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2014
Copyright © UNIASSELVI 2014
Elaboração:
Prof. Edson Torres
577.14
T693q Torres, Edson
Química Ambiental / Edson Torres. Indaial : Uniasselvi, 2014.
207 p. : il
ISBN 978-85-7830-827-8
Impresso por:
Apresentação
Prezado(a) acadêmico(a)!
Bons estudos!
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO ............................ 1
VII
5.1 FASE SÓLIDA . ................................................................................................................................. 55
5.1.1 Os minerais ................................................................................................................................. 55
5.1.2 Matéria orgânica ........................................................................................................................ 56
5.2 FASE LÍQUIDA ................................................................................................................................ 58
5.2.1 Solo encharcado ......................................................................................................................... 59
5.2.2 Solo úmido .................................................................................................................................. 59
5.2.3 Solo seco ...................................................................................................................................... 59
5.3 FASE GASOSA ................................................................................................................................. 60
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 60
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 63
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 64
VIII
6.5.2.2 Reações de combustão . ................................................................................................... 103
6.5.2.3 Reações de oxidação de materiais ................................................................................. 103
7 COMPOSTOS ORGÂNICOS DA ATMOSFERA .......................................................................... 104
7.1 COMPOSTOS ORGÂNICOS BIOGÊNICOS ............................................................................... 104
7.2 COMPOSTOS ORGÂNICOS DE ORIGEM ANTRÓPICA ........................................................ 104
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 105
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 108
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 109
IX
3.2 AQUECIMENTO GLOBAL E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS .............................................. 144
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 146
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 149
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 151
X
UNIDADE 1
OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A
QUÍMICA DO SOLO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Os objetivos desta unidade são
PLANO DE ESTUDOS
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No primeiro tópico desta unidade apresentaremos uma introdução
à química ambiental. Para iniciarmos nossos estudos, abordaremos os ciclos
biogeoquímicos, buscando explanar o que são os ciclos biogeoquímicos. A partir
disso, adentraremos nos diferentes ciclos biogeoquímicos: nitrogênio, fósforo,
enxofre e carbono.
3
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
A partir da década de 60, a sociedade foi tomada por uma nova ordem,
quando a informação transformou nosso planeta em um sistema único e
interligado. Ficamos cientes que o uso dos pesticidas estava colocando em risco a
nossa saúde (contaminando alimentos e as águas), que o lixo urbano e industrial
era descartado inadequadamente e que o ar estava se tornando irrespirável. O
modelo econômico já se apresentava obsoleto, tratando o planeta Terra como
finito e limitado, como se fosse algo infinitamente rico e capaz de prover recursos
naturais ilimitados a uma população que crescia assustadoramente. Este sistema
via a indústria química como um mero transformador desses recursos naturais
em bens de consumo, sem se importar com os rejeitos impactantes gerados
nessas transformações (JARDIM, 2001).
4
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
são integrados com outras áreas da ciência como a biologia, ecologia, geologia,
engenharia ambiental, física, meteorologia, entre outras. Portanto, todas as
questões abordadas que digam respeito a processos naturais e ou afetados por ações
antrópicas, tanto da atmosfera, da hidrosfera e da litosfera, precisam ser tratadas
de forma sistêmica e integrada. A Química Ambiental vai além dos horizontes da
química convencional, agregando uma dimensão social e econômica, propiciando
integração com as outras ciências, sendo uma das principais ciências que compõem
a dimensão da sustentabilidade (MOZETO; JARDIM, 2002).
NOTA
Caro(a) acadêmico(a)! Você sabia que o conceito de visão sistêmica foi desenvolvido
por Karl Ludwig von Bertalanffy, na década de 50, quando se criou a chamada Teoria Geral
dos Sistemas? Esta teoria aborda que os sistemas podem ser definidos como um conjunto
de elementos em inter-relação entre si e com o ambiente, denotando interdisciplinaridade,
multidisciplinaridade e transdisciplinaridade.
5
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
3 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
6
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
NOTA
Devemos nos lembrar de que Lavoisier, que foi considerado o pai da química
moderna, concluiu por meio de seus experimentos e observações, que “na natureza nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma” (LENZI; FAVERO, 2011, p. 79).
7
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
8
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
NOTA
9
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
10
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Tempo de
Reservatório Quantidade
renovação*
Nitrogênio (1012 g N)
Atmosfera (N2) 4 x 109 107
Sedimentos 5 x 108 107
Oceano (N2 dissolvido) 2,2 x 107 1000
Oceano (inorgânico) 6 x 10 5
11
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
13
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
FONTE: O autor
14
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
15
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
3.2.1.2 Combustão
3.2.1.3 Indústria
16
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
NOTA
17
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
O nitrogênio total que está presente na fase sólida e líquida dos componentes
da hidrosfera, geosfera e biosfera pode ser agrupado nas formas apresentadas na
figura a seguir.
18
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
3.2.3 Desnitrificação
19
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
20
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
c) O nitrogênio (N2(g)) pode ser volatilizado a partir de nitritos do solo conforme as reações
R-19 até R-21.
21
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
NOTA
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
O carbono que foi fixado na biomassa poderá ser novamente liberado para
a atmosfera na forma de CO2, ou sendo fixado na forma de matéria orgânica do
solo, ou ainda como material mineral da crosta terrestre. Todos estes processos
podem ser de origem biogênica, não biogênica ou antrópica. O ciclo do carbono
é um ciclo perfeito, pois o carbono é devolvido ao meio à mesma taxa a que é
sintetizado pelos produtores (BRAGA et al., 2005, LENZI; FAVERO, 2011).
