Você está na página 1de 46

UniFOA – Centro Universitário de Volta

Redonda
Direito

z
Direito
ambiental
z
Política nacional de meio ambiente:
instrumentos

 Lei 6.938/81, art. 9º:


 Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
 I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
 II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
 III - a avaliação de impactos ambientais;
 IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
 V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia,
voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
 VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e
municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
 VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
z
PNMA

 VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;


 IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
 X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
 XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
 XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras
dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
 XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro
ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
z PNMA : publicidade e informação ambiental

 Lei 6.938/81, art. 6º.

 Lei 10.650/2003, sobre acesso às informações existentes em entidades do


SISNAMA; acesso por qualquer individuo, sem interesse comprovado.
 tem como premissa as regras da publicidade e do livre acesso às informações, visando a
disponibilizar informações e permitir a avaliação sobre os resultados da gestão pública
ambiental. A coordenação desse sistema de informações é atribuição do Ministério do
Meio Ambiente (Decreto 99274/1990, art. 11).
z
Informações: cadastro técnico

 Art. 9º, PNMA.


 Cadastro de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (AIDA)
(inciso VIII).
 Cadastro de Atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos
recursos ambientais (inciso XII).
 Lei nº 6.938/198: compete ao IBAMA administrar tais cadastros (art. 17):
z PNMA – padrões de qualidade

 Esses padrões são estabelecidos pelo CONAMA, além de competência


concorrente dos conselhos estaduais e municipais.
 Resolução nº 357/2005 e Resolução nº 491/2018, que dispõem sobre os
padrões de qualidade do ar, com limites para poluentes específicos como
o monóxido de carbono (CO).
z PNMA: zoneamento

 Zoneamento: norma de decisão conjunta entre Executivo e legislativo;


são critérios gerais que estabelecem os requisitos para o exercício do
direito de atividade econômica e, até potencialmente poluidoras. É
matéria de lei, mas sua instrumentalização será por decreto.
 Zoneamento ambiental: há empreendimentos que necessitam de
controle pelo Executivo para que esteja comprovado, com os meios de
tecnologia disponíveis, o potencial de dano ao meio ambiente, ou em
caso negativo.
z
PNMA - zoneamento

 Decreto nº 4.297/2002, Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).


 Competência da União, a quem cabe sistematizar as informações
produzidas pelos estados e municípios.
 O ZEE deve ser periodicamente revisto a cada dez anos (Decreto
4.297/2002, arts. 6º e 19).
 No espaço urbano, o zoneamento é efetuado municípios, por lei, do
plano diretor, previsto na Constituição (art. 182) e disciplinado pelo
Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257, de 2001). Este zona urbano visa à
vocação industrial, residencial, turística, etc., com normas específicas
de uso e ocupação do solo.
z PNMA – zoneamento industrial

 Lei 6.803/80
 Art . 1º Nas áreas críticas de poluição a que se refere o 
art. 4º do Decreto-lei nº 1.413, de 14 de agosto de 1975, as zonas destinadas à
instalação de indústrias serão definidas em esquema de zoneamento urbano, aprovado
por lei, que compatibilize as atividades industriais com a proteção ambiental.

 § 1º As zonas de que trata este artigo serão classificadas nas seguinte categorias:

 a) zonas de uso estritamente industrial;

 b) zonas de uso predominantemente industrial;

 c) zonas de uso diversificado.


z
PNMA – zoneamento industrial

 Art . 2º As zonas de uso estritamente industrial destinam-se, preferencialmente, à localização


de estabelecimentos industriais cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações,
emanações e radiações possam causar perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança das
populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento de
efluentes, nos termos da legislação vigente.
 § 1º As zonas a que se refere este artigo deverão:
 I - situar-se em áreas que apresentem elevadas capacidade de assimilação de efluentes e
proteção ambiental, respeitadas quaisquer restrições legais ao uso do solo;
 II - localizar-se em áreas que favoreçam a instalação de infra-estrutura e serviços básicos
necessários ao seu funcionamento e segurança;
 III - manter, em seu contorno, anéis verdes de isolamento capazes de proteger as zonas
circunvizinhas contra possíveis efeitos residuais e acidentes;
z
PNMA – zoneamento industrial

 Art . 3º As zonas de uso predominantemente industrial destinam-se, preferencialmente, à


instalação de indústrias cujos processos, submetidos a métodos adequados de controle e
tratamento de efluentes, não causem incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e nem
perturbem o repouso noturno das populações.

