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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO – UNICERP

MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL.

PATROCÍNIO
2018
MARIA VITÓRIA DIAS
PRÍSCILLA CRISTINA CORREA

MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL.

Trabalho apresentado ao Centro


Universitário do Cerrado Patrocínio –
UNICERP, como requisito parcial de
avaliação na disciplina de Microbiologia
Geral.

Docente: Sthefânia Cunha Rezende

PATROCÍNIO
2018
INTRODUÇÃO
A Microbiologia industrial é a área da Microbiologia que utiliza micro-organismos em
processos industriais com objetivo de produzir bens e serviços. O interesse da
microbiologia industrial está na aplicação de conhecimentos científicos básicos para
o uso de micro-organismos com potencial para obter produtos e/ou processos de
interesse comercial, ambiental e social, como por exemplo, fármacos, vacinas,
componentes para diagnóstico, alimentos, bebidas, polímeros, combustíveis,
produtos agropecuários e tratamento de resíduos. A Microbiologia Industrial também
pode ser denominada como Biotecnologia Microbiana.

Durante séculos os alimentos fermentados (e.g. vinho, vinagre, "sauerkraut" e


iogurte) foram produzidos por microrganismos desconhecidos. Só no fim do século
passado e que os princípios da microbiologia começaram a ser compreendidos,
permitindo a cultura individual das espécies e o desenvolvimento de processos de
produção em grande escala. Estas primeiras aplicações de microrganismos
selecionados para processos específicos deram origem a biotecnologia das
fermentações. A indústria moderna de fermentações, com estirpes selecionadas e
geneticamente melhoradas produz milhões de toneladas por ano de compostos
úteis.

A biotecnologia e uma área de aplicação do conhecimento das ciências da vida. A


sua tecnologia envolve a aplicação de organismos ou componentes celulares para
servir a indústria química e farmacêutica, servir a tecnologia alimentar e ambiental, e
servir outras áreas tais como, a agricultura, a energia, a recuperação de metais, etc.

1 MATERIA-PRIMA
A matéria-prima utilizada como substrato para transformação constitui um aspecto
importante a considerar tendo em atenção a sua adequabilidade ao processo, a sua
abundancia e o seu custo. Neste sentido, tem-se procurado utilizar desperdícios,
efluentes ou subprodutos de outras atividades que a não serem aproveitados e
reconvertidos constituiriam eles próprios uma séria ameaça ambiental. Resíduos
celulósicos, efluentes da indústria dos lacticínios, hidrocarbonetos, entre outros, têm
sido utilizados com vista a obter produtos de alto valor acrescentado.
2 BIO-REATORES
Os bio-reatores são aparelhos onde os materiais são tratados para promover
transformações bioquímicas por ação in vivo de células ou por ação in vitro de
componentes celulares. Historicamente o primeiro fermentador no laboratório foi o
balão Erlenmeyer com agitação. Com o desenvolvimento da produção da penicilina
depois da II Grande Guerra, os fermentadores foram desenvolvidos passando pelos
jarros de vidro com agitação até aos tanques de ação inoxidável com várias formas
e tamanhos.

Estes bio-reatores, existentes nos nossos dias para produção em grande escala, são
versões resultantes de um estudo e melhoramento a escala laboratorial onde a
otimização do processo envolve a minimização dos materiais de alimentação e de
energia e a maximização da pureza e qualidade do produto desejado.

3 CONTROLO DO PROCESSO E ISOLAMENTO DO PRODUTO


O controlo do processo aparece assim como vetor fundamental na otimização da
fermentação, permitindo dominar os parâmetros físicos e químicos associados ao
processo. A instrumentação dos bio-reatores tem-se desenvolvido em direção aos
conhecimentos fisiológicos e bioquímicos dos seres vivos usados nas fermentações,
permitindo controlar parâmetros como a temperatura, pH, oxigênio dissolvido e
consumido, dióxido de carbono produzido, arejamento e agitação, produção de
espuma, etc.

Neste contexto, as diferentes variáveis do processo são monitorizadas permitindo a


sua analise e controlo através de equipamentos de fermentação. O produto isolado
obtido a partir de um processo biotecnológico deve apresentar estabilidade para
poder ser guardado, atrativos na sua qualidade e preço ou na sua originalidade e
inovação para poder ser industrializado.

4 TECNOLOGIA DAS FERMENTAÇÕES


O crescimento de células em grande escala é denominado fermentação industrial. A
fermentação industrial é realizada em bio-reatores, que controlam a aeração, o pH e
a temperatura. Metabólitos primários, como o etanol, são formados assim que as
células crescem (durante a trofofase). Metabólitos secundários, como a penicilina,
são produzidos durante a fase estacionária (idiofase). Linhagens mutantes que
produzem um produto desejado podem ser selecionadas.

5 ENZIMAS IMOBILIZADAS E MICRORGANISMOS


Enzimas ou células íntegras podem estar ligadas a esferas sólidas ou fibras.
Quando o substrato passa pela superfície, reações enzimáticas modificam o
substrato para o produto desejado. Eles são utilizados para a fabricação de papéis,
têxteis e couro e são ambientalmente seguros.

6 PRODUTOS INDUSTRIAIS
A maioria dos aminoácidos utilizados em alimentos e medicina é produzida pelas
bactérias. A produção microbiana de aminoácidos pode ser utilizada para produzir L-
isômeros. Lisina e ácido glutâmico são produzidos por Corynebacterium glutamicum.
O ácido cítrico, utilizado em alimentos, é produzido pelo Aspergillus niger.

As enzimas utilizadas na fabricação de alimentos, medicamentos e outros produtos


são produzidos pelos microrganismos. Algumas vitaminas usadas como
suplementos alimentares, vacinas, antibióticos e esteroides são produtos de
crescimento microbiano. Leveduras são cultivadas para a fabricação de vinhos e
pães; outros microrganismos são cultivados para uso agrícola.

7 MICRORGANISMOS COMO FONTE DE ENERGIA ALTERNATIVA


Resíduos orgânicos, denominados biomassa, podem ser convertidos pelos
microrganismos em combustíveis alternativos, um processo denominado
bioconversão. O metano e o etanol são combustíveis produzidos pela fermentação
microbiana.

CONCLUSÃO
A biotecnologia microbiana é uma área aplicada das ciências da vida e tecnologia
que envolve aplicações práticas de microrganismos ou dos seus componentes
celulares para servir a indústria química e farmacêutica e servir a tecnologia
alimentar e gestão ambiental, que mostra grande potencial de evolução com o
passar dos anos.
REFERÊNCIAS

FERREIRA, W. F. C., SOUSA, J. C. F. de. Microbiologia. Disponível em:


<https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/32687/1/document_14994_1.pd
f>. Acesso em 13 de abril de 2018.

CAMARGO, I. L. B. C. Microbiologia e Biotecnologia Industrial; IFSC. Disponível


em: < http://www.ifsc.usp.br/~ilanacamargo/FFI0740/aula1.pdf>. Acesso em 13 de
abril de 2018.

MICROBIOLOGIA industrial e aplicada. Disponível em:


<https://www.passeidireto.com/arquivo/4762367/microbiologia---resumo-v---
microbiologia-industrial-e-aplicada?utm-medium=link>. Acesso em 13 de abril de
2018.

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