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Processo de Forjamento

- Conceitos
- Materiais utilizados
TENSÃO
A tensão () é definida como sendo a
razão entre a força () e a secção ()
correspondente onde esta força atua

F
 
A
Conceitos básicos do processo
Tensão – F/A

 eq.    x   y   y   x    z   x   6   xy   yz   zx 
   
1 2 2 2 2 2 2

2
 eq. 
1
  x
2 2

  y    y   x     z   x   6   xy2   yz2   zx2
2

2

Quando esta tensão equivalente


atingir o valor da tensão de
escoamento (Kf) ocorrerá uma
deformação plástica no material.
Deformação
a)Simetria plana e b)simetria axial
Deformação em simetria plana
Deformação em altura h
 h  n 
h0

Deformação em profundidade
b
 b  n 
b0
Deformação em largura 
   n 

   n 
0

0
Deformação – simetria axial
Deformação em altura
h
 h  n 
h0
Deformação no raio r
 r  n 
r0

Deformação circunferencial
2r
 p  n 
2r0
Vel de deformação:
Para prensas hidráulicas:
V def=V ferr/h
Para prensas excêntricas
(mecânicas):
V def=V ferr/h, onde V ferramenta é
dada em função da velocidade
tangencial do volante.
Velocidade de deformação
(em prensas excêntricas)
2
 h0  h  Vt  h0  h 
2
VF  Vt  1  1   Vdef   1  1  
 R  h  R 

Vt   .R
Curvas de escoamento do material
As curvas de escoamento, que
caracterizam a variação da
resistência ao escoamento em função
de parâmetros importantes
(temperatura, grau de deformação,
velocidade de deformação), podem
ser determinadas por ensaios de
tração, compressão, torção e
compressão plana. Para casos em
que as deformações são grandes,
recomenda-se ensaio de
compressão.
Temperatura durante o processo
Coeficiente de atrito
Composição Química (AISI)
10XX – AÇO CARBONO
11XX e 12XX – aço de usinagem facil
13XX e 15XX – aços ao Mn
31XX e 32XX – aços ao Cr-Ni
40XX - aço ao Mo
41XX - aço ao Cr-Mo
50XX – Cr
61XX – Cr-V
86XX – Cr-Ni-Mo
92XX – Si-Mn
Propriedades mecânicas
Resistência mecânica – resistência
máxima do material, sendo a capacidade
máxima de sofrer carregamento;
Elasticidade – propriedade do material
segundo a qual a deformação que ocorre
em função da aplicação de tensão
desaparece quando a tensão é retirada;
Plasticidade – capacidade de o material
sofrer deformação permanente sem se
romper;
Resiliência – capacidade de absorção de
deformação no regime elástico;
Propriedades Mecânicas
Tenacidade – reflete a energia total
necessária para provocar a fratura do
material. Corresponde a capacidade que o
material apresenta de absorver energia
até a fratura. A tenacidade pode ser
medida através do ensaio Charpy
Ductilidade – A capacidade do material
sofrer deformação plástica ou deformação
permanente sem romper. É medida
através do ensaio de tração, e
corresponde ao valor total do
alongamento.
Exemplos de aços comuns
AISI 1040 – aço carbono com 0,40%
de C
AISI 1020 – aço carbono com 0,20%
de C
AISI 8620 – aço Cr-Ni-Mo com
0,20%
(%C=0,18-0,23; %Mn=0,7-0,9;
%Ni=0,40-0,70; %Cr=0,40-0,60;
%Mo=0,15-0,25)
Exemplo de composição química
de matrizes e características

Matriz para forjamento a frio


Exemplo 1:ABNT D2; AISI D2; DIN X155
CrVMo 12 1; W.Nr. 1.2379;
Composição: C=1,50; Si=0,40; Mn=
0,40 Cr=12; Mo=0,90; V=0,95
Características: Utilizado para
estamparia, cunhagem e corte. Alta
dureza e alta resistência ao desgaste,
conjugadas a mediana tenacidade. O
alto teor de Mo confere boa resistência
ao amolecimento pelo calor
Exemplo 2: ABNT D6; AISI D6; Din210
CrW 12; W.Nr. 1.2436
Composição: C=2,10; Si= 0,30; Mn= 0,40;
Cr= 12; Mo= 0,90
Características: Matrizes de corte,
estampagem e forjamento a frio. Altos
teores de C e Cr, tendo ainda como
elemento de liga adicional o tungstênio, os
quais lhe conferem alta dureza de
tempera, altíssima resistência ao
desgaste, e boa resistência ao
amolecimento pelo calor. Tenacidade
relativamente boa.
Matriz para forjamento a quente
Exemplo 3: ABNT H13; AISI H13; Din
XCrMoV 51; W.Nr. 1.2344
Composição: C=0,40; Si=1; Mn=0,35;
Cr=5,20; Mo=1,40; V=1
Características: matrizes para conformação
a quente (em prensa e martelo) corte,
furação e cunhagem. Apresenta grande
temperabilidade e resistência ao
amolecimento. Excelente tenacidade e alta
resistência ao desgaste em temperaturas
elevadas.
Classificação dos Aços
<0,15% -aço extra-doce
0,15 – 0,30 – aço doce
0,30-0,40 – aço meio doce
0,40-0,60 – aço meio duro
0,60 – 0,70 - aço duro
0,70 – 1,20 – aço extra-duro
- Forjamento por Martelamento
Golpes rapidos e sucessivos;
pressão atinge a máxima
intensidade ao tocar o metal
decrescendo rapidamente de
intensidade;
Deformações principalmente nas
camadas superficiais.
Forjamento por prensagem
O metal fica sujeito a força de
compressão a baixa velocidade;
Atinge-se a máxima pressão pouco
antes da carga ser retirada;
Atinge as camadas mais profundas e
a deformação resultante é mais
regular do que a que é produzida
pela ação dinâmica do
martelamento.
PROJETO DE
MATRIZES

Aspectos a seguir no projeto de


matrizes conforme figura seguinte
Considerar no projeto de matrizes:
Linha de repartição;
Colocação dos pinos-guias;
Especificação sobre o canal de
rebarba;
Ângulos de saída;
Contração do metal.
Forjamento a quente
Feito acima da temperatura de
recristalização, ou seja, facilita o
escoamento do material na forma
objetivada;
requisita menos força de prensa;
com a etapa do corte da rebarba
posteriormente;
Muitas vezes feito em duas etapas;
Conformação plástica com remoção de
material(rebarba);
Forjamento de aços ligados e endurecidos.
Forjamento a frio
Feito a temperatura ambiente, evitando
etapa de aquecimento;
Peças com maior precisão dimensional e ,
geralmente, sem rebarba;
Conformação plástica sem remoção de
material;
Utilização de maior energia de prensas;
Geralmente aços forjados com baixos
teores de carbono e dúcteis antes do
forjamento.

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