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e-mail:prof.riosbarros@gmail.com
Definição
É a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e
distribuição, suas propriedades físicas e químicas e sua relação com o
meio ambiente, incluindo sua relação com a vida.
• Drenagem Urbana: cerca de 75% da população vive em área urbana. Enchentes, produção de sedimentos
e problemas de qualidade da água.
• Aproveitamento Hidrelétrico: a energia hidrelétrica constitui 92% de toda energia produzida no país.
Depende da disponibilidade de água, da sua regularização por obras hidráulicas e o impacto das mesmas
sobre o meio ambiente.
• Uso do Solo Rural: produção de sedimentos e nutrientes, resultando em perda do solo fértil e assoreamento
dos rios.
• Controle da Poluição e Qualidade da Água: tratamento dos despejos domésticos e industriais e de cargas
de pesticidas de uso agrícola.
• Navegação.
Importância da Água
Salgada
Terras Água 97,3%
emersas
29%
71%
ONU prevê que metade da população não terá acesso à água limpa a partir de
2025. Hoje já afeta 20% da população mundial (aproximadamente 1 bilhão de
pessoas).
Uso dom éstico Agricultura
10%
20% 70%
Indústria
Importância da Água
América do Sul conta com abundantes recursos hídricos. No entanto, o baixo
rendimento de utilização, gerenciamento, contaminação e degradação ambiental,
ocasionam graves problemas de água. Exemplo: Argentina, Peru e Chile
enfrentam sérios problemas de disponibilidade e contaminação da água por
efluentes agro-industriais.
Integração:
Para que o sistema de gestão dos recursos hídricos proporcione resultados
satisfatórios, será necessário estabelecer mecanismos de integração das
organizações de recursos hídricos.
Coordenação:
Adequada gestão dos recursos hídricos depende do estabelecimento de uma
instituição central coordenadora.
Financiamento Compartilhado:
A cobrança pelo uso dos recursos hídricos garantirá a autonomia financeira
das entidades gestoras e a sustentabilidade das operações, além de
promover o uso racional desse recurso. A cobrança será aplicada segundo a
orientação dos planos de bacia e obedecerá ao “Princípio Usuário Poluidor
Pagador”.
Lei 9433/97 – Lei das Águas
A unidade de planejamento e gestão da água passa a ser a bacia
hidrográfica, e o fórum de decisão no âmbito de cada bacia, sendo o comitê.
Este sendo constituído por representantes dos usuários de recursos hídricos,
da sociedade civil organizada e dos três níveis de governo.
I – O = S
I=O
P + ESub = ET + ES
Embora possa parecer um mecanismo contínuo, com a água se
movendo de uma forma permanente e com uma taxa constante, é na
realidade bastante diferente, pois o movimento da água em cada uma
das fases do ciclo é feito de um modo bastante aleatório, variando tanto
no espaço como no tempo.
Solução:
Volume precipitado: VP = 1.300 x 10-3 x 300 x 106 = 390 x 106 m3
Volume perdido por evapotranspiração: V ET = 1.000 x 10-3 x 300 x 106 = 300 x 106 m3
Volume escoado: VE = VP – VET = (390 – 300) x 106 = 90 x 106 m3
Demanda da cidade: VDC = 100.000 x 150 x 10-3 x 365 = 5,475 x 106 m3
Demanda da área irrigada: VDI = 5.000 x 9.000 = 45 x 106 m3
Demanda total: VDT = (5,475 + 45) x 106 = 50,475 x 106m3
VE > VDT Atende à demanda.
Exercícios:
Solução:
Volume precipitado: VP = 1.200 x 10-3 x 25 x 106 = 30 x 106 m3
Volume perdido por evapotranspiração: V ET = 800 x 10-3 x 25 x 106 = 20 x 106 m3
Volume escoado: VE = VP – VET = (30 – 20) x 106 = 10 x 106 m3
Transformando volume escoado em vazão:
10 10 6 Q = 0,317 m3/s
Q
365 24 3.600
Bacia Hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por
um curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, tal que
toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples saída.
Observação:
Bacias
hidrográficas são
compostas por
sub-bacias
hidrográficas.
Cada sub-bacia é
uma bacia
hidrográfica que
pode ser
subdividida em
sub-bacias.
Convenções Importantes em Hidrologia
Observação:
O comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica é função de suas
características morfológicas, ou seja, área, forma, topografia, geologia, solo,
cobertura vegetal e etc.
