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Iluminismo

Aula 18

Disciplina: Filosofia III


Professora: Flávia Cândida
Ifes – Campus Aracruz
2021
Contexto

Expansão do sistema capitalista em diversos países europeus.

Ascensão social da burguesia e desenvolvimento da
consciência da burguesia enquanto grupo social.

Manutenção do Antigo Regime (conjunto que caracteriza a
organização sociopolítica e econômica europeia nos séculos
XV, XVI e XVII: monarquia absolutista, sociedade estratificada,
catolicismo e mercantilismo colonial).

Racionalismo e desenvolvimento científico.

Inicio da Revolução Industrial.
Conceito

Movimento intelectual do século XVIII,
caracterizado pela centralidade da ciência e da
racionalidade crítica no questionamento filosófico,
o que implica recusa a todas as formas de
dogmatismo, especialmente o das doutrinas
políticas e religiosas tradicionais. Ilustração,
Século das Luzes, Esclarecimento.
Iluminismo e ideologia burguesa

Liberdade pessoal e social: o comércio só pode se desenvolver em uma sociedade onde as
pessoas sejam livres para realizar seus negócios. Sem indivíduos livre recebendo salários não
pode haver mercado comercial, por isso a burguesia se posicionou contra a escravidão.

Igualdade jurídica: em qualquer ato comercial a desigualdade entre os lados não são relevantes,
por isso a defesa, pela burguesia, de que todos deveriam ser cidadãos com direitos básicos,
diferenciados apenas por suas situações socioeconômicas e não pelo nascimento.

Tolerância religiosa ou filosófica: do ponto de vista econômico é absurdo o processo de
compra e venda somente entre pessoas de uma mesma religião ou filosofia. Nesse entendimento
a burguesia assumiu a defesa da tolerância em relação à diversidade de crenças.

Propriedade privada: o comércio também só é possível entre pessoas que sejam proprietários
de bens ou capitais, uma vez que a propriedade privada confere ao proprietário o direito de usar e
dispor livremente do que é seu. Por isso a defesa do direito à propriedade privada.
Principais características

Defesa dos valores burgueses.

Propagandismo: os iluministas buscam expor suas ideias ao grande público e não
apenas a um grupo seleto de filósofos. Para isso costumavam discursar e discutir em
ruas e salões.

Racionalidade concreta: os iluministas se esforçavam para generalizar e aplicar as
doutrinas críticas e analíticas aos diferentes campus da atividade humana, associando a
racionalidade à questões práticas e concretas.

Enciclopedismo: os iluministas pretendiam reunir todo o conhecimento racional em
uma única obra, a Enciclopédia. Ao mesmo tempo que o enciclopedismo serviu para
divulgar os princípios iluministas, também serviu como legitimador dos saberes
produzidos a partir do século XVIII.
Filósofos iluministas e suas ideias

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): perfectibilidade humana;
desigualdade a partir da propriedade privada; Contrato Social.

Montesquieu (1689-1755): separação entre os três poderes (executivo,
legislativo e judiciário) para evitar a tirania.

Voltaire (1694-1778): crítica à Igreja Católica e à intolerância religiosa;
defesa da necessidade social da crença em Deus e da liberdade de
pensamento. Politicamente defendia a monarquia constitucional.

Adam Smith (1723-1790): defesa do livre mercado e do trabalho
assalariado, crítica ao intervencionismo estatal e aos monopólios.

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