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ÓRTESES ESPECIAIS

Profª Lilian Garlini Viana Pinheiro


Dispositivos auxiliares de marcha e de locomoção

Os dispositivos auxiliares utilizados para a marcha e locomoção são as


bengalas, as muletas, os andadores e as cadeiras de rodas. Eles são indicados
quando a pessoa apresenta alguma instabilidade que a impede de deambular.

Todo dispositivo para deambulação deve ter a altura para o apoio das mãos
ajustada com o nível do trocânter maior, que permite ao cotovelo manter uma
flexão de, aproximadamente, 20 a 30°, e estendido quando estiver à frente do
corpo durante a marcha.
BENGALAS
As bengalas podem ser classificadas em convencionais, ajustáveis, geriátricas e
canadenses.

As convencionais são confeccionadas em madeira ou alumínio e apresentam uma


ponteira de borracha antiderrapante na extremidade de apoio com o chão. As de
alumínio, geralmente, são ajustáveis por meio de parafusos; já as de madeira devem
ser serradas.

As bengalas geriátricas apresentam sua base de apoio com o chão alargada, com
três ou quatro apoios.

A bengala canadense, também conhecida como muleta canadense, apresenta uma


braçadeira para apoio do antebraço, por isso permite maior apoio durante o seu uso.
BENGALAS
MULETAS
• O tipo mais utilizado é a muleta axilar, sua borda superior deve ficar quatro centímetros
abaixo da axila, para evitar o apoio de peso na região, devido à presença do plexo braquial.

• O apoio deve ser feito na altura do trocânter maior, onde existe o ponto correto de apoio
para as mãos.

 É importante seguir rigorosamente as seguintes instruções de uso desses dispositivos de


marcha: olhar para a frente na deambulação;
 não utilizar se estiver com indisposição ou tonturas;
 tomar cuidado com superfícies muito lisas e escorregadias;
 verificar se a ponteira de borracha está íntegra;
 deambular sobre calçadas antiderrapantes de preferência;
 verificar sempre a altura correta dos apoios.
Muleta axilar
MULETAS
ANDADORES

Os andadores podem ser encontrados com pés fixos ou com rodinhas


anteriores ou posteriores.

Seu apoio para as mãos também deve ser no nível do trocânter maior.

Sua base de apoio é maior que os demais dispositivos de locomoção, porém


devem ser indicados para os casos em que os pacientes se sentem muito
inseguros para deambular.
ANDADORES
ANDADORES
Existe o modelo de andador denominado Pacer®, que apresenta como características
quatro rodas com controle de velocidade e de direção, trava independente nas quatro
rodas, suporte para antebraço e apoio para as mãos, suporte pélvico e torácicos, suporte
para coxas e tornozelos e bandeja para comunicação. É indicado tanto para crianças
quanto para adultos com instabilidade de deambulação.
CADEIRAS DE RODAS
 As cadeiras de rodas são encontradas em diferentes modelos, como elétricas, manuais,
higiênicas, triciclo, ortostáticas, entre outras.

 São prescritas de acordo com os objetivos específicos de cada caso.

 É importante o cuidado com o posicionamento do corpo na cadeira, para evitar deformidades.

 As medidas de altura do encosto, largura e profundidade do assento e altura do pedal devem


ser ajustadas. Em alguns casos especiais, é necessário apoio para a cabeça.

 Os pés devem ficar apoiados com os tornozelos em posição neutra, a coxa deve tocar toda a
extensão do assento e os apoios de braços devem ser removíveis para facilitar as transferências
na cadeira.

 As rodas traseiras devem ser infláveis, proporcionando sistema de amortecedores.

 Todas devem possuir rolamentos e eixos removíveis para facilitar o seu transporte em veículos.
CADEIRAS DE RODAS
BANDAGEM

 Classificadas internacionalmente como órteses, existem as bandagens, as quais


podem ser encontradas como malhas, meias, luvas e bandagem funcional.

 As malhas, as meias e as luvas são, geralmente, utilizadas em pessoas vítimas de


queimadura e podem ser empregadas em qualquer parte do corpo. Para a região do
pescoço, existe um colar específico para prevenir contraturas causadas pela
queimadura, além de limitar os movimentos, é inflável e permite pressão moderada.

 No esporte, atualmente, é muito comum a utilização das chamadas “bandagens


funcionais”, as quais são denominadas bandagens elásticas funcionais ou bandas
neuromusculares. São confeccionadas em algodão e elástico, o que possibilita serem
esticadas até 140% do seu tamanho original, apresentam um tipo especial de cola
que permite aderir à pele sem prejudicar a transpiração cutânea.
BANDAGEM

A bandagem funcional foi criada pelo Dr. Kenzo Kase, na Ásia,


na década de 1970, e a principal marca mais utilizada é
denominada Kinesio Tape. Segundo Kenzo, esse tipo de
bandagem permite a melhora da circulação sanguínea e linfática
e da temperatura. Apresenta as seguintes funções: estabilização,
contenção, proteção, imobilização, prevenção de lesões e
estimulação sensório-motora.
TALA GESSADA
O uso da tala gessada tem como principal objetivo a imobilização de um
determinado segmento corpóreo para sua total recuperação da lesão.

O engessamento do membro, quando fraturado, permite o ideal


alinhamento dos fragmentos ósseos da fratura, permitindo, assim, a
restauração e remodelagem óssea.

A tala gessada ainda é indicada nos casos de luxações, entorses e


correções de deformidades.

As talas gessadas são confeccionadas por pasta gessada, composta por


gesso propriamente dito (sulfato de cálcio semi-hidratado).
TALA GESSADA

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