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Material Teórico
Composição de Textos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Brites
Composição de Textos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer as características dos caracteres, sua anatomia e suas funções.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Composição de Textos
Legibilidade
Legibilidade e facilidade de leitura
Legibilidade significa capacidade de ler. Os manuscritos compostos tipografi-
camente que são legíveis exibem características visuais que facilitam a sua leitura
pela maioria das pessoas.
Provavelmente, deixamos de ler muitos livros por não serem legíveis, e não por
não serem fáceis de ler, perdendo uma oportunidade de aprendizado de um novo
conhecimento.
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O design das fontes com o objetivo de serem legíveis aperfeiçoa as características
das letras para obter melhor legibilidade e estética. As formas das letras devem ser
claras, mantendo suas configurações características e facilmente reconhecidas para
o texto ser lido prontamente e bem compreendido.
A versão expandida de uma fonte é mais larga do que a face regular. As pro-
porções de cada letra são redesenhadas com pequenas diferenças para acomodar
a nova forma. Quando as fontes são mudadas manualmente no computador, essas
proporções do design podem ficar deformadas, criando áreas espessas demais e
outras finas demais, afetando como um todo a estética e a legibilidade da compo-
sição. Dê preferência para as fontes com proporções pensadas por um designer
de tipos.
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UNIDADE Composição de Textos
Figura 1
Espaços Horizontais
O espaço da letra permite ao designer espacejar oticamente as letras em uma
palavra ou frase de forma a mudar a textura visual e resultar em um diferente
espacejamento entre linhas.
Espaço demais para a letra torna ilegível a palavra ou frase. O espaço de letra ne-
gativo pode ser usado para comunicar a mensagem com maior efetividade, porém,
mais uma vez, se for demasiado, faz com que a palavra ou frase não possa ser lida.
Há certas combinações de letras que sempre têm que ser providas de kerning.
Como regra geral, o kerning mais apertado facilita ao cérebro reconhecer os grupos
de letras como palavras, o que resulta em uma leitura mais rápida e fácil.
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isso pode acontecer se não levarmos em conta a experiência do leitor, uma vez
que, provavelmente, uma pessoa que aprendeu a ler com caracteres sem serifas
quando era criança tem menor dificuldade em decifrar as letras e os significados
das palavras.
Em blocos de textos mais longos, as serifas muitas vezes facilitam a leitura por
criarem uma linha de base, orientando o sentido da leitura.
Isso se deve ao fato de que as letras em caixa alta têm altura e largura similares.
As letras em caixa baixa, com suas ascendentes e descendentes, variam em forma,
delimitando visualmente onde começa uma frase; essa diferença de altura oferece
pausas visuais, tornando a leitura mais confortável.
Nas redes sociais da internet, muitas vezes, o texto todo em caixa alta é usado
para expressar uma raiva, ou um sentimento de descontentamento, pois dá a im-
pressão de que a pessoa está gritando.
O texto em caixa alta e baixa (à esquerda) proporciona mais legibilidade do que o texto todo em caixa alta (à direita).
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UNIDADE Composição de Textos
O espacejamento entre palavras é também mais apertado nos títulos para obter
vmaior legibilidade e impacto visual, assim o espacejamento, tanto dentro como
entre as palavras, precisa se complementar.
O espaço entre linhas para os títulos varia daquele usado para entrelinhar e para
o corpo de texto. Lembre-se de que abrir ou aumentar o entrelinhamento entre as
linhas no corpo de texto às vezes torna o texto mais legível, uma vez que o olho do
observador pode discernir mais facilmente as linhas separadas.
Figura 3 – Em títulos com caixa alta e baixa, a entrelinha pode ser menor do que o padrão do software
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mecânicos do software de aplicação, quase sempre vão parecer desalinhados.
Geralmente esses caracteres precisam ser ajustados para a esquerda no alinhamento
com as outras linhas de cima e de baixo para que pareçam estar na posição correta.
Figura 4
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UNIDADE Composição de Textos
Pior para a legibilidade do que imprimir grandes extensões de texto branco sobre
um fundo preto é imprimir o texto em um esquema de cores complementares, tal
como verde sobre fundo vermelho, o que pode tornar o texto ilegível para pessoas
daltônicas.
Enquanto a cor é um instrumento efetivo para provocar destaque, ela tem enorme
influência para a legibilidade de uma mensagem composta tipograficamente.
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Espaço entre palavras
Regra geral para o espaço entre palavras é visualizar a largura do i em caixa-
baixa no espaço entre cada palavra. Isso significa que o espaço entre palavras
muda quando se usam tamanhos de fontes diferentes.
