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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL

CADERNO PEDAGÓGICO
4º E 5º ANOS
ENSINO FUNDAMENTAL

Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Armação dos Búzios


Departamento Educacional
Gerência Pedagógica dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental

2022

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APRESENTAÇÃO
O Caderno Pedagógico que estamos apresentando aos professores de 4º e 5º anos do
Ensino Fundamental ressalta a importância de divulgar propostas e práticas pedagógicas que
atendem a essa etapa da aprendizagem.
A proposta para esse segmento é proporcionar uma educação de qualidade aos alunos,
respeitando as suas diversidades, envolvendo-os num processo de desenvolvimento da autonomia e
de construção de um mundo sustentável, buscando seus próprios caminhos através das habilidades e
competências, internalizando seu papel como cidadão, tornando-os críticos e conscientes.
O 4º ano do Ensino Fundamental, tem como foco aprimorar os conhecimentos e
habilidades adquiridos na área da linguagem, com ênfase na leitura e na interpretação de diferentes
portadores de texto. Além disso, busca qualificar a escrita, nos aspectos de vocabulário, conteúdo,
estrutura, coerência e coesão textual. Na área da Matemática, ocorre a sistematização das quatro
operações, a ampliação do campo numérico e a interpretação e resolução de problemas
matemáticos. São realizadas análises de gráficos e tabelas, desafios lógicos e o estudo da geometria
e das frações. Estuda-se ainda educação financeira, com um enfoque no vocabulário financeiro e nas
questões de consumo sustentável.
O 5º ano do Ensino Fundamental encerra os anos da etapa conhecida como anos iniciais do
Ensino Fundamental. Neste ano de escolaridade procura-se ampliar e aprofundar conceitos,
considerando o processo de ensino e aprendizagem realizados nos anos anteriores. Além disso, é um
ano de transição para os anos finais do Ensino Fundamental.

O QUE SE ESPERA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA?

Proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para ampliação dos letramentos,
de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas/
construídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens.
Linguagem contemporânea: envolvem novos gêneros e textos (multissemióticos e
multimidiáticos), novas formas de produzir, de configurar, de disponibilizar de replicar e de interagir.
(uso da web – as dimensões ética, estética e política desse uso e aprender a lidar de forma crítica
com os conteúdos.

O QUE SE ESPERA DO ENSINO DE MATEMÁTICA?

Espera-se que os alunos desenvolvam a capacidade de identificar oportunidades de


utilização da matemática para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resultados
para obter soluções e interpretá-las segundo os contextos das situações.

Assim, torna-se imprescindível que o trabalho desenvolvido na escola esteja interligado


com as mudanças na sociedade, fazendo com que o conhecimento aprendido na escola seja a cada
dia adaptado a essas inovações e que o aluno possa se interessar mais pelas aulas e com sucesso
aderi-las dando continuidade à sua vida profissional, sabendo viver no coletivo, sendo solidário e
flexível perante seus pares e os novos desafios encontrados no dia a dia.

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SOBRE A LEITURA

Quando lemos estabelecemos o tempo todo contato com informações armazenadas em nosso
cérebro. Um traço fundamental da leitura: ao ler um texto, ao mesmo tempo que passamos os
olhos sobre ele, vamos recorrendo a tudo o que já sabemos. Ou seja, não lemos somente com
os olhos, mas com tudo o que está na nossa cabeça.
Nós leitores é que fazemos um texto ganhar sentido. Ninguém lê a partir do zero. Lemos
esperando que aquilo que lemos faça sentido. O que às vezes não percebemos é que nós,
leitores, é que fazemos um texto ganhar sentido.
Qualquer texto escrito faz sentido para um leitor, quando traz informações que sem articulam
com todas as outras informações de que ele já dispõe.
O aspecto de um texto nos dá pistas do que encontraremos nele antes mesmo de lê-lo.
Observem que aparência de cada texto já indica o que podemos esperar dele. Exemplo:
Certidão de Nascimento, receita, convite, poesia...
Um texto pode ter diversas interpretações por parte de diferentes por parte de diferentes
leitores, mas liberdade de interpretação tem limites.

SOBRE A ESCRITA

A escrita é um sistema de regularidades, isto é, funciona a partir de um sistema de regras.


A criança aprende aos poucos que a escrita é um sistema de regularidades, convivendo com as
regras da escrita, testando-as, construindo hipóteses, aprendendo aplica-las.
O professor deve incentivar a inventividade linguística da criança, mas também familiarizá-la
com as normas da língua.
Os sinais da escrita reproduzem o som da fala, mas essa regra geral tem exceções. Há
situações nas quais as soluções adequadas para a oralidade não são adequadas para a escrita.
Nem sempre os mesmos sons da fala são representados de uma única forma na escrita.
A escrita é uma linguagem que precisa ser “ensinada”.
Cabe à escola o compromisso com a norma padrão da língua portuguesa.
A escola deve praticar e incentivar o respeito por todas as formas de fala e de escrita, mas ela é
uma das instituições sociais mais responsáveis pela aprendizagem da norma padrão, falada e
escrita.
A partir da leitura de bons textos, nós nos familiarizamos com convenções, regras e normas da
escrita.

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PROPOSTAS PRÁTICAS DE FORMAÇÃO DE ALUNOS PRODUTORES DE
TEXTOS

PROFESSOR:

❖ Nunca peça ao aluno para redigir sem que antes tenha feito um trabalho oral, discutindo o tema.
Quando o professor se preocupa em desenvolver a oralidade da turma, ela terá menos
dificuldades em redigir.
❖ Construa textos coletivos, registrando-os no quadro. Faça perguntas e anote as ideias dos
alunos. Pergunte a eles quando deve mudar o parágrafo, que sinal de pontuação usar,
acentuação etc. Enquanto a redação coletiva estiver sendo feita, o aluno não deve copiar nada, o
caderno fica fechado. Quando a classe terminar a redação, o professor deve fazer a leitura com a
turma e só então os alunos copiam.
❖ Para incentivar a turma, escolha algumas redações, faça uma interpretação escrita e dê como
exercício.
❖ Para trabalhar paragrafação você pode propor uma série de perguntas. As respostas dadas pelos
alunos serão a própria redação dividida em parágrafos.
Exemplo:
Título: O ENCONTRO
1º parágrafo: Quem saiu de casa? Como estava vestido? Como estava se sentindo?
2º parágrafo: Onde foi o encontro? Foi casual ou haviam marcado? Encontrou-se com
quem? Sobre o que conversaram?
3º parágrafo: No fim... (final livre ou dirigido pelo professor)

ATIVIDADES COM TEXTO


Antes da leitura de qualquer texto, é necessário prevê-lo, analisá-lo e fazer o aluno perceber o
que ele já domina em termos de conteúdo e vocabulário. Qualquer uma das propostas a seguir, ou
uma combinação delas, pode ser usada cada vez que se introduz um novo texto para os alunos.

1 – Preparando a turma para a leitura de um texto


a) Observe o título. Do que você acha que o texto está tratando?
b) Olhe as figuras. A que elas se relacionam?
c) Leia o primeiro e o último parágrafos. Novamente, tente deduzir de que trata o texto.
d) Leia o título. Agora rapidamente passe os olhos sobre o texto e circule todas as palavras que
têm alguma ligação com ele (o título).
e) Após olhar o título, as figuras e o primeiro parágrafo, tente elaborar em sua cabeça algumas
perguntas, cujas respostas você acha que o texto traz.
f) Selecione algumas palavras do texto e escreva-as no quadro. Peça aos alunos que tentem
localizá-las e circulá-las (dar preferência para as palavras-chave do texto).
g) Finalmente, inicie a leitura, relembrando aos alunos que não parem diante de uma palavra
desconhecida, para não perder o ritmo. Aproveite para introduzir ideias, como previsão,
dedução, interferência etc.

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2 – Ler e desenhar
a) Divida a sala em grupos de 5 ou 6.
b) Numere partes do texto (os parágrafos, por exemplo) e então, em cada grupo, diga qual o número
que eles deverão desenhar (não deixar um grupo ouvir o número do outro).
c) Peça aos alunos do grupo que leiam todo o texto, mas desenhem somente a parte a qual lhes foi
designada.
d) Após o término dos desenhos, recolha e tente (com toda a turma) adivinhar qual parágrafo se
relaciona com o desenho, discutindo o que lhes proporcionou identificar cada um, os elementos
chave, as ideias em comum etc.

3 – Contra a parede
a) Elabore diferentes questões para o texto selecionado, dependendo da turma e do ano de
escolaridade. Tire cópias suficientes para cada 2 ou 3 alunos (cada dupla ou trio terá questões,
podendo repetir caso a turma seja grande).
b) Corte uma cópia do texto em diferentes partes e cole-as nas paredes da sala.
c) peça aos alunos para que saiam pela sala em busca de respostas para suas perguntas, e que, ao
encontrarem, tentem memorizá-las ou guardar as partes principais, e que voltem aos seus
lugares.
d) Após todos terem sentado, peça que abram o livro e confiram suas respostas.

4 – Um título diferente
a) Antes da leitura do texto, entregue ou escreva no quadro 8 títulos diferentes para ele, sendo 6
parecidos com o original (em ideia ou estrutura) e 2 bem diferentes ou do tipo “pegadinha”.
b) Solicite a leitura pelos alunos (em duplas) e peça para que julguem cada um dos títulos que você
sugeriu, numerando-os em ordem de preferência de 1 a 8.
c) Discuta as opiniões com a turma.

5 – Quebra-cabeça de textos
a) Divida o texto a ser trabalhado em pedaços e entregue aos alunos, divididos em equipes, cada
uma com o número de pedaços que o texto terá.
b) Estipule um tempo limite e peça para que tentem organizá-los de forma lógica.
c) Observe o trabalho de cada grupo e depois comente com a turma algumas coisas que você
observou em cada equipe individualmente: erros de concordância, falta de sequência das ideias
etc.
d) Peça a alguns que contem as suas sequências para gerar divergências e discussão na turma.

6 – Respondendo sem o texto


a) Divida os alunos em grupos e entregue um questionário com perguntas sobre o texto a ser
trabalhado.
b) Sem ler o texto, peça aos alunos que tentem imaginar respostas possíveis para as perguntas
apresentadas, pensando em diferentes possibilidades.
c) Após todos terem discutido as respostas no grupo, peça que respondam às perguntas olhando no
texto, para ver o nível de dedução de cada equipe.
d) O professor pode dar alguma recompensa para o grupo que chegou mais perto das respostas.

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7 – Sem um dicionário
a) Peça aos alunos que leiam o texto e sublinhem as palavras que eles desconhecem, mas sem
parar para procurá-las no dicionário.
b) Confira com a turma alguma palavra que quase todos tenham sublinhado e peça que tentem
criar uma definição para ela, como num dicionário, a fim de convencer a turma de que aquela é a
definição correta.
c) Recolha algumas sugestões e embaralhe-as, inserindo junto a elas um papel com a definição
correta da palavra em questão.
d) Leia as definições uma a uma e faça uma votação com a turma nas definições apresentadas,
pontuando cada uma.

