
 1º sulco é notado 2:30 min, a
18ºC, após fecundação, vai se
aprofundando do pólo animal até
atravessar todo pólo vegetal,
resultando 2 células-filhas, os 2
primeiros blastômeros.
 2º sulco de clivagem inicia-se
3:30 após fecundação.
 3ª clivagem ocorre em torno de
4:30 min após fecundação.
 4ª clivagem conduz a produção de
16 blastômeros
BLÁSTULA
 A Blastocele começa a surgir já na fase de oito blastômeros,
colocada excentricamente no pólo animal. Posição devido a
maior concentração de vitelo, maior peso, no pólo vegetal;
 Com 9 horas, blástula inicial;
 Com 14 horas, blástula intermediária;
 Blástula final com horas.
 A blastocele cavidade infeior do germe é prenchida por
líquido.
Gastrulação
O processo de gastrulação permite uma reorganização da estrutura do
embrião dos anfíbios.
As células do pólo animal escorregam por todo o embrião, recobrindo o
totalmente para formar a camada cobertora externa.
Formou os 3 folhetos germinativos no final da gastrulação.
 Ectoderme: originará a camada de revestimento externo e o sistema
nervoso;
 Mesoderme: originará os músculos, o sistema esquelético, a derme, o
sistema cardiovascular e o sistema urogenital;
 Endoderme: originará o revestimento interno do tubo digestivo e suas
glândulas anexas, além do sistema respiratório.
NÊURULA
 Ocorre após 40 horas de desenvolvimento
do embrião. Esse processo estará em fase
final em torno das 50 horas;
 Nesta fase inicia-se o desenvolvimento do
sistema nervoso atraves do tubo neural;
 Por indução da notocorda, a ectoderme
suprajacente a ela se espessa e forma a
placa neural.
 A neurulação é uma fase delicada do
desenvolvimento embrionário. Pode dar
origem à má formação dos órgãos.
 A anencefalia é um exemplo de má
formação gerada pelo não fechamento do
tubo neural
CLASSIFICAÇÃO DOS ANFÍBIOS

Classificam-se em três grupos:


 Anuros - anfíbios que não possuem cauda e possuem estrutura de
esqueleto adaptada para locomoção ao saltos – Sapos, Rãs e
Pererecas
 Urodelos – anfíbios com caudas na forma adulta e com locomoção -
Salamandras e Tritões
 Ápodes - anfíbios, vermiformes, que não têm membros e que vivem
enterradas – Cobra-cegas e Cecílias
Caraterísticas dos Anuros
 Termo do grego: a= sem uro= cauda
 São tetrápodos e desprovidos de cauda.
 Vivem na água e em lugares úmidos.
 Possuem os membros posteriores maiores do que os
anteriores.
 São representados pelos sapos, rãs e pererecas.
 Incluem sapos (com duas glândulas de veneno = paratoides),
rãs (não possuem glândulas de veneno), pererecas (com
ventosas adesivas nas pontas dos dedos).
 Rreprodução sexuada com fecundação externa, ou seja, o
encontro entre os gametas ocorre fora do corpo da fêmea
Diferenças entre sapos, rãs e pererecas
Sapos Rãs Pererecas

 Pernas mais curtas • Pernas longas e bem • Possuem ventosas nas pontas
 Pele Rugosas adaptadas aos saltos dos dedos.
 Possuem glândulas • Posuem dentes • Escalam árvores, folhas e
paratóides • Membranas interdigitais paredes
 Geralmente sem dentes
Carateristicas dos URODELOS
 Termo do grego: uro= cauda delos= visível
 Possuem cauda e quatro patas (adaptados à natação ou reptação)
 Vivem em ambiente terrestre, mas procuram águas de rios, lagos para a
reprodução.
 Metamorfose incompleta com as características morfológicas da larva,
mas tornando-se sexualmente maduras com capacidade de reprodução.
 Esses organismos vivem toda a sua vida no ambiente aquático e
respiram por brânquias externas
Caraterísticas dos Ápodes
 Possui o corpo vermiforme (formato alongado parecido
com um verme), são praticamente cegos e não possuem
patas
 Vivem normalmente enterrados no solo ou em ambientes
aquáticos
 Não possuem patas locomotoras.
Sistema respiratório
 As larvas (girinos) de anfíbios são
aquáticas e respiram por brânquias
(branquial) e pela pele (cutânea).
 Os adultos respiram pelos pulmões
(pulmonar) e pela pele (cutânea).
 A pele está sempre úmida e é rica em
glândulas que produzem muco. São
ectotérmicos.

 As narinas abrem-se na parte superior da


cavidade bucal, em orifícios denominados
coanas
Sistema circulatório

 A circulação dos anfíbios é dupla, fechada e


imcompleto.
 Pequena circulação: o coração envia sangue venoso aos
pulmões, onde é oxigenado e volta ao coração.
 Grande circulação: o coração envia sangue arterial para
todo o corpo. Dessa forma os tecidos são oxigenados.
 O coração tem três câmaras: dois átrios e um ventrículo.
 O sangue oxigenado vindo dos pulmões, chega ao átrio
esquerdo.
 O sangue vindo dos tecidos chega ao átrio direito.
Sistema urinário
 Possuem um par de rins, e no que diz respeito aos seus excretas
nitrogenados, a larva, aquática, excreta principalmente amônia, e o adulto
uréia.

Sistema nervoso
 A organização do sistema nervoso de anfíbio é semelhante à dos peixes
actinopterigios, com algumas inovações.
 Os olhos são desenvolvidos, mas só conseguem enxergar objetos em
movimento.
 Têm boa audição e muitas espécies cantam para atrair o parceiro sexual.
Larvas de anfíbios têm linha lateral semelhantes às dos peixes.
Referências consultadas

 Gilbert, S. F. (1994) Biologia Do Desenvolvimento. Ed. Revista Brasileira De Genética, 2a. Edição
 Carlson, B. M. Embriologia Humana E Biologia Do Desenvolvimento, Ed. Guanabara Koogan, Rio De
Janeiro – RJ, 1998.
 WOLPERT, L. Princípios de biologia do desenvolvimento. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2008
 https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/biologia/reino_animal/aulas/classes_dos_anfibios

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