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GEOGRAFIA – 1º ANO

(Ensino Médio
Técnico Integrado)

“Estrutura interna da Terra e


a formação da Litosfera”

Prof. Fernando Roberto Jayme Alves


E-mail: fernando.alves@ifpa.edu.br

Cametá/PA, 2021
Tempo geológico & Tempo histórico

O planeta Terra possui cerca de 4,5 bilhões de anos. Isso


significa que ele é muito antigo, principalmente em relação
ao tempo de formação das primeiras civilizações humanas,
iniciando-se há cerca de 7 mil anos.
Tempo geológico: escala do tempo profundo referente ao
processo de surgimento, formação e transformação do
planeta Terra. É medido em milhões ou bilhões de anos e
dividido em Eras Geológicas.
Tempo histórico: escala de tempo referente à nossa
existência. Trata-se da formação das primeiras civilizações
É medido em dezenas, centenas ou milhares de anos.
Tempo geológico

O tempo geológico explica como as paisagens naturais e


alguns tipos de relevo levaram milhões de anos
para serem formados!
Eras Geológicas
Planeta Terra: um corpo dinâmico

A rigidez que a superfície terrestre apresenta é apenas


aparente. Sua estrutura sólida (litosfera) possui uma
dinâmica que se movimenta constantemente. Tal dinâmica
não é percebida facilmente em face da baixa velocidade de
movimentação – tempo geológico.
Todo o dinamismo da superfície da Terra é fruto do
confronto entre duas forças ou fontes de energia: a solar
que aquece a atmosfera e comanda os tipos climáticos do
planeta; e a energia do núcleo e manto do
interior da Terra.
Estrutura interna da Terra

Espessura em Km (raio)
das principais subdivisões
do planeta Terra
Crosta continental e oceânica

Crosta continental: mais espessa, possui rochas mais


antigas e de menor densidade (rochas sedimentares).
Crosta oceânica: menos espessa, possui rochas mais
recentes e de maior densidade (rochas primárias).
Deriva Continental

Apresentada pela primeira vez em 1912 pelo geofísico e


meteorologista alemão Alfred L. Wegener (1880-1930), a
teoria da Deriva Continental defende que os continentes
estão se deslocando “à deriva”. Wegener utilizava como
evidência o contorno dos continentes que se encaixavam
como um grande “quebra-cabeça”.
Segundo a teoria, há cerca de 200 milhões de anos não
existia separação entre os continentes, pois havia uma
única massa continental chamada Pangeia (Terra total)
que era circundada por um único oceano, denominado
Pantalassa (Mar total).
Deriva Continental
Abertura do Oceano Atlântico
Deriva Continental

Fonte: BBC Brasil, 02 abr. 2018.


Deriva Continental

A fissura começou na Região de Afar (norte da Etiópia) há


30 milhões de anos e já tem Km de comprimento e metros
de largura. Ela está ligada a uma falha tectônica chamada
Vale do Rift. A fratura está se propagando rumo ao sul, na
direção do Zimbábue, a uma média de 2,5 a 5 cm por ano.
Segundo os geólogos, esse é um sinal de que, daqui a
dezenas de milhões de anos, a África pode ser separada
em duas partes.

Fonte: BBC Brasil,


02 abr. 2018.
Placas Tectônicas

A comprovação das ideias de Alfred Wegener (Deriva


Continental) ocorreu somente na década de 1960 por meio
da descoberta da expansão dos fundos oceânicos.
Pesquisas sobre o magnetismo e a idade das rochas da
crosta oceânica revelaram que os continentes estavam em
constante movimento e que a litosfera era dividida em
grandes blocos.
A teoria da tectônica de placas é a mais nova explicação
da gênese e da dinâmica da litosfera que é dividida em
vários blocos que não são fixos, pois eles deslizam sobre o
manto e se deslocam na horizontal.
Placas Tectônicas

Esses grandes blocos ou placas possuem limites que são


marcados pela presença de forte atividade sísmica, como
vulcanismo e terremotos. Os limites tectônicos estão
associados às áreas de cordilheiras ou de dorsais
mesoceânicas (regiões montanhosas nas margens dos
continentes e nos fundos oceânicos, respectivamente).
Placas Tectônicas
Placas Tectônicas

Movimento Convergente: ocorre em virtude do choque de


placas, isto é, quando duas placas se encontram. Uma
desliza por baixo da outra, encontrando altas temperaturas e
se fundindo parcialmente. Esse novo magma, menos denso,
sobe e extravasa através de zonas frágeis da crosta,
formando vulcões (subducção).
Placas Tectônicas
Movimento Divergente: ocorre em virtude da separação de
placas, isto é, quando as placas se afastam uma da outra. O
magma sobe através das fendas e extravasa, formando um
novo fundo oceânico. Acontece principalmente ao longo das
cadeias mesoceânicas e podem alcançar mais de 1.000 km
de largura e 20.000 km de extensão.
Placas Tectônicas
Movimento transformante: ocorre quando duas placas se
movimentam lateralmente, em direções opostas, sem haver
dobramento ou separação entre elas. O atrito entre as
placas é grande e causa nas rochas deformações que se
manifestam por meio de grandes terremotos. Exemplo: a
Falha de Santo André, na Califórnia (EUA).
Tipos de Limites Tectônicos
Falhas Geológicas

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