8 – Achando os erros
a) Proponha uma produção textual individual para a turma e peça que os alunos entregue sem fazer a
revisão do texto.
b) Escolha algumas produções e reproduza de forma que todos os alunos tenham acesso (sem
identificar o autor). Pode ser escaneando e projetando em data show, xerox ou transcrevendo no
quadro.
c) Solicite que a turma verifique os erros encontrados no texto (escrita de palavras, pontuação,
parágrafo, concordância e etc).
d) Solicite aos alunos que confiram a versão original do texto e comparem com a versão revisada pela
turma.

9 – Criando novos contextos


a) Selecione um parágrafo do texto a ser trabalhado, de preferência algum com muitos adjetivos ou
com uma história simples, mas rica em detalhes.
b) Omita algumas palavras, todos os adjetivos por exemplo, ou algumas outras de acordo com a
sua intenção.
c) Em grupos, os alunos escrevem uma palavra que julguem apropriada nos espaços do parágrafo.

d) Ouça as opiniões dos grupos e veja quais são possíveis de serem aceitas como corretas.

10 – Jogos de predição
a) Selecione o texto que você irá trabalhar e registre num cartaz. Em seguida explique aos
alunos que a leitura é também um jogo de dedução, no qual os bons jogadores fazem boas previsões.
b) Vá mostrando o texto aos poucos, parando onde julgar necessário e, a cada parada sua,
solicite aos alunos que escrevam uma previsão da palavra ou frase que está por vir.
c) À medida que o texto transcorra, vá discutindo as previsões corretas e incorretas que os
alunos fizerem.

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PROPOSTAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL

1) Memória auditiva

O professor diz uma frase que deve ser repetida e ampliada pelo aluno. Exemplo:
Fui ao zoológico e vi um elefante ...

2) Ampliando frases

Reescreva as frases, ampliando-as com as palavras apresentadas entre parênteses.

a) As ondas do mar batiam na areia da praia.


( altas - verde - branca - macia )

b) As flores enfeitavam um vaso da sala cheia de sofás.


( belas - enorme - macios)

c) O homem plantou na terra uma árvore.


( trabalhador - fofa - frutífera )

d) As crianças brincavam com a bola na praça debaixo das árvores cheias de folhas.
(alegres - colorida - movimentada - verdes )

3) Completando frases

a) Esqueci o caderno em casa; por isso ______________________________________

b) Vesti a roupa no escuro, por isso _________________________________________

c) Carla chegou atrasada à escola porque ____________________________________

d) Edson está contente porque _____________________________________________

e) Estou com muita fome, mas _____________________________________________

4) Entendendo embalagens dos produtos

Objetivos: reconhecer textos informativos que fazem partem da vida.

Observação: As embalagens possuem unidades de medidas, de tempo (quando é o caso de prazo


de validade), nomes de empresas e cidades. Essas informações podem servir de pretexto para o
desenvolvimento de outros conteúdos e de outros tipos de saberes. Explore tudo que for possível. O
aluno sairá sempre ganhando. Há também a possibilidade de o aluno construir seus próprios rótulos.
Pode-se usar a criatividade e viajar na produção textual. O aluno pode confeccionar um rótulo para
produto similar, pode reescrever um rótulo que não encontre as informações necessárias, pode
interferir no desenho do rótulo e assim por diante. Apresente vários modelos de rótulos para que
seus alunos tenham parâmetros e deixe a liberdade de produção nas mãos dele.

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ANALISANDO AS EMBALAGENS

Inicialmente, a professora poderá expor um rótulo, para que a turma analise no coletivo. Depois, peça aos alunos
para refazerem ou criarem um rótulo. Como tarefa de casa, cada criança poderá analisar um rótulo existente em
sua casa.

- Qual é o produto contido dentro dela?


- Quanto há de conteúdo?
- É líquido? Sólido? Pastoso?
- Em quais situações é usado?
- Quem é o fabricante?
- Onde foi fabricado? (cidade, estado)

- Quando foi fabricado?

- Por quanto tempo é possível armazenar?

- Quando o produto perderá a validade?

5) Produzindo avisos

O aviso é: ato ou efeito de avisar toda e qualquer espécie de comunicação, informação ou declaração
prestada a outrem;
• documento pelo qual se informa algo a alguém.
Objetivo: que a criança possa perceber a utilidade da escrita em relação aos comandos sociais. Ela irá
descobrir que ordens, despensas, convocações, pedidos, alertas e uma série de comportamentos sociais
são dirigidos por um instrumento chamado aviso.

Inicialmente, explore um aviso com os alunos:


A quem se destina a informação?
Quem é o responsável pelo aviso?
Há prazos para a validade do aviso?
Qual é o conteúdo, mensagem do aviso?

Exemplos que poderão ser trabalhados:


• Avisos de jornais do bairro, da cidade.
• Avisos de provas.
• Avisos de limpeza da escola
• Avisos de conservação do material escolar, do livro didático

6) Redigindo convite

No convite encontramos:
• o nome da pessoa convidada,
• o nome da pessoa (ou entidade, ou família, ou empresa) responsável pelo acontecimento, o
acontecimento,
• o local,
• a data,
• o horário

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Há vários tipos de convite.
1ª Proposta - Inicialmente, reúna com seus alunos alguns convites que receberam ou leve alguns
exemplos da internet. Analise com a classe os convites e monte um mural que ficará exposto na sala de
aula.

1ª atividade para o aluno - Se você fosse convidado para ir a uma festa de aniversário, como seria o
convite. Imagine e escreva.
2ª atividade para o aluno – Imagine que você dará uma festa em sua casa. Redija um convite para um
colega da escola.

2ª Proposta - A professora inicia sua aula conversando sobre o aniversário do aluno Lucas e sobre o
convite que o mesmo entregou à turma. Ela leu o convite para a classe e em seguida perguntou:
- Que mensagem transmite o convite?
- Por que o aluno Lucas entregou o convite para os coleguinhas da turma?
- Quando será o aniversário de Lucas?
- Em que dia será a festa?
- Em que horário?
- Onde será a festa?

Em seguida, a professora dirá que há vários tipos de convites e solicitará aos alunos que
peguem os convites retirados da internet e analisem.
Cada aluno apresentará para a turma o convite escolhido.
Os convites serão afixados numa folha de papel madeira e presos num mural, na sala de
aula. Prosseguindo, a professora perguntará à classe quais informações se repetiram nos convites. As falas
dos alunos serão registradas no quadro. Aproveitando os registros feitos, a professora falará sobre a
estrutura de um convite.

Todo convite deve conter:


1º - o nome da pessoa convidada
2º - o nome da pessoa responsável pelo acontecimento
3º - o acontecimento
4º - o local
5º - a data
6º - o horário
Finalmente a professora solicitará à turma que redija um convite.

7) Diário pessoal

Diário pessoal é um escrito em que se registram os acontecimentos de cada dia.

Construindo um diário pessoal

Data:
Como começou o meu dia?
O que me aconteceu antes do almoço?
À tarde, o que fiz?
Fiz alguma coisa hoje que não costumo fazer diariamente?
Houve algum acontecimento que me deixou triste, chateado, com raiva?
Tive uma grande alegria com alguém ou com uma boa notícia?
Como me sinto neste momento?
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8) Formando frases ou pequenos textos:

Querido aluno, crie frases (ou um pequeno texto) reunindo os seguintes grupos de palavras:

a) menina - visitar - amiga - café


b) professora - música - estudar
c) escritório - notícia - ouvir

9) Reprodução de história

1º - O professor lê ou conta uma história;


2º - os alunos recontam (oralmente) a história;
3º - os alunos fazem desenhos sobre a história; 4º -
os alunos escrevem a história.

10) Palavra puxa palavra

Nessa atividade, o professor lança uma palavra e os alunos apresentam outras que se
relacionam com a primeira.
Exemplo: Palavra escolhida: FOGO.
Palavras relacionadas: incêndio – dor – ambulância – feridos – bombeiro – gritos – tristeza –
medo – fogão – comida – queimada
Em seguida, os alunos deverão construir um texto utilizando as palavras escritas.

11) Brincando de poeta

O professor oferece aos alunos uma caixa contendo cartões, cada um com uma palavra, sendo
que as palavras rimam entre si.

Exemplo: pato – mato – gato

coelho – vermelho – joelho

abelha – orelha – ovelha

Cada aluno, após ter recebido um dos cartões, deverá procurar entre os colegas aqueles
que têm o cartão com uma palavra que rime com a sua.
Agrupados por terminação, os alunos escreverão outras palavras que rimem com as que já
possuem e construirão uma poesia.

12) De mãos dadas com a poesia

Material: textos sobre amor, amizade, respeito ou outros sentimentos, papel e lápis.
Música: Canção da América, de Milton Nascimento (ou outra música)

Ler os textos, ouvir a música.


O professor convida os alunos a analisarem seus corações, dizendo-lhes:
- Abra seu coração.
- O que você vê dentro dele?
- O que sente?
- O que lhe incomoda?
- O que gostaria de dizer em nome dele?

• Logo após, passe para o papel o que seu coração gostaria de falar se tivesse voz.
• O trabalho pode ser ilustrado.
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13) Eliminando as palavras desnecessárias na construção de textos.

➢ Circule as palavras desnecessárias na frase abaixo:

Eu era um cachorro que vivia numa loja de animais. Eu fiquei na loja uma semana e daí veio um
casal com um menino e daí o menino me escolheu.

Apresentamos a seguir várias possibilidades de escrita de um pequeno texto. Marque a redação


que você acha melhor.

a) Eu era um cachorro que vivia numa loja de animais. Eu fiquei na loja uma semana. Veio um
casal com um menino e o menino me escolheu.
b) Eu era um cachorro que vivia numa loja de animais. Fiquei na loja uma semana. Veio um casal
com um menino que me escolheu.
c) Eu era um cachorro que vivia numa loja de animais. Depois de uma semana em que lá estava,
um menino acompanhado de um casal me escolheu.
d) Eu era um cachorro que vivia numa loja de animais. Fiquei na loja durante uma semana, pois
um menino acompanhado de um casal me escolheu.

14)Copie os trechos seguintes, eliminando os pronomes que forem desnecessários à frase.

Papai chegou em casa sorrindo e assoviando...Eu estranhei esta atitude, porque, em geral, ele
quase nunca sorri.
Durante o almoço ele contou-nos que ele tivera um aumento em seu ordenado. Nós ficamos felizes!
Mamãe começou a fazer projetos como se, de repente, nós tivéssemos tirado a sorte grande.
Eu dei a papai o boletim para assinar e ele, que sempre elogia minhas notas, beijou-me e ele disse:
- Isto vale mais que meu aumento, filho!

