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CONSIDERAÇÕES

GERAIS-
ANTIMICROBIANOS

Jamal M. Paulino
INTRODUÇÃO
• Antimicrobiano é uma substância de origem sintetica ou de
origem em organismos vivos, que mata (microbicida) ou inibe
o desenvolvimento (microbiostáticos) de micro-organismos,
como bactérias, fungos, vírus ou protozoários.
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• Antibióticos são substâncias químicas originadas de


organismos vivos ou seus análogos sintéticos (denominados
geralmente de antimicrobianos), capazes de inibir,
geralmente em concentrações terapêuticas, processos vitais
de outros organismos.
Antibioticos e anos de introdução no mercado
Cont.
Cont.
Os antibióticos podem ser empregados para fins profiláticos
ou terapêuticos. Em ambas os casos, há sempre que se
considerar que o hospedeiro, o agente invasor
(microorganismo) e o antibiótico.

Considerando sempre a triade acima mencionada, diversos


factores devem ser considerados para o uso racional de um
antibiótico, dentre eles:
1. Factores ligados ao microorganismo
• A identificação bacteriológica (TSA e gram) ou clínica é
requisito primordial para escolha da classe de fármaco mais
sensivel; no entanto, nem sempre isso é possível.
• Identificação bacteriológica: obter o resultado do exame
bacteriológico e do antibiograma (TSA) e fundamentar para
conhecer microorganism sensivel. Frente a casos graves, há
necessidade de se iniciar o tratamento (de forma empirica).
• Avaliação clínica: ter conhecimento do local da Infecção e
sintomas resultantes pode facilitar a identificação de provaveis
agentes causadores e assim permitir o uso racional.
2. Factores ligados ao hospedeiro
O conhecimento adequado do paciente tem que se ter em conta para a
selecção do antibiótico mais adequado.
Entre os factores relevantes:
a. Idade do paciente: Certas condições – acidez gástrica, funções renal e
hepática alteram com a idade, inflenciando na farmacocinetica.
b. Anormalidades genéticas e distúrbios metabólicos: Indivíduos com
deficiência congênita em certas enzimas (enzimas metabolicas polimorficas)
ou receptores, podem ter respostas diferentes.
c. Gravidez: Há que se levar em conta a relação risco/benefício. Antibióticos
como tetraciclina, estreptomicina, canamicina e gentamicina, entre outros, não
devem ser utilizados em período algum da gravidez.
d. Local da infecção: O conhecimento do local de infecção é essencial para
que o antibiótico seja efectivo, é necessário que se atinja pelo menos a
concentração mínima eficaz no local afetado.
3. Factores ligados ao antibiótico
Devem ser levados em conta ao selecionar o antibiótico
mais adequado os seguintes factores:
a. Actividade do antibiótico: É necessário conhecer o
espectro de actividade e a sensibilidade.
b. Farmacocinética: A absorção e outras etapas da
farmacocinéticas e os níveis sanguíneos variam entre
farmacos, o que pode fazer com que as concentrações
minimas em certos locais nao sejam atingidas.
4. Duração do tratamento
A administração de qualquer dos agentes deve durar mesmo
após o desaparecimento dos sintomas, e sua interrupção
inadequada do tratamento pode agravar o quadro infeccioso
(uma vez que a concentração do antibiotico caira para niveis a
baixo da concentração minima inibitoria antes que o agente seja
iliminado), além de propiciar o aparecimento de cepas de micro-
organismos resistentes.
USO DE ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
Em geral, sempre que possível, recomenda-se o emprego de um único
antibiótico. No entanto, há casos em que se indica a administração de
associações de farmácos como nos seguintes condições:
a) prevenção de emergência com microrganismos resistentes;
b) infecções mistas p. ex., em infecções intraperitoneais ou pélvicas em
razão de flora mista e abscessos cerebrais;
c) terapia inicial quando não se tem certeza acerca da natureza da
infecção (tratamento empirico), pode-se recorrer racionalmente à
associação de amplo espectro, até que não se estabeleça
inequivocamente o agente etiológico;
Cont.
d) diminuição da toxicidade através do ajuste das doses dos vários
componentes da associação pode-se reduzir a toxicidade;
e) sinergismo – tem importância no tratamento de infecções
resistentes e no tratamento de indivíduos acometidos com infecções
sensíveis, mas que têm imunodeficiências. A actividade da
combinação deve ser significativamente maior do que a soma das
actividades dos integrantes da associação. Ex:
• Um dos exemplos da primeira indicação é a associação de beta-
lactâmicos e aminoglicosídeos, em casos de endocardite.
• Associações de beta-lactâmicos com aminoglicosideos, sobretudo
em presença de infecções provocadas por gram-negativos.
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BIBLIOGRAFIA
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• Brunton LL, Lazo JS, Parker KL.Goodman & Gilman: Las bases farmacológicas
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