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Sacramentos

04
Eucaristia
Aulas previstas:
01. Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4
slides)
02. Baptismo (11 slides)
03. Confirmação (8 slides)
04. Eucaristia (26 slides)
05. Penitência (24 slides)
06. Unção dos enfermos ( 6 slides)
07. Ordem ( 16 slides )
08. Matrimónio (30 slides)
09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)
Eucaristia 2/26

 PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o


sangue de cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado
do castigo.

 Era o anúncio de outra Páscoa na


qual o sangue do “cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”, Jesus
Cristo, nos libertaria da escravidão
do demónio e do pecado.
Ordem 3/26

CERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS


1 Antes de comer o cordeiro dizia-se uma bênção e bebia-se um copo de vinho
misturado com água..
2 Trazia-se para a mesa as ervas, o pão e o cordeiro assado.
3 Explicava-se o significado do que se fazia, recitavam-se salmos, tomava-se um
segundo copo de vinho.
4 Abençoava-se, partia-se e comia-se o pão sem fermentar.
5 Depois de comer o cordeiro com as ervas, lavadas já as mãos, benzia-se um
terceiro copo de vinho e bebia-se.
6 Recitavam-se outros salmos.
7 Benzia-se e bebia-se um quarto copo de vinho.
8 Acção de graças final.
Em 4. Jesus disse: “isto é o meu corpo”. Em 5.: “este é o meu sangue”.Não se fez 7.: “recitado o
hino, saíram...” (Mt 26, 30).
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Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”.

 Dá ao mesmo tempo aos seus


Apóstolos a capacidade de produzir
a transubstanciação, e o encargo de
continuar a oferecer este sacrifício
ao longo dos séculos.

 Na mesma acção instituiu a eucaristia


e o sacerdócio ministerial (= de serviço).
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PRESENÇA REAL
 Na eucaristia, Cristo está verdadeira,
verdadeira
real, substancialmente presente.
 Fundamentado em 5 textos do Novo
Testamento: Jo 6, Mt 26, Mc 14, Lc 22,
1 Cor 11, 23.
 Cristo presente todo, completo, em
cada uma das espécies: posto que
ressuscitou, com o seu corpo está o
seu sangue,
sangue a sua alma e sua
divindade.
divindade
 Presença ad modum substantiae =
completo em cada uma das partes das
espécies.
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MATÉRIA

 PÃO:
PÃO - de trigo.
- licitude: rito latino: sem fermentar;
rito oriental: fermentado.
- feito recentemente: sem perigo de
corrupção.
 VINHO:
VINHO - da videira e não corrompido.
- obrigação grave de juntar-lhe um
pouco de água, como fez Cristo:
. Recorda que saiu água do seu
lado juntamente com o seu
sangue
. Representa a união do povo
fiel com a sua cabeça Jesus
Cristo.
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SACRIFÍCIO DA MISSA, 1

 De fé:
fé a missa é um verdadeiro sacrifício.

 Instituído por Cristo na Última Ceia, mas não só


nem principalmente uma renovação desta cena,
senão uma renovação mística e real da morte de
Cristo na Cruz.

 De fé:
fé é a renovação incruenta do sacrifício cruento
do Calvário.
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SACRIFÍCIO DA MISSA, 2
Identidade missa-cruz:

 - idêntica oferenda: Cristo (na missa realmente


presente de modo sacramental);
- idêntico sacerdote principal: Cristo (na missa
o ministro actua no nome e na pessoa de Cristo).

 Só a maneira em que Cristo oferece o


sacrifício da cruz e o da missa difere:
na cruz sacrifício com derramamento de sangue,
na missa sacrifício incruento.
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SACRIFÍCIO DA MISSA, 3

Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa:

Cruz Missa

Cristo oferece-se mortal e Cristo oferece-se imortal e


passivamente impassivamente

Cristo oferece-se por meio do


Cristo oferece-se directamente
sacerdote

Perpetua-se e aplica-se-nos a
Cristo redime-nos
redenção
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SACRIFÍCIO DA MISSA, 4

 A sua essência consiste na separação


sacramental entre o corpo e o sangue do
Senhor pela dupla consagração do pão e
do vinho, com o consequente significado
da sua morte, ainda que na realidade, sob
ambas as espécies está Cristo completo.
 O momento essencial da missa é portanto
a consagração.