15) Ampliando frases.

A) Carla levantou cedo.

Quando? Carla levantou cedo hoje.

Para quê? Carla levantou cedo hoje para brincar de corda.

Onde? Carla levantou cedo hoje para brincar de corda na praça.

Carla levantou cedo hoje para brincar de corda na praça com sua
Com quem?
prima.

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16) Trabalhando a narração:

A)

Quem são estas O que fazem? Onde? Com quem?


pessoas?

(Texto)____________________________

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_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

B)

Quem é? Profissão O que está


fazendo?

(Texto)____________________________

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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17) Diálogo

O diálogo é uma conversa entre duas ou mais pessoas.


Ao transcrever um diálogo, é necessário que no primeiro parágrafo se identifique e se localizem
as pessoas no tempo e no espaço, isto é, dizer onde elas estão e quando se encontraram para esta
conversa.
Após anunciar quem falou primeiro, colocamos dois pontos e na outra linha com travessão,
transcrevemos a frase dita por essa pessoa.
O travessão só aparece na frente da fala de um personagem e reaparece quando o outro responde
e assim até terminar.
É preciso ter cuidado com a pontuação para retratar exatamente a clareza da fala.

18) Leia com atenção o texto abaixo e reescreva-o, empregando adequadamente os sinais
de pontuação e parágrafos.

Quando ouviu o sinal do recreio Mateus correu para a quadra da escola Lá ele encontrou alguns
amigos Mateus falou Vamos formar os times Tiago também quis jogar, mas alguns meninos disseram
que ele não participaria Então, Tiago perguntou Por que eu não posso jogar Mateus disse Não se
preocupe Tiago Você irá jogar sim Venha participar do meu time.

19) Leia a história em quadrinhos e observe o comportamento dos personagens. Depois, transforme
a história num texto em prosa. Não se esqueça de tudo o que aprendemos sobre escrita de diálogo,
pontuação (dois pontos e travessão) e organização de parágrafos.

Proposta de escrita:

Em uma certa manhã, Cebolinha encontrou Mônica e sua mãe na rua e resolveu perguntar:
- Vamos blincar de pegador, Mônica?
Mônica ficou contente com o convite, olhou para sua mãe e falou:
- Posso, mãe?
A mãe de Mônica, preocupada com a hora que ela irá realizar as tarefas de casa, respondeu:
- Pode! Mas não fique brincando até tarde!

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20) Observe a história em quadrinhos abaixo e escreva um diálogo para cada cena.

21) Leia a conversa entre mãe e filho:

A mãe de Zezinho

Zezinho: _ Mãe, dá dinheiro?


Mãe: _ Não!
Zezinho: _ Mas é para dar a um velhinho!
Mãe: _ Que velhinho?
Zezinho: _ Aquele que passa na rua e diz: “Pipoqueiro”!

➢ Agora escreva a conversa da mãe e do Zezinho nos balões.


➢ Lembrete: Não se usa travessão nos balões.

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22) Criando personagens

1) Crie personagens masculino e feminino e dê nome para eles.


2) Descreva a roupa da personagem masculina.
3) Descreva a roupa da personagem feminina.
4) Em que ocasião as pessoas usam este tipo de roupa?
5) Onde eles estão?
6) Com base nas respostas que você deu, crie uma história.

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Corrigindo as produções textuais

Diversas atividades podem intervir no texto da criança para, gradativamente, aproximá-lo da escrita mais
elaborada.

A criança aprende a escrever escrevendo. Ao interagir com o meio, ela vai construindo sua
escrita, evoluindo sempre de um plano menos desenvolvido para outro mais desenvolvido. Dessa forma,
sua escrita vai se aproximando cada vez mais de um instrumento de comunicação compreendido por
todos.
É preciso saber intervir no texto da criança, transformando-o, com a intenção de aproximá-lo cada vez
mais de uma escrita convencional. E isso é possível por meio de atividades de ensino-aprendizagem
planejadas com essa finalidade.
Essas atividades devem considerar tanto o conteúdo quanto a forma dos textos, ou seja, devem
visar ao aperfeiçoamento da mensagem como instrumento de comunicação.
Seguem algumas sugestões: autocorreção, codificação, reestruturação, refacção, reescrita,
reconstrução, auto-avaliação, edição final do texto. Essas atividades podem ser desenvolvidas em todos
anos do Ensino Fundamental e constituem oficinas de texto que podem envolver uma ou mais
atividades na mesma escrita. A exigência, contudo, deve ser equilibrada, para que o aluno faça e refaça
seu texto com prazer, percebendo o significado das ações que realiza.

AUTOCORREÇÃO

O processo de autocorreção tem por objetivo primordial a construção da imagem mental das palavras.
Nesse caso, a ação da criança é sobre as palavras. Ao corrigir um texto, o professor faz anotações,
indicando o que deve ser reescrito.
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Uma forma de se preparar para a autocorreção é escrever a palavra corretamente, a lápis, acima do
termo que deve ser corrigido. Ao receber o trabalho de volta, a criança deve observar as diferenças
entre a palavra escrita por ela e a que o professor escreveu, comparando letra por letra. Ao encontrar
uma diferença, a criança apaga apenas a letra diferente e a substitui. Em seguida, continua a
comparação, pois é possível haver mais de uma diferença na mesma palavra. Terminada a comparação,
a palavra escrita pelo professor é apagada pelo aluno.
A tendência natural da criança é apagar a sua escrita e "copiar" automaticamente a certa. Essa atitude
não leva à construção da ortografia por não envolver reflexão; por isso deve ser evitada. Ao copiar, a
criança também pode grafar palavras inadequadamente. Exemplo:

Num segundo momento, as palavras podem ser apenas marcadas com um sinal, um número,
por exemplo, e ter a sua forma correta escrita na sequência do texto. A criança procederá da mesma
forma: comparando e substituindo as letras diferentes. Note que a reflexão é imprescindível para a
construção da ortografia. Exemplo:

Avançando no processo da autocorreção, a criança buscará no dicionário a forma correta de escrever as


palavras, que são apenas assinaladas pelo professor. Exemplo:

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Por último, as marcas podem ser registradas à margem do texto. Se, por exemplo, na
primeira linha houver uma palavra escrita não-ortograficamente, o professor fará um X à margem,
nessa mesma linha. Se houver duas palavras com erros, fará XX e assim por diante. Aqui, a criança
analisa todas as palavras da linha, buscando aquela que deve ser modificada. Para confirmar, ela
poderá consultar o dicionário. Exemplo:

Como vimos, a autocorreção não modifica o conteúdo da mensagem, mas aperfeiçoa a forma de
comunicá-la. É bom que seja realizada em todos os textos que as crianças produzem. Cabe ao professor
escolher a melhor forma de autocorreção para a sua turma.

CODIFICAÇÃO

Pela codificação, professor e aluno vão agir sobre o texto visando transformar a acentuação, a
pontuação e a concordância nominal e verbal.
Para desenvolver esse processo, é preciso iniciar com a convenção dos códigos, construída com os
alunos da turma, de acordo com o que se pretende trabalhar. Segue um exemplo de codificação:

Ponto-final seguido de letra maiúscula


Parágrafo 
Ponto de exclamação ▼
Ponto de interrogação
Vírgula ◆
Dois-pontos 
Travessão ⚫
Reticências
Acentuação ◼
Concordância nominal
Concordância verbal

Ao corrigir o texto, o professor coloca os códigos e a criança os decodifica, inserindo as devidas


modificações. Em seguida, apaga os códigos colocados pelo professor. É uma estratégia de modificação,
preferencialmente, sobre o texto que já foi submetido à autocorreção.
A acentuação de palavras tanto pode ser trabalhada em codificação como em autocorreção.
Vejamos um exemplo.

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REESTRUTURAÇÃO

Esta atividade é uma variante da codificação, mas com maior predomínio da ação reflexiva. Incide
sobre os mesmos pontos. A diferença está na forma de realizá-la. Enquanto naquela o professor coloca
os códigos para cada um dos textos das crianças e elas os decodificam corrigindo seus trabalhos
individualmente, na reestruturação o trabalho é coletivo, com a turma atuando sobre apenas um texto
selecionado.
Esse texto pode estar escrito no quadro, em data-show ou em papel, desde que seja permitido apagá-
lo, riscá-lo ou sobrescrevê-lo. É interessante, ainda, que não seja muito longo, para evitar que os alunos
se cansem antes de terminar a atividade. Para isso, pode-se tomar um texto pequeno ou parte de um
texto.
É possível fazer cópias dos dois textos (antes e depois da reestruturação) para compará-los, colorir
onde houve modificação, observar sua "silhueta" e analisar a clareza obtida com as mudanças.
A reestruturação possibilita, portanto, reflexão sobre a forma interferindo indiretamente no conteúdo,
na medida em que a pontuação influi na compreensão do texto.

REFACÇÃO

Aqui o professor age basicamente sobre o conteúdo do texto da criança visando clarear e
complementar ideias, dar coerência e coesão ao texto. Consiste em fazer intervenções, isto é, fazer
perguntas, sugerir substituições, cortes e inserção de novos parágrafos. É possível fazer a refacção de
um texto coletivamente. Nesse caso, o professor seleciona um texto bem significativo, fazendo as

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devidas intervenções por escrito; providencia cópias para todos os alunos. Em seguida, discute cada
intervenção com a classe, levantando as possibilidades de transformação. Os alunos então, escrevem o
texto fazendo as modificações necessárias. Contudo, a refacção é preferencialmente uma atividade
individualizada, pois cada criança tem um estilo próprio, um jeito de criar e concatenar ideias. Por isso,
as respostas às intervenções acabam sendo específicas, diferentes de pessoa para pessoa. Um exemplo:

REESCRITA

Uma atividade interessante consiste em pedir que a criança reescreva um texto a partir de outro,
conservando o conteúdo. De um poema, pode-se escrever uma prosa e vice-versa. De uma narrativa,
pode-se escrever uma notícia ou relato. Outra possibilidade é propor que os alunos passem para o
discurso indireto um texto que está em discurso direto.
O essencial é a conservação do conteúdo de algo lido, ouvido ou visto em outra forma apresentada pela
criança. Uma vez que essa atividade não implica a criação de ideias, pode se concentrar na forma, ou
seja, no modo de organizar a mensagem por escrito.
A atividade pode ser tanto individual quanto coletiva, envolvendo pelo menos duas etapas. Na primeira,
o professor fornece um conteúdo por escrito, oralmente ou apresentando um texto extra verbal, e, em
seguida, a criança escreve seu texto. Na segunda, ele faz intervenções de autocorreção, de codificação
ou de refacção e o aluno realiza as devidas modificações.
Exemplo: as crianças assistem, em vídeo, ao filme A Bela e a Fera; em seguida, elas escrevem o conto
com suas próprias palavras; só então o professor organiza atividades de autocorreção, codificação ou
refacção.

