UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS (CMPF)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA (DETEC)

PROCESSAMENTO DIGITAL DE SINAIS

Aula 02
Sinais de Tempo Discreto

Prof.: Pedro Thiago Valério de Souza

UFERSA – Campus Pau dos Ferros
pedro.souza@ufersa.edu.br
 Objetivos
• Introduzir os conceitos básicos sobre sinais de tempo discreto (sequências);
• Apresentar as principais manipulações de sequências;
• Enumerar os principais sinais de tempo discreto utilizados no processamento digital de sinais –
impulso, degrau, exponencial e senoidal;
• Elucidar as principais classificações de sinais de tempo discreto.

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 Conceitos Básicos
• Definição:
• É uma sequência indexada de números reais ou complexos;
• São funções de uma variável independente n;
• Definido apenas para valores inteiros de n;
• Representação matemática:
• Representação gráfica:
4

-1

-2
-4 -2 0 2 4 6

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 Conceitos Básicos
• Representação funcional:

• Representação em sequência:
• Sinais de tempo discreto geralmente são obtidos através da amostragem de sinais de tempo
contínuo:

é o sinal de tempo contínuo original

é o intervalo de amostragem [s]

é a frequência de amostragem [Hz]

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 Conceitos Básicos
Exemplo: Amostragem de um sinal senoidal.

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 Manipulação de Sequências
• Manipulações envolvendo a amplitude: Realizadas ponto-a-ponto das sequências;
• Soma de sequências:
• Escalonamento:
• Combinação linear:
• Multiplicação de sequências:
• Soma com uma constante:
• Observação: As sequências devem possuir o mesmo tamanho. Caso não tenham, deve-se
realizar o preenchimento nulo.

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 Manipulação de Sequências
Exemplo: Combinação linear de duas sequências.

2 2 4

1.5 1.5
2
1 1

0.5 0.5 0

0 0
-2
-0.5 -0.5

-1 -1 -4
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4

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 Manipulação de Sequências
• Manipulações envolvendo a variável independente:
• Deslocamento: Movimenta a sequência para esquerda ou para a direita.
o deslocamento é para a direita.
o deslocamento é para a esquerda.

Exemplo: Deslocamento à direita de duas unidades.

3 3

2 2

1 1

0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

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 Manipulação de Sequências
• Manipulações envolvendo a variável independente:
• Reflexão: “Reflete” a sequência em relação ao eixo n = 0.

• Subamostragem: Consiste em “pegar” amostras intercaladas da sequência original.

Exemplo: Subamostragem de uma sequência pelo fator k = 2.

3 2

2
1
1

0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

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 Manipulação de Sequências
• Manipulações envolvendo a variável independente:
• Sobreamostragem: Consiste em inserir amostras nulas entre as amostras da sequência
original.

Exemplo: Sobreamostragem de uma sequência pelo fator M = 2.

3 3

2 2

1 1

0 0
0 5 10 15 0 5 10 15

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 Sequências Elementares
• Amostra Unitária (Impulso): 1

0.5

0
-4 -2 0 2 4

• Uma sequência pode ser escrita como uma soma de impulsos deslocados. Por exemplo:

• De forma geral:
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 Sequências Elementares
• Degrau unitário: 1

0.5

0
-4 -2 0 2 4

• Relação do degrau unitário com o impulso:

n<0 n≥0
2

0
-4 -2 0 2 4

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 Sequências Elementares
• Degrau unitário: 1

• Relação do degrau impulso com o degrau unitário: 0.5

0
-4 -2 0 2 4

• Sequência exponencial real: 1

0.5

0
• Análise para os valores de α: -4 -2 0 2 4

• 0 < α < 1  as amostras decaem de valor com n crescente;

• α > 1  as amostras aumentam de valor com n crescente;
• -1 < α < 0  as amostras decaem de valor com n crescente, alternando o sinal;
• α < -1  as amostras aumentam de valor com n crescente, alternando o sinal;
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 Sequências Elementares
• Sequência exponencial real:
1 6
0.8
0.6 4

0.4
2
0.2
0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

1 6
4
0.5
2
0 0

-0.5 -2
-4
-1
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

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 Sequências Elementares
• Sequência senoidal:
é a frequência [em rad/amostra].
é a fase inicial [rad].
é a amplitude das oscilações.

