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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Centro de Formação de Professores – CFP


Componente Curricular: Tópicos em Psicolinguística
Docente: Jaqueline Lé
Discentes: Ana Vitória Cardoso; Anderson Manoel dos Santos; Emanuelle
Reisurreição; Gabriele Almeida;
SEMINÁRIO APRENDIZAGEM E
DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM ESCRITA

Temática 2:
O desenvolvimento da alfabetização e sua psicogênese
Introdução

• Capítulo 2 - Desenvolvimento da alfabetização:


psicogênese (Emília Ferreiro)
• Capítulo 3 – Desenvolvimento da alfabetização e
suas implicações pedagógicas: evidências do
sistema hebraico de escrita (Liliana Tolchinsky
Landsmann)
• Capítulo 5 – A passagem para a alfabetização:
Aprendizado num contexto social (Clotilde
Pontecorvo e Cristina Zucchermaglio)
• Capítulo 6 – Aplicação dos princípios da
psicogênese à alfabetização de crianças brasileiras
de classes populares (Esther Pillar Grossi)
Processo de alfabetização: primeiro nível

• Faz uma clara distinção entre dois modos de representação gráfica: desenho x escrita

• Princípio da quantidade mínima;

• Variações qualitativas internas;

• Ainda não são capazes de compreender as diferenças de significado


Processo de alfabetização: segundo nível

• Diferenciação entre os escritos;

• Diferenças gráficas suscetíveis de fundamentar suas diversas intenções;

• Hipótese de que as variações no número de letras podem estar relacionadas com


objeto;

• Estabelecer quantidades mínima e máxima de letras para todo nome escrito;

• O esforço das crianças para criarem modos de diferenciação gráfica antecedem


qualquer conhecimento da relação entre o padrão sonoro da palavra e sua
representação gráfica.
Processo de alfabetização: terceiro nível

• “Fonetização” da representação escrita;

• Podem passar procurar letras para escrever “sons” semelhantes das palavras;

• Embora satisfatória desde o ponto de vista da criança, a hipótese silábica será


repetidamente infirmada, externamente, pelos escritos ambientais e por produções de
adultos.
Processo de
alfabetização

Fase Silábica
• já supõe que a escrita representa
a fala;
• tenta fonetizar a escrita e dar
valor sonoro às letras;
• já supõe que a menor unidade de
língua seja a sílaba;
• em frases, pode escrever uma
letra para cada palavra.
Processo de
alfabetização

Fase Silábica Alfabética


• inicia a superação da hipótese
silábica;
• compreende que a escrita
representa o som da fala;
• passa a fazer uma leitura termo a
termo; (não global)
• consegue combinar vogais e
consoantes numa mesma
palavra, numa tentativa de
combinar sons, sem tornar, ainda,
sua escrita socializável.
Processo de
alfabetização

Fase Alfabética

• compreende que a escrita tem


função social;
• compreende o modo de
construção do código da escrita;
• omite letras quando mistura as
hipóteses alfabética e silábica;
• não tem problemas de escrita no
que se refere a conceito.
 
Necessário contextualizar...
Necessário contextualizar...

O desenho antecede, organiza e estrutura o pensamento narrativo. Serve como ponte


(zona proximal) entre o desenvolvimento real e o potencial, ou seja, serve como auxiliar de
significação do texto verbal e escrito num primeiro momento de aprendizagem da língua
escrita. (FASSINA, 2007, p.3)
Desenvolvimento da alfabetização e suas
implicações pedagógicas: evidências do sistema
hebraico de escrita

Liliana Tolchinsky Landsmann


Características do sistema hebraico de escrita:

1. Linearidade;
2. Presença de unidades distintas;
3. Regularidade dos espaços;
4. A direção da escrita e da leitura – da direita para a
esquerda- das letras na palavra e das palavras no
texto;
5. Armação consonantal que abrange 22 formas;
6. Sistema secundário de marcação composto por
pequenos pontos e finas linhas;
Se as interações das crianças com a escrita são reguladas por esquemas gerais de
assimilação, podemos então esperar regularidades de desenvolvimento em todas as
ortografias, mais particularmente nos primeiros passos da alfabetização. (LANDSMANN,
ANO, p. 37)
A emergência da escrita

• O estudo inicial de Tolchinsky Landsmann e Levin (1982, 1985)

• 42 crianças com idades de 3 a 5 anos

• Resultados diferentes nas crianças de 3 e 4 anos e nas de 5 anos.