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RECONSTRUÇÃO

Reconstruir é modificar o conteúdo da primeira versão de uma escrita realizada pelo aluno ou
por qualquer outro autor.
Se estivermos analisando uma narrativa, por exemplo, podemos sugerir ao autor que acrescente uma
personagem, que mude a ação de outra, que altere os diálogos entre duas personagens, que modifique
o início ou o desfecho da história, que altere o foco narrativo, que acrescente elementos ao ambiente ou
fale mais sobre a personagem. São orientações que podem ser colocadas na proposta para a escrita ou
na própria redação. Essa forma de aprofundar o texto pode também ser feita coletiva e oralmente,
sobre apenas um texto. Depois de levantar as possíveis ideias, a turma realiza o trabalho
individualmente, em duplas ou formando grupos pequenos.
A atividade de reconstrução pode ser combinada com a reescrita. Nesse caso, as orientações podem ser
colocadas na proposta de escrita. Por exemplo: "Reescreva a história do Chapeuzinho Vermelho,
inventando outra personagem para substituir o lobo". A reconstrução pode ocorrer a partir dos textos
originais de cada criança.

AUTOAVALIAÇÃO

Ao acabar de escrever o texto, a criança faz uma revisão, com o apoio de um roteiro com perguntas
sobre o conteúdo e a forma do texto solicitado. Essas perguntas visam levar a criança a refletir sobre
sua escrita ainda no rascunho, para que possa alterá-la antes de passar a limpo.
Para isso, o professor, ao propor a escrita de um determinado texto, já prepara também a ficha que
deve ser distribuída a cada criança ou exposta na sala de aula.
Depois que o aluno responde às perguntas da ficha, pode refazer o texto (segunda versão) incluindo
aspectos do conteúdo e da forma esquecidos na primeira.
Se a proposta for para um estudante de 5º ano, escrever uma história utilizando uma narrativa
(sobre fantasmas, por exemplo), a ficha de autoavaliação poderá conter as questões abaixo, ou outras
adaptadas ao tipo de texto solicitado.

AUTOAVALIAÇÃO — TEXTO NARRATIVO

SIM NÃO

Estrutura do texto

Coloquei personagens principal e secundárias?

Caracterizei as personagens?

Descrevi o ambiente?

Marquei o tempo?

Criei o conflito?

Escrevi o clímax?

Coloquei o desfecho?

Relacionei a caracterização das personagens e do ambiente com outras partes da


história?

Conservei o foco narrativo?

Forma do texto

Coloquei título?

Fiz parágrafos?

Utilizei o ponto-final?

Utilizei o ponto de exclamação, se necessário?

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Utilizei o ponto de interrogação, se necessário?

Utilizei dois-pontos e travessão, se necessário?

Usei letras maiúsculas nos nomes próprios? Depois do ponto-final? No início dos
parágrafos?
Fiz alguma substituição de nomes por pronomes?

Fiz alguma substituição por sinônimos para não repetir muitas vezes a mesma palavra?

Separei corretamente as sílabas nos finais de linha?

Apresentação

Separei corretamente as sílabas nos finais de linha?

Meu trabalho está limpo?

Destaquei algumas palavras?

Destaquei o título?

A narração

A narrativa é um tipo de texto que pode e deve ser aprofundado na sala de aula, uma vez que as
crianças demonstram um grande interesse por ela. Contudo, não é só por isso que devemos ensinar a
narrativa. Sua função primordial é desenvolver o raciocínio lógico da criança.
Por isso, é necessário planejar o trabalho a ser desenvolvido nas diferentes etapas. Veja uma proposta,
a título de sugestão.

Atividades com narrativas

Ao trabalhar com narrativas, o professor pode voltar a atenção para um dos seus elementos, como as
personagens e o cenário. Uma atividade interessante consiste em criar uma personagem e desenvolver
outros trabalhos a partir dela:
1. Em grupo, criar uma personagem. Pode ser humana, animal, vegetal ou inanimada. Como?
Construindo um boneco de pano ou papel (colocar nele roupas e adereços adequados), desenhando,
fazendo colagens ou destacando algum elemento do ambiente para representar a personagem.
2. Discutir (estimulando a imaginação): a classificação biológica do boneco criado; o nome; as
características físicas (sexo, cor dos olhos, cabelos, pele, tipo físico); características psicológicas
(personalidade, hábitos, preferências, sentimentos); figurino; biografia (história de vida); família a
que pertence; lugar onde vive; dificuldades.
3. Ensaiar uma história com essa personagem a partir dos itens discutidos.

Outra possibilidade é ler e focalizar suas personagens:

1. Analisar as características físicas e psicológicas das personagens presentes no texto.


2. Inventar características coerentes com a temática do texto (sugestão: utilizar livros paradidáticos
com e sem texto).
3. Criar características absurdas para as personagens.
Como sequência da criação de personagens, o professor pode trabalhar a criação de
cenários. O cenário pode ser construído com montagens, recortes, colagens e outras técnicas. Pode-se
montar um lugar na sala de aula e colocar as personagens. Descrever as características do lugar e o
tipo de vida que as personagens teriam ali.
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Em seguida, em grupos ou individualmente, a classe utiliza o cenário com as personagens
criadas para produzir textos. Inventa, por exemplo, um conflito para as personagens, no
espaço/ambiente já construído anteriormente, e discute várias possibilidades de solução. O professor
pode propor situações-problema como "ponto de partida":
1. Escrever uma história a respeito de duas crianças que se encontram num país estranho.
2. Escrever uma história a respeito de duas pessoas que querem preparar uma festa-surpresa.
3. Criar uma história a respeito de um grupo de pessoas que vive no fundo do mar. Depois as crianças
escrevem uma narrativa "costurando" as partes trabalhadas separadamente.

O QUE AVALIAR NO TEXTO NARRATIVO?


Foco narrativo
Qual é o foco narrativo? Ele foi mantido do princípio ao final do texto? {eu ou nós; ele, ela, eles, elas)
Tempo verbal
Qual o tempo verbal predominantemente empregado? Presente (aqui/agora), pretérito perfeito {lá/antes), pretérito
mais-que-perfeito ou pretérito imperfeito, por exemplo? É coerente com o foco narrativo e o tipo de texto?
Encadeamentos
De substituição: Aparecem sinônimos? Aparecem pronomes substituindo nomes? Como estão designadas as
personagens e outros elementos já nomeados uma vez no texto {ele, eles, ela, elas, estes últimos, aqueles, o
menino, o garoto, etc.)?
Nexos:
• Cronológicos (em primeiro lugar, depois de, no dia seguinte, finalmente, em seguida, enquanto isso, ao mesmo
tempo).
• De relação causa-efeito {assim, pois, por causa de).
• De ruptura {de repente, porém, sem dúvida, ao contrário, inesperadamente).
• Lógicos {porque, assim, ê por isso que).
Diálogos
• Há marcas gráficas de diálogo? (dois-pontos, travessão).
• São introduzidos verbos [dizer ou correspondentes, replicar, falar, perguntar, retrucar, pensar, declarar, ordenar,
etc.)?
• O tempo verbal empregado no diálogo é o mesmo da narrativa? Está adequado?

Estrutura da frase
• Frases simples: Termos essenciais (sujeito e predicado) e termos integrantes (objeto direto, indireto, agente da
passiva, complemento nominal, predicativo do sujeito e do objeto).
•Frases complexas: Termos acessórios — adjunto adnominal (adjetivo, locução adjetiva, locução pronominal,
pronome adjetivo, artigo, numeral), oração adjetiva restritiva, adjunto adverbial (advérbio, locução adverbial, oração
subordinada adverbial), aposto e oração adjetiva explicativa.

Pontuação: Adequada na maioria dos casos?

Concordância nominal e verbal: Adequada?

Advérbios e locuções adverbiais: São utilizados?

Adjetivos: São utilizados?

Metáforas ou comparações: São utilizadas?

Trabalhando o jornal na sala de aula

O jornal é um poderoso material de apoio pedagógico e a leitura dele ajuda a aprender a pensar
e a entender o que se passa a nossa volta. Ele é um mediador entre a escola e o mundo e leva aos
educandos a formar novos conceitos e a adquirir novos conhecimentos a partir de sua leitura, além de
ensiná-los a aprender a pensar de modo crítico sobre o que se lê.
Para os professores, o jornal é um excelente material pedagógico (para todas as áreas) sempre
atualizando, desafiando-os a encontrar o melhor caminho didático para usar esse material na sala de
aula.
É importante que o aluno perceba que existem vários jornais, sendo eles impressos e digitais. O
professor pode levar seus alunos a compará-los, observando as semelhanças e diferenças em vários

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aspectos: são cotidianos, têm várias seções, tratam de assuntos variados, têm tamanhos de letras
diferentes na mesma página e etc.
Os alunos devem perceber que a notícia sempre traz uma informação comprometida com a
realidade; portanto, é um texto não-literário. É escrito em prosa.

Fake News
Com a popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, o conceito de fake
news ganhou forma. Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet,
o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais, sites e
blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas,
visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Este é um tema que pode ser muito trabalhado em sala de aula. Levar uma fake news e ler com
os alunos, buscando identificar e refletir sobre a veracidade da notícia, pode ser uma atividade bem
divertida e proveitosa, desenvolvendo a análise crítica dos educandos.
Uma boa sugestão é selecionar uma dessas notícias falsas e certificar com os alunos a sua
veracidade. É possível fazê-los refletir se o título é sensacionalista ou tem tom milagroso. Geralmente
são feitos para acumular cliques e não necessariamente passar veracidade. Procurar também as
informações em outros veículos, especialmente aqueles que você já conhece e confia, pode ser uma boa
estratégia. Outra boa estratégia é conferir a data da publicação pois às vezes foi de fato uma notícia
real, porém, é antiga, podendo causar pânico ou criar expectativas sobre alguma situação já resolvida
ou controlada.
Desenvolver nos alunos o hábito de checar a fonte da notícia, os torna mais críticos em relação as
informações recebidas. Levá-los a se perguntar: a fonte realmente existe? É um canal com
credibilidade? Há outras publicações duvidosas nesta plataforma? É sempre interessante investigar mais
a respeito do site em questão.

A primeira página do jornal

Embora pouco consumidos atualmente, ainda é possível encontrar os jornais impressos à venda e
este rico material pedagógico apresenta algumas características particulares que são possíveis de serem
trabalhadas em sala de aula.
A primeira página do jornal tem muitas informações importantes. Pergunte aos alunos se já
observaram a primeira página do jornal onde há uma notícia com o título escrito em letras bem
grandes. É a manchete, título da notícia considerada mais importante do dia.
A manchete ocupa sempre um espaço grande na primeira página de um jornal.
Examine as outras partes que costumam aparecer nos jornais de grande circulação, quer dizer,
jornais lidos por um grande número de pessoas em todo o país.

