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DISTRITO FEDERAL

ARTIGO 32, CF
 Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por
lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição.
 § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios.
 § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do
art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e
Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
 § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no
art. 27.
 § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal,
da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros
militar.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal é um ENTE FEDERADO AUTÔNOMO, POIS POSSUI as seguintes
capacidades e atribuições:
– Auto-organização: capacidade de se auto-organizar por meio de sua Lei Orgânica
(art. 32, caput).
– Autogoverno: estruturação dos Poderes Executivo (governador e vice-governador) e
Legislativo (Deputados Distritais) – art. 32, §2º.
– Autolegislação (art. 32, §1º): acumula as competências legislativas dos Estados e
Municípios.
– Autoadministração (art. 32, §4º): lei federal disporá sobre a utilização, pelo
Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do
corpo de bombeiros militar (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de
2019).
COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
COMUM (cumulativas, concorrentes ou paralelas): art. 23 –
pertencem aos 4 entes federativos (União, Estados, DF e
municípios), podem ser delegadas aos demais entes
federativos, por isso são também conhecidas como
competências da União.
A COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA DO DF É PARCIALMENTE
TUTELADA PELA UNIÃO - art. 21, incisos XIII e XIV. Órgãos
que atuam no DF são organizados e mantidos pela União:
1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia
civil; 4) a polícia militar; 5) o corpo de bombeiros
militares e 6) a polícia penal.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
EXPRESSA: art. 32, caput – lei orgânica
RESIDUAL: art. 25, §1º - toda competência não vedada, está reservada ao DF
CUMULATIVA: art. 32, §1º – são atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas aos Estados
e Municípios.
SUPLEMENTAR: art. 30, II – no que couber, suplementa a legislação federal e estadual

Obs:
Competências legislativas concorrentes: art. 24.
União cria normas gerais
Estados-membros e DF criam normas específicas, adaptadas a sua realidade regional.
Municípios criam normas específicas para atender o interesse local
Competência legislativa suplementar – art. 24, §§2º ao 4º
Na inércia da União para estabelecer as normas gerais, os Estados e o Distrito Federal passam a ter
competência plena para legislar sobre as matérias de competência concorrente. No entanto, sobrevindo
norma geral da União, a norma geral do Estado terá sua eficácia suspensa no que for contrária àquela.
Não se trata de revogação, mas de suspensão da eficácia, uma vez que, se não forem conflitantes,
norma geral federal e estadual poderão conviver perfeitamente. Além disso, em caso de revogação da
federal, a do Estado voltará a produzir efeitos.
Competência Tributária – ART. 147,
parte final
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se
o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:


I -  transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II -  operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
III -  propriedade de veículos automotores.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I -  propriedade predial e territorial urbana;
II -  transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III -  serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complem
CAPITAL FEDERAL
ART. 18, § 1º: Brasília é a Capital Federal.
ANTES DA CF/88, A CAPITAL ERA O DF
COM A CF/88, A CAPITAL PASSA SER BRASÍLIA.

CF/37 “Art.7°. O atual Distrito Federal, enquanto sede do Governo da República,


será administrado pela União”.
CF/46 “Art.1°, §2°. O Distrito Federal é a Capital da União”.
CF/67 “Art.2°. O Distrito Federal é a Capital da União”.
EC/69 “Art.2°. O Distrito Federal é a capital da União”.
OBSERVAÇOES SOBRE BRASÍLIA
1- NÃO É MUNICÍPIO, POIS ESTÁ LOCALIZADA NO DF, O QUAL NÃO PODE SER
DIVIDIDO EM MUNICÍPIO.
2- É SEDE DO GOVERNO FEDERAL. É A CAPITAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL.

“Brasília, assume uma posição jurídica específica no conceito brasileiro de


cidade. Brasília é civitas civitatum, na medida em que é cidade-centro, pólo
irradiante, de onde partem, aos governados, as decisões mais graves, e onde
acontecem os fatos decisivos para os destinos do País. Mas não se encaixa no
conceito geral de cidades, porque não é sede de Município. É civita e polis,
enquanto modo de habitar de sede do Governo Federal”.
José Afonso da Silva (2000, p. 472)
REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO
FEDERAL
O Distrito Federal é dividido em 33 regiões administrativas, cujos limites físicos
definem a jurisdição da ação governamental para fins de descentralização
administrativa e coordenação dos serviços públicos.
TERRITÓRIOS
Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas
em lei complementar.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos
Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no
que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional,
com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do
Governador, nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de
primeira e segunda instâncias, membros do Ministério Público e defensores
públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua
competência deliberativa.
“Territórios não são componentes do Estado Federal, pois constituem simples
descentralizações administrativas territoriais da própria União, e
consequentemente receberam da Constituição tratamento compatível com sua
natureza”. Alexandre de Moraes (2012, p. 307)

Atualmente não existem Territórios na República Federativa do Brasil.


Art. 14 do ADCT. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são
transformados em Estados Federados, mantidos seus atuais limites geográficos.
Art. 15 do ADCT. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha,
sendo sua área reincorporada ao Estado de Pernambuco.

Se forem criados Territórios no Brasil, “cada Território elegerá quatro


Deputados”. Art. 45, § 2º.

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