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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO

CAMPUS – SÃO LUÍS MONTE CASTELO


CURSO: TÉCNICO EM MECÂNICA

DISCIPLINA: PRODUÇÃO MECÂNICA

Prof.: Leonardo Nunes


leonardonunes1802@gmail.com

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CONTEÚDO DESTA AULA

Torno:
– Principais movimentos;
– Operações fundamentais;
– Partes de um torno;
– Tipos de tornos;
– Acessórios;
– Ferramentas;
– Parâmetros de corte.

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RELEMBRANDO OS CONTEÚDOS
Quais
operações
fundamentais já
estudamos?

• Facear;
• Desbastar;
• Sangrar;
• Torneamento cônico;
• Perfilamento;
• Rosquear;
• Furar; e
• Recartilhar.
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TORNO

• Diversas operações;
• Acessórios; e
• Características das
ferramentas.

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ACESSÓRIOS
• Placa;
• Chave;
• Arrastador;
• Ponta;
• Lunetas; e
• Porta ferramentas.

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PLACA
A placa é o acessório responsável por prender a peça e elas podem ser:

3 CASTANHAS ARRASTADORA ARRASTADORA 4 CASTANHAS LISA


COM PINO COM RASGO

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CHAVES

As chaves são utilizadas para prender a peça na placa do torno. Elas são
utilizadas nas placas de 3 castanhas, 3 castanhas invertidas e 4 castanhas.

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ARRASTADOR
O arrastador é utilizado junto com a placa arrastadora e em
torneamento entre pontas. O arrastador de haste reta é empregado na
placa com pino. O arrastador e haste curva é empregado na placa com
ranhura.

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PONTA
As pontas são divididas em duas. A ponta fixa e a ponta rotativa. A
ponta fixa geralmente é fixada na placa arrastadora e a ponta rotativa é
fixada no cabeçote móvel. A ponta rotativa reduz o atrito entre a peça e a
ponta, pois gira suavemente e suporta esforços radias e axiais.

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LUNETAS
Peças com comprimento demasiado ao serem usinadas podem sofrer
flexão e para evitar utilizamos as lunetas. As lunetas podem ser fixas ou
móveis. A luneta fixa é usada para torneamentos externos, rebaixos e,
apropriadamente no torneamento das faces e superfícies internas. A luneta
móvel, por sua vez, é usada em torneamentos externos em peças finas e
longas em que o risco de ocorrer uma flexão é grande.

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PORTA FERRAMENTA
Boa parte das ferramentas podem ser fixadas diretamente no castelo.
Para evitar danos ao cabo, que posteriormente será usinado para ser
ponta, utiliza-se na maioria das vezes um “porta – ferramenta”.

Ferramenta: aço rápido. Ferramenta: pastilha de metal duro. 11


TIPOS DE FERRAMENTAS DO TORNO –
PERFIS E APLICAÇÕES
• Ferramentas de facear;
• Ferramentas de desbastar;
• Ferramentas de sangrar;
• Ferramentas para rosquear;
• Ferramentas de perfil;
• Ferramentas de furar; e
• Ferramentas de recartilhar.

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTAS DE FACEAR

Ferramenta de facear a esquerda Ferramenta de facear a direita

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE DESBASTAR

Ferramenta de desbaste a Ferramenta de desbaste a


esquerda. direita.

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE CORTAR OU SANGRAR (BEDAME)

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE ROSQUEAR

Ferramenta de rosquear externo. Ferramenta de rosquear interno.

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE ROSQUEAR

Rosca trapezoidal Rosca quadrada

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE PERFILAR

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE FURAR

Broca de centrar simples Borca de centrar com


chanfro de proteção

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE FURAR

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FERRAMENTAS DO TORNO – PERFIS E
APLICAÇÕES
FERRAMENTA DE RECARTILHA (operação sem remoção de cavaco)