1 – Observações importantes:
a) Quais as partes que são fixas nessa primeira página do jornal?
b) Qual a notícia mais interessante nessa página?
c) Qual o fato noticiado que afeta direta ou indiretamente o seu dia-a-dia?

Os cadernos de um jornal

Os jornais de grande circulação geralmente são divididos em cadernos.


Os cadernos têm títulos diferentes, dependendo do jornal.
Há cadernos que são publicados todos os dias; outros saem apenas em determinados dias da
semana. Além desses cadernos há ainda suplementos.

➢ Consiga um jornal que seja dividido em cadernos. Recortes uma notícia e cole-a numa folha,
sem indicar o caderno de onde ela foi retirada. Em seguida, troque as folhas. A tarefa de cada
um é indicar o caderno de onde foi retirada a notícia selecionada pelo outro.

➢ O jornal que vocês estão apreciando apresenta quantos cadernos? Qual o nome de cada um
desses cadernos?

➢ Vamos montar um painel. Recorte e cole.

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Notícias do Notícias
Notícias nacionais Entretenimentos
mundo esportivas

As seções do jornal

Cada caderno de um jornal está dividido em seções. Um caderno que se chama CIDADE, por
exemplo, pode ter as seguintes seções: “Serviços”, com telefones úteis (bombeiro, pronto-socorro
etc); “Falecimentos”, para anúncios fúnebres; “Cartas”, para o leitor opinar sobre problemas da
cidade; “Saúde”; “Educação” etc.
Em cada seção agrupam-se informações do mesmo tipo: notícias policiais, políticas, nacionais,
internacionais, esportivas etc.
Há também as diversas seções dos cadernos de classificados, em que se anunciam a compra e a
venda de diversas coisas, como imóveis, carros, telefones etc. nos classificados anunciam-se também
empregos.
Os jornais prestam também diversos serviços informativos, como programação de televisão, de
cinema, de teatro, roteiro de shows, de apresentações musicais. Alguns jornais trazem ainda
informações sobre restaurantes, museus, passeios etc.
Além de todas essas seções, há uma seção de meteorologia, quando o jornal é diário. Num
jornal pode haver ainda entrevistas, artigos sobre Ciências, coluna social etc.

➢ De que seções do jornal foram retirados os seguintes recortes? Escolha uma das alternativas abaixo.

POLICIAL - NOTICIÁRIO NACIONAL - NOTICIÁRIOS INTERNACIONAIS - ESPORTES - LAZER


METEOROLOGIA - CLASSIFICADOS - MEIO AMBIENTE

a) Previna-se. Os combustíveis vão subir 10%.


b) Brasil goleia EUA e é o favorito ao título.
c) Brigada Militar queima redes de pesca predatória.

➢ Editor é o jornalista que dirige e coordena o jornal. Se você fosse editor de um jornal, em que seções
você colocaria cada uma das seguintes notícias?
a) registrar notícia esportiva
b) registrar internacionais
c) registrar notícia nacional

A Notícia

A notícia é um texto jornalístico que informa o que está acontecendo no Brasil e no mundo. É a
narrativa de um acontecimento atual.
Para que um acontecimento vire notícia, é necessário que ela seja interessante e tenha
importância para o público. Isso quer dizer que nem tudo o que acontece pode virar notícia.
A notícia deve ser verdadeira, curta e clara.
Uma notícia responde quase sempre a estas perguntas básicas:

➢ 1º O que aconteceu?
➢ 2º Quando aconteceu?
➢ 3º Onde aconteceu?
➢ 4º Como aconteceu?
➢ 5º Com quem aconteceu?
➢ 6º Por que aconteceu?

A notícia apresenta ainda um título que resume o fato.


Vamos imaginar a seguinte situação: um avião pequeno fez uma viagem entre duas cidades
brasileiras. A viagem transcorreu absolutamente tranquila, sem qualquer problema. Isso acontece
centena de vezes por dia! Essas viagens, logicamente, não se transformam em notícia.

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Imagine agora que, logo no início de uma dessas viagens, um avião apresente qualquer problema
e caia. Esse fato transforma-se em notícia.

➢ Quais dos fatos seguintes você acha que dariam notícias?


a) Marcos foi aprovado para a 5º ano.
b) Gabriel Medina ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas.
c) Dinheiro público paga presente da esposa do prefeito.
d) Prefeito presenteou sua esposa com um carro novo.

➢ Apresentamos títulos de notícias. Qual deles tem algum interesse para você?
a) Jovens gostam de ler histórias em quadrinhos.
b) Os alimentos sobem menos e a inflação cai na capital.
c) Ladrões jogam dinheiro para o alto e fogem.

➢ Sugestão de atividades:
Recorte de jornais ou revistas uma notícia.
Cole e responda as perguntas.

➢ 1º O que aconteceu?
➢ 2º Quando aconteceu?
➢ 3º Onde aconteceu?
➢ 4º Como aconteceu?
➢ 5º Com quem aconteceu?
➢ 6º Por que aconteceu?

➢ Agora, você é o repórter. Com suas palavras escreva uma notícia recente de sua cidade. Depois,
ilustre.

➢ Proposta com base em notícia jornalística


1) Inventar manchetes para notícias jornalísticas.
2) Inventar notícias jornalísticas com base em manchetes ou fotos.
3) Recortar e comentar notícias jornalísticas.
4) Escrever notícias jornalísticas ouvidas no rádio ou na TV.

As ilustrações num jornal: A fotografia

A fotografia é uma invenção importantíssima, porque permite registrar fatos que acontecem
uma única vez, em determinado momento.
No jornal, as fotos ou sequências de fotos têm alguns objetivos principais. Entre eles:
• Contar resumidamente um fato.
• Ilustrar um trecho da notícia.
• Identificar pessoas que participam do fato anunciado.
• Provocar no leitor alguma reação diante do fato noticiado.

O mais importante é que as fotos de jornal são uma espécie de “prova” de que o fato
anunciado realmente aconteceu. Por isso, aumentam a confiança do leitor naquilo que leem.

➢ Recorte de um jornal fotos que provoquem em você cada uma das seguintes sensações:
alegria, tristeza e medo.
➢ Cole cada foto em uma folha. O professor fará em sala de aula exposição de todos os trabalhos.
➢ Escolha, do jornal com que está trabalhando, a foto que mais o impressionou, sem ler a notícia.
Depois escreva um texto a partir da foto selecionada.

Os classificados

Todo jornal tem uma seção de anúncios classificados. É nessa seção que se anunciam produtos
e serviços.
Esses anúncios têm esse nome porque aparecem classificados de acordo com o produto ou
serviço que oferecem.
Os classificados são impressos em corpo menor (corpo é o tamanho das letras) e geralmente
vêm separados um do outro em retângulos.
Nos classificados aparecem anúncios de venda e compra de imóveis, de animais, de veículos, de
utensílios domésticos, de máquinas etc. Há também ofertas de emprego e ofertas de profissionais que
procuram emprego.
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➢ Recorte classificados de diferentes tipos, extraídos de diferentes jornais. Divida-os em grupos, de
acordo com os seguintes títulos: oferta de emprego, profissionais que procuram trabalho, imóveis,
utilidades domésticas, outros.
➢ Leia alguns classificados de emprego e indique as profissões que você conhece.
➢ O professor vai dividir a classe em grupos. Cada grupo vai pesquisar anúncios relacionados a uma
área profissional. Depois, escreva um resumo das principais características exigidas para os
profissionais da área pesquisada.
➢ O que você gostaria de vender, trocar etc? Desenhe e anuncie. O texto deve ser pequeno e direto.

A Propaganda

Todo jornal apresenta propagandas, pois elas representam fonte de renda para que o jornal
possa se manter.
A propaganda tem o objetivo de estimular a compra de um produto por meio de anúncio, e é
veiculada através dos meios de comunicação (rádio, jornal, televisão etc). A propaganda aparece no
jornal basicamente de duas formas:
1- Distribuída ao longo do jornal, com ou sem ilustração.
2- Na seção de anúncios e classificados.
➢ Escolha um produto e faça a sua propaganda. Não se esqueça de ilustrar ou colar o rótulo da
embalagem desse produto.

A Charge

Charge é uma forma de representar uma situação ou pessoa através de desenhos ou caricaturas
engraçadas. A charge pode vir ou não acompanhada de texto.
O termo charge é francês, vem de charger, exagerar ou até mesmo atacar violentamente. A
charge satiriza um fato específico tal como uma ideia, um acontecimento, situação ou pessoa, em geral
de caráter político, que sejam de conhecimento público. As características físicas das pessoas são quase
sempre exageradas para despertar o humor.

➢ Recorte uma charge de um jornal. Cole abaixo e faça um comentário sobre o que você entendeu.
Anote também o nome do jornal que publicou a charge.

A entrevista

Um recurso bastante utilizado nos jornais é a entrevista. Essa é uma maneira de passar informações
por meio de perguntas e respostas. Numa entrevista, as pessoas fazem comentários, emitem opiniões,
relatam experiências. Para fazer um bom trabalho, o entrevistador precisa obter informações sobre o
assunto ou a pessoa que está sendo objeto da entrevista.

➢ Procure nos jornais uma entrevista de alguém que diga algo que chame sua atenção. Você
concorda com o ponto de vista do entrevistado ou discorda dele? Justifique sua resposta.
➢ Agora, é a sua vez de entrevistar alguém e para isso precisa se preparar. Se quiser, siga as
orientações abaixo.

a) Escolha alguém de sua cidade ou da sua escola que tenha algo interessante e importante para dizer.

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b) Faça uma pesquisa inicial sobre o assunto a respeito do qual o entrevistado vai falar. É importante
que você tenha uma certa familiaridade com o assunto da entrevista.
c) Elabore as perguntas que vai fazer ao entrevistado.
d) Com um gravador na mão, vá ao encontro da pessoa. Você não precisa restringir-se às perguntas
que elaborou previamente; podem surgir muitas outras que não haviam sido planejadas. Deixe a
entrevista acontecer de forma mais espontânea possível.
e) Fique atento para gestos e expressões fisionômicas do entrevistado. Às vezes, elas dizem mais do
que as próprias palavras.
f) Transcreva a entrevista.
g) Não se esqueça de fazer uma pequena introdução, dando os dados biográficos e profissionais do
entrevistado. Escreva também ao lado da fala da pessoa, seus gestos e expressões dignos de nota.
h) Conclua a entrevista com um pequeno parágrafo, resumindo a importância do assunto e o papel que
o entrevistado desempenha na sociedade local.

