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Revestimentos Prediais

Professor : Sérgio Dias


Revestimentos com Argamassa

• Funções:
- Proteger os elementos de vedação da ação direta dos
agentes agressivos.
- Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções
como por exemplo, o isolamento termo acústico e a
estanqueidade a água e aos gases.
- Regularizar a superfície dos elementos de vedação,
servindo de base regular e adequada ao recebimento de
outros revestimentos ou constituir-se no revestimento
final.
- Contribuir para a função estética da fachada.
Propriedades da argamassa
Base dos Revestimentos

- Normalmente composta por alvenaria de


blocos cerâmicos ou de concreto e
também pelos elementos de estrutura de
concreto ( vigas, pilares, etc.).

Características da base:
- Capacidade de sucção da água
- Textura superficial (rugosidade).
Características da base
Tipos de Revestimentos de Argamassa

• Chapisco :
Para homogeneizar a capacidade de sucção de
água e a rugosidade superficial da base, utiliza-
se o chapisco, que é classificado, não como uma
camada de revestimento, e sim como uma
preparação da base que tem o objetivo de
uniformizar tais características.
Utiliza-se argamassa de cimento e areia e traço
mais usual é de 1:3.
- Emboço:
Camada grossa para regularização da base,
composta por aglomerante ( cimento, cal) e
areia grossa, com acabamento rústico.
- Reboco:
Aplicado sobre o emboço, composto por cimento
e/ou cal e areia fina, com acabamento liso e
espessura de 3 a 5 mm.
- Massa única:
Uma camada de argamassa, composta por
aglomerante e areia mista( areia fina e grossa),
com acabamento superficial de acordo com o
tipo de acabamento final.
Detalhes construtivos
• Juntas de trabalho:
Espaço regular cuja função é subdividir o
revestimento para aliviar tensões provocadas
pela movimentação da base ou do próprio
revestimento. Podem ser horizontais ou
verticais.
- Horizontais: a cada pavimento
- Verticais: a cada 6m, para painéis superiores a
24m².
Peitoris:
É um detalhe que protege a fachada da
ação da chuva e que precisa ser
devidamente projetado. Deve avançar na
lateral para dentro da alvenaria, ressaltar do
plano fachada pelo menos 25mm, e
apresentar um canal na fase inferior para o
descolamento de água, que é usualmente
denominado pingadeira. O caimento do
peitoril deve ser de 7% no mínimo.
Pingadeiras:

• São saliências ou projeções da fachada


que podem ser feitas com argamassa,
com pedra ou com componentes
cerâmicos e que servem para o
descolamento do fluxo de água sobre a
fachada.
Pingadeiras de argamassa:
• Devem ser executadas após a conclusão do
revestimento e estarem associadas a uma junta
de trabalho na sua fase inferior. Devem avançar
4cm do plano da fachada.
Pingadeiras de cerâmicas.
Devem ser fixadas ao revestimento já concluído,
com uma argamassa colante aplicada sobre o
revestimento e sobre o tardoz dos componentes
cerâmicos. Devem avançar no mínimo 2cm do
plano da fachada.
• Quinas e Cantos:
São detalhes que devem ser considerados no
estudo, porque podem representar um ponto
frágil ou de fácil penetração da água, quando
não definidos e executados corretamente.
- Quinas:
Numa das fases da fachada, o revestimento
deve ficar inacabado cerca de 50mm até a
aresta. Posteriormente antes execução do
revestimento da outra face da fachada, essa
faixa não revestida e completada e, em seguida,
é revestida a outra face. O acabamento
superficial deve ser realizado simultaneamente
nos dois lados da quina.
Reforço do revestimento com tela
metálica
• Deve ser feito perto de regiões de
elevadas tensões da interface
alvenaria/estrutura. Essas regiões ocorrem
no pavimento sobre pilotis, como também
deve ser utilizado no caso dos
revestimentos com espessuras superiores
ao limite máximo recomendado por
norma.
Execução dos revestimentos

• Preparação da base:
- Limpeza da base:
Através da escovação, lavagem e jateamento da
areia dependendo da extensão e dificuldade de
remoção das sujeiras.
- Chapisco:
Deve ser sempre aplicado nas fachadas, nas
superfícies de concreto e nas lajes.
Definição de referencias do plano
de revestimento.
• Considerando que os planos das paredes e tetos
sejam ortogonais entre si, é necessário que o
plano do revestimento dessa superfície esteja
em prumo ou em nível e obedeça às espessuras
admissíveis.
- Paredes Internas:
As grades servem como referência.
- Fachadas:
Locação dos arames de fachada e mapeamento
da fachada.
• Taliscamento:
Consulte na fixação de cacos cerâmicos,
com a mesma argamassa utilizada para o
revestimento, em pontos específicos e
respeitando a espessura definida.
- Mestras:
São faixas estreitas e continuas de
argamassa feitas entre duas taliscas, que
servem de guia para execução do
revestimento.
Aplicação da argamassa

• Deve ser feita por proteção enérgica do material


sobre a base, de forma manual ou mecânica
( argamassa projetada).
A aplicação da argamassa deve ser feita de
maneira seqüencial, em cada trecho denominado
pelas mestra. Depois de aplicada a argamassa,
deve ser feita uma compressão com a colher de
pedreiro, eliminando os espaços vazios e
alisando a superfície.
Acabamento superficial

• Sarrafeamento :
Consiste no aplainamento da superfície
revestida, utilizando-se uma régua de
alumínio apoiada nos referenciais de
espessura, descrevendo um movimento de
vaivém de baixo para cima. Deve ser
realizado no momento que a argamassa
atinge o ponto de sarrafeamento.
Desempenamento

• Consiste em movimentação circular de


uma ferramenta denominada
desempenadeira, sobre a superfície do
emboço ou massa única, imprimindo-se
certa pressão. Essa operação pode exigir a
aspersão de água sobre a superfície.
Camurçamento:

• Consiste na fricção da superfície do


revestimento com um pedaço de esponja
ou desempenadeira com espuma, através
de movimentos circulares.

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