33
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
Elétrons doados
1+ 2- 4+ 1+ 2-
Elétrons recebidos
34
TÓPICO 1 | O MEIO AMBIENTE E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
O CO2 é um importante ácido fraco das águas naturais, não importando sua
origem, onde, este formará com a água um sistema de duas fases, pois o CO2 é gás e
a água é líquido. Assim, o CO2, na fase líquida, é distribuído conforme apresentado
na sequência:
a) Uma fração do CO2 apresenta-se na forma molecular, regida pela lei de Henry
que é igual à soma dos dois componentes:
35
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
LEITURA COMPLEMENTAR
A química tem uma grande participação nos dias atuais com os inúmeros
produtos fundamentais à humanidade. A sua presença pode ser destacada desde
diversos combustíveis aos mais complexos medicamentos. Porém, a produção
química também gera inúmeros inconvenientes, como a formação de subprodutos
tóxicos e a contaminação do ambiente e do próprio homem expostos a estes
xenobióticos. A preocupação com estes inconvenientes pode ser claramente
observada, pois, nos últimos anos, cresce continuamente a pressão sobre as
indústrias químicas, tanto através da sociedade civil, como das autoridades
governamentais, no sentido de aprimorar o desenvolvimento de processos, que
sejam cada vez menos prejudiciais ao meio ambiente. Dentro da problemática
industrial vigente, um dos principais problemas que se destaca é o grande volume
de efluentes tóxicos produzidos por vários processos químicos. A emissão de
contaminantes pode ser minimizada através de diversos caminhos, tais como o
emprego de reagentes alternativos apropriados, o aumento da seletividade para
maximizar o uso dos materiais de partida, a utilização de catalisadores para facilitar
a separação do produto final da mistura, bem como a reciclagem dos reagentes
e catalisadores empregados no processo [...]. [...] estes conceitos devem estar
fixados em todos os estudantes de química com a intenção de formar profissionais
capacitados para os novos conceitos científicos e tecnológicos responsáveis pela
sustentabilidade do planeta.
FONTE: PRADO, A. G. S. Química Verde, os Desafios da Química do Novo Milênio. Química Nova,
Vol. 26, nº 5, 738-744, 2003.
38
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
39
• No ciclo biogeoquímico do carbono estão envolvidos quatro reservatórios
principais, que são: a atmosfera, o oceano (incluindo organismos marinhos), a
superfície continental (incluindo plantas terrestres e solos) e a litosfera.
40
AUTOATIVIDADE
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 2
A QUÍMICA DO SOLO
1 INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os ciclos biogeoquímicos no tópico 1, neste segundo
tópico iremos nos ater à origem e formação da listosfera. Assim, para darmos conta
deste tema abordaremos a formação do solo e o intemperismo e a partir desse,
os intemperismos físico e químico. Em seguida nossos estudos se voltam para a
composição do solo e suas fases: sólida, líquida e gasosa.
43
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
44
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
3 FORMAÇÃO DO SOLO
45
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
4 INTEMPERISMO
47
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
fresca, na base, sobre a qual se formam o saprolito e o solum, que constituem juntos
o manto de alteração ou regolito (conforme figura anterior). Quanto mais afastados
se encontram os materiais do perfil em relação à rocha-mãe, mais diferenciados em
termos de composição, estrutura e texturas eles vão se tornando. A pedogênese
e o intemperismo são dependentes do clima e do relevo, ocorrendo de maneira
distinta nos diferentes estágios morfoclimáticos do globo, levando à formação de
perfis decompostos de horizontes de diferente espessura e composição (TOLEDO;
OLIVEIRA; MELFI, 2009).
48
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
49
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
Essa água possui grande concentração de oxigênio (O2), que reage com o
dióxido de carbono (CO2) atmosférico, adquirindo caráter ácido, tornando-se cada
vez mais ácido quando entra em contato com o solo, pois a respiração das plantas
pelas raízes e a oxidação da matéria orgânica enriquecem o ambiente com CO2.
50
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
4.2.1 Hidrólise
51
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
4.2.2 Acidólise
4.2.3 Hidratação
A hidratação dos minerais ocorre pela atração entre os dipolos das moléculas de
água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies dos grãos, onde as moléculas
de água entram na estrutura mineral, formando um novo mineral (R-51) (TOLEDO;
OLIVEIRA; MELFI, 2009).
52
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
4.2.4 Dissolução
4.2.5 Oxidação
53
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
5 COMPOSIÇÃO DO SOLO
54
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
5.1.1 Os minerais
55
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
56
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
57
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
A fase líquida nada mais é do que a solução do solo. A solução do solo é uma
solução de eletrólitos quase em equilíbrio, que ocorre no solo em condições de não
saturação de umidade (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). Conforma Manahan
(2013), também podemos conceituar como a porção aquosa do solo onde está contida
a matéria dissolvida gerada nos processos químicos e físicos que ocorrem nele e nas
trocas com a hidrosfera e a biosfera.
Os solutos no solo estão presentes, na maioria das vezes, na forma de sais dos
cátions H+, Ca2+, Mg2+, K+ e Na+, em níveis menores de Fe2+, Mn2+ e Al+ e dos ânions
HCO3-, CO32-, HSO4-, SO42-, Cl- e F-. Os cátions Fe2+, Mn2+ e Al3+ de modo geral estão
presentes como formas hidrolisadas ou ligadas a substâncias húmicas (MANAHAN,
2013).
58
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
Conforme o solo vai sendo saturado com água, as suas características físicas,
químicas e biológicas também irão mudar, pois nessas condições, o oxigênio no solo
é rapidamente consumido na respiração de microrganismos que degradam a matéria
orgânica nele. Nos solos saturados, as ligações que mantêm juntas as partículas
coloidais são quebradas, causando a ruptura de sua estrutura (MANAHAN, 2013).
Os solos mal drenados ou úmidos são caracterizados pela água infiltrada nos
microporos, sendo que o ar se encontra também presente nos chamados acroporos. Os
poros menores funcionam como finos tubos chamados capilares. O líquido contido
nesses é chamado água capilar, ficando retido no solo com tal força, que fica mantido
por mais tempo nos poros. Contudo, as plantas ainda conseguem extrair parte dessa
água, e em função disso, a água extraída é denominada água disponível (LEPSCH,
2002).
O solo bem drenado ou seco é caracterizado por conter água, mas em forma
de películas externas finas, localizadas ao redor das partículas de solo. Geralmente,
essa água é retida com tal força que as raízes não conseguem extraí-la para o uso das
plantas, sendo considerado então, um solo seco. A água contida no solo bem drenado
ou seco é denominada higroscópica (LEPSCH, 2002).