A Resenha crítica

Em quase todos os jornais há uma seção ou até um caderno especial com comentários e horários
dos programas culturais: cinema, teatro, vídeo, shows, programas de TV etc. Muitas vezes o jornalista
faz apenas um pequeno resumo do filme ou do espetáculo. Nesse caso, ele está fazendo apenas uma
resenha ou sinopse.
Em outros casos, o jornalista comenta alguns aspectos do filme ou do espetáculo, como: enredo,
fotografia, desempenho dos atores etc. quando procede assim, o jornalista está fazendo uma resenha
crítica.
➢ Escolha uma resenha crítica de filme publicada num jornal e resuma em três ou quatro linhas a
opinião do jornalista sobre esse filme.
➢ Escrevendo uma resenha crítica. Escolha, juntamente com o professor e os colegas, um filme a que
gostariam de assistir. Assistam ao filme juntos, revendo-o quantas vezes for necessário.
➢ Discutam em sala de aula alguns aspectos essenciais para sua resenha:
- A trama do filme é boa? Consegue prender a atenção do espectador?
- Que cena(s) se destaca(m) no filme?
- Como é o desempenho dos atores? Há algum que sobressaia?
- As imagens do filme são bem feitas?
- Você recomendaria o filme para seus amigos?

➢ Redija agora a sua resenha crítica. Esse trabalho deve ser feito individualmente, pois cada um tem
uma opinião sobre o filme.
➢ Troque de texto com um colega e dê opinião sobre o texto dele. Procure ver se ficou claro, se ele
conseguiu fundamentar bem o seu ponto de vista.

Elaboração de um jornal da turma

Sua turma vai escrever seu próprio jornal! Escolha um nome para ele e mãos a obra!!!!
Não esqueça que essa atividade requer um planejamento cuidadoso. Para ajudá-lo um pouco
nessa tarefa, siga o roteiro abaixo.

• Escolher os itens que vão aparecer no jornal.


Sugestão: editorial, charge, notícias, entrevista, esporte, resenha crítica de filme, shows,
entretenimento.
• Dividir as tarefas entre os alunos da turma: escrever artigos, ilustrar e paginar o jornal, fazer a
entrevista, redigir as notícias.
• Observação importante: A parte gráfica, isto é, o visual do jornal é muito importante para
despertar o interesse do leitor. Deve ser feita por alguém que goste de artes e desenho.
• Digitar, ilustrar e distribuir os artigos nas páginas do jornal.

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A Matemática e o cotidiano

Tabelas e gráficos

Atualmente, milhares de informações são divulgadas a cada momento. Esse volume não era
tão significativo no passado, quando pouca gente tinha aparelho de TV e não existiam satélites de
comunicação, computadores pessoais, Internet.
Hoje em dia, inúmeras informações divulgadas incluem dados numéricos (índices, taxas,
porcentagens...).
Há um ramo da Matemática, a Estatística, que visa organizar, resumir, apresentar e
interpretar as informações. A estatística trabalha com médias, porcentagens, tabelas, gráficos etc.
Para ler jornais e revistas é indispensável saber também ler e compreender tabelas e gráficos,
pois por meio deles é possível visualizar melhor certas informações. Precisamos, porém, estar
preparados para interpretá-los.
Vamos aqui dar alguns exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas na sala de
aula, particularmente o trabalho com tabelas e gráficos.

Atividades:

I) Observe o gráfico e responda às questões a seguir.

1) Em 1940, no Brasil, moravam mais pessoas no campo ou na cidade? ____________


2) Quantas pessoas moravam no campo? ___________________
3) Quantas pessoas moravam na cidade? ___________________

4) A partir de que ano passou a ter mais gente na cidade do que no campo? ___________

5) Em 1991, a população urbana era:


( ) maior do que a rural.
( ) menor do que a rural.
( ) igual à rural.

6) Observando o gráfico percebe-se que, até algum tempo atrás, viviam mais pessoas no campo do que
na cidade. Hoje, há mais pessoas nas cidades do que no campo. Por que esta mudança acontece?
(ouça os comentários dos alunos)

A maioria das pessoas que se transferiu do campo para a cidade estava em busca de melhores
condições de vida.
A vida dos pequenos agricultores é muito difícil, tornando-se ainda mais complicada quando
estes se veem obrigados a concorrer com a tecnologia das grandes propriedades agrícolas.
A seca, as enchentes, as estiagens podem fazer com que os pequenos agricultores percam tudo
o que têm. Como solução procuram emprego em fazendas maiores ou tentam uma vida melhor,
mudando- se para as cidades.

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II) Explorando a certidão de nascimento dos alunos
Professora: use papel quadriculado para a produção do gráfico pelos educandos.
Cada aluno deverá levar para a escola a xerox da Certidão de Nascimento e/ou copiar os dados
da sua Certidão numa folha que será entregue pela professora. Em seguida, construir um gráfico
utilizando informações da Certidão.

❖ A partir do trabalho com as Certidões de Nascimento a professora também poderá propor as


seguintes atividades:
• Registro da hora em que o educando nasceu.
• Total de alunos do sexo masculino.
• Total de alunos do sexo feminino.
• Consulta em mapas (Brasil, Estado do Rio de Janeiro e outros estados) para observar os locais onde
os alunos nasceram.
• Entrevista com os familiares para colher informações sobre o lugar onde cada educando nasceu.
• Conversa, destacando, pelo próprio educando, as características do lugar onde nasceu.
• Elaboração de uma tabela com os nomes de meninas e meninos da turma, separando-os por e idade
(ordem crescente e decrescente).

III) O quadro seguinte mostra o número de casa populares que


foram construídas numa cidade, no período de 1992 a 1997.

Responda:

a) Em qual ano foram construídas


mais casas? No ano de 1996. Foram construídas 850 casas.

b) Quantas casas foram construídas em 1997 ? 450 casas.

c) Quantas casas foram construídas no período de 1992 a 1997?


2 850 casas.

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VI) Em 2006 foi comemorado o CENTENÁRIO (100 anos) do Campeonato Carioca que se
iniciou no ano de 1 906, tendo o FLUMINENSE como campeão.
Após pesquisa estatística sobre os CAMPEÕES CARIOCAS, chegamos ao quadro abaixo contendo os
seguintes dados:

1 906 Fluminense 1 937 Fluminense 1 968 Botafogo 1 999 Flamengo


1907 Fluminense e Botafogo 1 938 Fluminense 1 969 Fluminense 2 000 Flamengo
1 908 Fluminense 1 939 Flamengo 1 970 Vasco 2 001 Flamengo
1 909 Fluminense 1 940 Fluminense 1 971 Fluminense 2 002 Fluminense
1 910 Botafogo 1 941 Fluminense 1 972 Flamengo 2 003 Vasco
1 911 Fluminense 1 942 Flamengo 1 973 Fluminense 2 004 Flamengo
1 912 Botafogo e Paysandu 1 943 Flamengo 1 974 Flamengo 2 005 Fluminense
1 913 América 1 944 Flamengo 1 975 Fluminense 2 006 Botafogo
1914 Flamengo 1 945 Vasco 1 976 Fluminense
1 915 Flamengo 1 946 Fluminense 1 977 Vasco
1 916 América 1 947 Vasco 1 978 Flamengo
1 917 Fluminense 1 948 Botafogo 1 979 Flamengo
1 918 Fluminense 1 949 Vasco 1 980 Fluminense
1 919 Fluminense 1 950 Vasco 1 981 Flamengo
1 920 Flamengo 1 951 Fluminense 1 982 Vasco
1 921 Flamengo 1 952 Vasco 1 983 Fluminense
1 922 América 1 953 Flamengo 1 984 Fluminense
1 923 Vasco 1 954 Flamengo 1 985 Fluminense
1 924 Vasco e Fluminense 1 955 Flamengo 1 986 Flamengo
1 925 Flamengo 1 956 Vasco 1 987 Vasco
1 926 São Cristóvão 1 957 Botafogo 1 988 Vasco
1 927 Flamengo 1 958 Vasco 1 989 Botafogo
1 928 América 1 959 Fluminense 1 990 Botafogo
1 929 Vasco 1 960 América 1 991 Flamengo
1 930 Botafogo 1 961 Botafogo 1 992 Vasco
1 931 América 1 962 Botafogo 1 993 Vasco
1 932 Botafogo 1 963 Flamengo 1 994 Vasco
1 933 Botafogo e Bangu 1 964 Fluminense 1 995 Fluminense
1 934 Botafogo e Vasco 1 965 Flamengo 1 996 Flamengo
1 935 Botafogo e América 1 966 Bangu 1 997 Botafogo
1 936 Fluminense e Vasco 1 967 Botafogo 1 998 Vasco

Para organizar os dados elaboramos a seguinte tabela. Ela mostra quantas vezes cada time foi
campeão:

time Nº de vezes em que foi campeão

América
07
Bangu
02
Botafogo
18
Flamengo
27
Fluminense
30
Paysandu
01
São Cristóvão
01
Vasco
22
30
No final, para visualizar a tabela, construímos um gráfico de barras. Aproveitamos para
organizar as informações.

Paysandu Bangu América Botafogo Vasco Flamengo Fluminense São Cristóvão

Conversando sobre o gráfico


a) Quantas vezes o Fluminense foi campeão? E o Flamengo? Fluminense 30 e Flamengo 27.
b) Quais os times que venceram apenas uma vez o Campeonato Carioca? Paysandu e São Cristóvão.
c) Botafogo foi campeão 18 vezes e Vasco foi 22 vezes. Quem foi campeão mais vezes? Qual é a
diferença? Foi Vasco. A diferença é de 4 vitórias.
d) Quanto falta para o América alcançar o Flamengo em títulos do Campeonato Carioca? 20 vitórias
e) Nessa pesquisa estatística que dados foram coletados? Times Campeões Cariocas desde 1906
f) Quantos times fizeram parte da pesquisa? 8 times.
g) Quantos times obtiveram títulos no Campeonato Carioca? Quais times? 8 times: Paysandu, São
Cristóvão, Bangu, América, Botafogo, Vasco, Flamengo, Fluminense
h) Qual é a vantagem de fazer a tabela? Organizar os dados coletados.
i) Onde se visualizam melhor os resultados da pesquisa: na tabela ou no gráfico? No gráfico.

V) - Sugestões para trabalhar tabelas e gráficos com seus alunos:


• quantidade de irmãos dos alunos da classe;
• idade dos alunos;
• sexo dos alunos;
• altura dos alunos;
• times de futebol para os quais os alunos torcem;
• aniversariantes da turma em cada mês.

