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O mobilismo geológico

e a Teoria da Tectónica
de Placas
Da Teoria da Deriva continental à
Teoria da Tectónica de placas
A Teoria da Tectónica de Placas foi antecedida pela Teoria da Deriva Continental e
pela Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos.
Teoria da Deriva continental
•Segundo a Teoria da Deriva Continental, os continentes já estiveram unidos num
supercontinente - a Pangeia - até há cerca de 200 Ma, altura a partir da qual este se começou a
fragmentar, muito lentamente, em continentes mais pequenos, os quais se deslocaram para as
posições atuais.
•A deriva continental é apoiada por dados morfológicos (os limites dos continentes encaixavam
como um puzzle), paleoclimáticos (identidade climática), paleontológicos (identidade de
fósseis) e geológicos (identidade litológica).
Teoria da Deriva continental
Teoria da Expansão dos Fundos
oceânicos
•Segundo a Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos, a crosta oceânica encontra-se em
expansão, em resultado da sua formação nos riftes – fraturas ao longo das quais ocorre ascensão
de magma proveniente de zonas profundas da Terra.
•A Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos é apoiada por dados relacionados com a
morfologia dos fundos oceânicos e com a idade das rochas da crosta oceânica.
•A idade das rochas da crosta oceânica aumenta com a distância destas ao rifte. O relevo dos
fundos oceânicos inclui as seguintes formas: plataforma continental, talude continental,
planície abissal, dorsais oceânicas, rifte oceânico e fossa abissal.
Teoria da Expansão dos Fundos
oceânicos
•Plataforma continental: zona pouco inclinada, que não excede aproximadamente os 200 metros de
profundidade – tem uma extensão variável e é formada por crosta continental.
•Talude continental: zona de transição entre os continentes e o fundo oceânico, com um declive muito
acentuado, que se estende até cerca de 2000 metros de profundidade e é formada por crosta continental.
•Planície abissal: região muito extensa do fundo oceânico, essencialmente planas, situadas entre 3000 e
5000 metros de profundidade, formadas por sedimentos marinhos sobre a crosta oceânica, sendo
interrompidas pelas dorsais oceânicas.
•Dorsais oceânicas: grandes cadeias de montanhas submersas nos oceanos que resultam do lento
afastamento das placas tectónicas.
•Rifte oceânico: fratura longitudinal na região central de cada elevação submarina.
•Fossa abissal: depressões profundas junto à margem de alguns continentes ou arquipélagos.
Teoria da Expansão dos Fundos
oceânicos
Teoria da Tectónica de Placas
•A litosfera, camada rochosa mais superficial da Terra, rígida e com uma espessura média de 100
km, está dividida em placas litosféricas ou placas tectónicas. Inclui a crosta terrestre
(continental e/ou oceânica) e a parte superficial do manto.
•Por baixo da litosfera, encontra-se a astenosfera, camada com uma espessura aproximada de 300
km e constituída por material dúctil (difícil fragmentação).
Teoria da Tectónica de Placas
Limites divergentes: forças
distensivas; zona de rifte; as
placas afastam-se
Limites convergentes: forças
compressivas; zona de fossas; as
placas colidem
Limites transformantes ou
conservativos: forças de
cisalhamento (deslizamento);
falha de santo andré; as placas
deslizam
Correntes de convecção
•As correntes de convecção são fluxos de material que ocorrem no manto/astenosfera. Formam-se
pela ascensão de material quente e, portanto, menos denso, proveniente de zonas profundas da
Terra, em direção à superfície. Em contrapartida, material menos quente e, por isso, mais denso,
afunda-se para o interior do planeta.
•A ascensão de magma nos riftes leva à formação de nova crosta oceânica e, consequentemente,
à expansão dos fundos oceânicos.
•As fossas abissais são as formas de relevo submarino que caracterizam as zonas de
subducção existentes em profundidade.
•Nas zonas de subducção ocorre a destruição de crosta oceânica, uma vez que quando duas
placas litosféricas colidem, uma delas afunda sob a outra.
Correntes de convecção
•A densidade é a propriedade que condiciona o afundamento de uma placa litosférica. Quanto
mais densa for uma placa litosférica, maior é a probabilidade de afundar – ser subductada – sob
outra placa litosférica menos
densa.
•As placas litosféricas constituídas por crosta continental são menos densas do que as que são
constituídas por crosta oceânica.
•A construção de litosfera oceânica nos riftes é compensada pela sua destruição em zonas de
subducção.
•Existem evidências que, nas zonas de subducção, o afundamento das placas litosféricas promove
a sua deslocação.
Correntes de convecção
Tipos de limites entre placas
litosféricas
•Existem três tipos de limites entre placas litosféricas: divergentes, convergentes e transformantes
ou conservativos.
•Nos limites divergentes, o magma ascende nos riftes, as placas litosféricas afastam-se e há
construção de crosta oceânica.
Tipos de limites entre placas
litosféricas
•Nos limites convergentes, as placas litosféricas colidem, e pode ocorrer afundamento
e destruição da placa mais densa na zona de subducção.
Tipos de limites entre placas
litosféricas
•Nos limites transformantes, as placas litosféricas deslizam horizontalmente umas em relação às
outras, e não há criação nem destruição de litosfera.
Tipos de limites entre placas
litosféricas
•Placa continental + placa continental
- limite convergente: formação de montanhas
- limite divergente: formação de um novo oceano
- limite transformante: formação de uma falha
•Placa continental + placa oceânica
- limite convergente: subducção e formação de vulcões
- limite divergente: não existe
- limite transformante: muito raro
•Placa oceânica + placa oceânica
- limite convergente: subducção e formação de vulcões
- limite divergente: formação de uma zona de rifte
- limite transformante: formação de uma falha
Tipos de limites entre placas
litosféricas
•Os riftes marcam limites divergentes, as fossas oceânicas assinalam limites convergentes e
as falhas transformantes caracterizam os limites conservativos.
•Nos limites divergentes e nos limites convergentes ocorrem fenómenos vulcânicos e sísmicos;
nos limites conservativos verifica-se, sobretudo, ocorrência de sismos.

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