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Sistemática dos

Seres vivos
O estabelecimento de classificações é uma tarefa natural face à grande
diversidade de seres vivos

Os sistemas de classificação expressam relações entre os organismos.


As designações que lhes são atribuídas traduzem essas relações
Sistemas de classificação práticos – sistemas de classificação
primitivos, de uso imediato, baseados nas propriedades dos seres vivos com
interesse para o Homem, geralmente relativas à satisfação de necessidades
básicas como alimentação (comestíveis e não comestíveis…etc.) e a defesa
(perigosos e não perigosos…etc.)
A classificação dos seres
vivos teve um enorme impulso
no século VVIII com a obra:
Systema Naturae de Carl von
Linne (1707-1778) – um
botânico sueco
Lineu que partilhava
ideias fixistas, pôs
em relevo as
características
morfológicas como
base de ordenação
dos seres vivos – as
que utilizou para a
classificação de
Sistemas de classificação racionais – plantas, por
utilizam características inerentes aos seres exemplo eram em
em estudo – características estruturais número reduzido
(diziam
essencialmente
Sistemas de classificação artificiais – respeito a órgãos de
baseiam-se num pequeno número de reprodução da flor).
características ( caracterizam o período pré-
lineano)
Até ao século XVIII
imperavam as ideias
fixistas e,
consequentemente,
todas as classificações
reflectiam essa
concepção – eram
classificações estáticas,
que privilegiavam as
características
estruturais, não
consideravam o factor
tempo, uma vez que
partiam do pressuposto
da imutabilidade das
espécies
Em
consequência
das novas
descobertas
durante a época
dos
descobrimentos,
houve acesso a
uma enorme
quantidade e
variedade de
Sistemas de classificação naturais – baseados
seres vivos até
num grande número de características, permitem
então
formar grupos com maior grau de afinidade entre
desconhecidos,
os seres vivos (caracterizam o período pós-lineano
o que levou os
e pré-darwiniano.
naturalistas a
elaborar:
Sistemas de classificação horizontais – não
consideram o factor tempo (é o caso dos sistemas
racionais, quer naturais quer artificiais)
Período pós-
darwiniano
As ideias
evolucionistas,
nomeadamente o
desenvolvimento
da teoria
evolucionista de
Darwin,
influenciaram os Sistemas de classificação verticais – consideram
sistemas de o factor tempo – é o caso dos:
classificação,
que passaram a Sistemas de classificação evolutivos ou
ser: filogenéticos – tentam reproduzir a história evolutiva
dos organismos (filogenia) – os diferentes grupos de
seres vivos estão relacionados por laços de
parentesco
Segundo os sistemas de
classificação evolutivos, as
semelhanças entre os organismos
são interpretadas como
consequência da existência de um
ancestral comum, a partir do qual os
grupos divergiram.

Árvores de evolução ou
filogenéticas – representam as
relações de parentesco entre os
seres vivos – as bifurcações
correspondem ao aparecimento de
indivíduos com características
novas, o que leva à formação de
novos grupos.
Os sistemas verticais - não
apresentam grandes diferenças
relativamente aos horizontais mais
modernos (ambos baseados no estudo
das estruturas) – a semelhança
estrutural é que é interpretada de
forma diferente:
-para os autores dos sistemas
horizontais, a semelhança estrutural
resulta do “plano da criação”;
- para os autores dos sistemas
verticais (evolucionistas), a
semelhança estrutural resulta das
relações de parentesco (porque
descendem de um antepassado
comum).
Qualquer sistema de classificação reflecte, em cada época, o grau de
conhecimentos científicos e, num período mais recente, o nível de
desenvolvimento tecnológico. Por essa razão, nenhuma classificação é
definitiva
Referências:

 http://forum.netxplica.com/viewtopic.php?
t=2956&sid=e4294f06aaf4cdabb455c923d1e
ca7e6
Categorias taxonómicas
Hierarquia
taxonómica
Sistema
hierarquico de
classificação –
sistema de
ordenação dos
seres vivos numa
série ascendente
de taxa
(categorias
taxonómicas):
-Espécie
-Género
-Família
-Ordem
-Classe
-Filo
-Reino

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