• Declividade
O relevo de uma bacia hidrográfica tem grande influência sobre os fatores
meteorológicos e hidrológicos, pois a velocidade do escoamento superficial é
determinada pela declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a
precipitação e a evaporação são funções da altitude da bacia.
O Kc é sempre um valor > 1 (se fosse 1 a bacia seria um círculo perfeito). Quanto
menor o Kc (mais próximo da unidade), mais circular é a bacia, menor o Tc e maior
a tendência de haver picos de enchente.
Quanto menor o Kf, mais comprida é a bacia e portanto, menos sujeita a picos de
enchente, pois o Tc é maior e, além disso, fica difícil uma mesma chuva intensa
abranger toda a bacia.
4) Parâmetros Físicos de uma Bacia Hidrográfica
• Sistema de Drenagem
O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus
tributários; o estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é
importante, pois ele indica a maior ou menor velocidade com que a água deixa a
bacia hidrográfica. O padrão de drenagem de uma bacia depende da estrutura
geológica do local, tipo de solo, topografia e clima.
Ordem dos cursos d’água.
1) os cursos primários recebem o numero 1;
2) a união de 2 de mesma ordem dá origem a um
curso de ordem superior; e
3) a união de 2 de ordem diferente faz com que
prevaleça a ordem do maior.
Observação:
Quanto maior Rb média, maior o grau de
ramificação da rede de drenagem de uma bacia e
maior a tendência para o pico de cheia.
4) Parâmetros Físicos de uma Bacia Hidrográfica
Densidade de Drenagem (Dd): é uma boa indicação do grau de
desenvolvimento de um sistema de drenagem. Expressa a relação entre o
comprimento total dos cursos d’água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou
perenes) de uma bacia e a sua área total.
L
Dd
A
Tipos de Solo
4) Parâmetros Físicos de uma Bacia Hidrográfica
c) Parâmetros Agro-Climáticas da Bacia
São caracterizadas principalmente pelo tipo de precipitação e pela cobertura
vegetal.
O principal interesse em estudar a bacia hidrográfica é de que suas
características constituem um sistema natural de transformação de
chuva em vazão.
Entrada (Chuva)
Sistema (Bacia)
Resultado (Exutório)
Precipitação
Precipitação: água da atmosfera depositada
na superfície terrestre.
Formas: chuvas; granizo; neve; orvalho;
neblina; geada.
Variabilidade temporal e espacial.
• Pluviômetros
• Pluviógrafos
Estação Pluviográfica
Estação
Pluviográfica
com Telemetria
Fonte : Sabesp
Medição de chuva
Medida com :
Pluviômetros:
Pluviômetro
Fonte : Sabesp
Pluviômetro
Pluviógrafo – pluviômetro de caçamba
Estação Pluviográfica
Pluviógrafo
Fonte : Sabesp
Pluviograma
Pluviógrafo de báscula
Quartel do Exército Aeroclube de Maceió
SEST
Grandezas características da precipitação
Altura ou lâmina de chuva – medida normalmente em
milímetros
1 mm de chuva = 1 litro de água distribuído em 1 m2
Espessura média que recobriria a região atingida
pela precipitação se não houvesse infiltração, nem
evaporação e nem escoamento para fora dos limites
da região
Intensidade da chuva é a razão entre a altura
precipitada e o tempo de duração da chuva
• Total precipitado = 61 mm
Y X1 X2 X3
Preenchimento de falhas
(intervalo mensal; intervalo 120 74 85 122
anual)
83 70 67 93
55 34 60 50
- 80 97 130
89 67 94 125
100 78 111 105
Correção de Falhas
Preenchimento de falhas (utilizar postos próximos)
Métodos:
Regressão linear
PB = a + b. PA
r² = 0,95
1
PX ( PA PB PC )
n
• 66+50+44+40= 200 mm 66 mm
• 200/4 = 50 mm
44 mm 42 mm
• Pmédia = 50 mm
50 mm
40 mm
Precipitação média numa bacia
• Problemas da média
• 50+70= 120 mm
•120/2 = 60 mm
•Pmédia = 60 mm
70 mm
Precipitação média por Thiessen
• Polígonos de Thiessen
Áreas de influência de
cada um dos postos
n
P ai Pi
i1
50 mm 120 mm
ai = fração da área da bacia
sob influencia do posto I
Pi = precipitação do posto i
70 mm
Precipitação média por Thiessen
Esse método subdivide a área da bacia em áreas delimitadas por retas
unindo os pontos das estações, dando origem a vários triângulos.