• Propriedade 1 – Uma sequência senoidal com frequência é idêntica àquela com

frequência

• Propriedade 2 – A máxima frequência de oscilação de uma sequência senoidal é

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 Sequências Elementares
• Sequência exponencial complexa:

• Desta forma:

Ou seja, correspondem a senoides ponderadas pela exponencial.

• |α| < 1  Oscilações decrescentes;
• |α| > 1  Oscilações crescentes;
• |α| = 1  Comportamento puramente oscilatório;
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 Sequências Elementares
• Sequência exponencial complexa:
1 1 15 15

10 10
0.5 0.5
5 5

0 0
0 0
-5 -5

-0.5 -0.5 -10 -10

0 5 0 10 5 15 10 0 15 5 0 10 5 15 10

1 1

0.5 0.5

0 0

-0.5 -0.5

-1 -1
0 5 0 10 5 15 10 15

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 Classificação das Sequências
0.6
• Duração finita vs. Duração infinita: 0.4

• Duração finita: x(n) possui valores não-nulos 0.2

somente para uma faixa de valores n; 0

-10 -5 0 5 10

• Duração infinita: Não atende o critério anterior;

1.5
• Lateral direita: x(n) = 0 para n < n ;0
1

• Lateral esquerda: x(n) = 0 para n > n ; 0 0.5

• Bilateral: aquela que não é lateral direita, nem 0

-10 -5 0 5 10

lateral esquerda;
1

0.5

0
-10 -5 0 5 10

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 Classificação das Sequências
• Causal vs. Não-causal: 1

• Causal: x(n) = 0 para n < 0;

0.5
• Não-Causal: Não atende o critério anterior;
• Anti-causal: x(n) = 0 para n > 0; 0
-10 -5 0 5 10
• Sequências simétricas:
• Simétrica conjugada: 10

5
• Caso x(n) seja real: (simétrica par)
0
• Antisimétrica conjugada: -5

• Caso x(n) seja real: (simétrica ímpar) -10

-10 -5 0 5 10

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 Classificação das Sequências
• Sequências simétricas:
• Propriedade – Toda sequência x(n) pode ser decomposta tal que:

• Periódicas vs. Aperiódicas:

• Periódica: O menor valor de N que atende essa condição é
denominado de período fundamental.

• Aperiódica: Não atende a condição anterior.

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 Classificação das Sequências
• Periódicas vs. Aperiódicas:
• Propriedade – Uma sequência senoidal com frequência é periódica se e somente se:

ou seja, é um número racional com

Para , então:

O período será: Escolher o menor valor de k inteiro e positivo que torne

N inteiro.

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 Classificação das Sequências
• Energia vs. Potência:
• Conceitos fundamentais – Energia e Potência:

Caso x(n) for periódico.

• Sequências de Energia: Energia finita e Potência nula;

• Exemplos: Sequências de duração finita ou sequências de duração infinita, mas que
decrescem de amplitude.
• Sequências de Potência: Energia infinita e Potência finita;
• Exemplos: Sequências periódicas.
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 Na próxima aula...
• Introdução aos Sistemas de Tempo Discreto;

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 Referências
• Alan V. Oppenheim e Ronald W. Schafer - Processamento em Tempo Discreto de Sinais. 3º
Edição, Pearson, 2013. (pg. 7 – 11);
• Alan V. Oppenheim e Alan S. Willsky – Sinais e Sistemas. 2º Edição, Pearson, 2010. (pg. 1 –
25).

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 Exercícios
• Capítulo 2 (Alan V. Oppenheim e Ronald W. Schafer - Processamento em Tempo Discreto de
Sinais. 3º Edição, Pearson, 2013):
• Problemas Obrigatórios: 2.7 e 2.21.
• Problemas Opcionais: 2.40.

Prazo de entrega: 1 semana.

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