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CÂNCER COLORRETAL

&
PÓLIPOS ADENOMATOSOS

ODERY RAMOS JÚNIOR


OBJETIVOS
I. Epidemiologia do Câncer Colorretal (CRC)

II. Revisão Pólipos

III. Exames Complementares -(Diagnóstico/Rastreamento)

IV. Rastreamento e Vigilância - (Grupos de Risco)


EPIDEMIOLOGIA
 CRC é o terceiro tipo de câncer mais comum (EUA)
 Segundo maior causa de óbito (EUA)
 BRASIL : 4o mais comum e 5o causa de óbito

 Homens e Mulheres ??( BR 2006 – 14 mil mulheres 11 mil homens )

90% acima dos 50 anos de idade


Lesões Precurssoras do CCR PÓLIPOS
Carcinoma colorretal
Menor ou maior risco com a dieta
 Dietas ricas em fibras
 Vitaminas C e E
 Dieta rica em cálcio
 Vitamina D
 Selênio

Gordura: alterações do metabolismo da microflora


bacteriana colônica em relação aos sais biliares,
elevando a quantia de substratos carcinogênicos.
PÓLIPOS – Definição

Pólipo é um termo descritivo para toda estrutura tecidual que se projeta


acima da camada da mucosa do trato digestivo, de forma regular e
circunscrita, fazendo proeminência no seu lúmen.
PÓLIPOS - Características
 Varia de 1mm a mais de 10cm

 Lesão única ou múltipla

 Prevalência aumenta com a idade ( quinta década)

 Consumo de fibras e de antioxidantes na dieta

 Localização pref. no cólon distal (70%), sendo que 80% são adenomatosos.

 Macroscopia, plano, séssil, subpediculado ou pediculado


 Séssil - base larga
de implantação

 Subpediculado - base de
implantação intermediária

 Pediculado - base de
Implantação longa e estreita

 Plano - cresce lateralmente


PÓLIPOS - Histologia
Classificação histológica dos pólipos colorretais
 Não-neoplásicos: hiperplásico, inflamatório, submucoso, hamartoma

 Neoplásicos: adenoma (tubulares, tubulovilosos, vilosos)

Pólipos neoplásicos (adenomas) – são neoplasias benignas que se originam na


mucosa de todo o trato digestivo.
Devido ao potencial de malignização (10%), são considerados lesões pré-malignas.
Alta incidência, diagnosticados em um quarto das colonoscopias realizadas,
maioria é menos que 1 cm.

Tipos histológicos: Tubulares, Vilosos, Tubulovilosos


Tipos histológicos

 Tubulares: 46% dos casos, encontrados


em qualquer localização colorretal.

 Vilosos: 23% dos casos, são os de maior risco de malignização, localização


preferencial no reto, maiores em tamanho; aspectos aveludados, lobulados, sésseis.

 Tubulovilosos: 31% dos casos, características


intermediárias entre tubulares e vilosos
Sequência ADENOMA-CARCINOMA
Transformação Adenoma  Carcinoma, pode levar 5-10 anos

Clone celular  displasia e distorção na arquitetura da glândula  carcinoma in situ 


carcinoma invasor  Metástases

Risco de um adenoma se transformar num carcinoma


aumenta quando há presença de:

1. Pólipos com diâmetro maior que 1 cm

2. Existência de componente viloso

3. Presença de displasia de alto grau


Sequência ADENOMA-CARCINOMA
SÍNDROMES POLIPÓIDES
Acima de 100 pólipos

Afecções hereditárias que incluem:


o Polipose adenomatosa familiar (CRC se ñ tratado)
o Síndrome de Gardner,
o Síndrome de Turcot
o Síndrome de Peutz-Jeghers
o Síndrome de Lynch - HNPCC
EXAMES CRC - PÓLIPOS
2 categorias

I. Testes Fecais
(Sangue oculto, Imunoistoquimica fecal, DNA fecal)

II. Testes Estruturais ( Dx e Rastreamento )


A. Sigmoidoscopia Flexível
B. Colonoscopia
C. Colonografia Tomografica Computadorizada (CTC)
D. Enema Baritado Duplo Contraste
TESTES ESTRUTURAIS - Endoscópicos
COLONOSCOPIA

 Intervalo
Intervalo de RASTREAMENTO 
de RASTREAMENTO  10
10 anos
anos

 Permite
Permite procedimentos
procedimentos (( polipectomia
polipectomia ))
[Estrangulamento
[Estrangulamento (alça) Material 
(alça) || Material  Análise
Análise Histológica
Histológica ))
 Outros métodos
 Outros métodos se positivos 
se positivos  Colonoscopia
Colonoscopia

o
o Preparo
Preparo intestinal
intestinal (( Dieta
Dieta liquida
liquida +
+ Substancia
Substancia Laxativa)
Laxativa)
o Sedação
o Sedação
o
o Complicações
Complicações :: Sangramentos
Sangramentos ee Perfurações
Perfurações