31
Explorando Nota Fiscal

BAZAR DO CACÁ 0657


_____________________________________
Carlos – MATERIAIS DE PAPELARIA
Rua Dois Irmãos, 34 Tel.: 3245-7689 – CEP 28 900-100
NOTA FISCAL DE VENDA AO
CONSUMIDOR – SÉRIE A-2
___________________________________________________ Insc. Estadual: 256.345.768-345

Cliente: Marcos da Silva Porto


Endereço: Rua da Esperança, nº 07
Data de emissão: 20 de maio de 2021
Quantidade Descriminação do produto Valor unitário Valor total R$
9 Caixa de lápis de cor 3,00
8 Pasta 4,50
6 Caderno 3,55
4 Estojo 12,25
TOTAL:

Atividades

1) Complete a Nota com o valor total de cada produto.

2) Qual o valor total da nota fiscal? Faça o cálculo no caderno. Depois, use a calculadora para conferir
o resultado.

3) O vendedor recebeu duas notas de R$ 100,00 para o pagamento dessa compra. De quanto será o
troco? Escreva a operação em seu caderno e, depois, confira o resultado na calculadora.

4) Observe a Nota Fiscal e responda:

• Qual o telefone da loja?

• Qual o número da Nota Fiscal? Em que número da rua está situada a loja?

5) Que produtos foram discriminados na Nota Fiscal?

6) Que números indicam a quantidade de cada produto vendido?

• caixa de lápis de cor


• caderno
• pasta
• estojo

7) Qual o valor unitário de cada produto vendido?

8) Se tivessem sido vendidos apenas 1 estojo e 1 caixa de lápis de cor, qual teria sido o valor total da
NOTA FISCAL?

9) E se tivessem sido vendidos 2 estojos e 2 cadernos? Qual seria o valor total da NOTA FISCAL?

10) Calcule o valor total destas vendas. Observe os preços unitários na NOTA FISCAL.

• 6 caixas de lápis de cor e 2 cadernos.

• 7 estojos e 1 caderno.

• 5 pastas e 1 caixa de lápis de cor.

• 4 cadernos, 2 estojos e 6 pastas.

32
Número racional

Os números fracionários surgiram no momento em que o homem passou a sentir necessidade


de medir.
Se ele dividia um pedaço de corda em duas partes que tinham o mesmo comprimento, cada
parte passava a ter a metade do comprimento da corda inicial. Se ele necessitava de três canecas
d'água para encher um recipiente, cada caneca continha um terço da quantidade de água do recipiente.
Assim, o homem começou a usar os números fracionários, trabalhando inicialmente com
frações de numerador 1, como: ½, 1/3, ¼, 1/5 etc.

O ENSINO DAS FRAÇÕES

É necessário começar o trabalho usando unidades concretas. O professor deve utilizar diversos
materiais, de várias formas, para trabalhar frações. Podemos ter 1/3 de uma xícara, de uma peça de
tecido, de um comprimento, de uma lata de tinta, de uma lata de leite condensado, de um círculo etc.
Frações de retângulos ou círculos ajudam a formar o conceito de fração, mas não bastam. É
preciso estender a ideia para situações do dia a dia, como nas receitas de bolo (Encha ¼ de xícara de
água) ou na linguagem comum (Que fração da tarefa já foi feita?).
Finalmente, é preciso chegar às frações de quantidades. Para esse trabalho, deve-se usar o
apoio de material de manipulação, acompanhado da representação simbólica. Copinhos plásticos,
palitos, fichas e grãos de cereais compõem um bom material de apoio.

Atividades:

1) Reparta igualmente 16 palitos que estão em um copo branco entre 2 copos verdes.
A coleção inicial (16 palitos) representa o “inteiro”. Os palitos de cada copo verde representam ½ da
coleção inicial e totalizam 8.

2) Reparta igualmente os 16 palitos do copo branco em 4 copos azuis.


Depois que os alunos representarem cada copo azul como sendo ¼ da coleção do copo branco, podem
ser levantadas algumas questões. Peça à turma que sempre represente as suas respostas com números
fracionários:

a) Quantos copos brancos formam a coleção inicial? E quantos azuis?


b) Que parte da coleção é maior: ½ ou ¼; ½ ou 2/4; ½ ou ¾ ?
c) Quantos palitos estão em ¾ da coleção? E em ½?

3) Uma coleção de lápis tem 45 elementos. Quantos lápis há em 1/9 da coleção.

4) Uma caixa tem 30 laranjas. Quantas laranjas há em 3/5 da caixa?

5) Uma caixa está cheia de limões. Em cada 1/8 dela há 4 limões. Quantos limões há na caixa toda?

6) Calcule 2/3 de 15 laranjas.

7) Em uma classe, ¾ dos alunos correspondem a 24 crianças. Quantas crianças, ao todo, tem a classe?

8) Pedro comprou 1 lata de tinta. Ele deverá adicionar ¼ de água à tinta antes de usá-la. Represente
esta situação através de desenhos.

9) Cristina vai fazer um bolo. Ela deverá utilizar 1 ½ (xícara de chá) de açúcar. Represente esta
quantidade de açúcar através de desenho.

10)Sabendo que são necessários dois copos de água para encher totalmente uma jarra, então cada copo
contém que fração do volume de água da jarra?

11)Para encher uma xícara com farinha serão necessárias oito colheres de farinha. Cada colher de
farinha representa que fração da quantidade de farinha que se pode colocar na xícara?

33
12) Maria pretende fazer dois bolos FLORESTA NEGRA. Ela tem a receita abaixo. Como deverá proceder
para dobrar a quantidade de ingredientes. Refaça apenas a lista de ingredientes:

Ingredientes:

• 5 ovos (claras e gemas separadas)

• 1 colher (sopa) de óleo

• 1 ¼ xícaras (chá) de açúcar (represente através de desenhos)


• 2 xícaras (chá) de chocolate em pó

• ½ xícara (chá) de água quente (represente através de desenhos)


• 1 colher (sopa) de fermento em pó peneirado

• calda de cereja (para molhar o bolo)

Preparo: Na batedeira, coloque os ovos e o açúcar, deixando bater até formar um creme homogêneo.
Diminua a velocidade da batedeira e acrescente os demais ingredientes. Coloque para assar em
forma untada e enfarinhada, por 25 minutos, em forno de 180º C.

Recheio

• 300g de cerejas

• 1 litro de creme de leite fresco

• 2 colheres (sopa) de leite condensado.

• Bata o creme de leite até virar chantili. Coloque o creme no bolo já cortado e pique as cerejas
sobre ele. Em seguida, espalhe 2 colheres de leite condensado.

Cobertura

• 300g de chocolate em barra

• 100g de cereja

• Faça raspas de chocolate em barra e decore com as cerejas.

13) Uma equipe de basquete é formada por 5 jogadores. Um grupo de 3 jogadores representa que
fração dessa equipe? Calcule e Ilustre.

14) Se um ano está dividido em 12 meses, um semestre representa que fração do ano?

15) Uma pessoa tem um terreno e quer construir uma casa, de tal modo que:

a) ¼ do terreno seja ocupado pela casa;

b) ½ do terreno se destine ao pomar;

c) 1/8 para o jardim;

d) 1/8 para circulação.

Desenhe uma planta para essa casa. Há diferentes soluções para esse problema.

É muito importante discutir com a turma todas as possibilidades encontradas pelos alunos.

34
16) Foi feita uma pesquisa entre os 360 alunos de uma escola para saber os tipos de calçados mais
usados pelos alunos.

Resultado da pesquisa:

• a metade dos alunos usava sandália.

• um quarto dos alunos usava tênis


• um quarto dos alunos não usava sandália e nem tênis.

a) Use o círculo abaixo para fazer um gráfico que represente o resultado da pesquisa:

b) Responda:
Quantos alunos usavam sandália? __________
Quantos alunos usavam tênis? _________

17) Nossa turma tem 25 alunos. 2/5 são mulheres e 3/5 são homens.
• Quantas mulheres há em 2/5 dessa turma? ________________
• Quantas homens há em 3/5 dessa turma? ________________

➢ Desenhe 15 barcos a vela. Eles estão no mar, num dia bem ensolarado.
Atenção! Um terço dos barcos têm vela vermelha; os demais têm vela amarela.

* Quantos desses barcos têm velas amarelas?


* Quantos desses barcos têm velas vermelhas?

18) Preencha o quadro ao lado com o número de alunos de cada ano de escolaridade.

➢ Uma escola tem 600 alunos, assim distribuídos:


Ano Número de alunos
• no 1º ano estudam 1/3 dos alunos da escola;
• no 2º ano, 2/5 dos alunos da escola; 1º
• no 3º ano, 1/6 dos alunos da escola;

• nos 4º e 5º anos, os demais.

4º e 5º

TOTAL

19) Uma hora tem 60 minutos. Quantos minutos há em ¼ de hora? _______________

20) Pedro coleciona selos. Ele tem 366 selos. 1/6 de seus selos são portugueses.

Quantos selos portugueses ele tem? ________________

35
21) Resolva os problemas:

a) Stella tinha 524 reais. Ela deu 1/4 para Luís.


Calcule:
Quantos reais Luís ganhou?
Quantos reais sobraram para Stella?

b) Joana ganhou um pacote de balas com 265 bombons. Ela deu 2/5 para seus colegas de classe.
Calcule:
• Quantas balas os colegas de Joana ganharam?
• Quantas balas sobraram para Joana?

c) Lucas dividiu uma pizza em partes iguais e repartiu entre alguns amigos. Considerando esta situação
obtivemos a seguinte fração: 6/8. Agora, responda:

* Qual é o numerador?
* Qual é o denominador?
* Em quantas partes iguais Lucas dividiu a pizza?
* Quantas dessas partes foram distribuídas aos amigos de Lucas (juntos)?
* Quantos pedaços de pizza sobraram?
* Faça um desenho que represente a situação acima

d) Tio Zeca comprou uma dúzia de laranjas e já chupou a metade. Quantas laranjas tio Zeca chupou?

e) Numa sala de aula com 35 estudantes, 2/7 deles já completaram 50 anos. Quantos estudantes já
completaram 50 anos?

f) Valdir recebe dois salários mínimos. Ele reserva ¼ para pagar o aluguel da casa onde mora. Calcule
o valor desse aluguel.

TANGRAN

Milenar jogo de quebra-cabeça chinês, O TANGRAN é


formado por sete peças com formas geométricas, resultantes da
decomposição de um quadrado. São 2 triângulos grandes, 2
triângulos pequenos, 1 triângulo médio, 1 quadrado, 1
paralelogramo.
A história mais contada sobre o Tangran é que ele teria
surgido há milhares de anos. Um filósofo chinês derrubou um
ladrilho quadrado que se partiu exatamente em sete pedaços. Ao se
abaixar para recolher os cacos, ele intuiu que podiam ser dispostos
de modo a formarem um retângulo, sem faltar e nem sobrar peças.
Mais alguns instantes e o retângulo virou um triângulo.
Depois de algum tempo e diversos movimentos, surgiram
a figura de um velho camponês, a de um bicho, a de um barco e
tantas outras.
A filosofia do Tangran é de que um todo é divisível em partes, as quais podem ser
reorganizadas num outro todo. A ideia do jogo é que se reproduzam figuras apresentadas em silhueta,
utilizando-se todas as 7 peças sem que haja sobreposição de nenhuma delas.
Há silhuetas desde as mais simples até aquelas muito difíceis de se obter.
O TANGRAM diverte e estimula o raciocínio; aprimora a visão espacial e facilita o aprendizado
de Geometria.