Traçando perpendiculares aos lados de cada triângulo, obtêm-se vários
polígonos que encerram, cada um, apenas um posto de observação.
Admite-se que cada posto seja representativo daquela área onde a altura
precipitada é tida como constante.
Cada estação recebe um peso pela área que representa em relação à
área total da bacia. Se os polígonos abrangem áreas externas à bacia,
essas porções devem ser eliminadas no cálculo.
Precipitação média por Thiessen
50 mm
120 mm
70 mm
75 mm 82 mm
Precipitação média por Thiessen
50 mm
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
2 – Linha que divide
ao meio a linha
120 mm anterior
70 mm
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
3 – Linhas que
120 mm unem todos os
postos
70 mm pluviométricos
vizinhos
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
4 – Linhas que
120 mm dividem ao
meios todas as
70 mm anteriores
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 – Influência de
cada um dos postos
120 mm pluviométricos
70 mm
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 –
Influência
120 mm de cada um
dos postos
70 mm pluviométric
os
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 –
Influência
120 mm de cada um
dos postos
70 mm pluviométric
os
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 –
Influência
120 mm de cada um
dos postos
70 mm pluviométric
os
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 –
Influência
120 mm de cada um
dos postos
70 mm pluviométric
os
75 mm 82 mm
Definição dos Polígonos de Thiessen
50 mm
5 – Influência
de cada um dos
30% 120 mm
postos
pluviométricos
70 mm 15%
40%
5%
10%
75 mm 82 mm
Precipitação média
50 mm
• Média aritmética =
60 mm
120 mm
70 mm • Média aritmética
com postos de fora
da bacia = 79,4 mm
• Média por
75 mm 82 mm
polígonos de
Thiessen = 73 mm
Isoietas
Apresentação em mapas
9 0 0 00 0 0 9010000
3 8 8 62 48 3 8 8 72 35 1350
8 9 9 00 0 0 38 86365
3886477 9000000
1250
8 9 8 00 0 0
3 8 8 76 74
8 9 7 00 0 0
8990000 1150
38 87753
38 86871
8 9 6 00 0 0 3 8 8 78 86 1050
8980000
8 9 5 00 0 0 3 8 9 70 1 6 3 8 9 70 98 950
8970000
8 9 4 00 0 0 850
8 9 3 00 0 0 8960000 750
8 9 2 00 0 0
8950000 650
7 500 0 0 7 600 0 0 7 7 00 00 7 8 00 00 7 9 00 0 0 8 000 0 0 8 1 00 0 0 8 2 00 00 8 300 0 0 8 4 00 0 0 8 5 00 0 0
550
8940000
450
8930000
8920000
8970000 150
8 9 4 00 0 0
8 9 3 00 0 0 8960000 130
8 9 2 00 0 0
110
7 500 0 0 7 600 0 0 7 7 00 00 7 8 00 00 7 9 00 0 0 8 000 0 0 8 1 00 0 0 8 2 00 00 8 300 0 0 8 4 00 0 0 8 5 00 0 0
8950000
90
8940000
70
8930000
8920000
Posto 2
1700 1600 1400 mm
1500
1300
1200
Posto 1
1600 1000
mm
Posto 3
900
mm
1700 1100
1400 1200 SIG
900
Isoietas
m m
Método de
F Método de F
Califórnia n Kimbal n 1
1 1 n 1
T ou T ou T
F P m
Observação:
Para períodos de recorrência bem menores que o número de anos de
observação, o valor encontrado para F pode dar um boa idéia do valor
real de P, mas para grandes períodos de recorrência, a freqüência
deve ser ajustada a uma lei de probabilidade teórica de modo a
permitir um cálculo mais correto da probabilidade.