Regulação da escrita

• Primeiro nível da ontogênese da escrita

• Limites dos espaços

• Compreensão das diferenças


A importância da escrita

• No terceiro nível da ontogênese

• Hipótese referencial

• Referências não-quantitativas
A importância da escrita

• Experiência com 120 pré-escolares e alunos da primeira série foram instruídos para
escreverem duas séries de enunciados.

• Diferença entre as crianças de 5 e 6 anos


Implicações da pesquisa sobre a alfabetização

1. Possível existência de traços universais no desenvolvimento da escrita

2. Relação da língua escrita com a língua oral

3. Nível de linguagem no aprendizado da leitura

4. Contribuições da psicologia do desenvolvimento e a educação


A passagem para a alfabetização: Aprendizado
num contexto social

Clotilde Pontecorvo e Cristina Zucchermaglio


Aplicação dos princípios da psicogênese à
alfabetização de crianças brasileiras de classes
populares

“Ele não conseguia aprender… a fome era maior que a curiosidade, que o desejo pelo
novo” (Professora de uma escola pública no ES, em relato à especialização EPDS, sobre
uma criança em situação de pobreza).
Aplicação dos princípios da psicogênese à
alfabetização de crianças brasileiras de classes
populares

• O GEEMPA;

• O GEEMPA tem trabalhado com propostas didático pedagógica construída a partir do


diálogo entre as mais bem fundamentadas teorias da aprendizagem e os mais
complexos problemas de ensino-aprendizagem em sala de aula, notoriamente, em
escolas públicas que atendem às classes populares;
Aplicação dos princípios da psicogênese à
alfabetização de crianças brasileiras de classes
populares

Atividades:

• Atividades com Texto, utilizando histórias a fim de reforçar a criação de imagens


mentais. Estabelecendo uma relação entre o desenho, as imagens mentais, a escrita e
a fala. Promovendo um elo dinâmico entre a linguagem oral e o texto escrito.
Aplicação dos princípios da psicogênese à
alfabetização de crianças brasileiras de classes
populares

Atividades:

• Atividades com palavras e letras, proporcionando oportunidades e experiências com a


leitura de texto, de maneira que as crianças possam observar a análise silábica
necessária a compreensão do sistema escrito. Levando-as a começar estabelecer
conexões.
Aplicação dos princípios da psicogênese à
alfabetização de crianças brasileiras de classes
populares

Estágios Pré- Silábicos

• Primeiro Estágio PS1 : A criança entende apenas a leitura de desenhos ou de desenhos


com letras ao lado deles. (Sistema Figurativo sendo fundamental ao sistema escrito)
• Segundo Estágio PS2 : A criança entende que um sinal gráfico único pode representar
algo de maneira abstrata.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências

GOODMAN, Yetta M.(org.) Como as crianças constroem a leitura e a escrita: perspectivas piagetianas. Trad. Bruno Charles
Magne. Porto Alegre: Artes Médicas,1995
Conheça os níveis de alfabetização. Blog Caminho do Saber, 2017. Disponível em:
<https://www.redecaminhodosaber.com.br/blog/conheca-os-niveis-de-alfabetizacao/>. Acesso em 15 de dezembro de 2019.
Fases da alfabetização da criança. Só Escola, 2017. Disponível em: <https://www.soescola.com/2017/03/fases-da-alfabetizacao-
da-crianca.html#Fase_Silabica>. Acesso em 15 de dezembro de 2019.
Níveis de desenvolvimento da escrita. Hipóteses infantis. Ensinar a aprender, 2011. Disponível em: <http://ensinar-
aprender.com.br/2011/07/niveis-de-desenvolvimento-da-escrita.html>. Acesso em 15 de dezembro de 2019.
PAIVA, Alcione Vieira de; CARDOSO, Luana Carolina Rodrigues. A Importância do Desenho Infantil no Processo de
Alfabetização. Disponível em <https://www.pedagogia.com.br/artigos/desenhonaalfabetizacao/?pagina=0>. Acesso em 16 de
dezembro de 2019.
FERREIRA, Larissa David. A importância do desenho na alfabetização de crianças. Disponível em
<http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0100.pdf>. Acesso em 16 de dezembro de 2019.

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