ATIVIDADES

1) Construindo o TANGRAN com os alunos

• Entregar uma folha de papel ofício a cada aluno e pedir


que com ela desenhe o maior quadrado possível
(aproveitar o mostrar que o quadrado possui 4 lados
iguais, que tem 4 ângulos retos);

• A seguir, o professor pede aos alunos que dividam o


quadrado ao meio, de modo a formar dois triângulos.

36
• Um triângulo vai ser dividido ao meio. Atenção: estas peças já fazem parte do
TANGRAN.

• Do outro triângulo, o aluno vai fazer as cinco peças restantes.

• Os alunos manipulam, observam e comparam as peças

- sua forma,
- número de lados,
- número de ângulos,
- relação entre elas.

2) O professor solicita que os alunos, usando as sete peças, formem figuras de fácil identificação. A
seguir, desenhem o contorno das mesmas; troquem com o colega ao lado (o contorno) e procurem,
usando suas peças, recompor a figura anteriormente formada pelo colega.

3) Em seguida, separe as que possuem a mesma forma.

a) Quantos lados tem essa forma? 3 lados.


b) Qual o nome dessa forma? Triângulo.

4) Observe agora as duas peças que sobraram.

Quantos lados têm essas formas? 4 lados

Essas formas são chamadas de quadriláteros porque têm quatro lados.


QUADRI= quatro e LÁTEROS= lados.

5) Tente formar figuras:


a) Com 2 peças do TANGRAN, monte um quadrado e, depois, faça o desenho.
b) Com 3 peças, monte um retângulo e, depois, faça o desenho.
a) Com 2 peças, monte um triângulo e, depois, faça o desenho.

6) Agora, junte-se a alguns colegas e construam figuras com as peças do TANGRAN. Usem a
imaginação!! Em seguida, criem uma linda história.

37
O dinheiro na nossa vida

A moeda oficial do Brasil é o REAL, cujo símbolo é o R$.

R – significa REAL
$ - (cifrão) indica dinheiro em muitos países

Estas são as cédulas do nosso sistema monetário.

Estas são as moedas do nosso sistema monetário

Atividades

1) Veja quanto tenho, quanto quero ter e escreva quanto me falta.

Tenho Quero ter Quanto falta

R$ ________
R$ 57,00

R$ ________
R$ 35,00

R$ _______
R$ 42,00

R$ _______
R$ 25,00

38
2) Lia trabalha como faxineira e lavadeira. Descubra quanto ela ganha em uma semana de trabalho.

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira


Faxina Lavagem de Faxina Lavagem de Faxina
roupa roupa

3) Marcos fez compras. Descubra de quanto foi o troco.

Gastou Pagou com troco

Na farmácia _______________
R$ 19,00

Na feira ________________
R$ 26,00

Na padaria
________________
R$ 1,50

4) Maria ganha R$ 352,50 por mês. Circule as cédulas e as moedas que formam essa quantia.

a)

5) Pinte as notas e moedas referentes à metade da quantia.

R$ 64,00

A metade é __________________________________________

R$ 362,00

A metade é __________________________________________
39
Sistema de numeração decimal

Professora: O sistema de numeração que usamos é um sistema decimal, pois a base é DEZ.
A base dez ou decimal é adotada em quase todo o mundo. Contamos em grupos de dez.
Assim:
10 unidades formam 1 dezena.
10 dezenas formam 1 centena.
10 centenas formam 1 unidade de milhar.

Nosso sistema de numeração também é posicional, pois cada algarismo (de 0 a 9) tem um
determinado valor, de acordo com a posição que ocupa na representação do número.
Cada posição contada da direita para a esquerda recebe o nome de ordem. Cada 3
ordens forma uma classe.

Classe dos milhões Classe dos milhares Classe das unidades simples

C D U C D U C D U

9ª ordem 8ª ordem 7ª ordem 6ª ordem 5ª ordem 4ª ordem 3ª ordem 2ª ordem 1ª ordem

Para que o aluno possa compreender melhor o nosso sistema de numeração decimal e resolver
operações com números naturais o Quadro Valor de Lugar tem-se revelado um ótimo recurso.

Apresentação das cédulas de R$ 1,00, R$ 10,00, R$ 100,00 no Quadro Valor de Lugar:

CENTENA DEZENA UNIDADE

R$ 100,00 R$ 10,00 R$ 1,00

1) Represente as quantias abaixo, utilizando o Q.V.L. Desenhe como ficou.

R$ 125,00
C D U

R$ 300,00
C D U

40
2) Descubra quais são as quantias que estão representadas.

C D U

C D U

3) Complete a sequência de dez a mais:

R$ 10,00 R$ 20,00

R$ 5,00 R$ 15,00

R$ 125,00 R$ 135,00

CEM partes, cem avos,...centavos!

Como vimos, a unidade de nosso sistema monetário é o Real. Ela é simbolizada por R$. Esta
unidade está dividida em 100 partes iguais. Você sabe como é chamada cada uma dessas 100 partes?

Uma moeda de equivale a 100 moedas de .

1) Calcule quanto falta a cada uma das quantias para completar 20 centavos.

A) R$ 0,07 ___________________ B) R$ 0,03 ___________________

C) R$ 0,14 ___________________ D) R$ 0,19 ___________________

41
Atividades diversas explorando medidas

1) Metros, centímetros, milímetros ou quilômetros? Diga qual é a unidade adequada para medir:

a) a altura de um prédio;
b) a espessura do vidro da janela;
c) a largura e o comprimento do vidro da janela;
d) o comprimento do Rio São João.

2) Usando a fita métrica vamos medir a altura de cada colega do grupo. Em seguida, organizaremos
uma tabela com as medidas. E, finalmente, com os dados da tabela montaremos um gráfico para
colocar no mural.

De acordo com o gráfico construído, respondam:

• Quem é o mais alto do grupo?

• Quem é o mais baixo?

• Qual a diferença de medida entre o mais baixo e o mais alto?

• Compare as alturas dos colegas do grupo e faça anotações.

• Apresente para a classe as observações feitas.

3) Observe o desenho deste lápis e responda:

a) Quantos centímetros ele possui?


b) Quanto mede a ponta do lápis?
c) Se a ponta desse lápis quebrar, com quantos centímetros ele ficará?
d) Quantos milímetros tem esse lápis?

4) André, Beto e Celso subiram juntos na balança da farmácia. Ela marcou 144,5 kg. Então, André
desceu da balança, que passou a marcar 99,2 kg. Depois foi a vez de Beto descer, e Celso disse: “Eu
peso 48 quilos e 200 gramas”.
Qual o peso de cada amigo?

5) Aproveitando ofertas, o senhor Alfredo comprou 1,5 kg de carne, 5 kg de batatas, 2 kg de feijão. Ele
está com R$ 20,00 na carteira. Será que dará para ele levar também 250 kg de queijo mineiro?
Verifique o preço de cada produto na tabela a seguir.

Queijo mineiro R$ 6,00 o quilo


Cebola 2 kg por R$ 6,00 kg
Carne de 1ª R$ 5,00 kg o quilo
Feijão 2 kl por R$ 3,20
vinagre 500 ml por R$ 0,80
batata R$ 1,20 o quilo

6) Uma pessoa precisava saber o peso do seu cachorro para medir a quantidade de remédio que o
animal devia tomar. Foi então à farmácia, onde havia uma balança. Só que, na farmácia, o cachorro
estava tão assustado que foi preciso mantê-lo no colo. Como saber o peso do cachorro, já que não se
podia pô-lo na balança?

42
7) Para tirar água de um poço você possui apenas dois baldes: um de 5 litros e um de 3 litros. Você
precisa de exatamente 1 litro de água. Como você pode fazer?

8) Um farmacêutico deve aviar uma receita em que se pede para colocar 32 ml de uma substância, 120
ml de outra e completar ¼ de litro com soro fisiológico. Que quantidade de soro fisiológico será
colocada?

9) Calcule o perímetro de um terreno retangular cujo lado menor mede 15 m e o maior 27 m.

10) Mamãe colocou renda em volta de uma manta de 3 m de comprimento por 2 m de largura. Quantos
metros de renda mamãe gastou?

Referências bibliográficas

➢ ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de textos nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita.
Rio de Janeiro: Wak Ed., 2005.
➢ BORDEAUX, Ana Lúcia; RUBINSTEIN, Cléa; FRANÇA, Elizabeth; OGLIARI, Elizabeth; MIGUEL, Vânia.
Matemática na vida e na escola. São Paulo: do Brasil, 2005.
➢ BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
➢ BRASIL. Ministério da Educação – Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Fundamental. Brasília, DF.
➢ CONDEMERÍN, Mabel; MEDINA, Alejandra. Avaliação autêntica. São Paulo: Artmed, 2005.
➢ FÁVERO, Clemente de Moraes; OLIVEIRA, Eliana Fernandes. Apostila: Programa de Cursos 2003 - Letramento dos
alunos: processo ininterrupto e constante: POSITIVO, 2003.
➢ FERREIRA, Deila Magda. Apostila: Projeto Semana da Ortografia.
➢ GIOVANNI, José Ruy; JÚNIOR, José Ruy Giovanni. Matemática pensar e descobrir. São Paulo: FTD, 2000.
➢ _________, José Ruy; JÚNIOR, José Ruy Giovanni. Matemática pensar e descobrir. São Paulo: FTD, 2005.
➢ _________, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; JÚNIOR, José Ruy Giovanni. A conquista da matemática Nova. São
Paulo: FTD, 1998.
➢ Governo do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria Extraordinária de Programas Especiais. Ler escrever contar –
cadernos 1, 2, 3, 4 . Rio de Janeiro, 1993.
➢ IMENES, Luiz Márcio; LELLIS, Marcelo. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997.
➢ MASETO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997.
➢ 2002. NASPOLINI, Ana Tereza. Didática de Português: Tijolo por tijolo: Leitura e produção escrita. São Paulo: FTD,
1996.
➢ OLIVEIRA, Maria Alexandre de. Dinâmicas em literatura infantil. São Paulo: Paulinas, 1988.
➢ PASSOS, Marinez Meneghello. De olho no Futuro: Matemática. São Paulo: Quinteto Editorial, 2005.
➢ ROCCO, Maria Trereza Fraga. Viagens de leitura. Brasília, DF:MEC, 1996.
➢ TOLEDO Marília; TOLEDO Mauro. Didática de Matemática: como dois a dois: a construção da matemática. São Paulo:
FTD, 1997.

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