59
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
Os solos são formados por uma parte gasosa representada por 25%. Esse
ar está situado nos poros, e se encontra livre ou em pequenas bolhas dissolvidas
na água. De tal forma, podemos dizer que existe uma relação dinâmica entre as
fases líquidas e gasosas do solo (LEPSCH, 2002). A fase gasosa do solo apresenta,
qualitativamente, os mesmos principais componentes presentes no ar atmosférico. Porém,
quantitativamente, pode haver grandes diferenças, devido à respiração das raízes e dos
microrganismos, à decomposição da matéria orgânica e a reações ocorridas no solo, onde
há o consumo de O2 e liberação de CO2, com constantes alterações nos fluxos entre os
compartimentos (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009).
NOTA
A maioria das plantas cultivadas requer solos bem arejados, para um máximo
de desenvolvimento radicular. Geralmente, os sintomas de falta de oxigênio proporciona um
aspecto amarelado nas folhas, aparecem quando a concentração de O2 nos espaços porosos
é muito inferior a 15% (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009).
LEITURA COMPLEMENTAR
60
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DO SOLO
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
com análise de solo e água subterrânea em nove pontos localizados nas chácaras
vizinhas à área da indústria. Os índices de contaminação por Dieldrin chegam a
17 ppb (partes por bilhão) no solo e 0,47 ppb na água. Os números ultrapassam
os limites internacionais, sendo que o índice de contaminação da água é maior do
que o permitido na legislação brasileira (Portaria 1469/2000 – Ministério da Saúde
– Valor Máximo Permitido: 0,03 ppb). As análises realizadas anteriormente eram
restritas apenas às águas subterrâneas.
62
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• A maior parte da crosta terrestre sólida é formada por rochas. São compostas
por sólidos inorgânicos de ocorrência natural e com uma estrutura cristalina
interna e composição química características.
• A hidrólise é a reação de sais de ácido fraco e bases fortes com água, resultando
em uma solução alcalina.
• O solo é formado por constituintes nos três estados físicos da matéria: sólido,
líquido e gasoso, cujas proporções relativas variam de solo para solo.
63
AUTOATIVIDADE
64
UNIDADE 1
TÓPICO 3
PROPRIEDADES FÍSICAS,
CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO
DO SOLO
1 INTRODUÇÃO
Para finalizarmos esta unidade, neste terceiro tópico nossos estudos serão
dirigidos às propriedades físico-químicas do solo. Assim, abordaremos também a
capacidade de troca catiônica do solo, a acidez do solo, o processo de oxidação e
redução do solo e a adsorção de metais no solo. Dando continuidade ao estudo do
solo, trataremos das fontes de contaminação dos solos: pesticidas, metais pesados e
lixo urbano. Para finalizarmos esta primeira unidade, estudaremos a remediação do
solo contaminado, versando sobre a biorremediação e a fitorremediação.
65
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
Bronsted e Lowry definem que ácida é uma substância que tende a ceder
prótons (íons hidrogênios) a uma outra, e uma base, é qualquer substância que
tende a receber os prótons. O ácido em solução aquosa se dissocia ou se ioniza
gerando H+ e o ânion correspondente, conforme reação 56.
66
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
Portanto, como a fração titulável é devida aos íons Al3+ e H3O+, que estão
fortemente retidos aos minerais da argila e matéria orgânica, evidenciando-se
somente por extração em pH mais elevado, pode-se aceitar que, nas condições
normais dos solos, o alumínio é o principal responsável pela acidez (ROCHA;
ROSA; CARDOSO, 2009).
67
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
68
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
NOTA
69
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
3.1 PESTICIDAS
Para atender à demanda alimentícia há muito tempo tem sido necessária a
utilização de pesticidas/herbicidas na agricultura. Os pesticidas são responsáveis
pela maior parte da alta produtividade agrícola, sendo os principais responsáveis
pelos problemas de poluição associados à agricultura (MANAHAN, 2013).
70
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
71
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
Segundo Baird e Cann (2011), os metais pesados são retidos no solo por três
vias, conforme segue:
72
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
Mesmo que o lixo urbano seja menos perigoso que os resíduos químicos,
problemas graves existem, como o descarte de agentes de limpeza, solventes,
baterias de chumbo e outros tipos de materiais potencialmente perigosos
nos aterros, representando risco ambiental, podendo contaminar o ambiente
(MANAHAN, 2013).
73
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
a) Retenção ou imobilização.
b) Mobilização.
c) Destruição.
74
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
4.1 BIORREMEDIAÇÃO
A biorremediação é a utilização de organismos vivos, especialmente
microrganismos, para degradar ou transformar poluentes ambientais em
substâncias com toxicidade reduzida. Esta técnica é empregada para substâncias
orgânicas, como combustíveis e solventes orgânicos e para a remediação de
depósitos de lixo e solos contaminados com compostos orgânicos semivoláteis,
como os HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), podendo também ser
aplicada em substâncias inorgânicas. A biorremediação explora a capacidade dos
microrganismos (bactérias e fungos) na degradação de muitos tipos de resíduos,
para substâncias mais simples e menos tóxicas (BAIRD; CANN, 2011, ROCHA;
ROSA; CARDOSO, 2009).
75
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
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TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
4.2 FITORREMEDIAÇÃO
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UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
78
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
A fitovolatilização é o processo pelo qual a planta absorve por meio das raízes
os elementos químicos como mercúrio, selênio e arsênio e estes são transformados
em formas não tóxicas, sendo posteriormente liberados na atmosfera. Esta técnica
pode ser empregada para compostos orgânicos e para metais.
79
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
LEITURA COMPLEMENTAR
O mundo atual está cada vez mais dependente do petróleo e de seus derivados
para a manutenção de sua atividade industrial. Durante a exploração, o refino, o
transporte e as operações de armazenamento do petróleo e/ou de seus derivados
podem vir a ocorrer derramamentos acidentais, ocasionando a contaminação de solos,
rios etc. Tais ocorrências vêm motivando, principalmente, a realização de pesquisas
relacionadas com a remediação de sítios contaminados (Aislabie et al., 2004, Marín et
al., 2006).
O que se tem notado, nas duas últimas décadas, é que a poluição causada por
petróleo e seus derivados tem sido um dos principais problemas ao meio ambiente.
Quando ocorre o derramamento de gasolina em solos, por exemplo, uma das
80
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES FÍSICAS, CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO DO SOLO
81
UNIDADE 1 | OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E A QUÍMICA DO SOLO
82
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
• Uma substância é ácida quando tende a ceder prótons (íons hidrogênios) a uma
outra, e base é qualquer substância que tende a receber os prótons.