Frequência de Totais Precipitados
Exemplo:
no ordem
valor F (California) (%) T Cal. F (Kimbal) (%) TK
(m)
1 90 10 10 9 11,1
2 80 20 5 18 5,5
3 70 30 3,3 27 3,7
4 65 40 2,5 36 2,8
5 60 50 2,0 45 2,2
6 50 60 1,7 54 1,8
7 45 70 1,4 63 1,6
8 35 80 1,3 72 1,4
9 25 90 1,1 81 1,2
10 20 100 1,0 90 1,1
1
P
T
Frequência de Totais Precipitados
Risco
A probabilidade de ser superada é:
1
P
T
A probabilidade de ocorrer um valor igual ou maior (de ser superada)
dentro de N quaisquer anos é:
J 1 (1 P )
N
e portanto:
P 1 (1 J)1/ N
em que: J é denominado o índice de risco.
Em outras palavras (J) é a probabilidade de ocorrência de um valor
extremo durante N anos de vida útil da estrutura.
Exercícios
1) Uma precipitação elevada tem um tempo de recorrência de 5 anos.
a) Qual a sua probabilidade de ocorrência no próximo ano?
P 78,6
i i i 33,68mm / h
d 2,33
sendo
P = precipitação máxima, em mm;
Tr = período de retorno, em anos;
td = duração da chuva, em horas;
α = parâmetro que depende da duração da chuva (tabelado);
β = parâmetro que depende da duração da chuva e variável de posto para
posto (tabelado); e
γ, a, b e c = constantes para cada posto.
Análise das Chuvas Intensas
Valores do coeficiente α da Equação proposta por Otto, em função da
duração da precipitação, são apresentados na Tabela a seguir.
Resposta:
P 66,54mm
Análise das Chuvas Intensas
Análise das Chuvas Intensas
As principais características das chuvas intensas são a sua intensidade,
sua distribuição temporal (duração) e espacial, e sua frequência de
ocorrência. O conhecimento dessas características é de fundamental
importância na análise de diversos problemas na engenharia de recursos
hídricos, no projeto de obras hidráulicas, tais como vertedores de
barragens, sistemas de drenagem, galerias de águas pluviais,
dimensionamento de bueiros, entre outros.
Para o último caso, segundo o Drainage Criteria Manual de Denver, para áreas de drenagem
até aproximadamente 25km², as informações pontuais podem ser utilizadas em cálculos
cobrindo a extensão da área dentro do limite citado. Para áreas maiores, aplicam-se fatores de
redução em função da área e da duração da chuva.
Análise das Chuvas Intensas
A determinação da relação entre a intensidade, a duração e a frequência
(curva i-d-f) deve ser feita das observações das chuvas intensas durante
um período de tempo suficientemente longo e representativo dos eventos
extremos do local.
Na construção da curva i-d-f é necessário ajustar uma distribuição
estatística aos maiores valores anuais de precipitação para cada duração
escolhida. A metodologia segue a sequência:
a) para cada duração são obtidas as precipitações máximas anuais com
base nos dados do pluviógrafo;
b) para cada duração mencionada é ajustada uma distribuição estatística;
c) dividindo a precipitação pela sua duração obtém-se a intensidade;
d) as curvas resultantes são a relação i-d-f.
Análise das Chuvas Intensas
As equações de chuva intensa podem ser expressas matematicamente
por equações da seguinte forma:
KT a
i
( t b) c
i = é a intensidade de precipitação;
t = duração da precipitação;
K, a, b, c = são parâmetros a determinar para cada região;
99,154T 0,217
i Rio de Janeiro
( t 26)1,15
506,99T 0,18
i Fortaleza
( t 8)0,61
Critérios para Fixação da Frequência e
da Duração a ser Aplicada a um
Projeto
Frequencia:
A lâmina precipitada (ou intensidade) de uma chuva além de depender da
sua duração, depende também da freqüência de ocorrência. Assim é que,
para uma mesma duração, quanto maior a intensidade da chuva, menor
será frequencia, ou, maior será o tempo de retorno. A freqüência a ser
adotada para a chuva depende da natureza da estrutura e da segurança
que a mesma irá propiciar. Em termos práticos, tem-se alguns tempos de
retorno recomendados, os quais são:
- drenagem do solo: 5, 10 e excepcionalmente 25 anos;
- galerias de águas pluviais: 5, 10 e no máximo 50 anos;
- drenos de encosta: mesmos valores para drenagem do solo;
- terraços: 5 a 10 anos;
- barragens de terra: 50, 100 e em caso de risco de vida, mínimo
de 1000 anos.
Critérios para Fixação da Frequência e
da Duração a ser Aplicada a um
Projeto
Duração:
A fixação da duração da chuva é dependente da natureza da
estrutura e de sua afinidade.