 A comunhão do sacerdote não pertence à


essência da missa, ainda que sim à integridade
do rito: por isso há-de sumir ambas as espécies.
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OBRIGAÇÃO DE CELEBRAR MISSA

 Os sacerdotes devem celebrar o sacrifício eucarístico “com frequência; mais,


recomenda-se encarecidamente a celebração diária, mesmo que não
se possa fazê-lo com assistência de fiéis” (CIC 904).
904

 Antiga disciplina: obrigação várias vezes


cada ano; recomendava-se pelo menos
nos domingos e festas de preceito.

 Por razão do ofício eclesiástico, obrigação


de dizê-la e oferecê-la pelo povo todos os
domingos e dias importantes assinalados
em geral e para cada diocese.
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FINS DA SANTA MISSA


 São quatro:
1) latrêutico (adoração)
2) eucarístico (acção de graças)
3) propiciatório (desagravo pelos
pecados)
4) impetratório (petição)
 Correspondem aos fins do sacrifício
do Calvário.

 1 e 2 produzem-se infalivelmente
(referência directa a Deus). 3 e 4,
não (dependem dos homens:
disposições, pedir o conveniente, etc.).
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FRUTOS DA SANTA MISSA

 São quatro:

1) Geral (aproveita ao conjunto da Igreja


militante e purgante)
2) Especial (aproveita aos assistentes)
3) Especialíssimo (aproveita ao sacerdote
celebrante)
4) Ministerial (aproveita àqueles por quem
se oferece a missa).

 A aplicação do ministerial só a pode fazer


o sacerdote celebrante: pelos vivos ou
pelos defuntos (a modo de sufrágio).
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ESTRUTURA DA MISSA, 1

 Fundamentalmente, a missa consiste em representar


(“voltar a tornar presente”) o sacrifício de Cristo na
cruz, oferecido de uma vez para sempre a Deus Pai
em remissão dos pecados.
 O sacrifício da cruz é sempre actual: renova-se em
cada missa por meio dos sinais sacramentais (tornam

realmente presente o corpo e o sangue de Cristo e


misticamente os separam, como se separaram
 fisicamente na sua morte).
No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo,
actua em seu nome e pessoa.
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ESTRUTURA DA MISSA, 2

 Duas grandes partes que formam uma unidade


indissolúvel:

1. Liturgia eucarística: núcleo central, actualização


do sacrifício da cruz;

2. Liturgia da palavra: prévia reunião dos fiéis através


da leitura e consideração da palavra de Deus contida
nas Escrituras.

 Constituem um só acto de culto


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ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1

Elementos que nunca faltam :


1. Uma acção de graças: prefácio;
2. Uma invocação ao Espírito Santo: epiclese;
3. Um relato da instituição da eucaristia, com as palavras de
Cristo sobre o pão e vinho, ditas com sentido de presente,
e que os convertem no corpo e sangue de Cristo: consagração;
4. Uma recordação da paixão e ressurreição de Cristo: anamnese;
5. Uma oblação pela qual a Igreja oferece a Deus Pai o sacrifício
do seu Filho;
6. Algumas intercessões a favor dos vivos e os defuntos;
7. Uma última acção de graças à Trindade: doxologia.
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ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 2

 São quatro principais e várias mais de


recente incorporação.

 O. E. 1:-
1 formação até ao século IV;
- forma definitiva no século VI;
- em toda a Igreja do rito latino: pelos
séculos IX a XI.

 O. E. 2:
2 inspira-se na de Santo Hipólito: de
dois ou três séculos anterior ao cânone romano
e é compartilhada com alguns ritos orientais.
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ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3

 O. E. 3:
3 - com reminiscências de antigas liturgias;
- acentua o aspecto sacrificial da eucaristia;
- nela se destacam a universalidade, o
ecumenismo e a escatologia, assim como o

sacerdócio comum dos fiéis.