• Os metais pesados são elementos que possuem o peso específico maior do que 5
g/cm³ ou que possuem o número atômico maior do que 20.
83
AUTOATIVIDADE
84
UNIDADE 2
A QUÍMICA DA ATMOSFERA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, leituras
complementares e atividades estarão à sua disposição para a melhor compre-
ensão dos conteúdos abordados.
TÓPICO 1 – A QUÍMICA DO AR
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 1
A QUÍMICA DO AR
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! No Tópico 1 estudaremos, além de outros assuntos
relevantes, a composição, estratificação e importância da atmosfera. Sobre as
partículas espalhadas na atmosfera analisaremos as propriedades e os processos
físicos e químicos, bem como os compostos inorgânicos e o ciclo biogeoquímico do
oxigênio. Atenção especial é dada aos compostos orgânicos biogênicos e de origem
antrópica. Sugerimos uma leitura atenciosa e desejamos bons estudos!
2 COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
87
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
* Percentual equivalente a 398 ppm (parte por milhão), atualizado em dezembro de 2013,
conforme The Keeling Curve, disponível em: <http://keelingcurve.ucsd.edu/>.
** Percentual equivalente a 1803 ppb (parte por bilhão), atualizado em 2011, conforme IPCC,
2013.
*** Percentual equivalente a 324 ppb (parte por bilhão), atualizado em 2011, conforme IPCC,
2013.
FONTE: Adaptado de Oliveira, Cordani e Fairchild (2009, p. 110)
NOTA
88
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
3 ESTRATIFICAÇÃO DA ATMOSFERA
89
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
90
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
4 IMPORTÂNCIA DA ATMOSFERA
A atmosfera é um manto protetor que nutre a vida na Terra e a protege do
perigoso ambiente do espaço sideral. É a fonte de dióxido de carbono necessário
para a fotossíntese e de oxigênio para a respiração, assim como do nitrogênio que
as bactérias fixadoras de nitrogênio e as indústrias produtoras de amônia utilizam
para produzir o nitrogênio quimicamente combinado. A atmosfera participa do ciclo
hidrológico transportando água dos oceanos a Terra, onde atua como condensador
em um imenso destilador movido à energia solar. A atmosfera também é utilizada
como depósito de lixo para diversos materiais poluentes, como hidrocarbonetos,
dióxido de enxofre, gases refrigerantes, entre outros, prejudicando toda a vida do
planeta (MANAHAN, 2013).
5 AS PARTÍCULAS NA ATMOSFERA
92
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
NOTA
NOTA
93
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
Os polens das flores das plantas, esporos de fungos e bactérias, vírus, entre
outros, também são dispersos na natureza pela ação do vento e pela ação de insetos
e animais diversos (LENZI; FAVERO, 2011).
94
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
95
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
Propriedade Definição
Tendência que as partículas têm de se espalhar tomando todo o
Difusão
volume do recipiente.
A coagulação dos particulados é a agregação dos mesmos num ponto
Coagulação
comum, resultando num corpo sólido com volume e massa maiores.
É a interação entre duas espécies A e B. Já a adsorção é quando a
Sorção
interação é superficial e absorção quando um entra no outro.
É o comportamento de varrer, predominante com a chuva. As gotas ao
Varredura se precipitarem, dissolvem e arrastam consigo para o chão os demais
particulados.
É semelhante à coagulação, conduzindo à formação de um particulado
Condensação
líquido.
Os fenômenos da coagulação e da condensação podem formar
Precipitação particulados cujas massas conduzem a um peso, que pela ação da
gravidade precipita.
Vaso de reações químicas O particulado é um local próprio (tubo, vaso) para provocar reações
e fenômenos químicos químicas e fenômenos físicos na atmosfera.
96
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
Nas áreas urbanas, os níveis de CO são altos devido a sua emissão por
motores a combustão interna e mais intensos em áreas urbanas congestionadas
quando o número de pessoas expostas é máximo. Nesses momentos, os níveis de
monóxido de carbono na atmosfera atingem por volta de 50 – 100 ppmv. São muito
prejudiciais à saúde humana (MANAHAN, 2013).
97
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
Mesmo não sendo muito tóxicos para os seres humanos, níveis reduzidos
de dióxido de enxofre no ar têm algumas consequências para a saúde, como
visto no aparelho respiratório, ocasionando irritação e maior resistência nas vias
aéreas, sobretudo em pessoas portadoras de insuficiência respiratória e asmáticos
sensíveis. Assim, a exposição ao gás aumenta o esforço respiratório e a secreção
de muco também é estimulada pela exposição ao ar contaminado com dióxido de
enxofre (MANAHAN, 2013).
Vamos verificar no Tópico 2 desta unidade que a chuva ácida tem como
principal agente causador o dióxido de enxofre.
NOTA
98
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
6.4 AMÔNIA
99
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
LEGENDA: (A) Visualização das camadas da atmosfera e altitudes; (B) reações químicas principais
de formação das espécies do elemento oxigênio; (C) balanço de massa das espécies formadas
pelo elemento O; (D) radiação eletromagnética absorvida nas reações fotoquímicas nas diferentes
camadas.
100
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
elementar (O) e as formas alotrópicas (O2 (gás oxigênio) e O3 (ozônio)), que são mais estáveis
e as formas ionizadas: O+, O-, O2+, que são menos estáveis (LENZI; FAVERO, 2011).
NOTA
101
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
102
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
103
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
104
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
LEITURA COMPLEMENTAR
105
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
Nesse mesmo ano, as emissões de CH4 foram estimadas em 15,9 Tg, sendo
o Setor de Agropecuária responsável por 68% das emissões totais, seguido pelo
Setor de Mudança de Uso da Terra e Florestas, com 19% e pelas emissões do Setor
de Tratamento de Resíduos, com 10%. Os dois subsetores mais importantes foram
a fermentação entérica da pecuária, com 61%, e conversão de florestas para outros
usos no bioma Amazônia, com 13%.
106
TÓPICO 1 | A QUÍMICA DO AR
107
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, você aprendeu que:
• Os principais gases inorgânicos na atmosfera são CO, CO2, SO2, NO e NO2. Outros
gases poluentes inorgânicos em menor percentual incluem NH3, N2O, N2O5, H2S,
Cl2, HCl e HF.