 Art . 4º As zonas de uso diversificado destinam-se à localização de estabelecimentos industriais,


cujo processo produtivo seja complementar das atividades do meio urbano ou rural que se situem,
e com elas se compatibilizem, independentemente do uso de métodos especiais de controle da
poluição, não ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes à saúde, ao bem-estar e à
segurança das populações vizinhas.
z
PNMA – zoneamento industrial

 Art . 10. Caberá aos Governos Estaduais, observado o disposto nesta Lei e em outras normas legais em vigor:

 I - aprovar a delimitação, a classificação e a implantação de zonas de uso estritamente industrial e predominantemente


industrial;
 II - definir, com base nesta Lei e nas normas baixadas pelo IBAMA, os tipos de estabelecimentos industriais que poderão ser
implantados em cada uma das categorias de zonas industriais a que se refere o § 1º do art. 1º desta Lei;
 III - instalar e manter, nas zonas a que se refere o item anterior, serviços permanentes de segurança e prevenção de acidentes
danosos ao meio ambiente;
 IV - fiscalizar, nas zonas de uso estritamente industrial e predominantemente industrial, o cumprimento dos padrões e normas
de proteção ambiental;
 V - administrar as zonas industriais de sua responsabilidade direta ou quando esta responsabilidade decorrer de convênios
com a União.
 § 1º Nas Regiões Metropolitanas, as atribuições dos Governos Estaduais previstas neste artigo serão exercidas através dos
respectivos Conselhos Deliberativos.
 § 2º Caberá exclusivamente à União, ouvidos os Governos Estadual e Municipal interessados, aprovar a delimitação e
autorizar a implantação de zonas de uso estritamente industrial que se destinem à localização de pólos petroquímicos,
cloroquímicos, carboquímicos, bem como a instalações nucleares e outras definidas em lei.
z
Estudos ambientais

 Resolução 237/97
 Art. 1o Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

 [...]

 III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais
como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área
degradada e análise preliminar de risco.
z
Estudo de impacto ambiental - EIA

 Natureza: processo administrativo destinado a observar os impactos de


atividade sobre o meio ambiente.
 CONAMA, Resolução 001/86: Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se
impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e
econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos
recursos ambientais.
z
EIA

 Objetivo: verificar uma análise favorável ou desfavorável sobre o projeto de


empreendimento ou obra.
 Sistematizar: condições ambientais x vantagens econômicas e sociais.
 Estudo efetuado por equipe multidisciplinar, encomendado pelo proponente
do projeto, empreendedor ou pela Administração Pública.
 Ônus: autor do projeto.
 Apresentação do EIA ao órgão de licenciamento ambiental.
 As normas gerais para elaboração EIA (CONAMA) não afastam a
competência para licenciamento ambiental
z
EIA – área de abrangência

 Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto


ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA e1n caráter
supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: I - Estradas de rodagem
com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V -
Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de
transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos
hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação,
abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários,
processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; Xl - Usinas de geração de eletricidade,
qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; XII - Complexo e unidades industriais e agro-
industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de
recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; XIV - Exploração
econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas
significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
z
EIA - abrangência

 XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante


interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez
toneladas por dia; XVII - Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000
ha. ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas signifi cativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de
proteção ambiental. (inciso acrescentado pela Resolução n° 11/86) XVIII -
Empreendimentso potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional. (inciso
acrescentado pela Resolução n° 5/87); XIX – Instalações nucleares.
z
EIA – conteúdo

 Resolução CONAMA 01/86

 Art. 5o O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos
expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais: I -
Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese
de não execução do projeto; II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade; III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos
os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; lV - Considerar os planos e programas governamentais,
propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade. Parágrafo único. Ao
determinar a execução do estudo de impacto ambiental o órgão estadual competente, ou a SEMA ou, no
que couber ao Município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e
características ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e
análise dos estudos.
z
EIA - licenciamento

 Resolução CONAMA 237/97


 Art. 3o A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou
potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de
impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao
qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de
acordo com a regulamentação.

 Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou


empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente,
definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.
z
EIA

 EIA/RIMA deve ser elaborado na fase prévia do licenciamento.


 A aprovação do EIA/RIMA é requisito para a obtenção da LP nos casos de significativa
degradação ambiental, efetiva ou potencial.
 o EIA serão publicados e/ou disponibilizados aos interessados, em geral, em audiência
pública, na qual o projeto é debatido.
 O EIA/RIMA aplica-se a empreendimentos complexos, sendo elaborado por uma equipe
multidisciplinar, às custas do empreendedor.
z
EIA

 Resolução nº 1, de 1986, do CONAMA, art. 5º [...] avaliação dos impactos de todas as


fases do empreendimento; a definição das áreas afetadas; e a consideração dos
programas públicos para as áreas sugeridas ou idealizadas para o empreendimento.
 art. 6º: [...] diagnóstico ambiental completo (físico, biológico e socioeconômico); análise,
interpretação e classificação dos impactos e de suas alternativas; apresentação das
medidas mitigadoras, avaliando sua eficiência; e apresentação do plano de
monitoramento e acompanhamento.
z
EIA

 As informações trazidas no EIA são apresentadas no requerimento da LP junto ao órgão


ou entidade competente para o licenciamento, que, pode editar um ato com orientações
específicas que complementam esses conteúdos mínimos vistos aqui anteriormente.