 O. E. 4:
4 - prefácio fixo: não se pode usar quando as
rubricas exigem um diferente;
- antes do sanctus: contempla Deus em si
mesmo, antes da criação;
- depois: longa acção de graças pelo
conjunto da história da salvação.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 1

 Ao receber a eucaristia se estabelece


uma íntima união entre o homem e
Deus (Jo 6, 57). A isto alude o nome de
comunhão que recebe este sacramento.

 Por esta união com Cristo, os cristãos


que participam na eucaristia se unem
além disso entre si.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 2

É o perfeito alimento da vida sobrenatural:


a. sustenta a vida espiritual como o fazem os alimentos materiais com a vida
corporal. Ao robustecê-la, afasta do perigo de cometer pecados;
b. ao aumentar a graça santificante, aumentam todas as virtudes, especialmente
a caridade;
c. perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais;
d. é dádiva de vida eterna, que incoa;
e. como resultado da união com o Senhor, constrói a Igreja, corpo místico de
Cristo, e é vínculo de unidade com os outros cristãos.
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 3

 É capaz de receber com fruto a eucaristia qualquer homem vivo e baptizado


que não levante obstáculo à graça por pecado mortal.

 Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às


crianças antes do uso de razão. Também não aos
dementes e aos que estão sem consciência.

 Se há consciência de pecado mortal, não basta para


comungar fazer um acto de contrição perfeito, a não ser
no caso de necessidade grave, o que raramente sucede.

 Jejum eucarístico
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 4

 Não é necessário, com necessidade de meio, recebê-la de facto.

 É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o


cristão baptizado com uso de razão.

 Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na


vida e ante a iminência da morte.

 Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos


os católicos que fizeram a primeira comunhão a recebam
ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo
pascal, se isto é possível (amplo: desde a quarta-feira de

Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).


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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5

 Primeira comunhão das crianças: quando tenham suficiente conhecimento


(preparação cuidadosa) de maneira que entendam o mistério de Cristo na
medida da sua capacidade, e possam receber o corpo do Senhor com fé e
devoção (cfr. CIC 913).
913

 Perigo de morte: basta que sejam capazes de


distinguir o Corpo de Cristo do alimento comum
e de receber a comunhão com reverência.

 Suficiente conhecimento = uso de razão


(presume-se que seja pelos 7 anos).

 Primeira confissão antes de receber a primeira


comunhão (cfr. CIC 914).
914
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RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
 Ordinário:
Ordinário não comungar mais de uma vez num mesmo dia.

 Quem já comungou pode voltar a fazê-lo no mesmo dia sempre que seja
dentro de uma missa a que assista.
 (Ex.: matrimónio, funeral; na manhã depois da missa da meia-noite (Natal,
Páscoa); incêndio; profanação; perigo de morte.
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DISTRIBUIÇÃO DA EUCARISTIA
 Ministros ordinários:
ordinários bispo, presbítero, diácono.
 Ministro extraordinário:
extraordinário acólito ou outro fiel que “onde o aconselhe a necessidade
da Igreja e não haja ministro” tenha sido legitimamente delegado (cfr. CIC 910 e
230).
230
 Critérios para se ver a necessidade de delegar

num leigo:
1) ausência de ministro ordinário e acólito;
2) exigência do ministério pastoral, doença ou
velhice;
3)Bispo
grande
podenúmero de pessoas.
conceder a faculdade de delegar:
bispos auxiliares, vigários episcopais e
delegados episcopais. Outros: 1 vez
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RESERVA DA EUCARISTIA

(CIC 934-944)
934-944

Só num lugar digno e seguro;


Num tabernáculo, dentro de uma píxide sobre um corporal;
Com lâmpada continuamente ardendo diante dele;
Renovar as formas consagradas com frequência, pelo menos cada
quinze dias.
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 Bibliografia
 Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)

 Slides
 Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com

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