• Na atmosfera primitiva o oxigênio gasoso (O2) não existia, mas estava na forma de
gases oxigenados, e só começou a existir na atmosfera quando surgiram os seres
autotróficos, por meio da reação de fotossíntese, onde libera o O2.
a) ( ) As assertivas II e III.
b) ( ) As assertivas I, II, IV e V.
c) ( ) As assertivas I, II e III.
d) ( ) As assertivas I e V apenas.
e) ( ) A assertiva I apenas.
109
110
UNIDADE 2 TÓPICO 2
A QUÍMICA DA POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! No Tópico 2 desenvolveremos o tema A Química da
Poluição Atmosférica. Definiremos a chuva ácida, processos de formação, fontes
de compostos de enxofre e as consequências da chuva ácida. Em um segundo
momento, focalizaremos o smog fotoquímico, emitindo conceitos e apresentando
emissões formadoras do smog fotoquímico e as reações na sua formação e efeitos.
Ainda serão apresentados os compostos orgânicos tóxicos como as pesticidas,
inseticidas e herbicidas. Recomendamos uma leitura atenciosa e muito estudo!
2 A CHUVA ÁCIDA
111
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
Por este motivo, ou seja, por esta fonte de acidez, o pH da chuva natural
é cerca de 5,6. Portanto, apenas a chuva que possui um pH igual ou inferior a 5 é
considerada chuva ácida, tendo em vista a presença de quantidades traço de ácidos
fortes naturais, levando a acidez da chuva em ar puro a um nível um pouco mais
alto do que aqueles existentes pela presença apenas de dióxido de carbono. Assim,
os dois ácidos que predominam na chuva ácida são o ácido sulfúrico (H2SO4), e o
ácido nítrico (HNO3) (BAIRD; CANN, 2011).
112
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
113
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
114
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
• Devido à rápida troca de pH do local o que leva a alta mortalidade dos peixes,
porque as gotas contendo os contaminantes ácidos são extremamente tóxicos.
• A permanência dessa acidez por um longo período leva os peixes à esterilidade,
além de eliminar somente peixes em idade baixa e tamanho pequeno, tornando
a ictiofauna de um determinado lago ou rio sem renovação (MACÊDO, 2002).
115
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
• Alguns metais tóxicos, como mercúrio e alumínio podem ser lançados no meio
ambiente pela acidificação da litosfera, atingindo a água potável, as plantações,
os peixes e podem ser ingeridos pelo homem. Posteriormente, estes metais são
bioacumulados e desenvolvem doenças.
• Há aumento de problemas relacionados ao sistema respiratório.
• Aumento nas frequências de resfriados, alergias e tosses, principalmente em
crianças.
• Perda de sustento econômico de algumas pessoas devido à improdutividade
agrícola e da piscicultura, ocasionando problemas de saúde indiretos devido à
depressão e estresse (MACÊDO, 2002).
3 SMOG FOTOQUÍMICO
116
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
NOTA
Caro acadêmico! Você deve se lembrar de que a maioria das reações que
conhecemos inicia-se quando as moléculas dos reagentes se chocam, ocorrendo os rearranjos
e aí se dá a formação de um novo produto. O movimento mais intenso que favorece o choque
das moléculas é resultado de energia térmica. Já na reação fotoquímica, o início da reação é
dado pela molécula que absorve um fóton de luz. Assim, absorvem a energia de somente um
fóton, ficando no estado excitado, e posteriormente liberando a energia para realizar as reações
fotoquímicas (BAIRD; CANN, 2011).
117
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
119
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
120
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
121
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
NOTA
122
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Também pode colidir com uma molécula de água e produzir dois radicais
hidroxilo HO· conforme a reação (R-28) (LENZI; FAVERO, 2011).
124
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
125
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
4.1 PESTICIDAS
126
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Foi a partir do uso DDT durante a Segunda Guerra Mundial que o uso
dos pesticidas tomou grande amplitude. São utilizados com diversas finalidades,
como no controle de invertebrados incluindo os inseticidas, moluscicidas (atuantes
contra caracóis e lesmas) e nematicidas (usados no controle de vermes cilíndricos
microscópicos). Os vertebrados são controlados por raticidas (matam roedores),
avicidas (matam pássaros) e piscicidas (matam peixes). Os herbicidas são
utilizados para matar plantas, sobretudo ervas daninhas em terras cultivadas. Os
reguladores de crescimento, desfolhantes e dessecantes de plantas são utilizados
para diversas finalidades no cultivo de plantas. Os fungicidas atuam contra
fungos, os bactericidas contra bactérias, os microbicidas impedem a ocorrência de
organismos produtores de substâncias pegajosas na água e os algicidas combatem
a proliferação de algas (MANAHAN, 2013).
127
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
4.1.2 Herbicidas
Os herbicidas são os compostos químicos que destroem as plantas, sendo
utilizados normalmente para matar ervas daninhas sem causar prejuízo para a
vegetação desejável, como na eliminação de folhas largas de grama de gramados
sem matar a grama. O uso de herbicidas na agricultura tem substituído os
humanos e os cortadores mecânicos de grama nos países e, consequentemente,
tem diminuído o número de pessoas empregadas na agricultura. Os herbicidas são
usados também para eliminar plantas indesejáveis de acostamentos de estradas,
linhas férreas e corredores de torres de energia elétrica etc. e algumas vezes para
desfolhar regiões inteiras (BAIRD; CANN, 2011).
128
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
LEITURA COMPLEMENTAR
O EPISÓDIO DONORA
Foi um dia cinzento e nublado muito diferente: até o fim da noite 11 pessoas
morreram e mais 10 morreriam nas horas seguintes. A nuvem de poluição estava
tão densa que os médicos que atendiam aos doentes perdiam-se no trajeto de uma
casa para outra. Na segunda-feira, quase metade da população da cidadezinha de
14 mil habitantes estava ou nos hospitais ou de cama em casa com fortes dores de
cabeça, vômitos e cólicas. Os animais domésticos sofreram mais que todo mundo:
os passarinhos morreram e muitos cães e gatos já estavam mortos ou agonizando.
Até as plantas das casas sucumbiram aos efeitos do smog (neblina esfumaçada).
FONTE: VESILIND, P. A.; MORGAN, S. M. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2011. p. 9-11.
