1. Há discordâncias entre economistas sobre a abordagem da política monetária, se deve ser ativa ou passiva.
2. Alguns defendem que a economia é instável e a política monetária deve estimular ou acalmar a economia, enquanto outros acreditam que a economia é estável por natureza.
3. Há debates sobre se a política monetária deve buscar "sintonia fina" da economia ou reconhecer suas limitações.
1. Há discordâncias entre economistas sobre a abordagem da política monetária, se deve ser ativa ou passiva.
2. Alguns defendem que a economia é instável e a política monetária deve estimular ou acalmar a economia, enquanto outros acreditam que a economia é estável por natureza.
3. Há debates sobre se a política monetária deve buscar "sintonia fina" da economia ou reconhecer suas limitações.
1. Há discordâncias entre economistas sobre a abordagem da política monetária, se deve ser ativa ou passiva.
2. Alguns defendem que a economia é instável e a política monetária deve estimular ou acalmar a economia, enquanto outros acreditam que a economia é estável por natureza.
3. Há debates sobre se a política monetária deve buscar "sintonia fina" da economia ou reconhecer suas limitações.
• As discordâncias entre macroeconomistas se aguçam nas discussões
sobres políticas econômicas, inclusive a Política Monetária • Alguns economistas encaram a economia como sendo inerentemente instável. De acordo com isso, a política monetária deveria “remar contra a maré”, estimulando ou acalmando a economia dependente de conjuntura • Outros economistas consideram que a economia é estável por natureza e culpam as más políticas monetárias pelas grandes flutuações que ocorrem de tempos em tempos Política Monetária em Debate: as duas citações que exemplificam a diversidade de opiniões “A função do Banco Central é levar as bebidas embora assim que a festa começa a ficar animada” (W. Martin, antigo diretor do BC dos USA) “O que precisamos não é um hábil condutor monetário do veículo econômico tentando compensar as irregularidades imprevistas da estrada, mas uma forma de evitar que o passageiro monetário, que se senta no banco traseiro, se incline para a frente e se agarre ao volante, ameaçando lançar o carro para fora da estrada “ (Milton Friedman) A política monetária deve ser ativa ou passiva, tentar buscar uma “sintonia fina” ou reconhecer suas limitações? • Alguns economistas, como • Outros economistas, como as da defensores da abordagem escola monetarista (M. keynesiana, afirmam que a Friedman) argumentam que a politica monetária deveria ser política monetária deve ser conduzida de moto ativo, passiva e conduzida com muita estimulando a economia quando cautela e formuladores de esta se encontra em depressão e política deveriam reconhecer acalmando–a quando está suas limitações e satisfazer-se superaquecida quando não atrapalham A política monetária pode afetar as variáveis reais? Moeda é neutra no longo prazo? • Economistas keynesianos • Monetaristas acreditam que a acreditam que a política política monetária é monetária pode afetar as autodestrutiva no longo prazo variáveis reais e objetiva não (moeda é neutra em relação as somente controlar a inflação, variáveis reais) e objetiva mas afetar o produto e emprego somente o controle de nível de (ou seja, moeda não é neutra em preços, no curto e no longo relação as variáveis reais) prazo Debate em torno da condução da Política Monetária: ativa ou passiva? • Ativa: os formuladores de • Passiva: os formuladores de políticas deveriam tentar políticas não deveriam tentar estabilizar a economia estabilizar a economia O melhor uso da teoria A política monetária afeta a macroeconômica seria empregar economia com um considerável todos os instrumentos disponíveis atraso (defasagem). A previsão para impedir ou reduzir a econômica é muito imprecisa. Por gravidade das recessões; é a plena essa razões, os formuladores de responsabilidade do governo políticas que tentam estabilizar a federal promover o emprego e a economia podem fazer exatamente produção o oposto Debate em torno da condução da Política Monetária: conforme regras ou discricionária? Política Monetária conforme Política discricionária (casual) regras • Regras fixas isolam a economia dos choque • Essa política tem maior políticos; do oportunismo e da flexibilidade de respostas; inconsistência temporal da reação mais rápida de política econômica. Há maior formuladores de política e credibilidade e transparência ações mais eficientes de na política anunciada pelo acordo com as mudanças na Governo. conjuntura econômica Inconsistência temporal da Política econômica (justificativa a favor das regras) Declaração de uma política (medidas anunciadas pelo governo)
Formação das expectativas de agentes econômicos (ex. expectativas de inflação
baixa)
Alteração do comportamento de pessoas de acordo com expectativas formadas
Resultados favoráveis
Renegação a declaração logo que os resultados estão atingidos sem implementação
das medidas anunciadas Regras da PM em termos de crescimento da moeda
1. Regra da política passiva (escola