SIGMOIDOSCOPIA FLEXIVEL
Intervalo de 5 anos o Preparo intestinal

Permite procedimentos o SEM Sedação
60 cm ( Reto – Sigmoide)
 o Complicações : Sangramentos e Perfurações
TESTES ESTRUTURAIS - Endoscópicos
Colonografia tomográfica computadorizada
Minimamente invasivo
Duração: 10 minutos
Sem sedação
Intervalo de rastreamento: 5 anos

Preparação intestinal
Operador dependente
Sensibilidade/especificidade: tamanho do pólipo
(6mm)
TESTES ESTRUTURAIS - Imagem
ENEMA BARITADO COLONOGRAFIA TOMOGRAFICA
COMPUTADORIZADA
-
- Sem
Sem sedação
sedação -
- Minimamente
Minimamente invasivo
invasivo
-
- INTERVALO
INTERVALO RASTREAMENTO
RASTREAMENTO ~5
~5 anos
anos -
- Duracao
Duracao 10
10 minutos
minutos
-
- Sem
Sem sedacao
sedacao ee tempo
tempo de
de recuperacao
recuperacao
•• Sensibilidade
Sensibilidade detectar
detectar cancer
cancer 85-97%
85-97% -
- INTERVALO
INTERVALO DE
DE RASTREAMNETO
RASTREAMNETO (~5anos)
(~5anos)
•• Sensibilidade pólipos >1cm 47%
o Preparacao intestinal
o
o Preparo
Preparo Intestinal
Intestinal o Operador dependente
o
o Não
Não permite
permite intervencoes
intervencoes ee descricao
descricao da
da o Sensibilidade /especificidade  Tamanho
lesao
lesao
do pólipo (6mm)
o
o Operador Dependente
o Indicacao à Colonoscopia
RASTREAMENTO CRC
Quem rastrear?
Quando rastrear ?

1. Acima de 50 anos

2. Hx de Pólipos

3. Hx de Familiar de Câncer colorretal ou Pólipo

4. Hx de Doenças Genéticas e Inflamatórias


1. Acima 50 anos**

Normal Alterado

COLONOSCOPIA
cd 10 anos CÂNCERD

PÓLIPO
- Polipectomia
(Adenoma CRC)
**COLONOSCOPIA
- Características

Tipo de Pólipo Número /Tamanho Histologia (Pediculado


/ Sessil) >3,>10 > 1cn (Hiperp./Adenoma)
Displasia – Viloso)
RASTREAMENTO CRC
Quem rastrear?
Quando rastrear ?

1. Acima de 50 anos

2. Hx de Pólipos

3. Hx de Familiar de Câncer colorretal ou Pólipo

4. Hx de Doenças Genéticas e Inflamatórias


2. Histórico de Pólipos
Pequenos
Pólipos retais 1 ou 2
Hiperplásicos adenomas
(displasia baixo grau)
( 10 anos *) 3 a 10 adenomas ;
Adenoma > 1 cm ;
5 anos**  Comp. Viloso ou
Após polipectomia Alto grau Displasia > 10 pólipos
(Fatores Risco)
(< 3 anos** - 6 a 12 meses )
- Pesquisar Genética -
3 anos**
Após polipectomia
( Normal ou 1 a 2 pólipos =
**COLONOSCOPIA acompanhamento a cd 5anos)
RASTREAMENTO CRC
Quem rastrear?
Quando rastrear ?

1. Acima de 50 anos

2. Hx de Pólipos

3. Hx de Familiar de Câncer colorretal ou Pólipo

4. Hx de Doenças Genéticas e Inflamatórias


3.Hx Familiar de CRC ou Pólipo

1 Parente Primeiro grau

2 ou + parentes de Primeiro grau


(qualquer idade)

Apartir de 40 anos
(ou 10 anos antes)

COLONOSCOPIA
cd. 5 anos
RASTREAMENTO CRC
Quem rastrear?
Quando rastrear ?

1. Acima de 50 anos

2. Hx de Pólipos

3. Hx de Familiar de Câncer colorretal ou Pólipo

4. Hx de Doenças Genéticas e Inflamatórias


4.Hx Doença Genética/ DII

DII PAF HNPCC


(Polipose Adenomatosa Familiar) (Câncer colorretal hereditário
não-polipóide)

Apartir de 10-12 anos


Sd. Lynch
Sigmoidoscopia Anual
Apartir de 20-25 anos
Colectomia
COLONOSCOPIA Anual
Risco CRC Testar Familiares
8 anos pós pancolite
12-15 anos colite esq

COLONOSCOPIA
( 1 a 2 anos)
+ Biopsias Seriadas
CONCLUSÕES
I. CRC é um dos mais frequentes tipos de câncer, e 90% casos ocorre após os
50 anos.

II. PÓLIPOS Projeções da mucosa GI componente importante na


sequencia adenoma-carcinoma.
A caracterização do pólipo quanto a natureza histológica, tamanho e número
determina os riscos de evolução para CRC.

III. Testes estruturais (Colono, CTC, Enema, Sigmoidoscopia) têm beneficios tanto
para Dx quanto rastreamento do CRC. Nem um exame é
perfeito, todos tem seus beneficios e limitações.

IV. Rastreamento deve ser feito em todos >50anos. Atenção aos


grupos de risco: Hx de pólipos, HMF, DII, PAF, HNPCC .

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