 Termo de Referência: objetivo de determinar diretrizes e critérios técnicos gerais que


deverão fundamentar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo
Relatório de Impacto Ambiental (Rima), a fim de subsidiar o processo de licenciamento
ambiental prévio do IBAMA.
z
RIMA

 Os empreendimentos sujeitos ao EIA geram a obrigatoriedade de elaboração, em cada


estudo, do RIMA.

 Resolução nº 1 de 1986, art. 9º, parágrafo único: O RIMA deve ser apresentado de forma
objetiva e adequada à sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como
todas as consequências ambientais de sua implementação.
z
RIMA

 Resolução 01/1986, CONAMA: com a exceção das informações que caracterizem


sigilo industrial, o RIMA deve ficar disponível para consulta.

 O RIMA ajuda na compreensão do debate em audiências públicas conduzidas


pelos órgãos de licenciamento ambiental.
z
Audiência pública e participação

 As audiências públicas, nos casos de empreendimentos obrigados a fazer o EIA/RIMA,


destinam-se a expor aos interessados o projeto em licenciamento, esclarecer dúvidas e
colher sugestões.
 A concessão de uma licença sem a realização da audiência acarreta sua nulidade do
procedimento.
 Resolução CONAMA 009/1987, realização de audiência pública: determinação do órgão
ambiental; solicitação por uma associação ou organização não governamental (ONG);
solicitação pelo Ministério Público (MP); solicitação por cinquenta ou mais pessoas.
z
Audiência pública

 Art. 1º - A Audiência Pública referida na RESOLUÇÃO/conama/N.º 001/86, tem por


finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu
referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões
a respeito.
 Art. 2º - Sempre que julgar necessário, ou quando for solicitado por entidade civil,
pelo Ministério Público, ou por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos, o Órgão de Meio
Ambiente promoverá a realização de audiência pública.
z
Audiência pública

 É raro que um EIA/RIMA não seja submetido a uma audiência pública.


 Nos termos da Resolução 9/1987, recebido o EIA, deve haver um edital com prazo
mínimo de 45 dias para que os sujeitos envolvidos possam solicitar a audiência.
 Posteriormente, deve ser convocada a audiência pública, divulgando-a na imprensa e
nas mídias oficiais.
 O local dessa audiência deve ser acessível aos interessados e, principalmente, aos
afetados de alguma forma pelo projeto.
z
Audiência

 Conforme a dimensão do empreendimento e da área afetada, pode ser necessário


realizar mais de uma audiência pública, para que todos os interessados possam
participar.
 O órgão ou da entidade responsável pelo licenciamento conduzirá a audiência.
 Após uma exposição do projeto e do RIMA, será colocado debate para perguntas e
sugestões.
 Ata resumida da audiência com transcrição e vídeos/ áudios disponíveis portais na
rede.
z Audiência

 Todas estas etapas fazem parte do processo de licenciamento, para avaliação técnicas,
a fim de fundamentar o parecer final do órgão de licenciamento.
 não existe obrigação do órgão licenciador acolher as sugestões apresentadas na
audiência pública, mas as sugestões devem ser consideradas, para,
motivadamente, acolhê-las ou não.
 CONAMA, Resolução nº 494/2020, autoriza, excepcionalmente, a realização de
audiências públicas de forma virtual, enquanto durar a pandemia causada pela Covid-
19. O art. 3º da Resolução exige que seja disponibilizado pelo menos um ponto de
acesso à rede mundial, para que os diretamente afetados possam participar.
z
Avaliação de impacto ambiental e licenciamento

 São instrumentos conjugados: no momento do licenciamento ambiental que


ocorrem diversas avaliações.
 O conceito de impacto ambiental está descrito no art. 1º da Resolução nº 1, de
1986, do CONAMA, nos seguintes termos: qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam: A saúde, a segurança e o bem-estar da população; As
atividades sociais e econômicas; A biota; As condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente; e A qualidade dos recursos ambientais.
z
Avaliação de impacto ambiental

 As AIAs são instrumentos para a gestão ambiental pública adequada, servindo de base
para medidas preventivas (princípio da precaução).
 A partir do estudo sistemático dos impactos ambientais de certa atividade, é possível
prever medidas mitigadoras, reduzindo ao máximo os impactos, bem como medidas
compensatórias, que buscarão manter o equilíbrio e a qualidade do ambiente.
 Em outros casos, essas avaliações servem para demonstrar como determinada área
deve ser recuperada. Podemos perceber que o conceito de AIA é amplo e abrange
vários instrumentos.
z
Avaliação de impacto ambiental

 o EIA é apenas uma das possibilidades de AIA.


