HIDROLOGIA

Hidrologia, ciência que estuda o comportamento e a distribuição da

água na natureza. Juntamente com a física e a geografia localiza, prevê
e classifica quanto ao estado físico, quantidade, qualidade e
periodicidade de eventos.
Este estudo propicia a determinação de ciclos hidrológicos
maximizando sua utilização. De forma limitada prevê cheias
minimizando seus impactos sobre as áreas ocupadas por cidades e
aglomerações humanas.
Estudado de maneira rudimentar há 3.000 anos pelos egípcios que
aproveitavam o regime de cheias do rio Nilo para cultivo de alimentos e
pelos indianos por volta de 350 a. C que mediam a precipitação
pluviométrica. O estudo do ciclo hidrológico começa na Renascença
com Da Vinci e outros.
No final do século passado seu estudo ganhou força com a
determinação de equações e modelos de previsão que nos ajudam a
entender a dinâmica das massas de água.
CICLO HIDROLÓGICO
A água utilizada pela humanidade provem da atmosfera, o estado
liquido é o mais utilizado porem o solido e o gasoso também tenham
utilidade prática.
Partículas de água ao se condensarem precipitam se como chuva se
estas gotas passam por camadas da atmosfera com temperaturas
abaixo de zero formar se a de granizo. Ocorrendo a condensação em
temperaturas abaixo do ponto de congelamento ocorrerá neve.
Ocorrendo a condensação em uma superfície sólida ocorre o orvalho
ou geada dependendo da temperatura em que se dá a condensação
superior ou inferior a zero grau centigrado respectivamente.
A parte da precipitação que não atinge o solo por causa da evaporação
ou fica retida na vegetação onde dá se o nome de intercepção.
O volume que toca o solo tem uma parcela de infiltração, outra de
escoamento superficial e parte evapora diretamente e uma parcela
evapora através das plantas fenômeno este conhecido como
transpiração.
A infiltração ocorre até o momento em que há a saturação do solo,
neste momento o volume passa a ser superficial. Seu acumulo ocorre
primeiramente nas depressões quando estas já estão cheias começa o
escoamento superficial formando os canais naturais denominados de
rios. Estes por sua vez vão convergindo para canais maiores em
direção as grandes massas de água que são lagos, mares e oceanos.
Neste processo todo ocorre a evaporação seja pela ação do sol ou
outras fontes de calor .
A evaporação é responsável por manter o equilíbrio do ciclo
hidrológico.
O volume que atinge o solo 25% chega aos oceanos como escoamento
superficial, 75% retornam a atmosfera sob forma de evaporação.
Destes 35% precipitam se sobre os continentes e 45% nos oceanos.
Dados hidrológicos básicos
É necessário saber como essa dinâmica de água se comporta em cada
localidade, utilizamos instrumentos de medição tais como pluviômetro
e fluviômetro para determinar os volumes de precipitação e de
escoamento respectivamente. Em 1957 o Brasil possuía 1 medidor a
cada 4.000 Km²
Estes instrumentos ajudam na determinação de cheias e estiagens,
fornecem dados que podem ser comparados com outros medidos ao
longo de décadas ou século. Auxiliam no dimensionamento de uma
calha de telhado domestico, drenagem urbana até grandes barragens.
A analise paramétrica nos permite obter hidrogramas unitários
sintéticos e métodos de reconstrução de hidrogramas em função de
dados climáticos e parâmetros físicos das bacias hidrográficas.
Manipulando as características estatísticas das variáveis hidrológicas
resolvemos problemas estocásticos destas variáveis.
Características da bacia hidrográfica
Uma bacia hidrográfica tem sua área delimitada pelo relevo da região
onde se encontra, desta forma os pontos mais altos desse relevo são o
limite superior (divisores de água) e o ponto de desague o ponto mais
baixo que também pode ser uma confluência ou o delta do corpo
hídrico principal
A área da bacia é a projeção horizontal dos seus divisores topográficos.
Suas medidas são obtidas através da planimetria, geoprocessamento,
peso do papel em balança de precisão e ferramentas digitais
(autocad/Idris).
Conhecendo a área podemos determinar a vazão especifica desta bacia
através da fórmula.
Q=q.A onde
q é a vazão especifica medida em mm ou 1s-¹
A área em Km²
Q é a vazão especifica da bacia.
Forma da bacia.
A forma da bacia afeta diretamente o tempo de transformação da
chuva em escoamento. Afeta o comportamento hidrológico da bacia,
exemplo o tempo de concentração (Tc). Ele é definido como o tempo
para que toda a bacia contribua com a vazão na seção controle.
Rede de drenagem
A rede de drenagem é formada pelo rio principal e seus tributários. O
estudo de suas ramificações é importante pois, ele define qual a
velocidade com que as águas deixam a bacia.
Classificação dos curso d’água
Perenes, possuem água o ano todo alimentado por águas subterrâneas.
Intermitentes, escoam nas estações chuvosas e secam na estiagem.
Efêmeros, escoam somente durante ou logo após a precipitação.
Ordem dos cursos d´água e razão de bifurcação
a) os cursos primários recebem o numero 1;
b) a união de 2 de mesma ordem dá origem a um curso de ordem
superior; e
c) a união de 2 de ordem diferente faz com que prevaleça a ordem do
maior.
Quanto maior Rb média, maior o grau de ramificação da rede de
drenagem de uma bacia e maior a tendência para o pico de cheia
Densidade de drenagem
É a relação entre o comprimento de todos os seus corpos hídricos e a
área da bacia.