Você está na página 1de 5

ESCOLA DOM EDGAR CARÍCIO DE GOUVÊA

RUA PROFESSORA ALDA TEIXEIRA Fone: (87)


Município: Bom Conselho - PE
Email : escdomedgarcoordenacao@gmail.com

O que é fluência em leitura?


De acordo com Batista (2018,
p.262
Ou seja...
Conjunto de habilidades que permitem uma
leitura sem embaraço, sem dificuldades. É uma
[...] "para que o estudante leia com fluência é leitura precisa, com expressividade, com ritmo
fundamental que: [...] possua um amplo adequado e com prosódia apropriada.
domínio das relações entre grafemas e
fonemas, [...] automatize o processo de
identificação de palavras [...]; seja capaz de
realizar uma leitura expressiva, que envolva
uma adequada atenção aos elementos
prosódicos, como entonação, ênfase, ritmo,
apreensão de unidades sintáticas”.

Dimensões da Fluência

Para ler com fluência é preciso…

● PRECISÃO - Possuir um amplo domínio das relações grafema-fonema;


● AUTOMATIZAÇÃO - Automatizar o processo de identificação das palavras;
● PROSÓDIA - Realizar leitura expressiva com atenção aos elementos prosódicos (entonação, ênfase, ritmo,
apreensão de unidades sintáticas, elementos gráficos e estilísticos).

Pré-leitor Nível 1

O que fazer?

• Descobrir os motivos que o levaram a não ler;


• Incentivar a leitura em voz alta em sala através da oferta de atividades que desenvolvam as habilidades de
apropriação do sistema e a reflexão sobre a escrita;
• Partir da leitura de textos, solicitando sempre a leitura global das palavras;
• Trabalhar sempre na perspectiva do letramento, atrelando a escrita e a leitura às práticas sociais.
Pré-leitor Nível 2

O que conseguem fazer:


• Dizem letras, sílabas ou palavras que não constam no item;
• Diferenciam letras de outros sinais gráficos;
• Percebem que os sons da fala são representados por letras na escrita e cada letra tem um som;
• Percebem que palavras são formadas por letras variadas.

O que precisam aprender:


• Fazer a relação grafema-fonema, ou seja, associar a forma gráfica ao respectivo som de forma convencional
(letra, sílaba, palavra).
• Que as letras não são lidas isoladamente, pois se juntam para formar sílabas e palavras.
• Compreender o funcionamento do SEA.

Pré-leitor Nível 3

O que conseguem fazer:


• Nomeiam letras isoladas ao tentar ler as palavras do item;
• Já estabelecem relação grafofônica da maioria das letras;
• Confundem sons de letras que tenham mais de um som (G, por exemplo)

O que precisam aprender:


• Que as letras não são lidas isoladamente, pois se juntam para formar sílabas e palavras;
• Compreender o funcionamento do SEA.

Pré-leitor Nível 4

O que conseguem fazer:


• Realizam a leitura de palavras omitindo, substituindo ou inserindo fonemas ou sílabas nas palavras
constantes no item, de forma lenta, silabada.

O que precisam aprender:


• Compreender que uma mesma letra pode ter vários sons (letra C, por exemplo);
• Realizar leitura com precisão na decodificação convencional das palavras;
• Aprimorar o processo de decodificação para a realização da leitura global.

Pré-leitor Nível 5

O que conseguem fazer:


• Fazem leitura silabada das palavras isoladas do item, ainda de forma muito lenta e com muito esforço;
• Fazem retomada de leitura de algumas palavras;
• Leem globalmente as palavras mais simples e usuais (sílabas canônicas)

O que precisam aprender:


• Realizar leitura global, automatizada, evitando as pausas entre as partes das palavras.

Pré-leitor Nível 6

O que conseguem fazer:


• Leem corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras constantes no item;
• O tempo investido entre a leitura das palavras, indica que o estudante lê mentalmente antes de explicitá-
las;
• Embora demande tempo para realizar a leitura, já percebe que a palavra deve ser lida globalmente,
desprendendo-se da silabação;
• Embora haja uma troca na palavra bonito “o/u” por “i”, lendo “boniti”, o estudante demonstra domínio das
propriedades básicas da alfabetização.
O que precisam aprender:
• Aprimorar o processo de automatização das palavras para adquirir ritmo de leitura evoluindo para os perfis
leitor iniciante e leitor fluente.

