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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO – UNICERP

RESENHA DO CAPÍTULO 4 DA OBRA LITERÁRIA: COMUNICAÇÃO


TEM REMÉDIO – A COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS EM SAÚDE.

PATROCÍNIO
2017
MARIA VITÓRIA DIAS
PATRÍCIA DE MENEZES CASTRO
PRISCILLA CRISTINA CORRÊA

RESENHA DO CAPÍTULO IV: Comunicação não-verbal

Trabalho apresentado ao Centro


Universitário do Cerrado Patrocínio –
UNICERP, como requisito parcial de
avaliação na disciplina de Português
Instrumental.

Docente: Ma Valci Aparecida Xavier


Guimarães

PATROCÍNIO
2017
RESENHA

Obra Literária: Comunicação tem remédio – A comunicação nas relações


interpessoais em saúde

Delimitação da Produção acadêmica: Capítulo 4; Comunicação não-verbal.


Páginas: 45-52.

Autor: Maria Júlia Paes da Silva.

SILVA, Maria Júlia Paes da. Comunicação tem remédio – a comunicação nas
relações interpessoais em saúde; Capítulo 4: Comunicação não-verbal. 2. ed. São
Paulo: Loyola, 2003. p. 45-52.

Autores do Resenha
DIAS, Maria Vitória
CASTRO, Patrícia de Menezes
CORRÊA, Priscilla Cristina
O quarto capítulo da obra de Maria Júlia Paes da Silva engloba o tema
Comunicação Não-Verbal, sendo este introduzido por meio de uma citação da
escritora Flora Davis1. Abrangendo definições e explicações de termos técnicos, a
autora trabalha as principais funções que caracterizam este tipo de linguagem,
expondo exemplos e associando sua utilização ao cotidiano de profissionais da área
da saúde.

Como propósito principal da obra resenhada a importância da linguagem não-verbal,


compreende-se que o uso de sinais auxilia em melhor clareza das mensagens
transmitidas através da fala, colaborando para enriquecimento da comunicação.
Além disso, é exequível o uso de emoções e expressões faciais como meio de
relatar e revelar ideias e pensamentos.

A autora, ao iniciar o capítulo, enfoca que “Devido à progressiva sofisticação


tecnológica e falta de envolvimento recíproco, passamos a utilizar exageradamente
a comunicação verbal” (p. 45). De tal forma, a tecnologia modernizada do século XXI
corroba para a decadência da comunicação não-verbal, que chega a ser suprimida
em razão do mundo virtual.

O texto é estruturado em parágrafos, com a apresentação de citações comprovadas,


subtítulos e exemplos, que facilitam o entendimento do leitor. É notória neste
capítulo a predominância de parágrafos dissertativos e narrativos e de um
vocabulário acessível.

Pode-se subdividir o capítulo, conforme seus subtítulos, em quatro partes. A primeira


salienta a definição da comunicação não-verbal como forma de manifestação
corporal e facial, distâncias físicas e gestos, identificados como caráter inconsciente
do comunicador. Ademais, a comunicação é assimilada aos diversos tipos de
simbologias textuais, como placas e imagens, que atuam como vetor de
informações.

Psicóloga americana especialista em linguagem não-verbal e na comunicação por gestos.


Denominada como “fontes do comportamento não-verbal”, a segunda parte explana
as principais razões da manifestação não-verbal, incluindo pesquisas que
demonstram o quão empregados são os sinais não-verbais pelos indivíduos. Este
aspecto é próprio do ser humano, uma vez que está ligado a vivencia em
comunidade e a experiência com diversas culturas, além de representar
necessidades fisiológicas.

A terceira seção expõe a catalogação dos sinais não-verbais em seis categorias:


paralinguagem, referindo-se ao sonido que acompanha a fala e revela a situação em
que o falante se encontra; cinésica, que concerne aos movimentos realizados pelo
corpo; proxêmica, abordando a utilização do espaço pelo ser humano, visando a
distância física estabelecida pelas pessoas; características físicas, sendo uma
qualidade que possibilita identificar ou reconhecer alguém ou algo e indicar o que é
relativo ao aspecto exterior de uma pessoa, como um objeto; fatores do meio
ambiente, relacionando-se com as características físicas, químicas e biológicas de
um espaço; e tacêsica, que se remete ao uso do toque e aos aspectos que o
envolvem.

Como conclusão do capítulo, a autora desenvolve a última seção com a


apresentação das quatro funções primordiais da comunicação não-verbal. Como
acessório da linguagem verbal, a primeira caracteriza-se por reforçar a fala,
enquanto a segunda é marcada por sua substituição. A terceira função básica
impugna o que foi mencionado de forma verbal ao passo que a quarta e última
função exprimi, através do semblante facial, sentimentos.

Voltando a mencionar a especialista Davis que instaurou o capítulo, Silva conclui a


relevância da comunicação não-verbal citando, como exemplo, “ [...] crianças cegas
e surdas de nascimento, privadas da recepção do canal visuofacial [...]” que
aprendem a se comunicar por meio de expressões e gestos, podendo, assim, serem
compreendidas.

Positivamente, a autora contribuiu, de maneira sucinta, para o entendimento do tema


proposto, aplicando um vocabulário de fácil assimilação para quem o lê que não
exige conhecimento externo das palavras trabalhadas. Outrossim, ter utilizado
exemplos de situações cotidianas coopera para que o leitor perceba o valor da
comunicação não-verbal em suas vidas.

Em contrapartida, nota-se a falta de maior abordagem quanto à utilização da


linguagem não-verbal no ramo da saúde, uma vez que esta é empregada por
pacientes – ao demonstrarem seus sentimentos, se estão bem, se sentem dor –
como também pelos próprios profissionais, ao manifestarem preocupação ou
tranquilidade para com os pacientes.

Outro ponto negativo é apontado pela apenas citação do desuso deste método
linguístico, sem que ocorra explicação ampla do por que e como contornar devida
situação.

Portanto, recomenda-se este texto, especialmente para estudantes do âmbito da


saúde, pois o tema apresentado é característica do cotidiano do profissional;
também docentes e profissionais que desejam expandir o conhecimento sobre o
assunto. O capítulo ainda integra termos que provocam no leitor curiosidade e
vontade de querer conhecê-los, os quais estão contidos nos capítulos seguintes.
REFERÊNCIAS

SILVA, Maria Júlia Paes da. Comunicação tem remédio – a comunicação nas
relações interpessoais em saúde; Capítulo 4: Comunicação não-verbal. 2. ed. São
Paulo: Loyola, 2003. p. 45-52.

MUNDÓ, J. C. Biografía de Flora Davis. Blog: Disponível em


<http://www.compartelibros.com/autor/flora-davis/1> Acesso em: 19 jun. 2017.

DAVIS, Flora. La comunicación no verbal. [S.L.]: Alianza, 2010.

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