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Introdução
Com o crescimento do cristianismo, houve aumento nas
críticas e perseguições, tanto física como intelectual contra
os cristãos por meio das autoridades e da sociedade pagã.
Visando os ataques intelectuais que a igreja estava
sofrendo, houve o surgimento dos chamados Padres
Apologistas que foram escritores cristãos dotados de
sólido preparo intelectual e filosófico. Que se converteram
do paganismo ao cristianismo, e no final do século I e
durante o século II d.C. escreveram, em diálogo com a
Filosofia, defesas da sua fé a fim de obter o
reconhecimento legal para a mesma diante do Império.
Introdução
Conceito:
Apologista (de apologia: discurso de defesa) é quem faz
apologia, que defende ou enaltece algo ou alguém. Que
faz referência ao apologismo, ao texto ou discurso que
defende e/ou justifica algo ou alguém.
Introdução
Principais características:
Possuíam um alvo duplo em seus escritos.
-Refutar falsas acusações de ateísmo, canibalismo, incesto, preguiça e
práticas antissociais atribuídas a eles por vizinhos e escritores
pagãos.
-Desenvolver uma nova perspectiva do cristianismo, para
demonstrar que ao contrário do cristianismo, o culto de estado,
judaísmo e as religiões pagãs eram malévolos.
Suas apologias procuravam criar uma nova interpretação inteligente
do cristianismo, e assim revogar os dispositivos legais contra si.
Escreviam como filósofos e não como teólogos.
Usaram o Novo Testamento mais do que os Pais Apostólicos.
Quais eram os Apologistas
Aristides, Justino Mártir, Mélito de Sardes,
Atenágoras de Atenas, Taciano e Teofilo de
Antioquia.
Alguns estudiosos incluem nessa categoria outros
autores menos conhecidos (Quadrato, Hérmias,
Hegésipo, Minúcio Félix),...
Justino Mártir
Foi o principal apologista do segundo século.
Filho de pais pagãos, nasceu perto da cidade bíblica de
Siquém.
Tornou-se filósofo platônico e mais tarde abraçou o
cristianismo após conversar com um misterioso ancião.
Continuou a usar a túnica de pensador, pois agora se
considerava um filósofo de Cristo.
Filósofo inquieto, encontrou a paz na fé cristã, depois disso,
ele abriu uma escola cristã em Roma.
Justino foi o primeiro pensador que tentou harmonizar fé e
razão.
Justino então leu o Antigo e o Novo Testamento. Ele nos diz: “Refletindo eu
mesmo sobre todas aquelas palavras, descobri que essa filosofia era a única
proveitosa”. Percebemos que Justino considerava o cristianismo como uma
filosofia, mesmo sendo uma doutrina baseada na fé em uma revelação.
Essa revelação é anterior ao Cristo – é a tese que Justino defende em sua
Primeira Apologia, baseado no conceito de “Verbo divino” do evangelho de
João, e em sua Segunda Apologia, baseado no termo “razão seminal” do
estoicismo: as pessoas que nasceram antes do Cristo participavam do Verbo
antes dele se fazer carne; todos os humanos receberam dele uma parcela e, por
isso, independente da fé que professavam, se viveram em conformidade com o
ensinamento do Cristo, poderiam ser referidos como cristãos, mesmo que
Cristo ainda não tivesse nascido. Em vez de ser o marco de “início” da
revelação divina, Cristo seria seu ápice.
Desse modo, Justino resolveu dois problemas teóricos: 1) Se Deus revelou sua
verdade apenas por Cristo, como seriam julgados aqueles que viveram antes
dele? 2) Como conciliar a filosofia antes de Cristo, e, portanto, ignorante da
verdade revelada, e o cristianismo?
Como, segundo defende Justino, os homens podiam agir de forma “cristã”
antes do nascimento de Cristo, agiam em conformidade com o Verbo. Se agiam
em conformidade com o Verbo, aquilo que disseram e pensaram podia ser
apropriado pelo pensamento dos cristãos. É a esse respeito que Justino diz em
sua Segunda Apologia (cap. XIII): “Tudo o que foi dito de verdadeiro é nosso”.
Justino Mártir
Primeira Apologia:
-Exorta os imperadores a examinarem as acusações contra os
cristãos e a libertá-los, se fossem inocentes.
-Prova que os cristãos não eram ateus nem idólatras.
-Faz uma apresentação moral, das doutrinas e do Fundador do
cristianismo.
-Além de uma exposição do culto dos cristãos.
Segunda Apologia:
-É uma espécie de apêndice da primeira.
-Ilustra a crueldade e as injustiças sofridas pelos cristãos.