Atividades de apropriação do SEA


- Atividades e textos que envolvam: jogos de rimas, palavra dentro de palavra, faltando letras, alfabeto
móvel, composição e decomposição de palavras, jogo da forca, caça-palavras, dominó silábico, palavra
cruzada, sempre com foco na reflexão sobre o sistema de escrita (jogos e atividades do almanaque);
- Práticas efetivas e sistematizadas de leitura (professor como modelo);
- Leitura com textos impressos, acompanhando a leitura com o dedo, fazendo a relação entre o oral e o
escrito;
- Utilização de palavras estáveis como o nome próprio para a reflexão sobre o SEA;
- Atividades diversificadas de leitura;
- Utilização de gêneros literários como poemas, quadrinhas e parlendas (não esquecer a ludicidade);
IMPORTANTE: Atentar para a extensão do texto.

Leitor iniciante

• Lê pequenas sequências textuais, porém o fazem de forma pausada, em um padrão de leitura silabada.

• Consegue, no tempo de 60 segundos, ler corretamente 11 ou mais palavras e 6 ou mais pseudopalavras


constantes nos itens do teste.
• Demonstra já ter se apropriado das regras que organizam o sistema de escrita alfabética, mas ainda
apresenta dificuldades com a base ortográfica;
• Leva mais tempo no processo de decodificação das palavras em relação ao leitor fluente.
• Apresenta dificuldade maior na leitura de palavras formadas por padrões silábicos não canônicos ou cuja
correspondência entre fonemas e grafemas não seja regular, ou ainda no caso de palavras que sejam pouco
familiares e/ou pouco frequentes na Língua Portuguesa.

Atividades leitor iniciante


- Trabalho com textos simples e progressivamente os mais complexos;
-Atividades de leitura onde os estudantes:
- Façam leitura silenciosa (contato inicial com o texto);
- Observem a leitura de leitores mais experientes;
- Realizem leitura oral (autônoma e compartilhada);
- Tenham oportunidade de se autoavaliar.
- Utilização de diferentes estratégias de exploração do texto para incentivar a compreensão;

Ex: antecipar o sentido do texto; traçar objetivos da leitura, entre outros.


- Atividades que fortaleçam a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA);

- Incentivar os alunos a ler e reler não apenas para tornar a leitura veloz e fluente, mas para compreender
determinados trechos do texto.
Leitor fluênte

• Já venceu os desafios relacionados à decodificação de palavras lendo mais rapidamente, encontrando-se no


nível de leitura de textos, embora ainda apresente dificuldades na pontuação de textos com vocabulário
e/ou estruturas sintáticas mais complexas.
• Lê corretamente, no tempo de 60 segundos, no mínimo, 65 palavras com uma precisão superior a 90%,
considerando-se o texto narrativo constante no teste.
• Reconhece palavras automaticamente e domina as relações entre fonemas e grafemas.
Revela ser capaz de chegar ao final da leitura do texto e responder às questões de compreensão que lhe foram
apresentadas.

Um leitor fluente é aquele que consegue “deslizar” pelo texto, ou seja, aquele que não precisa dar grandes pausas
na leitura para poder decifrar o que está escrito e nem retroceder a palavras já lidas para corrigir algum erro
cometido.

Além das atividades propostas para os níveis anteriores:


☺ Trabalho com gêneros textuais diversos com léxico mais variado e padrões sintáticos mais
complexos;
☺ Utilização da leitura como fonte de aprendizagem/ pesquisa (textos de curiosidades científicas e
outros temas relacionados às diversas áreas do conhecimento);
☺ Apresentação de telejornais e rádio-novelas;
☺ Leitura de histórias (textos narrativos) mais longas, que podem ser lidas em capítulos (clássicos
adaptados), sempre retomando o capítulo anterior para que não se perca a compreensão do texto.
☺ Apresentação de saraus literários;
☺ Leituras dramatizadas, entre outras.
A precisão se mede pelo número de acertos e erros. Uma leitura proficiente implica pelo menos 95% de palavras
lidas sem erros, tropeços, hesitação ou engasgos. O número de erros afeta a velocidade – quanto mais erros, menor
a velocidade. O número de erros também afeta a compreensão

A prosódia refere-se à qualidade da leitura de textos conectados, e inclui ritmo e entonação adequada à frase
e ao tipo de texto. Por exemplo, uma poesia se lê com entonação diferente de um aviso. O ritmo deve refletir
as estruturas e relações sintáticas das palavras na frase, bem como a arquitetura do próprio texto.

A prosódia enfatiza o uso apropriado da frase e da expressão (Dowhower, 1991; Schreiber, 1991). Quando
um leitor lê com volume, tom, ênfase, fraseamento e outros elementos da expressão oral, ele evidencia que
está lendo e interpretando uma passagem de texto – semelhante ao que fazem os músicos ao interpretar uma
pauta musical. A prosódia envolve não apenas os elementos técnicos como entonação e ritmo, mas reflete
um sentido que o leitor atribui ao texto.

Você também pode gostar