CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DO ENSINO
EXPLÍCITO DE PRONÚNCIA
PARA ALUNOS INICIANTES DE LÍNGUA INGLESA
INTRODUÇÃO
O presente estudo se propõe a investigar a eficiência do ensino
explícito de pronúncia para estudantes brasileiros adultos iniciando
sua aprendizagem de inglês como L2. De acordo com Pennington
(1996), estudantes adultos costumam fazer conexões entre as
formas falada e escrita da língua a que estão expostos, o que se
confirma pela frequente tentativa de registrar os sons de algumas
palavras por escrito por estes alunos em sala de aula. Embora as
letras do alfabeto sejam comuns ao português e ao inglês, as
correspondências entre som e letra desses idiomas, ou seja, entre
seu sistema fonológico e a ortografia dos vocábulos, são bem
diferentes; há sons em inglês que não pertencem ao sistema
fonológico do português brasileiro.
OBJETIVOS
A pesquisa visa investigar a eficiência do ensino explícito de
pronúncia quanto ao desenvolvimento da aquisição desta por
estudantes iniciantes adultos em contraposição aos seus pares que
não recebem a mesma instrução. Para tal, busca-se detectar como
os estudantes adultos registram a pronúncia L2 em sala de aula.
Este trabalho também se dedicará a averiguar se os estudantes são
capazes de obtê-la novamente, reproduzindo-a oralmente e
escrevendo a palavra pronunciada, após algum tempo, mais
especificamente, ao final do semestre de seus cursos.
METODOLOGIA
DADOS DOS PARTICIPANTES
QUANTIDADE DE ALUNOS ENTRE 10 E 30 ALUNOS
QUANTIDADE DE GRUPOS 2
NÍVEL DE L2 INICIANTES (A1)
IDADE ENTRE 18-50 ANOS
GRUPO 1 COM INSTRUÇÃO EXPLÍCITA DE PRONÚNCIA
SEM INSTRUÇÃO EXPLÍCITA DE PRONÚNCIA
GRUPO 2
DURAÇÃO UM SEMESTRE LETIVO (ENTRE 4 E 5 MESES)
O grupo sem instrução explícita de pronúncia receberá uma lista de
palavras, contidas no vocabulário a que foram expostos nas
primeiras quatro semanas de aula, para que transcrevam a sua
pronúncia com os recursos que dispõem. O grupo que recebe
instrução explícita de pronúncia, com a utilização do Alfabeto
Mila Marinho
Orientadora: Prof. Drª Diana Costa Fortier Silva
Fonético Internacional (IPA, em inglês), recebe a mesma lista com a
transcrição fonética das palavras, sendo orientados a fazer a
correspondência entre a palavra escrita, sua pronúncia e sua
transcrição fonética.
Ao final do semestre letivo, a pesquisadora retornará a lista
anteriormente mencionada com as transcrições para os estudantes
que as produziram; o grupo que estudou os sons do inglês com o
auxílio do IPA receberá uma lista com as mesmas palavras e as
transcrições fonéticas das mesmas.
ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados pretende verificar como o primeiro grupo de
estudantes registra a pronúncia graficamente e se pode recuperá-la,
reproduzindo suas transcrições oralmente e comparar estes dados
com os resultados do segundo grupo, que será convidado a fazer o
mesmo utilizando as transcrições de IPA.
Este trabalho é uma extensão da pesquisa iniciada pela autora na
graduação, que já verificou que a tentativa assistemática de
registrar a pronúncia da língua inglesa utilizando as letras do
alfabeto, tendo como base o sistema fonológico da sua língua
materna, não se revelou útil para os participantes , alunos iniciantes
de língua inglesa.
A autora deseja estender essa pesquisa introduzindo a instrução
explícita de pronúncia, mais especificamente o uso do IPA, partindo
da hipótese de que, adquirindo uma estratégia mais sistemática
para o registro de pronúncia, os alunos consigam um melhor
desenvolvimento e performance neste aspecto.
CONCLUSÃO
Com essas informações, a autora espera constatar a eficiência da
estratégia sistematizada em contraposição à transcrição baseada na
ortografia e fonologia do português brasileiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CELCE-MURCIA, M.; BRINTON, D. M.; GOODWIN, J. M; with
GRINER,
B. D. Teaching pronunciation: a course book and reference guide.
2nd Edition. Cambridge: CambridgeUniversity Press, 2010.
PENNINGTON, M. C. Phonology in English Language Teaching.
London: Addison Wesley Longman Limited, 1996.