 Outros dois exemplos importantes de AIA:
 Estudo de impacto vizinhança: arts. 36 a 38 da Lei nº 10.257, de 2001, Estatuto da
Cidade, exigido somente pelo município, desde que esteja previsto em lei municipal. O
EIV não integra o licenciamento ambiental. Estudo exigível em áreas urbanas, podendo
ser requisito para que seja autorizada, por um município, a construção de um prédio ou
a realização de uma obra; exemplos, impactos no sistema viário (engarrafamentos) e na
iluminação nas áreas urbanas.
z
Avaliação

 Relatório ambiental simplificado: AIA exigível nos casos de empreendimentos de pequeno e


médio porte, que não se enquadram nos casos de EIA. Exemplo, empreendimentos de
energia eólica, de pequeno potencial de impacto ambiental, Resolução nº 279/2001 do
CONAMA.
 o RAS precisa trazer, no mínimo: a descrição do projeto; diagnóstico ambiental e as
previsões de impactos relativos à implementação e à operação do empreendimento; as
medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos previstos.
z
Licenciamento ambiental

 Trata-se de ato contido em procedimento próprio e com finalidades específicas: o


licenciamento. Conforme o art. 2º, inciso I, da Lei Complementar nº 140, de 2011,
o licenciamento ambiental é: o procedimento administrativo destinado a licenciar
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental.
 Atribuição: entidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA),
responsáveis pelo controle ambiental – trata-se de um procedimento
administrativo. E as licenças, por sua vez, são atos administrativos.
 Em regra, são apresentados documentos e estudos pelo empreendedor.
z
Licenciamento

 A licença é fundamentada em um parecer, que pode ou não conceder a licença.


 O órgão (uma secretaria municipal, por exemplo) ou a entidade (como o Instituto
Estadual do Ambiente – INEA) responsável pelo licenciamento vai tomar uma
decisão, tornando-a pública.
 O descumprimento de prazos não importa na emissão da licença solicitada, Lei
Complementar nº 140, §3º, art. 14.
 A licença é o exercício do poder de polícia prévio, com a finalidade de verificar o
potencial poluidor de um empreendimento ou uma atividade.
z
Licenciamento ambiental

 A licença ambiental não substitui outras licenças (conforme o desempenho setorial


de cada órgão de polícia administrativa; a licença urbanística para a construção de
um prédio ou a autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para operar um
posto de combustíveis.
 No licenciamento ambiental são utilizados vários instrumentos (por exemplo,
zoneamentos e os padrões da qualidade).
 Atualmente, além das resoluções expedidas pelo CONAMA (1/86, 9/87 e 237/97,
por exemplo), o licenciamento está disciplinado na Lei Complementar nº 140, de
2011; conforme o art. 13 da Lei Complementar nº 140, o licenciamento deve
ocorrer em apenas um nível de competência: federal, estadual ou municipal.
Existem três formas de sabermos quem deverá licenciar uma atividade.
z
Licenciamento

 O empreendimento localizado dentro dos limites de uma unidade de conservação, o ente


federado (União, estado ou município) que tenha criado esse espaço territorial
especialmente protegido será o licenciador.
 A exceção dessa regra é a área de proteção ambiental (APA) (art. 7º, inciso XIV, d; art.
8º, inciso XV; art. 9º, inciso XIV, b).
 Critérios: i) atividades listadas expressamente como de competência da União (art. 7º,
inciso XIV), em especial, localizadas ou desenvolvidas em terras indígenas, em dois ou
mais estados, de caráter militar ou que utilizem material radioativo; ii) atividades de
impacto local, que deverão ser licenciadas pelos municípios, conforme definição do
respectivo conselho estadual de meio ambiente (art. 9º, inciso XIV, a); e iii) competência
estadual nos casos que não se encaixem nos itens i e ii, também chamada de
competência residual (art. 8º, inciso XVI).
z
Licenciamento em APA