130
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
a) ( ) As assertivas I e III.
b) ( ) As assertivas I, III, IV e V.
c) ( ) As assertivas I, II e III.
d) ( ) As assertivas I e V.
e) ( ) A assertiva I apenas.
132
UNIDADE 2
TÓPICO 3
A CAMADA DE OZÔNIO E OS
GASES DE EFEITO ESTUFA
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! No Tópico 3 estudaremos a camada de ozônio
e os gases de efeito estufa. Focalisaremos a química da camada de ozônio, sua
formação e destruição e consequências. Apresentaremos, ainda, o estudo do efeito
estufa, o protocolo de Kyoto, o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Sugerimos muito estudo e trabalho para que possa assimilar bem estes conteúdos
tão importantes para a humanidade. Desejamos contribuir para que todos possam
aspirar a um futuro com menos problemas climáticos e ecológicos.
133
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
nocivos, provenientes da luz solar antes que esses possam atingir a superfície
de nosso planeta, causando danos a seres humanos e outras formas de vida. A
diminuição substancial na quantidade de ozônio pode colocar em perigo a vida na
terra (MILLER JR, 2012; BAIRD; CANN, 2011).
134
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
135
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
136
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
que o ozônio é tão eficaz na absorção da luz ultravioleta que a maior parte dessa
radiação fica retida na estratosfera superior, gerando calor, enquanto apenas uma
pequena parcela atinge altitudes menores, que permanecem relativamente frias
(MANAHAN, 2013).
137
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
138
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
139
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
de pele. As pessoas de pele clara não possuem a proteção dada pela melanina, que
absorve a radiação UVB, sendo especialmente suscetíveis a seus efeitos. O tipo
mais frequente de câncer de pele resultante da exposição à radiação ultravioleta é
o carcinoma de células escamosas, que forma lesões capazes de serem removidas
com facilidade e que não apresenta tendência elevada de realizar metástase. O
melanoma maligno é causado pela absorção da radiação UVB e geralmente é fatal
(MANAHAN, 2013).
3 O EFEITO ESTUFA
140
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
O efeito estufa assim como descrito é um fenômeno natural que tem como
característica manter a Terra a uma temperatura média de 15°C, cerca de 30°C cima
do que ela teria na sua ausência, ou seja, -15°C. A energia absorvida pela atmosfera
é reirradiada para o espaço, pois pelo contrário, a temperatura da superfície
aumentaria continuamente. Assim, o retorno da energia para o espaço é retardado
pelo efeito estufa, num processo semelhante ao que acontece com alguém debaixo
141
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
142
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
para então diferenciar seus efeitos daquele que vem atuando naturalmente durante
muito tempo (BAIRD; CANN, 2011). Segundo o 5º Relatório do IPCC, há mais de
95% de certeza de que as ações antrópicas são responsáveis por mais de metade
da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010. Este aumento da
temperatura está diretamente associado ao efeito estufa intensificado e à emissão
dos gases de efeito estufa proveniente das ações antrópicas (STOCKER et al., 2013).
NOTA
143
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
limpo aos países em desenvolvimento. O documento prevê que, entre 2008 e 2012,
os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2%, em relação aos níveis
que eram emitidos em 1990 (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009).
Os Estados Unidos da América são o país que mais emite gases estufa,
sendo responsáveis por cerca de um quarto da produção mundial de CO2, ou 1,49
bilhão de toneladas anuais (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009).
Considerando o período desde 18 mil anos atrás até o início do século XX,
o clima global esquentou vários graus, e desde então, o aumento de temperatura
da Terra tem se acelerado, lentamente no início, mas de forma muito acentuada
a partir de 1960 (OLIVEIRA; CORDANI; FAIRCHILD, 2009). E é justamente este
cenário que podemos observar com os dados do 5º Relatório do IPCC em que
verificou que a temperatura global aumentou 0,85ºC entre 1880 e 2012 (STOCKER
et al., 2013).
144
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
Aumento nos níveis dos mares representa ameaças de inundações das ilhas
do Pacífico. O aquecimento do ar eventualmente levará a um aumento nos níveis
dos mares (BAIRD; CANN, 2011).
145
UNIDADE 2 | A QUÍMICA DA ATMOSFERA
LEITURA COMPLEMENTAR
146
TÓPICO 3 | A CAMADA DE OZÔNIO E OS GASES DE EFEITO ESTUFA
“O mais importante é que o gelo fora da região antártica continua com ritmo
acelerado de derretimento e, principalmente, as geleiras não polares (encontradas
em montanhas) continuam a reduzir rapidamente e a contribuir para o aumento
do nível do mar”, explicou o glaciologista brasileiro Jefferson Simões, um dos
revisores da parte que aborda as massas de gelo do planeta.
FONTE: Novo relatório climático reforça visão de que homem causa aquecimento. G1. Disponível
em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/novo-relatorio-climatico-reforca-visao-de-
que-homem-causa-aquecimento.html.> Acesso em: 10 dez. 2013.
148
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os principais gases de efeito estufa emitidos por ação antrópica são o dióxido
de carbono, metano, óxido nitroso, hidrofluorocarbonos, perfluorocarbonos, e
hexafluoreto de enxofre.
149
• O aquecimento global é resultado do lançamento excessivo de gases de efeito
estufa, principalmente o CO2, na atmosfera. Esses gases estufa formam uma
espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais
quente.
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
A QUÍMICA DA ÁGUA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, leituras
complementares e atividades estarão à sua disposição para a melhor compre-
ensão dos conteúdos abordados.
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
2 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
NOTA
155
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
O planeta Terra é uma esfera com 2/3 de sua superfície coberta de água,
flutuando como uma grande bola azul no espaço. A hidrosfera, ou seja, o reservatório
que agrega todos os tipos de água existentes no planeta, contém aproximadamente
1,4 x 109 km³ de água, sendo que os oceanos são os mais velhos (3,8 bilhões de
anos de existência) e são o maior dos reservatórios, conforme podemos verificar na
tabela a seguir (CAMPOS; JARDIM, 2003).