O espacejamento correto dos tipos para otimizar a legibilidade é uma das tarefas
mais importantes. O tipo que é mal espacejado torna ilegível mesmo o melhor
design, anulando a intenção da comunicação.
Esse espaço adicional torna mais fácil para os leitores manterem o movimento
horizontal e a fluência dos olhos à medida que leem ao longo de uma página de
tipos e passam sem esforço para a linha seguinte.
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UNIDADE Composição de Textos
Alinhado à direita
Alinha o tipo no lado direito da composição ou da largura de coluna. Assim
como no texto alinhado à esquerda, o designer pode controlar o espaço entre as
palavras para melhorar a legibilidade.
O lado direito desigual da coluna indica ao leitor que está na hora de pular para
a linha inferior seguinte, enquanto a margem direita uniforme no texto justificado
não fornece um aviso equivalente.
Figura 8
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Centralizado
O tipo centralizado é alinhado ao longo de um eixo central na composição.
Assim como no alinhamento à esquerda e no alinhamento à direita do texto, o
designer pode controlar o espaço entre palavras para obter maior legibilidade.
No entanto, assim como nos parágrafos alinhados à direita, é difícil para o leitor
achar o início da linha seguinte do texto e continuar a leitura. O alinhamento cen-
tralizado é usado mais efetivamente em parágrafos curtos, como em um convite
formal ou em grandes títulos ou cabeçalhos, como em cartazes, folhetos, revistas
e newsletters.
Justificado
O tipo justificado é alinhado em ambos os lados, esquerdo e direito, da coluna.
Uma olhada pelas colunas dos jornais vai lhe mostrar muito espaço excessivo
entre palavras e “rios” de espaço branco que correm texto abaixo. Quanto mais
comprida for a largura da linha, com menos frequência ocorrerá esse problema.
Figura 9
Hifenização e justificação
A hifenização e a justificação na composição tipográfica referem-se a decisões
que são tomadas pelo computador em como finalizar uma linha tipográfica quando
a largura da linha ou da coluna é preenchida pelos caracteres. Essa decisão é muitas
vezes controlada pelos defaults padrões do programa, portanto, designers menos
experientes muitas vezes ignoram as possibilidades de alterar essas determinações.
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UNIDADE Composição de Textos
Nos tipos compostos com margens justificadas, as opções são um pouco mais
complicadas e, sem a alteração dos ajustes padrão feita pelo designer, podem
ocorrer muitas hifenizações em linhas consecutivas.
Viúvas e órfãs
A última linha de um parágrafo que fica particularmente curta, comparada com
os outros comprimentos de linhas de um parágrafo composto tipograficamente, é
chamada de linha viúva. Isso deixa um enorme espaço em branco que parece uma
linha vazia entre os parágrafos, chamando uma atenção indesejada e desnecessária
em um parágrafo isolado de um artigo.
Tanto as órfãs quanto as viúvas podem ser minimizadas de forma mais efetiva
pelo ajuste da hifenização ou por mudanças editoriais no texto.
Figura 10
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de todos os lados. Mantendo-se o equilíbrio das margens que encerram o texto,
bem como o equilíbrio entre o tamanho e a proporção da caixa e da fonte se-
lecionada, podem ser evitadas formas negativas ou formas de fundo estranhas.
Se as margens internas e externas não estiverem equilibradas, isso vai chamar a
atenção do leitor pela interação dos elementos composicionais, distraindo-o de
se concentrar na mensagem.
Listas
Uma lista é um grupo de termos relacionados ou de informação. Pode ser
organizada em ordem hierárquica ou com bullets (uma forma geométrica pequena,
normalmente um círculo) para indicar cada item individual da lista. A colocação de
um bullet (bola ou marcador) no início de cada item de uma lista chama a atenção
para cada um desses itens individualmente.
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UNIDADE Composição de Textos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
tipografos.net
http://tipografos.net
Art of the Title
http://www.artofthetitle.com/
Vídeos
Processo de criação da capa da revista ÉPOCA edição 570
https://youtu.be/lpFEAukwuCo
https://youtu.be/IOwUoncMKHM
A Brief History of Title Design
https://vimeo.com/20759580
Livros
Elementos do Estilo Tipográfico: Versão 3.0
BRINGHURST, R. Elementos do Estilo Tipográfico: Versão 3.0. 2. ed. São Paulo:
Cosac Naify, 2011.
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Referências
CLAIR, Kate; BUSIC-SNYDEr, Cynthia. Manual de tipografia: a história, a
técnica e a arte. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. Disponível em: <https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577804559>.
FONSECA, Joaquim da. Tipografia & design gráfico: design e produção gráfica
de impressos e livros. Porto Alegre: Bookman, 2008. Disponível em: <https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577804177>.
LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e
estudantes. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
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