 União, estados-membros, DF e os municípios, poderão licenciar atividades dentro


dos limites e uma APA de seu domínio.
 A determinação, para cada caso, dependerá do impacto que a atividade provocar.
Se local, caberá ao município; intermunicipal caberá ao Estado; nacional ou
internacional, caberá à União.
 competência municipal poderá ser exercida pelo Estado caso aquele não possua
órgão ambiental capacitado para o licenciamento de sua competência.
z
Licenciamento ambiental

 Licenças ambientais, prazo de validade e renovação: deve ser solicitada


renovação com mais de 120 (cento e vinte) dias de antecedência, contados do
final do prazo; neste caso, a licença seguirá válida até que seja analisado o
pedido de renovação (LC 140/2011, art. 14, §4º).
 realizar alguma atividade sem a respectiva licença comete, ao mesmo tempo,
infração prevista na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/1998, art. 60) e infração
administrativa (Decreto 6514/2008, art. 66).
z
Licenciamento

 o licenciamento ambiental está estruturado em três fases: prévia, de instalação e de


operação, conforme os empreendimentos com impactos relevantes nas fases de
construção e de operação.
 Os conceitos e prazos máximos de cada uma das licenças que veremos estão
disciplinados nos arts. 8º e 18 na Resolução nº 237 do CONAMA.
z
Licença prévia

 LICENÇA PRÉVIA: Avalia os aspectos gerais do projeto, a concepção da


atividade e sua localização. Ao ser concedida, proporciona os controles e as
restrições relativas a essa fase e às fases seguintes, atestando que o
empreendimento é viável. Obtida a LP, devem-se reunir os documentos
necessários e exigidos para solicitar a licença seguinte.
 O prazo máximo da licença é de 5 (cinco) anos. É nessa fase que são
realizadas, em regra, avaliações de impacto ambiental importantes como o
Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA).
z
Licença de instalação

 LICENÇA DE INSTALAÇÃO: Avalia aspectos específicos da construção do


empreendimento (como o preparo do terreno para a construção).
 São avaliadas as plantas detalhadas da obra, bem como o projeto executivo, de
acordo com as orientações e restrições da LP.
 O prazo máximo dessa licença é de 6 (seis) anos.
z
Licença de operação

 LICENÇA DE OPERAÇÃO: avalia os aspectos específicos da operação do


empreendimento (efluentes e emissões, por exemplo).
 verificar se as licenças anteriores foram devidamente cumpridas; deve ser
feita uma vistoria no local para que essa verificação ocorra antes da
expedição da licença.
 A LO conta com um prazo mínimo de 4 (quatro) anos e máximo de 10 (dez).
Essa licença precisa ser renovada enquanto a atividade existir. Conforme o
histórico e as características da atividade, os prazos serão maiores ou
menores.
z
Licenciamento ambiental

 Conforme as características do empreendimento, podem ser estabelecidos


procedimentos simplificados. Por exemplo, podem ser concedidas licenças que avaliem,
de uma vez, aspectos relativos a mais de uma fase do empreendimento. Podemos,
assim, ter uma licença prévia e de implementação (LPI).
1. Resolução 279, de 2001, traz o procedimento simplificado para empreendimentos
elétricos, com pequeno potencial de impacto ambiental como usinas eólicas.
2. Resolução 377, de 2006, traz normas desse tipo para os sistemas de esgotamento
sanitário, sendo aplicada às unidades de pequeno e médio porte que não estejam em
áreas ambientalmente sensíveis.
 Por fim, é possível que alguns empreendimentos com porte e potencial danoso pequenos
sejam licenciados de forma ainda mais simplificada. Nesses casos, todas as fases podem
ser avaliadas numa única licença.
z
Incentivos econômicos e fiscais

 Na própria PNMA, o art. 12 estabelece como requisito para financiamentos


e incentivos governamentais que o projeto em questão seja submetido ao
licenciamento ambiental.
 Outra previsão importante da lei é o estimulo à pesquisa científica voltada
para o meio ambiente (art. 13).
z
Espaços territoriais

 Lei nº 9.985, de 2000, estabelece o Sistema Nacional de Unidades de


Conservação (SNUC), regime de proteção diferenciado.
 São exemplos os parques nacionais, as florestas nacionais (FLONAs) e as áreas
de proteção ambiental (APAs).
  a criação desses espaços territoriais protegidos pode ser feita em todos os níveis
de governo (União, estados/ DF e municípios), precedida, em regra, por estudos
técnicos e consulta pública (Lei 9985/2000, art. 22).
 Conforme o art. 225, §1º, III, CF, a extinção, a redução dos limites territoriais ou a
diminuição da proteção jurídica de uma unidade de conservação apenas é
possível por meio de lei (Constituição Federal, 1988).

Você também pode gostar