156
TÓPICO 1 | IMPORTÂNCIA E PROPRIEDADES DAS ÁGUAS E CICLO HIDROLÓGICO
BIOMAGNIFICAÇÃO
FONTE: Adaptado de Manahan (2013, p. 57)
157
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
158
TÓPICO 1 | IMPORTÂNCIA E PROPRIEDADES DAS ÁGUAS E CICLO HIDROLÓGICO
159
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
160
TÓPICO 1 | IMPORTÂNCIA E PROPRIEDADES DAS ÁGUAS E CICLO HIDROLÓGICO
161
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
4 CICLO HIDROLÓGICO
162
TÓPICO 1 | IMPORTÂNCIA E PROPRIEDADES DAS ÁGUAS E CICLO HIDROLÓGICO
163
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
A gotícula de água no solo pode seguir por dois caminhos, sendo que o
primeiro é a infiltração, dependente das características do material de cobertura
da superfície. Conduzida pela força gravitacional, a água de infiltração, tende a
preencher os vazios no subsolo, seguindo em profundidade, onde abastece o corpo
de água subterrânea. A segunda possibilidade ocorre quando a capacidade de
absorção de água pela superfície é superada e o excesso de água inicia o escoamento
superficial, impulsionado pela gravidade para zonas mais baixas (KARMANN,
2009).
Por sua vez, esse escoamento tem início por meio de pequenos filetes
de água, efêmeros e disseminados pela superfície do solo, que convergem para
os córregos e rios, constituindo a rede de drenagem. O escoamento superficial,
geralmente, tem como destino final os oceanos. Também é bom salientar que
parte da água de infiltração retorna à superfície pelas nascentes, alimentando o
escoamento superficial ou, por rotas de fluxo mais profundas e lentas, reaparecendo
diretamente nos oceanos (KARMANN, 2009).
164
TÓPICO 1 | IMPORTÂNCIA E PROPRIEDADES DAS ÁGUAS E CICLO HIDROLÓGICO
165
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
• Evapora mais água do oceano do que retorna a ele por meio da chuva no
continente e vice-versa. Uma parte considerável das chuvas que sustentam os
ecossistemas terrestres, incluindo a maioria da produção de alimentos, vem da
água evaporada do mar.
• As atividades humanas tendem a aumentar o índice pluviométrico por meio
da pavimentação da terra, abrindo e represando rios, compactação dos solos
agrícolas e pelo desmatamento, reduzindo a recarga do compartimento da água
subterrânea. Este por sua vez é o terceiro maior reservatório global de água,
contendo cerca de 13 vezes mais água que toda a água doce nos lagos, rios e
solos. Os aquíferos são os maiores depósitos de água subterrânea, constituindo-
se de camadas porosas subterrâneas, frequentemente de rocha calcária, areia ou
cascalho, confinados por rochas ou argila impenetráveis que retém a água como
um tubo gigante ou um tanque extenso (ODUM; BARRETT, 2011).
LEITURA COMPLEMENTAR
167
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
• A caatinga pode dar lugar a uma vegetação mais típica de zonas áridas, com
predominância de cactáceas. O desmatamento da Amazônia também afetará a
região.
• Um aumento de 3ºC ou mais na temperatura média deixaria ainda mais secos os
locais que hoje têm maior déficit hídrico no semiárido.
• A produção agrícola de subsistência de grandes áreas pode se tornar inviável,
colocando a própria sobrevivência do homem em risco.
• O alto potencial para evaporação do Nordeste, combinado com o aumento de
temperatura, causaria diminuição da água de lagos, açudes e reservatórios.
• O semiárido nordestino ficará vulnerável a chuvas torrenciais e concentradas em
curto espaço de tempo, resultando em enchentes e graves impactos socioambientais.
Porém, e mais importante, espera-se uma maior frequência de dias secos consecutivos
e de ondas de calor decorrente do aumento na frequência de veranicos.
• Com a degradação do solo, aumentará a migração para as cidades costeiras,
agravando os problemas urbanos.
168
RESUMO DO TÓPICO 1
• Para os seres humanos a água doce tem importância vital na manutenção da vida,
e as águas dos oceanos têm um papel vital na manutenção da vida no planeta
Terra como um todo.
169
AUTOATIVIDADE
Caro (a) acadêmico (a)! Para fixar melhor o conteúdo estudado, vamos
exercitar um pouco. Leia as questões a seguir e responda-as em seu Caderno de
Estudos. Bom trabalho!
170
UNIDADE 3
TÓPICO 2
A QUÍMICA DA ÁGUA
1 INTRODUÇÃO
A química da água estuda a água de rios, lagos, estuários, oceanos, além das
águas subterrâneas e dos fenômenos que determinam a distribuição e a circulação
de espécies químicas em águas naturais, e pressupõe algum entendimento das
fontes, do transporte, das características e da composição da água.
171
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
2 O OXIGÊNIO NA ÁGUA
172
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
A água que é aerada por meio dos cursos de água e rios é constantemente
reabastecida de oxigênio. Contudo, a água parada ou que está próxima do fundo
do lago é quase que completamente deficiente de oxigênio, devido sua reação com
a matéria orgânica e da falta de qualquer mecanismo que possibilite uma reposição
com rapidez, já que a difusão é um processo lento. A capacidade da matéria orgânica
e biológica em uma amostra de água natural de consumir oxigênio, processo este
que é catalisado pelas bactérias presentes, é chamado de demanda bioquímica de
oxigênio (DBO) (BAIRD; CANN, 2011).
NOTA
173
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
174
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
NOTA
175
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
que as que como bases, recebendo o H+. A água desempenha as duas funções. Uma
espécie importante na química ácido-base da água é o íon bicarbonato (HCO3-),
que também pode atuar como ácido ou base, conforme podemos observar nas
reações (R-4) e (R-5) (MANAHAN, 2013).
176
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
NOTA
177
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
178
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
4 A ALCALINIDADE DA ÁGUA
179
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
5 COMPLEXAÇÃO E QUELAÇÃO
Os íons cianeto adicionais irão se ligar como o ferro para formar Fe(CN)2,
Fe(CN)3-, Fe(CN)42-, Fe(CN)53- e Fe(CN)64-. As moléculas de água ainda ligadas ao
ferro (lI) foram omitidas para simplificar o entendimento. Portanto, a complexação
é definida pelos processos demonstrados. A espécie que se liga ao íon metálico, CN-,
180
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
181
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
7 COLOIDES NA ÁGUA
Alguns minerais, determinados poluentes aquáticos, materiais proteináceos,
algumas algas e bactérias estão em suspensão na água como partículas muito
pequenas, e estas são classificadas como partículas coloidais. Elas apresentam
as características de bactérias e algas quando em solução, e comportam-se como
partículas grandes em suspensão. Têm diâmetro entre cerca de 0,001 micrômetro
(µm) e perto de 1 µm, e espalham luz branca na forma de luz azul, como observado
em ângulos retos à incidência da luz (MANAHAN, 2013).