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GEOMETRIA DA FERRAMENTA
A geometria da ferramenta de corte exerce grande influência no
desempenho da usinagem. Por melhor que seja o material da ferramenta, se a
sua geometria não for preparada adequadamente, não haverá êxito na
operação.
As ferramentas possuem ângulos e superfícies em sua geometria de
corte, que são de grande importância e constituem elementos fundamentais do
seu rendimento e durabilidade.
A geometria da ferramenta influência na:
• Formação do cavaco;
• Saída do cavaco;
• Forças de corte;
• Desgaste da ferramenta; e
• Qualidade final do trabalho. 22
SUPERFÍCIES DA FERRAMENTA DE CORTE
• Aresta principal de corte: é a intersecção entre
as superfícies de saída e principal de folga e faz
com que o sobre metal seja removido;
• Superfície de folga principal: ver a superfície da
peça a ser usinada;
• Aresta segundaria de corte: é a intersecção
entre a superfície de saída e a superfície lateral
de folga e;
• Superfície lateral de folga: ver a superfície já
usinada;
• Superfície de saída: é a superfície por onde o
cavaco desliza;
• Ponta da ferramenta: ponte de encontro das
superfícies.
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ÂNGULOS DA FERRAMENTA DE CORTE

••  (alfa): ângulo de folga;


• (beta): ângulo de cunha;
• (gama): ângulo de saída;
•χ (xi): ângulo de posição principal;
• (epsilon): ângulo de ponta da
ferramenta; e
• χs (xi): ângulo de posição
secundário.

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(alfa): ângulo
  de folga
•  É o ângulo formado entre a
superfície de folga e o plano de
corte medido no plano da cunha
cortante. O ângulo de folga
influência no atrito entre a peça e
superfície principal de folga. Para
tornear materiais duros, o ângulo
deve ser pequeno, para materiais
moles deve ser maior. Geralmente
as ferramentas de aço rápido está
entre 6° e 12° e em ferramentas de
metal duro está entre 2° e 8°.
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(beta): ângulo
  de cunha
• É
  o ângulo formado pelas
superfícies de folga e de saída. É
medido no plano de medida da
cunha cortante. O ângulo de
cunha influência na resistência
da ferramenta. Para tornear
matérias moles, varia de 40° a
50°, materiais tenazes, como o
aço, varia de 55° a 75°, materiais
duros e frágeis, como ferro
fundido, varia de 75° a 85°.

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(gama): ângulo
  de saída
•  O ângulo de saída é formado pela
superfície de saída da ferramenta e
pelo plano de referência medido no
plano de medida. Ele é definido em
função do material, uma vez que tem
influência sobre a formação do
cavaco e sobre a força de corte.
Para tornear materiais moles, vária
de 15° a 40°, materiais duros, varia
de 0° a18°. Geralmente, nas
ferramentas de aço rápido, está
entre 8° e 18° e nas ferramentas de
metal duro está entre -2° e 8°.
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(gama): ângulo
  de saída

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Ângulos característicos aconselháveis para
aços ao carbono e aços rápidos

•  
Tome:
• = S;
• = i; e
• = t.

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FERRAMENTA DE FAZER ROSCA

Como já vimos, existem diversos tipos de roscas que podem


ser trabalhadas no torno que podem ser: triangular, quadrado,
trapezoidal, redondo e dente de serra.

Verificador de roscas Escantilhão Utilização


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ATIVIDADE
1 – Um mecânico necessita refazer a rosca de um parafuso de 1 metro por 5 centímetro de
diâmetro. O parafuso é composto por rosca, haste e cabeça. Sabendo que o comprimento
da parte roscada é de 10 centímetros, determine quais acessórios podem ser utilizados
nessa operação? (Considere que o parafuso tem furos de centro nas extremidades)

2 – Complete as sentenças abaixo:


a) Ao diminuir o ângulo de ___________, estaremos diminuindo a resistência da ferramenta.
b) O ângulo _________depende um maior ou menor atrito da superfície da ferramenta com
a peça.
c) O ângulo de __________ tem influência sobre a formação do cavaco e sobre a força de
corte.
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DÚVIDAS

leonardonunes@gmail.com

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REFERÊNCIAS
FERRARESI, Dino. Fundamentos de Usinagem dos Metais. São Paulo: Blucher, 1970.
MACHADO, Álisson Rocha. ABRÃO, Alexandre Mendes. COELHO, Reginaldo Teixeira.
SILVA, Márcio Bacci da. Teoria da Usinagem dos Materiais. 2 Edição – São Paulo: Blucher,
2011.
ROSSETTI, Tonino. Manual Prático do Torneiro Mecânico e do Fresador. Ed. Humus.
2004.
SENAI. Processos Mecânicos de Usinagem v.1 – São Paulo. 1998.
Telecurso 2000 Profissionalizante Mecânica – Processos de fabricação. Ed. Globo.

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