monetarista): a taxa de crescimento da moeda constante sempre no patamar próximo a taxa recente do crescimento do PIB real. Essa regra garantiria a inflação próximo zero e estabilidade econômica 2. Regra da política mais ativa: relacionada a escolha de uma taxa ótima de inflação. Essa regra garantiria a taxa de inflação próxima da taxa considerada como ótima → Regras da Política Monetária em termos da taxa nominal de juros i taxa nominal de juros corrente i* taxa nominal de juros correspondente a meta da inflação ∏ taxa de inflação efetiva ∏* meta da inflação U taxa de desemprego efetiva Un taxa natural de desemprego RESUMO ( Pontos de debate) • Política ativa X Política passiva • Buscar uma “sintonia fina” X Reconhecer limitações das políticas • Política conforme regras X Política discricionária (casual) • Politica monetária afeta as variáveis reais (emprego e produto) e nominais X Politica monetária afeta só as variáveis nominais (controle de inflação) Objetivos e variáveis da Política Monetária Objetivos principais da Política Monetária: •Controle da inflação (estabilização das variáveis nominais) no curto e no longo prazo • Controle de produto e emprego (estabilização das variáveis reais) no curto prazo Variáveis-chave da Política Monetária: • montante de Meios de Pagamento (Oferta de Moeda) • nível da taxa de juros nominal Instrumentos da Política Monetária • Exigibilidade de reservas (recolhimentos compulsórios) refere-se ao controle da parcela dos depósitos que devem ser guardados pelos bancos. Taxa de reservas compulsórias é uma parcela mínima obrigatória • Política de redesconto: prazos e a taxa de redesconto (a taxa de empréstimo do Banco Central aos bancos. Banco Central é emprestador em última instância. • Operações no mercado aberto (compra e venda de títulos públicos federias) Desacordo principal e consenso entre as escolas macroeconômicas em relação a Política monetária • Desacordo: Mesmo que os formuladores de política monetária possam influenciar as flutuações econômicas de curto prazo e afetar as variáveis reais, isso significa que eles deveriam fazê-lo? • Consenso: Os formuladores de política monetária podem influenciar as variáveis nominais e controlar a inflação no curto e no longo prazo e devem fazer isso
Qual o patamar de inflação é desejável?
Qual é a taxa ótima da inflação? A resposta é baseada na análise de custos e benefícios Custos de inflação Benefícios de inflação ”inflação “inflação joga areia nas engrenagens” lubrifica as engrenagens da economia”
• Custos “sola de sapato” (idas ao • A taxa da senhoriagem (renda
banco, custo elevado de reter moeda) gerada da emissão da Moeda como fonte de financiamento dos gastos do • Distorções tributárias governo) • Ilusão monetária (erros • Ilusão monetária revisitada sistemáticos na tomada das decisões dos agentes que geram custos) • A opção da taxa real de juros • Variabilidade da inflação (∏ mais negativa (maior eficiência da Política alta em geral é ∏ mais variável) Monetária) Exemplo de custos de inflação • Custo: distorções tributários ∏ inflação ao ano nos últimos 10 anos P0 valor de compra de imóvel P* valor de venda de imóvel daqui 10 anos Suponhamos que P* = P0 ( 1 + ∏) 10, ou seja, valor real de imóvel não mudou e não houve ganho real de capital No entanto, a alíquota efetiva do imposto sobre a venda (sob taxa de imposto 30%) seria igual a 0,3 x (P* - P0 ) / P0 ou positiva Inflação mais alta →maior a distorção tributária, maior o custo de inflação Exemplos de benefícios de inflação • Benefício: opção da taxa real de juros negativa Taxa nominal de juros i é igual a taxa real de juros r mais taxa de inflação ∏ Suponhamos que r=3% ∏=5% então i = 8% i=r+∏ Diante de um choque adverso, pode-se optar pela forte redução da taxa nominal de juros i, digamos de 8% a 2%. Sob a hipótese que ∏ esperada permanece igual a 5%, temos a taxa real de juros é igual taxa nominal menos taxa de inflação esperada r=i─∏ r = 2% ─ 5% = ─ 3% (negativa) Inflação mais alta → maior a possível redução da taxa nominal de juros, ou seja, mais oportunidade de usar a política monetária para combater uma recessão dando estímulos suficientes a demanda agregada Um dos benefícios da inflação alta relacionado a emissão da Moeda com maior frequência Exemplos de benefícios de inflação
• Benefício: ilusão monetária revisitada
Inflação mais alta gera a possibilidade de um corte de salário real mais aceitável pelos trabalhadores (o que diminui custos de produção): Suponhamos situação 1: inflação ∏ = 5% e o aumento do salário nominal é igual a 3% sit. 2: inflação ∏ = 0% e a redução do salário nominal é igual a 2% Em duas situações, a redução do salário real ≈ 2% No entanto, a situação 1 é, geralmente, mais aceitável devido a ilusão monetária e expectativas atrasadas dos trabalhadores O debate atual, nas últimas décadas, se refere às vantagens de manter a inflação entre 0 e 4% ao ano Em países desenvolvidos, a taxa ótima (ideal) de inflação gira em torno de 2% Em países menos desenvolvidos, ela tende a ser mais alta Regime de Metas de Inflação: escolha de uma taxa de inflação desejável como base para formulação da Política Monetária O primeiro país a adotar foi a Nova Zelândia, em 1990, estabelecendo bandas de variação para as metas de inflação de 0 a 2%, mais tarde estendidas para 0 a 3%