182
TÓPICO 2 | A QUÍMICA DA ÁGUA
LEITURA COMPLEMENTAR
Fala-se muito em nível trófico e cadeia trófica. O termo trófico vem da raiz
grega τροφη que significa alimento. A cadeia trófica, isto é, a cadeia alimentar, é
formada em sua base inferior por micro-organismos e peixes de espécies mais simples
(de nível trófico baixo), terminando por peixes predadores (de nível trófico elevado) e,
finalmente, o homem, que se alimenta de peixes. As populações ribeirinhas da Bacia
Amazônica são dependentes do consumo de peixe para o seu sustento, chegando a
consumir em média 200 gramas por dia. Os peixes são concentradores naturais de
mercúrio e a sua quantidade nestes animais depende do alimento, bem como da idade
e do tamanho. Como consequência, a contaminação humana por mercúrio depende
não somente da quantidade de peixe consumida como também da espécie escolhida.
183
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
184
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A química da água estuda a água de rios, lagos, estuários, oceanos, além das águas
subterrâneas e dos fenômenos que determinam a distribuição e a circulação de
espécies químicas em águas naturais, e pressupõe algum entendimento das fontes,
do transporte, das características e da composição da água.
• O dióxido de carbono é o ácido fraco mais importante presente na água, e pela sua
produção a partir da decomposição microbiana da matéria orgânica, o dióxido de
carbono dissolvido está presente em quase todas as águas naturais e residuárias.
185
AUTOATIVIDADE
186
UNIDADE 3
TÓPICO 3
POLUIÇÃO E TRATAMENTO
DAS ÁGUAS
1 INTRODUÇÃO
187
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
188
TÓPICO 3 | POLUIÇÃO E TRATAMENTO DAS ÁGUAS
189
UNIDADE 3 | A QUÍMICA DA ÁGUA
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TÓPICO 3 | POLUIÇÃO E TRATAMENTO DAS ÁGUAS
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4 OS METAIS
elementos livres condensados, não são tóxicos. Porém, quando estão na forma
catiônica e também quando ligados a cadeias curtas de átomos de carbono são
muito perigosos. Do ponto de vista bioquímico, o mecanismo de sua ação tóxica
deriva da forte afinidade dos cátions pelo enxofre. Assim, os grupos sulfidrila,
(-SH), que ocorrem comumente nas enzimas que controlam a velocidade de reações
metabólicas de importância crítica no corpo humano, ligam-se rapidamente aos
cátions de metais pesados ingeridos ou a moléculas contendo tais metais. Pelo fato
de a ligação resultante metal-enxofre afetar a enzima como um todo, ela não pode
atuar com normalidade, e, em consequência, gera problemas de saúde que muitas
vezes se torna fatal (BAIRD; CANN, 2011).
4.1 CÁDMIO
4.2 CHUMBO
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4.3 MERCÚRIO
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5 POLUENTES ORGÂNICOS
5.1 BIOACUMULAÇÃO
5.2 BIOMAGNIFICAÇÃO
Em muitos desses casos, tais produtos não são metabolizados pelo peixe,
porém, as substâncias simplesmente acumulam-se nos tecidos adiposos, nos quais
sua concentração aumenta com o tempo. Por exemplo, a concentração de DDT
nas trutas do Lago Ontário aumenta quase linearmente com a idade do peixe,
conforme verificado na figura a seguir (BAIRD; CANN, 2011).
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Durante sua vida, um peixe come muitas vezes seu peso em comida dos
níveis inferiores da cadeia alimentar, mas retém em vez de eliminar a maioria
dos produtos organoclorados procedentes desses alimentos. Um produto
químico cuja concentração aumenta ao longo de uma cadeia alimentar chama-se
biomagnificado. Essencialmente, a biomagnificação resulta de uma sequência de
etapas de bioacumulação que ocorrem ao longo da cadeia (BAIRD; CANN, 2011).
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LEITURA COMPLEMENTAR
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era açúcar, mel, gelo e água (a versão caseira do Gatorade). No entanto, como os
funcionários da cozinha provaram da bebida antes e depois do jogo, e nenhum
deles desenvolveu a doença, a possibilidade de a bebida ter sido a causadora da
doença foi descartada.
Duas outras informações foram cruciais. Soube-se que, em uma das casas
na Rua Dutton, moravam crianças que haviam contraído hepatite. Durante o verão,
elas brincavam com água dos sprinklers, espirrando umas nas outras e formando
poças no gramado. No entanto, como a água dessas poças – caso as crianças a
tivessem contaminado – teria ido parar na tubulação, já que os canos de água eram
mantidos sempre sob pressão positiva?
Esse caso ilustra a clássica conexão cruzada, ou seja, o contato físico entre
a água potável tratada e a contaminada e as consequências potencialmente graves
dessas conexões.
FONTE: VESILIND, P. A.; MORGAN, S. M. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2011. p. 3-5.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os metais pesados são elementos químicos que na maioria dos casos são
extremamente tóxicos para os seres humanos.
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AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a)! Para fixar melhor o conteúdo estudado, vamos
exercitar um pouco. Leia as questões a seguir e responda-as em seu Caderno de
Estudos. Bom trabalho!
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REFERÊNCIAS
BAIRD, C.; CANN, M. Química ambiental. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
BRANCO, S. M.; MURGEL, E. Poluição do ar. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
________. Água: ciclo e ação geológica. In: TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.;
TOLEDO, M. C. M. de; TAIOLI, F. (Orgs.). Decifrando a Terra. 2ª ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2009.
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LEPSCH, O. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos.
2002.
PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H. Para entender a Terra.
4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
STOCKER, T. F.; et al. (ed.). IPCC: Summary for Policymakers. In: Climate
Change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to
the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change.,
United Kingdom; New York: Cambridge University Press, Cambridge, 2013.
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ANOTAÇÕES
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